Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao Adolescente
URI Permanente desta comunidade
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao Adolescente por Data de Publicação
Agora exibindo 1 - 7 de 7
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Efetividade a longo prazo do uso da mesalazina em crianças com alopecia areata grave(Wagner Wessfll, 2021) Vivian, Analú; Bau, Ana Elisa KiszewskiHá diversas opções terapêuticas para o tratamento da alopecia areata (AA), porém, a maioria com resultados conflitantes de eficácia. Sendo assim, nenhum medicamento está atualmente aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA). A AA grave costuma a longo prazo afetar significativamente a qualidade de vida, justificando, assim, a intervenção terapêutica. Nesse contexto, surge a necessidade de realização de novos estudos que busquem opções terapêuticas eficazes e seguras para a doença. Este trabalho tem o objetivo de avaliar a eficácia do uso da mesalazina no tratamento de crianças e adolescentes com AA moderada a grave por um período de no mínimo 12 meses de tratamento. Trata-se de um estudo retro e prospectivo, no qual foi avaliada a resposta de 18 pacientes com idades entre 6 e 15 anos, com diagnóstico de AA e escore da severidade da alopecia SALT (Severity of Alopecia Tool)≥40, ou com diagnóstico de AA difusa. Os resultados foram avaliados aos 6 e 12 meses após o início do tratamento, mediante resultado do SALT. Pacientes com AA grave (SALT≥50) obtiveram, com o uso de mesalazina aos 6 meses de tratamento, 36% de redução média na doença. Aos 12 meses, houve um decréscimo de cerca de 66% na AA em decorrência da medicação. Já nos dois pacientes com AA moderada (SALT<50), houve igualmente elevada redução: 46,7% (6 meses) e 73,6% (12 meses). Os quatro pacientes com AA difusa também obtiveram resposta satisfatória de repilação. Nenhum dos pacientes apresentou efeitos adversos significativos durante o uso da medicação. Com este estudo, ressalta-se o provável benefício do uso da mesalazina na melhora e controle da AA, sendo essa uma segura possibilidade de tratamento na população pediátrica.Item Avaliação de marcadores inflamatórios e estresse oxidativo em sangue de cordão umbilical de recém-nascidos prematuros em relação ao peso e idade gestacional(2023) Almeida, Versiéri Oliveira de; Colvero, Maurício Obal; Amantéa, Sérgio LuisA Organização Mundial da Saúde define o nascimento prematuro como nascimentos vivos antes de 37 semanas completas de gestação. Recém- nascidos prematuros (RNPT) têm risco aumentado de desenvolver uma ampla gama de complicações. O estresse oxidativo e a inflamação são importantes mecanismos na patogênese de doenças neonatais. O objetivo deste estudo foi descrever e analisar o perfil de marcadores inflamatórios e estresses oxidativo no sangue de cordão umbilical em RNPT. Trata-se de um estudo transversal, analítico do tipo descritivo, realizado com RNPT (<37 semanas de idade gestacional) selecionados por um processo de amostragem consecutivo, no qual fora coletado sangue de cordão umbilical para a análise de interleucina-6 (IL-6), interleucina-10 (IL-10) e fator de necrose tumoral-α (TNF-α); concentração de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa (GSH) e posteriormente, realizadas associações em relação a idade gestacional e o peso ao nascer. Foram analisados 66 RNPT (24 a 36+6 semanas de idade gestacional), 86,4% (n=57) prematuros moderados a tardios e 13,7% (n=9) muito prematuros; 50% (n=33) apresentaram baixo peso ao nascer (<2500g). Houve diferença significativa na distribuição de GSH em relação a idade gestacional (p=0,001), considerando muito prematuros (<32 semanas) e prematuros moderados e tardios (≥ 32 semanas) e entre as categorias de classificação do peso (<2500g ou ≥ 2500g) (p=0,012). Enzimas antioxidantes GSH foram detectadas em menores concentrações nos recém-nascidos muito prematuros (< 32 semanas) e naqueles com baixo peso (< 2500g). Os marcadores CAT, SOD, TBARS, TNF-α, IL-10 e IL-6, tiveram distribuição estatisticamente semelhante. Também foi encontrada uma correlação negativa significativa de IL- 10 em relação ao TNF-α (r=-0,254; p=0,040), ocorrendo a diminuição de IL-10 e aumento de TNF-α. Concluímos que tais achados podem sugerir um potencial risco à ação do estresse oxidativo nesta população mais vulnerável pela prematuridade, pois as concentrações de antioxidantes (GSH) demonstraram ter influência proporcional ao grau de prematuridade e peso ao nascer.Item Análise Ultrassonográfica da Espessura Muscular no Paciente Crítico Pediátrico(2023-04-27) Oliveira, Jéssica Knisspell de; Lukrafka, Janice Luísa; Schaan, Camila WolghemuthINTRODUÇÃO: a ultrassonografia (US) tem sido utilizada para quantificar e qualificar a morfologia muscular de crianças criticamente enfermas, detectando possíveis alterações na espessura muscular. OBJETIVO: analisar a espessura muscular através de imagens de ultrassonografia de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) de um hospital terciário do sul do Brasil; avaliar a confiabilidade da medição ultrassonográfica da espessura muscular do bíceps braquial/braquial (BB) e quadríceps femoral (QF) em crianças gravemente doentes; avaliar a mudança na espessura muscular durante internação na UTIP; verificar diferenças na espessura muscular ao longo da internação em UTIP entre diferentes condições clínicas. MÉTODOS: primeiramente, foi realizado um estudo observacional na UTIP de um hospital universitário terciário do sul do Brasil. O estudo incluiu pacientes entre 1 mês e 12 anos de idade, recebendo ventilação mecânica invasiva por pelo menos 24 horas. Imagens ultrassonográficas do bíceps braquial/braquial e quadríceps femoral foram obtidas, realizadas por um ultrassonografista experiente e três novatos. A confiabilidade intra e interavaliadores foi calculada usando o coeficiente de correlação intraclasse (ICC) e a análise do gráfico de Bland-Altman. Secundariamente, realizamos um estudo longitudinal prospectivo, no período de dezembro de 2021 a outubro de 2022. Foram incluídos pacientes de ambos os sexos; de um mês a 12 anos; em ventilação mecânica invasiva por 24h. As medições da US foram realizadas até 24h após internação, 72h após e semanalmente até alta da UTIP. RESULTADOS: inicialmente, a espessura muscular foi medida em 10 crianças, com idade média de 15,5 meses. A espessura média dos músculos avaliados foi de 1,14cm ± 0,27 para o bíceps braquial/braquial e 1,85cm ± 0,61 para o quadríceps femoral. A confiabilidade intra e interavaliadores foi muito boa (ICC > 0,81) para todos os ultrassonografistas. As diferenças foram pequenas e não apresentaram distorção na análise dos gráficos de Bland-Altman e todas as medidas estiveram dentro dos limites de concordância, exceto uma medida de bíceps braquial/braquial e quadríceps femoral. Posteriormente, foram selecionados 73 pacientes. 69 realizaram duas avaliações, 53 três avaliações e 22 quatro avaliações ultrassonográficas. A mediana de idade foi 18 meses, sendo 46 (63%) <1 ano. O diagnóstico mais comum foi doenças respiratórias (68,5%). Houve mudança na espessura do BB no período de 24h-2sem (-0,115 cm p=0,02), 72h-2sem (-0,125 cm p=0,009) e 1sem-2sem (-0,137 cm p=0,002) e no QF de 24h2sem (-0,25 cm p=0,002) e 72h-2sem (-0,21 cm p=0,015). A prevalência de atrofia muscular (diminuição >10% na espessura), foi 34,8% em pelo menos um grupo muscular entre 24h-72h; 35,8% entre 24h-1sem; e 45,5% entre 24h-2sem. CONCLUSÃO: a US pode ser utilizada em crianças criticamente enfermas para avaliar com precisão as alterações na espessura muscular, mesmo por diferentes avaliadores. Além disso, permite avaliação da espessura muscular de diferentes grupos musculares de crianças criticamente doentes, sendo importante no monitoramento muscular durante internação na UTIP.Item Papel da suplementação com selênio no tratamento da esteatose hepática causada por frutose no Peixe-Zebra (Danio rerio)(2023-10-02) Christimann, Carla; Silveira, Themis Reverbel da; Porawski, Marilene; Departamento de PediatriaIntrodução: A frutose é um açúcar simples, de ocorrência natural, metabolizada principalmente pelo fígado e possui potencial lipogênico. Tem sido amplamente utilizada na indústria alimentícia ligado à glicose para formar sacarose, contida em alimentos altamente processados e bebidas hipercalóricas. O selênio é um micronutriente essencial com potencial antioxidante e anti-inflamatório importante na nutrição humana e essencial em muitas funções biológicas. De grande importância, determina a expressão de selenoproteínas e desempenha um papel fundamental na regulação do nível de espécies reativas de oxigênio (ERO) podendo reduzir o estresse oxidativo e prevenir a lesão hepática. Objetivo: Avaliar o potencial protetor e/ou redutor do selênio na esteatose hepática de peixes-zebra expostos à frutose. Materiais e Métodos: Estudo experimental conduzido em peixe-zebra (Danio rerio), de ambos os sexos, em quatro grupos: controle (C) – sem suplementação de selênio e sem indução de esteatose; frutose (F) – sem suplementação de selênio e com indução de esteatose; selênio (SE2) - com suplementação de selênio e sem indução de esteatose e frutose-selênio (F-SE2) - com suplementação de selênio e com indução de esteatose. A esteatose foi induzida por exposição à frutose 2% realizada por 45 dias consecutivos após 15 dias do início da dieta suplementada ou não com selênio 2μg/g, totalizando 60 dias de experimento. No dia 61, animais foram eutanasiados, pesados e medidos individualmente e após foi realizada a coleta dos tecidos. Análise histológica: 5 fígados para cada tipo de análise (Hematoxilina & Eosina e Oil Red), de cada grupo. Expressão gênica: 6 amostras (pool de 5 fígados por amostra). Resultados: Expressos em média e desvio padrão para variáveis quantitativas simétricas e mediana e intervalo interquartílico (IQR) das variáveis quantitativas assimétricas. Não houve diferença significativa no peso (C: 0,068±0,109; F: 0,078±0,097; SE: 0,132±0,116; F-SE: 0,087±0,116). Houve diferença significativa no IMC (C: 0,0428±0,01027; F: 0,0474±0,00843; SE:0,0548±0,00960; F-SE: 0,0469±0,00850 p<0,001). Foi observado acúmulo de lipídeos nos hepatócitos do grupo frutose (p=0,018) quando comparados ao controle, sem melhora significativa quando suplementado com selênio. Não foram observadas diferenças significativas para expressão gênica de SEPP1 e GPx1 (p=0,311 e p=0,064 respectivamente). Conclusões: A suplementação de selênio 2μg/g por período de 45 dias, não foi efetiva para proteção da esteatose causada por frutose em peixe-zebra.Item Transplante renal pediátrico: resultados com doador menor e maior de 6 anos(2024-02-21) Lysakowski, Simone; Garcia, Clotilde Druck; Souza, Vandrea Carla de; Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao AdolescenteObjetivo: a insuficiência de rins para o transplante renal pediátrico (TRP) implica o aproveitamento de doadores com menor peso ou idade, o que gera receios para o TRP envolvendo doadores pequenos. O objetivo deste estudo foi analisar os desfechos dos TRPs realizados a partir de doadores falecidos de até 18 anos incompletos no primeiro ano após o transplante, estratificados pela idade do doador. Método: trata-se de uma coorte retrospectiva dos TRPs realizados com doador renal falecido (DRF) entre janeiro de 2013 e janeiro de 2018, em um hospital referência em TRP no Sul do Brasil. Os doadores foram divididos em grupo 1 (≤6 anos) e grupo 2 (>6 anos), com análise dos desfechos no período. Resultados: dos 143 TRPs realizados com DRF pediátrico, 51 (35,66%) pertenciam ao grupo 1, e 92 (64,34%) ao grupo 2. Nos dois grupos ocorreram 17 perdas de enxerto (11,8%), sendo a principal causa em ambos a trombose vascular (TV) (grupo 1: 5; grupo 2: 4). Entre as complicações, consta a estenose de artéria renal (EAR), a qual, com necessidade de angioplastia para colocação de stent, foi mais frequente no grupo 1 (7,8%; grupo 2: 2,2%). A sobrevida em um ano dos receptores de transplantes renais (RTR) foi de 95,2% (grupo 1) e 96,5% (grupo 2) (p=0.8), e dos enxertos foi 78,7% (grupo 1) e 78% (grupo 2) (p=0.95), não apresentando diferença significativa. Entretanto, a análise da Taxa de Filtração Glomerular (TFG) mostrou-se superior no grupo 2, atingindo, no 12° mês, 69.7 ml/min/1,73m2 no grupo 1 e 79.3 ml/min/1,73m2 no grupo 2 (p= 0,033). Conclusões: os doadores pequenos podem ser considerados para o TRP, sendo necessária uma equipe transplantadora capacitada para essa modalidade.Item Complicações de procedimentos endoscópicos realizados em pacientes pediátricos(2024-03-19) Barreto, Maria Helena Miranda; Ferreira, Cristina Helena Targa; Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao AdolescenteIntrodução: A endoscopia digestiva alta (EDA) em pediatria é segura, sendo a taxa de eventos adversos baixa. A maioria das complicações é pequena, autolimitada e não necessita intervenção. Existem poucos estudos no Brasil e no mundo. Avaliar as complicações da endoscopia na população pediátrica pode trazer benefícios para o manejo clínico e auxiliar a preveni-las. Objetivos: Avaliar as complicações endoscópicas mais comuns em um centro de referência, avaliando o perfil do paciente e comparando a ocorrência de eventos adversos entre procedimentos diagnósticos e terapêuticos e até 72 horas pós-procedimento. Métodos: Estudo pediátrico, prospectivo, para avaliar complicações endoscópicas imediatas e até 72 horas pós-procedimento, durante um período de 8 meses . Foi aplicado questionário e contato telefônico. As complicações foram divididas em anestésicas e endoscópicas propriamente , maiores, quando necessitassem intervenção ou avaliação médica e menores, quando as queixas não resultassem em busca por atendimento médico. Resultados: Foram realizados 317 exames endoscópicos em 297 pacientes, sendo 278 endoscopias diagnósticas (87,7%) e 39 terapêuticas (12,3%). Dos pacientes que foram submetidos à EDA diagnóstica, 149 eram meninos (50,2%), com média de idade de 8,8 anos (± 4,7); 86,9% de cor branca e 76,8% não apresentavam doenças crônicas. 233(73,5%) exames foram realizados por residente em gastroenterologia pediátrica; 99,1% anestesias por anestesista pediátrico. Com relação às complicações relacionadas à anestesia, a mais encontrada foi dessaturação (9 pacientes). Com relação às complicações endoscópicas, não houve nenhuma complicação maior. Todas as complicações foram menores. Das 278 endoscopias diagnósticas, 75 (27%) tiveram complicações. As complicações mais frequentes foram dor de garganta (16,5%), dor abdominal (5,4%), odinofagia (2,9%), náuseas (2,2%), rouquidão (1,1%), distensão abdominal (1,1%), vômitos (0,7%) e trauma emocional (0,4%). Dos exames terapêuticos, 17 complicaram (43,6%), sendo a complicação mais encontrada dor de garganta (20,5%). Conclusões: Não ocorreram complicações maiores. As complicações relatadas foram todas menores, igual ao que é demonstrado na literatura, sendo dor de garganta e dor abdominal as complicações mais comuns.Item Análise do microbioma fecal por shotgun e dosagem de calprotectina fecal em lactentes com proctocolite alérgica induzida por proteína alimentar(2024-07-30) Dias, Caroline Montagner; Ferreira, Cristana Helena Targa; Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao AdolescenteObjetivos: conhecer o microbioma de lactentes portadores de proctocolite alérgica induzida por proteína alimentar, além de quantificar a calprotectina fecal para avaliá-la como marcador diagnóstico de proctocolite alérgica. Métodos: Estudo transversal, com análise de fezes de lactentes menores de 6 meses de idade, em aleitamento materno exclusivo, diagnosticados com proctocolite alérgica. O microbioma fecal foi analisado através do sequenciamento shotgun e a calprotectina fecal por imunoensaio. Resultados: Foram incluídos 9 lactentes, nascidos a termo, entre 27 e 133 dias de vida. Quatro lactentes tinham calprotectina fecal superior a 1.000 µg/g, enquanto um lactente tinha calprotectina de 172µg/g. A alfa diversidade avaliada pelo índice de Shannon foi normal. Todos os lactentes apresentaram bactérias dos filos Firmicutes (média 28,%), Proteobacteria (média 55,4%), Bacteroidetes (média 7,4%) e Actinobacteria (média 6,9%). Os gêneros e espécies foram descritos quando em abundância superior a 0,5%. Clostridium foi o gênero mais prevalente, presente em 8 dos 9 lactentes, com média de 14,4% (DP 11,9), sendo as espécies identificadas Clostridium botulinum (10,2%), Clostridium neonatale (4,1%), Clostridium perfringens (2,5%) e Clostridium butyricum (2,3%). O gênero Klebsiella esteve presente em 7 lactentes, com média de 17,0% (DP14,8), sendo as espécies encontradas Klebsiella pneumoniae em 66,7% dos lactentes (abundância de 0,6 a 26,5%), Klebsiella oxytoca em 44,4% dos lactentes (abundância de 0,5 a 8,7%) e Klebsiella aerogenes em 33,3% dos lactentes (abundância de 0,5 a 28%). Quatro dos nove lactentes não possuíam bactérias do gêneros Bifidobacterium e Bacteroides. Conclusão: Lactentes portadores de proctocolite alérgica apresentam disbiose, apesar de possuir uma diversidade adequada, com aumento de Proteobacterias como Klebsiella, e redução de Bacteroides e Bifidobacterium. A calprotectina mostrou-se inespecífica, com valores altos e baixos, na proctocolite alérgica
