O uso de tecnologia assistiva no desempenho funcional de crianças e adolescentes com paralisia cerebral
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Data
2019
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Editora
Editor Literário
Resumo
Paralisia cerebral (PC) é a encefalopatia crônica mais comum na infância.
Caracterizada por lesão cerebral durante seu processo de maturação com
sequelas principalmente motoras, pode também deixar sequelas sensitivas,
cognitivas, e consequentemente alterando seu funcionamento em atividades de
vida diária e instrumentais. Sendo assim, é indicado acompanhamento e
tratamento incluindo por vezes terapia ocupacional a fim de melhorar
funcionalidade em atividades cotidianas. Esses profissionais fazem uso de
recursos de tecnologia assistiva a fim de facilitar a inclusão desses pacientes
em sua vida pessoal e social. Porém, esses recursos incluem custos elevados,
havendo necessidade de recursos adaptados de baixo custo. Objetivo: Avaliar
o efeito de recursos de tecnologia assistiva de baixo custo na funcionalidade de
crianças e adolescentes com paralisia cerebral. Métodos: Trata-se de um
ensaio clínico aberto onde crianças e adolescentes foram avaliados em dois
momentos, momento 0 (início) e seis meses após intervenções individualizadas
utilizando-se tecnologia assistiva de baixo custo. Foram reavaliadas
mensalmente. A amostra compreendia idades entre três e quinze anos. Os
instrumentos utilizados foram: Sistema de Classificação de Funcionalidade da
Função Motora Grossa (GMFCS) e Inventário de Avaliação Pediátrico de
Incapacidade (PEDI). Resultados: A idade média dos participantes foi de 7,5
anos, 26,9% do sexo feminino e 73,1% do sexo masculino. Quanto ao nível
funcional GMFCS, quando divididos em grupos, representaram a amostra em
nível I (17,7%), nível II (15,4%), nível III (19,2%), nível IV (23,1%) e nível V
(34,6%). O melhor resultado obtido foi observado no item habilidades funcionais
na área de mobilidade (p= 0,021) quando a pontuação média variou de 19,9
(11,4 – 51,2) para 26,5 (11,4 – 50,8), assim como na assistência do cuidador na
área de autocuidado (p=0,069) com pontuação média de 32,0 (0 – 53,2) para
34,2 (0 – 54,6). Conclusões: Ainda que a indicação de tecnologia assistiva de
baixo custo tenha mostrado benefícios para pacientes com PC, não foi possível
estabelecer uma diferença estatisticamente significativa do uso da técnica
nessa amostra de crianças.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Pediatria, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Paralisia Cerebral, Funcionalidade, Tecnologia assistiva, [en] Cerebral Palsy, [en] Self-Help Devices