Mortalidade infantil em cidades gêmeas do Brasil

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Data
2021
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Editor
Wagner Wessfll
Resumo
A mortalidade infantil é considerada um dos principais indicadores de saúde que refletem as condições de vida de uma população. O Brasil já alcançou a meta de redução da Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) proposta pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Toda via, algumas áreas do país ainda apresentam níveis elevados desse indicador, como a Faixa de Fronteira Nacional. Com o objetivo de descrever e analisar o padrão da TMI e sua associação com determinantes sociais encontrados no conjunto de 32 cidades gêmeas* 1 pertencentes a Faixa de Fronteira Brasileira, no período de 1996 a 2018. Trata-se de um estudo ecológico, com dados secundários coletados a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), disponíveis no site do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As médias das TMI por local de residência foram comparadas as médias por ocorrência e correlacionadas com algumas variáveis sociodemográficas e de saúde. A Região Norte apresentou as maiores médias das TMI tanto por ocorrência como por residência. A Região Centro-Oeste mostrou variabilidade nas TMI. A Região Sul a maioria das cidades gêmeas apresentaram baixas TMI. Identificou-se correlações positivas e significativas entre os indicadores: índice de Gini e Cobertura da Estratégia Saúde da Família e uma correlação negativa e significante para o indicador do Índice de Desenvolvimento Humano-Municipal (IDH-M). Embora exista um padrão de diminuição da TMI, desigualdades permanecem, com um aumento das taxas em várias cidades nos últimos anos. A falta de registro ainda é um problema importante, tanto no Norte quanto no Sul do Brasil prejudicando uma análise mais detalhada dos dados. Algumas Cidades Gêmeas, mesmo apresentando uma rede precária de atenção à saúde, apresentaram números de mortes infantis por local de ocorrência maiores do número de mortes por local de residência, indicando um afluxo de pacientes para estas cidades. A mortalidade infantil no Brasil continua a ser um grave problema de saúde pública, apresentando desigualdades importantes, mesmo em regiões com maior nível socioeconômico e mostrando uma piora dos indicadores nos últimos anos, que merecem ser monitorados com maior atenção. A falta de registros impede que medidas de controle sejam tomadas precocemente e preventivamente.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Pediatria, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Mortalidade Infantil, Saúde na Fronteira, Pesquisa sobre Serviços de Saúde, Áreas de Fronteira, Saúde Global, [en] Infant Mortality, [en] Border Health, [en] Health Services Research, [en] Border Areas, [en] Global Health
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