PPGPAT - Teses
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Item Achados da tomografia computadorizada de tórax em pacientes com aspiração detectada pela videofluoroscopia da deglutição(2017) Scheeren, Betina; Hochhegger, BrunoIntrodução: A epidemiologia das síndromes aspirativas não está bem descrita, entretanto, sabe-se que os danos pulmonares ocasionados por aspiração de saliva ou alimento, são, na maioria das vezes, decorrentes da disfagia. As características da aspiração apresentadas nos exames de imagem são numerosas e geralmente inespecíficas, sendo a infecção pulmonar a maior complicação da aspiração. O conhecimento dos achados tomográficos da aspiração é fundamental para a realização do diagnóstico dos distúrbios aspirativos e evitar danos pulmonares. Objetivos: Demonstrar os achados da tomografia computadorizada de tórax em pacientes com aspiração comparado com um grupo controle, sem aspiração, detectada pela videofluoroscopia da deglutição. Também foi realizada uma revisão sistemática sobre o assunto. Material e Métodos: estudo retrospectivo, observacional, incluindo pacientes com e sem diagnóstico de aspiração detectada pela videofluoroscopia da deglutição, que realizaram tomografia computadorizada de tórax entre 2010 e 2014. Dois radiologistas, cegados quanto a presença da aspiração analisaram os exames de tomografia computadorizada de tórax detectando a presença de anormalidades. Os achados da tomografia de tórax foram comparados entre os grupos utilizando o teste do x2, com nível de significância de 0.05. Resultados: no Artigo I, intitulado “Pulmonary computed tomography findings in patients with aspiration detected by videofluoroscopic swallowing study”, foram incluídos no estudo 56 pacientes (28 com diagnóstico de aspiração; 52% do sexo masculino, média de idade 65±15 anos), sendo que os pacientes com aspiração apresentaram maior probabilidade do que os do grupo controle em demonstrar atelectasias, nódulos centrilobulares, bronquiolectasias, consolidação e atenuação em vidro fosco, com predominância em lobos inferiores. No Artigo II, intitulado “Achados da tomografia computadorizada de tórax em pacientes disfágicos com aspiração pulmonar: uma revisão sistemática”, foram incluídos e revisados cinco artigos, sendo que os achados tomográficos em pacientes com aspiração relacionada a disfagia foram variados nos artigos analisados. Conclusões: No artigo I, constatamos que atelectasias, nódulos centrilobulares, bronquiolectasias, consolidação e atenuação em vidro fosco, ocorreram em maior frequencia em pacientes com aspiração, com distribuição predominante em lobos inferiores. Já no artigo II, não foi possível estabelecer um consenso que possa caracterizar um padrão de aspiração pulmonar nos pacientes com disfagia, sendo importante investigações futuras sobre o assunto.Item Alterações mnemônicas e imunorreatividade para populações de neurônios e células gliais no hipocampo: efeitos da taurina em um modelo de demência esporádica do tipo alzheimer(2023-11-21) Huf, Fernanda; Fernandes, Marilda da Cruz; Gutierres, Jessié Martins; Programa de Pós-Graduação em PatologiaIntrodução: A doença de Alzheimer (DA), é uma patologia neurodegenerativa e irreversível que ocasiona declínio progressivo da memória e comprometimento cognitivo. A taurina é um aminoácido que está distribuído em vários tecidos corporais, com destaque para o cérebro, tem efeitos neuroprotetores. Objetivos: Verificar os efeitos da taurina sobre alterações comportamentais, de locomoção e memória, e na imunorreatividade de marcadores para neurônios, células gliais e receptor de insulina no hipocampo de animais expostos ao modelo de demência esporádica do tipo Alzheimer com injeção de estreptozotocina intracerebroventricular (STZ-ICV). Materiais e métodos: Foram utilizados 40 ratos Wistar machos, a metade desses animais foi tratada por 25 dias com taurina, por via oral, uma vez ao dia, na dose de 100 mg/kg. No grupo controle, os animais receberam veículo (VE, solução salina). Os animais foram divididos em quatro grupos experimentais (n = 10): I, veículo (VE); II, taurina 100 mg/kg (TAU), III, STZ (STZ, 3 mg/kg ICV) e IV, STZ + taurina 100 mg/kg (STZ + TAU). Os animais dos grupos III e IV receberam injeção ICV bilateral de STZ, enquanto os animais dos grupos I e II receberam apenas líquido cefalorraquidiano artificial. Após, os animais foram avaliados em tarefas comportamentais e eutanasiados por perfusão transcardíaca, e os cérebros fixados para a realização das técnicas de imunoperoxidase e imunofluorescência. Resultados: Verificou-se que a taurina foi capaz de melhorar a memória espacial e sensorial de longa e curta duração dos animais. Houve um efeito positivo da taurina sobre os receptores de insulina das regiões hipocampais. A taurina pode desenvolver um papel importante na sobrevivência e proteção de neurônios maduros, principalmente na região CA1 do hipocampo. Além disso, o tratamento reduziu a neuroinflamação hipocampal. Conclusão: A taurina possui efeitos benéficos e importantes sobre o hipocampo de animais que receberam STZ-ICV, podendo ser usada como terapia complementar no tratamento da DA.Item Análise das metodologias moleculares aplicadas ao diagnóstico da síndrome de deleção 22q11 e atualização de resultados entre indivíduos suspeitos e diagnosticados: enfoque cardíaco.(2024-08-13) Diniz, Bruna Lixinski; Zen, Paulo Ricardo Gazzola; Rosa, Rafael Fabiano Machado; Programa de Pós-Graduação em PatologiaIntrodução: A síndrome de DiGeorge ou deleção 22q11.2 (22q11.2DS; OMIM #188400) é a síndrome de microdeleção cromossômica mais frequente, originada a partir de eventos de recombinação meiótica não homóloga que ocorrem em aproximadamente 1 em cada 1.000 – 7.000 recém-nascidos. Os defeitos cardíacos congênitos (CHDs) são uma das características clínicas mais prevalentes descritas em indivíduos diagnosticados com a 22q11.2DS, sendo o principal achado que motiva o encaminhamento para a investigação da síndrome, especialmente em indivíduos com poucas manifestações fenotípicas. Sabe-se que 4 LCRs, do inglês, low copy repeats, (A, B, C e D) definem essa região e dependendo do tamanho da deleção e LCRs envolvidas, o fenótipo pode ser sucinto ou até mais abrangente. Atualmente, há diferentes metodologias citogenéticas que são usadas rotineiramente em laboratórios clínicos e de pesquisa. Portanto, a escolha de uma tecnologia eficiente e a interpretação precisa dos achados clínicos são cruciais para o diagnóstico dos pacientes com 22q11.2DS. Objetivos: Analisar as metodologias moleculares utilizadas para o diagnóstico da 22q11.2DS em associação com a cardiopatia congênita e determinar o tamanho de deleção e genes envolvidos através da técnica de MLPA em pacientes com diagnóstico molecular para 22q11.2DS após triagem pela FISH. Material e Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática dos últimos 20 anos de pesquisa sobre pacientes com 22q11.2DS em associação com CHD e o processo de investigação por trás de cada diagnóstico. Posteriormente, uma reavaliação dos casos identificados pelo Serviço de Genética Clínica foi realizada para determinar o tamanho real da deleção e possíveis outras causas moleculares de pacientes previamente triados pela metodologia de FISH. Resultados: Este trabalho originou dois artigos, uma revisão sistemática e um artigo original. Na revisão sistemática, 60 artigos foram elegíveis para análise. Apresentamos uma nova visão do defeito do septo ventricular como um possível achado cardíaco fundamental em indivíduos com 22q11.2DS. Além disso, descrevemos as tecnologias moleculares e a avaliação cardíaca como ferramentas valiosas para orientar os pesquisadores em investigações futuras. Já no artigo original, todos os pacientes que haviam sido diagnosticados anteriormente por FISH (n=10) apresentaram exatamente o mesmo tamanho de deleção, LCRs e genes envolvidos quando avaliados por MLPA. Em pacientes com FISH-, o GATA4 deletado ou duplicado em diferentes exons (1 e 6), apresentou fenótipos distintos de defeitos cardíacos congênitos. Os pacientes que não tiveram seu diagnóstico definido por FISH apresentaram resultados moleculares diferentes, variando de achados normais a alterações nos genes GATA4 e NXK2-5. Conclusão: A diversidade molecular nas malformações cardíacas é uma realidade e um grande desafio, uma vez que a correlação genótipo-fenótipo é limitada. Portanto, novas percepções sobre esse assunto devem ser consideradas: a síndrome de deleção 22q11.2 deve estar ligada apenas à região do cromossomo 22 ou há uma variabilidade fenotípica a ser analisada que envolve um ambiente genômico mais amplo?Item Análise histológica de biópsias renais pré-transplante de doadores falecidos e sua associação com a função e sobrevida do enxerto no longo prazo(2017) Pêgas, Karla Lais; Keitel, ElizeteIntrodução: a biópsia renal pré-implante é uma ferramenta diagnóstica na decisão de aceitar enxertos de doadores falecidos com critérios expandidos. O papel das alterações histopatológicas nos compartimentos renais como fator prognóstico na função e sobrevida do enxerto tem apresentado resultados conflitantes. Objetivos: Avaliar a presença de alterações crônicas nas biópsias renais pré-implante e correlacionar os achados com a função e sobrevida do enxerto em um, três e cinco anos pós-transplante. Materiais e métodos: 430 biópsias foram analisadas entre 2006 e 2013 na Santa Casa de Porto Alegre, incluindo doadores falecidos padrão e com critérios expandidos. As alterações foram graduadas de acordo com os critérios de Banff. A taxa de filtração glomerular foi calculada pela fórmula CKD-EPI. A sobrevida do enxerto foi calculada pelo método de Kaplan-meier. As variáveis clínicas que interferem no desfecho do enxerto foram avaliadas pela regressão de Cox. Resultados: Houve redução na sobrevida e função do enxerto nos períodos, conforme o grau de alterações crônicas em todos os compartimentos renais. A glomeruloesclerose (GS) foi um fator de risco independente para perda do enxerto. GS acima de 25% representa aumento de 10.680 no risco de perda do enxerto. Conclusão: Peso maior deve ser dado a GS na decisão de aceitar o enxerto. Receptores de rins com mais de 25% de GS tiveram evolução menos favorável em nosso estudo.Item Aspectos imunológicos dos casos de Influenza A no Rio Grande do Sul e análise molecular das cepas circulantes(2016) Baccin, Tatiana Gasperin; Veiga, Ana Beatriz Gorini da; Kretzmann Filho, Nélson AlexandreIntrodução: Um novo virus influenza A H1N1, de origem suína, causou a primeira pandemia do século XXI, a qual foi considerada de virulência moderada. No Brasil, as regiões Sudeste e Sul foram as mais afetadas e apresentaram as maiores taxas de mortalidade. Após a pandemia, um sistema de vigilância epidemiológica mundial foi instalado para caracterizar sequências genômicas do influenza A e buscar marcadores de virulência. Objetivos: Analisar os fatores clínicos, o perfil de citocinas e mutações virais que estão envolvidos na infecção do vírus Influenza A no Rio Grande do Sul. Material e Métodos Foi realizada RT-qPCR para diagnóstico e carga viral de amostras de aspirado nasofarínge de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda e dosagens citocinas/quimiocinas a partir do soro. O genoma completo de 56 isolados virais foram sequenciados para análises filogenéticas e identificação de mutações nas proteínas virais. Resultados: A carga viral no período pandêmico de 2009 foi significativamente maior para o vírus A(H1N1)pdm09 que amostras de vírus sazonal e essa relação inverteu no ano de 2011. No entanto, nos dois períodos, pandêmico e pós pandêmico estudados, o maior número de casos fatais foi causado pelo vírus influenza A(H1N1)pdm09. Houve um perfil de resposta imune inata/ inflamatória e adaptativa associado aos casos fatais, perfil este representado pelas citocinas/quimiocinas IL-8, IL-4, MIP1-α, IL-15 e TNF-α. Houve constante evolução viral a partir do período pandêmico, principalmente nos anos de 2012 e 2013. Nenhuma mutação de resistência ao oseltamivir, (H275Y) foi encontrada. Conclusões Um perfil de elevação na expressão de citocinas/quimiocinas teve relação direta com a gravidade da infecção: IL-8, IL-4, MIP1-α, IL-15 e TNF-α. A análise das 56 sequências genômicas virais completas, revelou um maior acúmulo de mutações nas proteínas HA, NA e PA, as quais estão relacionadas com a antigenicidade e com a capacidade replicativa do vírus. Tais mutações poderiam determinar a adaptação do vírus ao hospedeiro, sua virulência e a eficiência da vacina anti-influenza. Este estudo contribui para o conhecimento e a vigilância do influenza A no Rio Grande do Sul.Item Associação entre a classificação morfológica confocal e os fenótipos clínicos de pacientes com múltiplos melanomas primários e melanoma familial(2016) Grazziotin, Thais Corsetti; Bonamigo, Renan Rangel; Puig, SusanaIntrodução: O melanoma se caracteriza como uma doença heterogênea, de diferentes vias causais e manifestações clínicas, histopatológicas e biológicas. Métodos diagnósticos como a dermatoscopia e a microscopia confocal permitem aumentar a acurácia diagnóstica do melanoma e a detectar tumores em estágios iniciais. Objetivos: Classificar os melanomas de pacientes de alto risco de acordo com tipos morfológicos na microscopia confocal, a fim de correlacionar com características clínicas, fenotípicas e genéticas dos pacientes e critérios dermatoscópicos e histológicos dos tumores. Material e Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, hospitalar, selecionou melanomas consecutivamente analisados por dermatoscopia e microscopia confocal e com confirmação de pesquisa de mutação em CDKN2A e MC1R. Resultados: Cinquenta e sete melanomas de cinquenta pacientes foram estudados à microscopia confocal: 23 (40,4%) tipo células dendríticas, 21 (36,8%) células redondas, 2 (3,5%) ninhos dérmicos, 2 (3,5%) combinado e 9 (15,8%) não classificável. O tipo células dendríticas foi caracterizado por idade mais avançada, fototipo cutâneo II e III, exposição solar mais intensa e de lentigos solares moderados a severos; foi mais frequente em lesões faciais e esteve associado ao subtipo histológico lentigo maligno. O tipo de células redondas apresentou tendência a ocorrer mais frequentemente em contexto familiar e em paciente fototipo I; esteve associado a características da microscopia confocal como espessamento da união dermoepidérmica, ninhos dérmicos densos e células nucleadas dentro da papila dérmica. O melanomas tipo ninhos dérmicos e tipo combinado foram associados à ausência de retículo pigmentado à dermatoscopia e maior espessura tumoral na histologia. O tipo não classificável foi associado a índice dermatoscópico total e escores de microscopia confocal mais baixos. Pacientes com mutação em CDKN2A desenvolveram qualquer tipo de melanoma pela classificação de microscopia confocal. Conclusão: Características fenotípicas específicas de pacientes de alto risco estiveram associadas com tipos de melanoma classificados pela microscopia confocal. A expressão morfológica dos melanomas na microscopia confocal pode representar diferenças no estágio de crescimento e comportamento biológico do tumor.Item Avaliação audiológica em crianças com gagueira pré e pós terapia fonoaudiológica(2021) Gregory, Letícia; Zen, Paulo Ricardo Gazzola; Sleifer, PricilaIntrodução: Gagueira é um distúrbio caracterizado por uma disruptura involuntária no fluxo e ritmo de fala, que pode estar associada a fatores neuroaudiológicos ligados ao processamento auditivo central (PAC). Os potenciais evocados auditivos de longa latência e os testes comportamentais que avaliam as habilidades do processamento auditivo central são utilizados como instrumento para avaliar o PAC em diversas populações com queixas fonoaudiológicas, assim como para investigar os possíveis efeitos da terapia fonoaudiológica. Objetivos: Descrever e analisar as respostas obtidas na avaliação eletrofisiológica e comportamental das habilidades do processamento auditivo central em crianças com gagueira pré e pós terapia fonoaudiológica. Além disso, verificar possíveis associações entre os achados audiológicos, severidade da gagueira e escala Scale of Auditory Behaviors (SAB). Material e Métodos: Participaram do estudo 18 crianças de 7 a 11 anos, de ambos os sexos, com gagueira desenvolvimental persistente de leve a grave (grupo pesquisa), e 18 crianças sem alterações de fala ou linguagem (grupo controle), pareados por sexo, idade e preferência manual. Foram realizadas avaliações das habilidades auditivas em dois momentos distintos, pré e pós intervenção, através de audiometria tonal e vocal, medidas de imitância acústica, potencial evocado auditivo de tronco encefálico, potencial evocado auditivo de longa latência (pesquisa da onda P2 e P3) e avaliação comportamental do processamento auditivo central. Também foi aplicada a escala SAB, a fim de obter informações qualitativas relacionadas ao PAC. As crianças com gagueira foram submetidas a terapia fonoaudiológica de PAC semanalmente, durante 6 meses e 12 crianças retornaram para reavaliação. Resultados: Na amostra estudada, as crianças com gagueira apresentaram maiores valores de latência das ondas P2 e P3 e menores valores de amplitude de P3 em comparação aos seus pares fluentes. Além disso, apresentaram pior desempenho nos testes comportamentais do PAC. Houve associação entre severidade da gagueira e aumento da latência das ondas P2 e P3, bem como associação entre pontuação no SAB e latência das ondas P2 e P3. Após terapia fonoaudiológica, as crianças com gagueira apresentaram diminuição de latência e aumento de amplitude da onda P3, assim como melhor desempenho nos testes comportamentais do PAC. Conclusão: Crianças com gagueira apresentam pior desempenho nas avaliações eletrofisiológicas e comportamentais do processamento auditivo central quando comparadas a crianças fluentes, indicando dificuldade nas habilidades atenção auditiva, detecção e discriminação de um estímulo acústico, memória auditiva, resolução temporal, de figura-fundo, separação binaural, discriminação de duração, ordenação temporal, reconhecimento de sons verbais em escuta monótica e dicótica. Essas habilidades podem ser melhoradas com a terapia fonoaudiológica e a evolução do processo terapêutico pode ser monitorada por meio dos potenciais evocados auditivos de longa latência.Item Avaliação clínica e citogenética molecular através da hibridização in situ fluorescente (FISH): frequência e significado clínico de aneuploidias, deleção, amplificação e fusões gênicas em glioblastomas(2018) Trevisan, Patrícia; Zen, Paulo Ricardo Gazzola; Varella-Garcia, Marileila; Rosa, Rafael Fabiano MachadoIntrodução: Glioblastoma (GBM) é o tumor cerebral primário mais frequente e também muito agressivo, com baixa sobrevida apesar dos avanços no diagnóstico e na terapia. A nível molecular, esses tumores são objeto de investigação, especialmente com o objetivo de encontrar padrões para o desenvolvimento de novos tratamentos. Objetivos: Verificar a frequência de rearranjos envolvendo os genes NTRK1 e ROS1, a amplificação nos genes KIT, PDGFRA, KDR e a deleção do gene RB1 em uma amostra de glioblastomas de pacientes adultos e correlacionar estas anormalidades citogenéticas com o prognóstico dos pacientes afetados por este tumor. Material e Métodos: Foram investigados 113 pacientes adultos brasileiros diagnosticados com GBM, avaliando as suas características clínicas e de citogenética molecular por hibridização in situ fluorescente (FISH), com as sondas específicas para cada uma das alterações investigadas: Vysis LSI NTRK1 (Cen)/Vysis LSI NTRK1 (Tel), ROS1-GOPC(FIG) Distal/ROS1-GOPC(FIG) Proximal, Vysis LSI KIT/CEP4/PDGFRA e KDR sondas in house e Vysis LSI 13 RB1/Vysis LSI 13q34. Resultados: Cerca de metade dos pacientes (53%) eram do sexo masculino e a maioria tinha mais de 40 anos (94%). O principal sinal clínico observado ao diagnóstico XI foi distúrbio focal (57%) e a maioria dos tumores foi diagnosticada como GBM de novo (93%). Em 60% dos pacientes, o tumor estava localizado no hemisfério cerebral direito e as regiões frontal (31%) e temporal (20%) foram as mais afetadas. Na maioria dos casos o tumor estava localizado em um único local (64%) e foi submetido a ressecção parcial (71%). Quatorze pacientes (14%) apresentaram complicações após a cirurgia. A mediana do tempo de internação foi de 20 dias e a sobrevida média foi de 175 dias. Um caso foi identificado como positivo para rearranjo para NTRK1 e outro para ROS1 (0,9% cada). PDGFRA estava amplificado em aproximadamente 20% dos casos e co-amplificado com KDR em mais de 90% dos casos e com KIT em mais de 60% dos casos. RB1 estava deletado em 16% dos casos. Não houve associação entre as anormalidades citogenéticas investigadas e a sobrevida dos pacientes. No entanto, idade, complicações após a cirurgia e lado do tumor foram variáveis independentes associadas à sobrevida do paciente. Conclusão: Este estudo contribui com informações sobre o perfil molecular dos GBMs na América Latina e para identificar possíveis novos candidatos para novas terapias, mostrando que as alterações observadas pela técnica de FISH são relevantes.Item Avaliação clínica e citogenética molecular de uma amostra de glioblastomas em adultos: aneuploidia dos cromossomos 7 e 10, amplificação do gene EGFR e deleção do gene PTEN(2014) Graziadio, Carla; Paskulin, Giorgio Adriano; Rosa, Rafael Fabiano MachadoIntrodução: os glioblastomas são os tumores malignos mais frequentes do sistema nervoso central e apresentam mau prognóstico. Os estudos das alterações genéticas destes tumores têm auxiliado na compreensão da fisiopatologia do glioblastoma e dos fatores prognósticos dos pacientes afetados por estes tumores. Objetivos: identificar, através da técnica de FISH, as frequências da aneuploidia do cromossomo 7, amplificação do gene EGFR, monossomia do cromossomo 10, deleção do gene PTEN e deleção do braço longo do cromossomo 10 em uma amostra de glioblastomas e correlacionar as anormalidades citogenéticas moleculares com o prognóstico dos pacientes afetados. Material e métodos: 21 pacientes, operados cirurgicamente por serem afetados por glioblastoma, foram avaliados através de um protocolo clínico e laboratorial. As amostras tumorais destes pacientes foram analisadas, através da técnica de FISH, utilizando-se 2 sondas de DNA: LSI EGFR/CEP 7 e LSI PTEN/CEP 10. Os resultados das hibridizações foram comparados aos dados clínicos dos pacientes. Conclusão: a maioria dos pacientes da amostra foi do sexo masculino com idades variando entre 41 a 83 anos. Observou-se que os pacientes mais jovens foram os que apresentaram melhor prognóstico. As características clínicas e as frequências de polissomia do cromossomo 7, amplificação do gene EGFR, monossomia do cromossomo 10 e deleção do braço longo do cromossomo 10 não diferiram daquelas observadas na literatura. A amplificação do gene EGFR, associada a perdas do cromossomo 10, foi observada em 38,09% dos casos analisados e é provável que este grupo pertença ao subtipo molecular denominado como “clássico”. A deleção do gene PTEN demonstrou ser um fator de mau prognóstico para os pacientes da amostra, o que pode ser explicado pela perda da função do gene como supressor tumoral. Os dados deste trabalho mostram que o estudo das alterações genéticas dos glioblastomas, pela técnica de FISH, é relevante e que há necessidade de ampliar as análises já realizadas.Item Avaliação clínica e citogenética molecular de uma amostra de glioblastomas em pacientes adultos: frequência e significado clínico das aneuploidias dos cromossomos 7 e 10, amplificação do gene EGFR, deleção dos genes PTEN e TP53 e deficiência de 1p/19q(2017) Rodrigues, Dayane Bohn Koshiyama; Zen, Paulo Ricardo Gazzola; Rosa, Rafael Fabiano MachadoIntrodução: Dentre os tumores malignos que acometem o sistema nervoso central, os glioblastomas destacam-se como os mais frequentes e mais agressivos, sendo que seu prognóstico permanece extremamente limitado. Objetivos: Verificar a frequência e o significado clínico da aneuploidia dos cromossomos 7 e 10, amplificação do gene EGFR, deleção dos genes PTEN e TP53 e deficiência de 1p/19q em uma amostra de glioblastomas de pacientes adultos através da técnica de FISH. Material e Métodos: A amostra foi composta por 40 pacientes adultos com diagnóstico de glioblastoma que foram atendidos de novembro de 2011 a março de 2015. A análise citogenética molecular foi realizada através da técnica de FISH. As variáveis clínicas avaliadas foram idade, sexo, localização do tumor, sintomas clínicos, história familiar de câncer, tipo de ressecção e sobrevida. Resultados: A idade média dos pacientes foi 59,3 anos (41-83 anos), sendo que a maioria era do sexo masculino (70%). A mediana de sobrevida foi 145 dias. As alterações mais frequentes foram a monossomia do cromossomo 10 (52,5%), a polissomia do cromossomo 7 (50%), a amplificação do gene EGFR (42,5%) e a deleção de PTEN (35%). A deleção de TP53 foi observada em 9 pacientes (22,5%), e foram identificados 2 casos (5%) com deleção de 1p e 3 casos (7,5%) com deleção de 19q. Não foram detectados em nossa coorte casos com VIII codeleção 1p/19q. Deleções dos genes TP53 e PTEN apresentaram impacto negativo sobre a sobrevida (p=0,011 e p=0,037, respectivamente). A idade demonstrou ser um fator prognóstico, sendo que pacientes com menor idade apresentaram maior sobrevida (p=0,042). Conclusão: Nossos dados sugerem que as deleções de TP53 e PTEN podem apresentar impacto negativo sobre o prognóstico, sendo que são necessários mais estudos para esclarecer o papel dessas alterações sobre a sobrevida desses pacientes.Item Avaliação da eficácia das medicações imunobiológicas e inibidores de pequenas moléculas para psoríase: uma revisão sistemática da literatura e metanálise(2016) Carvalho, André Vicente Esteves de; Bonamigo, Renan Rangel; Duquia, Rodrigo Pereira; Horta, Bernardo LessaImportância: Psoríase é uma doença inflamatória imuno-mediada. O tratamento tem evoluído nos últimos anos devido à introdução de medicações imunobiológicas e inibidores de pequenas moléculas. Objetivo: Conduzir uma revisão sistemática e metanálise para determinar a eficácia de medicações imunobiológicas e inibidores de pequenas moléculas pra tratamento de pacientes com psoríase moderada-a-grave. Fonte de dados: Trabalhos publicados até 20 de julho de 2015 foram pesquisados nos bancos de dados EMBASE, MEDLINE, LILACS, WEB OF SCIENCE and CLINICALTRIALS.ORG. Seleção de estudos: Somente ensaios clínicos randomizados, duplo-cego, controlados por placebo que avaliaram a eficácia de medicações imunobiológicas e inibidores de pequenas moléculas para tratamento de pacientes com psoríase moderada-a-grave. Foram selecionados por dois autores independentes. Nenhum restritor foi usado. Extração e síntese dos dados: Dois autores extraíram independentemente os dados e uma metanálise com modelo de efeito randômico foi realizada. Desfecho principal e medidas: O Psoriasis Area and Severity Index (PASI) 75 foi considerado o desfecho principal. Resultados: 38 estudos foram incluídos. O efeito geral agrupado (overall pooled effect) favoreceu os biológicos e inibidores de pequenas moléculas em relação ao placebo (RD: 0.61; 95%IC:0.60-0.62). Ixekizumabe na dose de 160mg na semana 0 e então a cada 2 semanas (RD: 0,84; 95%IC: 0.76-0.91), brodalumabe 210mg (RD:0.79; 95%CI:0.76-0.82), infliximabe 5mg/kg (RD: 0.76; 95%IC:0.73-0.79) e secuquinumabe 300mg (RD: 0.76; 95%IC:0.71-0.81) mostraram maior chance de resposta (PASI75), quando comparados ao placebo. Conclusões e relevância: Medicações anti-IL17, brodalumabe, ixekizumabe and secuquinumabe demonstraram chance igual ou maior de fazer os pacientes alcançarem 75% de melhora no PASI quando comparado com outras drogas revisadas.Item Avaliação da expressão de DLL3 em carcinoma de pequenas células do pulmão no sul do Brasil e sua correlação com EGFR, PDL-1, CICLIN D 1, marcadores neuroendócrinos e achados clínicos(Wagner Wessfll, 2021) Marçal, Josenel Maria Barcelos; Zen, Paulo Ricardo Gazzola; Rosa, Rafael Fabiano MachadoINTRODUÇÃO: carcinoma de pequenas células do pulmão (CPCP) representa uma neoplasia rara, associada ao tabagismo, de curso clínico agressivo, com recidivas após tratamento convencional. Novas terapias-alvo têm sido produzidas e testadas, baseadas na expressão de biomarcadores por células neoplásicas, como a proteína delta Like 3 (DLL3), que é um ligante inibitório da via de sinalização Notch, envolvido na regulação da tumorigênese. OBJETIVOS: avaliar a expressão de DLL3 em células neoplásicas do CPCP e sua correlação com os biomarcadores EGFR, PDL-1, ciclina D1 e com marcadores do painel de rotina (sinaptofisina, cromogranina, CD56, citoqueratinas, TTF1); e avaliar a associação dos dados clínicos e a sobrevida com a expressão de DLL3. MÉTODOS: estudo retrospectivo, constituido por 40 amostras de biópsias de CPCP, selecionadas no Laboratório de Anatomia Patológica e Micologia do Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, selecionadas no periodo de 2006 a 2016.As amostras foram avaliadas quanto à expressão de biomarcadores por imuno-histoquímica: DLL3 (membranas e citoplasma), EGFR e PDL-1 (membranas), Ciclina D1eKi67 (núcleo). O painel de rotina com TTF1, Cromogranina A, sinaptofisina, CD56, CK70 anteriormente realizado, foi tabulado como positivo ou negativo. Dos prontuarios dos pacientes, foram levantados os dados clínicos, data do óbito ou última revisão. RESULTADOS: foram produzidos três artigos. O artigo I demonstrou expressão de DLL3 de 32,5% na amostra avaliada. Nesses pacientes, a expressão de EGFR foi 46,2%; PDL-1 30,8%; ciclina D1 53,8% ; e cromogranina A 30,8% . Todos os pacientes positivos para cromogranina A foram negativos para anti DLL3 (p> 0,17). A sobrevida geral para DLL3 positivo foi ligeiramente maior em pacientes com cromogranina A negativa (p 0.299). O artigo II apresentou uma revisão bibliográfica: Correlação Entre Embriogênese Pulmonar, Organogênese, Alterações Moleculares e Tumorigênese: artigo de Revisão; e o artigo III propôs uma mini revisão sobre marcas registradas do câncer e sua importância. CONCLUSÃO: a expressão de DLL3 em células neoplásicas foi de 32,5% na correlação com EGFR, PDL-1 e Cyclin D1. Os valores de HR indicam impacto clínico. Pacientes DLL3 positivos apresentaram baixa expressão de cromogranina A, indicando uma tendência à ação protetiva. O estudo de biomarcadores em CPCP, poderá proporcionar o desenvolvimento de novas terapias-alvo e de marcadores preditivos.Item Avaliação da viremia pelo BKPyV pós-transplante renal e determinação do ponto de corte para predição de nefropatia associada ao vírus(2016) Pinto, Gabriel Godinho; Pasqualotto, Alessandro Comarú; Keitel, ElizeteIntrodução: O transplante renal é o tratamento de escolha para a doença renal crônica de estágio final. O período de maior mortalidade após o transplante é até o terceiro mês, entretanto após um ano a taxa de sobrevida é ~80% maior quando comparada aos pacientes que permaneceram sem diálise. Atualmente uma das complicações do transplante renal é a infecção por poliomavírus BK (BKPyV) que pode levar a perda da função do enxerto. Testes não invasivos como a reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR) são descritos como testes de escolha para rastreamento da infecção ativa e como o valor da carga viral pode indicar nefropatia presuntiva por BKPyV em estágios iniciais da doença. Entretanto, na literatura não há um consenso quanto ao ponto de corte da virúria e viremia que melhor prediz nefropatia por BKV (BKVN), sendo necessário que cada centro estabeleça seus próprios valores. Objetivos: Estabelecer o ponto de corte para carga viral virúria e viremia que melhor prediz a BKVN em nossas instituições e avaliar os fatores relacionados do desenvolvimento da BKVN. Material e Métodos: Foram incluídos 200 pacientes submetidos a transplante renal, ambos os sexos e ≥18 anos. Os pacientes foram acompanhados por 9 meses e a cada trimestre amostras de urina e sangue foram coletadas para posterior extração de DNA e pesquisa de BKPyV. A extração de DNA e detecção do ponto de corte para BKVN foram feitos por kits comerciais. O desenvolvimento do teste in-house foi validado através da linearidade com o teste comercial. IX Resultados: A prevalência de BKVN foi de 4%. Os pontos de corte para virúria e viremia que melhor inferiu BKVN foram ≥5,7 log e ≥3,8 log cópias/mL, respectivamente. Com 100% de sensibilidade e de valor preditivo negativo, a urina mostra-se como excelente material para o rastreio da doença; já a viremia mostrou especificidade e valor preditivo positivo de 96% e 64%, respectivamente, sendo o material de escolha para predizer BKVN. Conclusões: O uso do qPCR é uma ótima ferramenta de rastreio para infecção por BKPyV. Ao se definir o melhor ponto de corte para nossas instituições melhoramos a detecção dos possíveis casos de BKVN, muitos dos quais possivelmente não viessem a ser diagnosticados se utilizássemos outros pontos de corte já validados na literatura.Item Avaliação de Biomarcadores Prognósticos em Câncer de Esôfago.(2021-09-24) Santos, Aniúsca Vieira dos; Bica, Claudia Giuliano; Alves, Rafael José VargasIntrodução: A elevada incidência mundial de câncer de esôfago, e a manutenção das baixas porcentagens de sobrevida global dos pacientes, estimulam estudos sobre potenciais biomarcadores prognósticos. Pesquisas têm sido realizadas sobre o papel das enzimas antioxidantes no processo carcinogênico, como a Superóxido Dismutase 2 (SOD2) e em especial o polimorfismo Val16Ala de SOD2, mas seu impacto prognóstico no câncer de esôfago não foi estabelecido. Estudos também avaliaram a associação entre a infecção por Papilomavírus Humano (HPV), principalmente HPV16, e a expressão da proteína supressora de tumor p16, com correlações divergentes destes com a progressão da doença. Objetivos: Investigar SOD2, HPV16, e p16 como potenciais biomarcadores prognósticos em câncer de esôfago. Metodologia: Artigo I - revisão sistemática sobre o polimorfismo Val16Ala de SOD2 e a associação com o prognóstico de pacientes com câncer. Artigo II - Análise dos genótipos do polimorfismo Val16Ala e a expressão imunohistoquímica de SOD2 no câncer de esôfago, e sua associação com a sobrevida global. Artigo III - Associação entre infecção por HPV16 e a expressão imunohistoquímica de p16 no câncer de esôfago, e sua correlação com a sobrevida. Resultados: Artigo I - Foram identificadas evidências na literatura da associação entre o polimorfismo Val16Ala (alelo Ala), e o prognóstico de pacientes com câncer. Artigo II - Polimorfismo Val16Ala foi associado ao risco de câncer de esôfago (RR 2.18, 95%CI 1.23-3.86), mas não a sobrevida dos pacientes (P=0.53). A baixa expressão de SOD2 foi associada a menor sobrevida (HR, 0.41; 95% CI, 0.22-0.79). Artigo III - Não houve associação de HPV16 e p16 com a sobrevida dos pacientes com câncer de esôfago (P=0.56). Conclusão: Na investigação de biomarcadores para câncer de esôfago, destacamos o polimorfismo Val16Ala-SOD2 (modelo AA vs AV+VV) associado ao maior risco dessa neoplasia, e os resultados promissores da expressão imunohistoquímica de SOD2 como biomarcador prognóstico.Item Avaliação de dois novos anticorpos monoclonais para detecção da superexpressão da proteína HER2 em carcinomas de mama(2014) Aleixo, Pedro Bandeira; Hartmann, Antonio AtalíbioIntrodução: Anticorpos são usados rotineiramente em ensaios laboratoriais para a detecção de antígenos. A análise imuno-histoquímica (IHQ) tem como princípio a demonstração in situ da reação antígenoanticorpo no tecido biológico. A amplificação do gene ERBB2 (ou HER2), e a resultante superexpressão de sua proteína HER2 em células neoplásicas, tornou-se fator prognóstico e preditivo utilizado no tratamento de pacientes com câncer de mama. Além disso, apresenta um papel determinante na classificação molecular intrínseca do carcinoma de mama. Objetivo: Avaliar o desempenho de dois novos anticorpos monoclonais (mAcs) anti-HER2 (33F e 410G) na detecção da superexpressão de HER2, através de IHQ, pela comparação com os resultados de outros dois anticorpos (SP3 e A0485) e da amplificação do gene HER2 por meio de hibridização in situ cromogênica (CISH). Métodos: Foi realizado IHQ com os anticorpos 33F, 410G, SP3 e A0485, e duas técnicas de CISH em uma série de 123 casos de carcinoma infiltrativo de mama. Determinou-se a sensibilidade, especificidade e índices de concordância (K) dos resultados da IHQ entre si e com a amplificação de HER2. Resultados: Foi identificado uma boa concordância entre os resultados de 33F (K=0,81 e K=0,75) e 410G (K=0,81 e K=0,75) com SP3 e A0485, respectivamente. As especificidades encontradas de 33F foram 98,6% e 98,6%, e de 410G 100% e 100%, e as sensibilidades encontradas de 33F foram 80% e 74,1%, e de 410G 78% e 72,2%, quando comparadas com SP3 e A0485, respectivamente. Encontrou-se uma concordância significante entre os casos 33F (K=1) e 410G (K=0,96) HER2+, e amplificação positiva por CISH. A reprodutibilidade dos resultados de IHQ se manteve em diferentes lotes de produção dos mAcs quando comparados com a amplificação gênica (K=0,96 e K=0,96). Conclusão: Em vista do que foi observado, os dois mAcs testados mostraram-se adequados para detectar a superexpressão de HER2 por IHQ em carcinomas de mama e podem ser usados em pesquisa na investigação indireta da amplificação de HER2 em tecido neoplásico humano incluído em parafina.Item Avaliação imuno-histoquímica de pólipos endometriais em pósmenopáusicas sintomáticas usuárias e não usuárias de tamoxifeno(2013) Dibi, Raquel Papandreus; Silveira, Gustavo Py Gomes da; Zettler, Cláudio GalleanoItem Avaliação in vitro da toxicidade do Thirdhand Smoke(2016) Figueiró, Luciana Rizzieri; Dantas, Denise Conceição Mesquita; Ziulkoski, Ana LuizaIntrodução: O Thirdhand Smoke (THS) consiste nos poluentes residuais da fumaça de cigarro que permanecem nos ambientes. A principal preocupação com o THS é embasada na presença e longa persistência de muitos compostos tóxicos, alguns ausentes na fumaça emitida enquanto o cigarro está aceso. Além de pouca informação sobre o THS, há um desconhecimento da sua existência e seus efeitos na saúde. Objetivo: Avaliar a toxicidade do THS por meio de ensaios in vitro. Materiais e Métodos: Papel cromatográfico e discos de algodão foram impregnados com fumaça produzida pela queima espontânea de cigarros em câmara ou utilizados para coletar o THS em casas de fumantes (n= 9) e casas de não fumantes (n= 3). Os materiais coletados foram imersos em meio de cultivo DMEM (Dulbecco's Modified Eagle Medium) para recuperação dos compostos retidos na amostra. Linhagens celulares A549, Hep-2 e 3T3 foram expostas por 24 horas ao DMEM utilizado para recuperação do THS. Ensaios de redução do MTT, recaptação do vermelho neutro (VN) e exclusão do azul de tripano foram realizados para avaliação da funcionalidade mitocondrial, viabilidade lisossomal e número de células. Resultados: Nas amostras impregnadas com fumaça de cigarro, observaram-se aumento na atividade mitocondrial e diminuição da taxa de proliferação nas células 3T3, enquanto que, nas células Hep-2, houve alteração na viabilidade lisossomal. Nas amostras coletadas nas casas de fumantes, a principal alteração celular encontrada foi aumento na atividade mitocondrial nas três linhagens celulares. Conclusão: O THS provocou alterações em funções importantes para a sobrevivência celular. Devido à diferente sensibilidade das células ao THS, é importante estudar seus efeitos em diferentes ensaios e tipos celulares. Mesmo que nossos resultados não tenham mostrado efeito citotóxico clássico, como morte ou diminuição crítica da função celular, esse foi o primeiro estudo sobre os efeitos do THS coletado em casas de fumantes.Item Avaliação tomográfica de aprisionamento aéreo por densitovolumetria pulmonar para diagnóstico da Síndrome de Bronquiolite Obliterante em pacientes transplantados pulmonares unilaterais(Wagner Wessfll, 2020) Nascimento, Douglas Zaione; Hochhegger, BrunoIntrodução: A sobrevida no longo prazo após o transplante pulmonar é limitada pela disfunção crônica do enxerto, representada principalmente pela síndrome da bronquiolite obliterante (SBO) que é caracterizada por um processo de obliteração multifocal das pequenas vias aéreas. O diagnóstico de SBO é feito através da espirometria e a tomografia computadorizada (TC) de tórax tem um papel complementar. O aprisionamento aéreo é o principal achados tomográfico nos pacientes transplantados pulmonares com SBO. Objetivos: Avaliar e quantificar o aprisionamento aéreo na TC de tórax de pacientes submetidos a transplante pulmonar unilateral e correlacionar essas aferições com o diagnóstico de SBO. Material e Métodos: Foram incluídos pacientes transplantados pulmonares unilaterais realizados em único centro e foi avaliado o grau de aprisionamento aéreo por três diferentes métodos: índice de aprisionamento aéreo na expiração (ATIexp), densidade pulmonar média na expiração (MLDexp) e razão entre a densidade pulmonar média na expiração e na inspiração (E/I ratio(MLD). Os resultados foram correlacionados com o diagnóstico de SBO. Resultados: No total de 46 pacientes na amostra, 12 tinham o diagnóstico de SBO. Os métodos de ATIexp e de E/I-ratio(MLD) tiveram uma acurácia de 85% e 90% para detecção de SBO, respectivamente. O limiar para detecção pelo ATIexp foi >0.06 e pelo E/I-ratio (MLD) foi de 0.93. O MLDexp teve uma acurácia de 83,3% para um limite mínimo de densidade pulmonar média de - 737 UHs. Conclusão: Os três diferentes métodos utilizados no estudo são de fácil aferição através da TC de tórax e podem trazer importantes informações acerca dos enxertos pulmonares com promissora correlação com o diagnóstico de SBO nos pacientes submetidos a transplante pulmonar unilateral.Item Avanços na biologia molecular dos adenomas hipofisários secretores de GH(2017) Mendes, Graziella Alebrant; Pereira-Lima, Júlia Fernanda Semmelmann; Oliveira, Miriam da Costa; Kohek, Maria Beatriz da FonteIntrodução: Os adenomas secretores de hormônio do crescimento (GH) correspondem a 13% dos adenomas hipofisários e levam à acromegalia. São considerados tumores benignos, entretanto, podem tornar-se agressivos e invadir tecidos vizinhos. Objetivo: Avaliar os marcadores teciduais de tumorigênese E-caderina, SLUG e NCAM em adenomas hipofisários secretores de GH e sua relação com grau de invasividade tumoral. Material e métodos: Estudo transversal prospectivo realizado com pacientes submetidos à hipofisectomia por adenoma hipofisário produtor de GH no período de abril de 2007 a dezembro de 2014. Realizou-se revisão dos prontuários para coleta dos dados clínicos. Imediatamente após a cirurgia, amostras tumorais foram congeladas em nitrogênio líquido e estocadas em biofreezer a -80°C para avaliação da expressão gênica da E-caderina (CDH1), SLUG (SNAI2) e NCAM (NCAM1) por PCR em tempo real. O material foi fixado em formalina e incluído em parafina para avaliação imuno-histoquímica da ECAD e NCAM. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, conforme parecer 512/230. Resultados: Foram incluídos 35 pacientes acromegálicos. A idade média foi de 47,11 ± 13,43 anos e 65,7% foram considerados tumores invasivos. Observou-se expressão imuno-histoquímica da ECAD em 96,7% dos pacientes e da NCAM em 80%. Não houve significância estatística na relação do grau de invasividade tumoral com a expressão imuno-histoquímica dos marcadores. Quanto à expressão gênica, 50% dos pacientes apresentaram expressão do gene CDH1, nenhum apresentou expressão do SNAI2 e 53,3% apresentaram expressão gênica do NCAM1. Não houve significância estatística na relação do grau de invasividade tumoral com a expressão gênica dos marcadores CDH1, SNAI2 e NCAM1. Conclusões: As ausências de superexpressão do SLUG (SNAI2) e de supressão da ECAD (CDH1) e da NCAM (NCAM1) sugerem que a expressão dos marcadores não esteja associada com a invasividade tumoral em adenomas hipofisários secretores de GH.Item Câncer de mama e derrame pleural neoplásico: características morfológicas e marcadores tumorais(2016) Santos, Giovana Tavares dos; Bica, Claudia Giuliano; Prolla, João Carlos; Introíni, Gisele OrlandiIntrodução: Cerca de 20% das pacientes com câncer de mama, mesmo em estágio inicial, desenvolverão a doença metastática e 90% das mortes por essa neoplasia decorrem de complicações oriundas de sua disseminação. Dessa forma, identificar características biológicas relacionadas à agressividade do câncer de mama metastático e ao prognóstico das pacientes faz-se necessário. Objetivos: Investigar marcadores tumorais no derrame pleural neoplásico de pacientes com câncer de mama metastático, relacionando ao prognóstico das pacientes. Metodologia: estudo de coorte histórica, onde foram inseridos pacientes com derrame pleural neoplásico e história de câncer de mama. Para cada um dos 4 trabalhos realizados (Artigos I, II, III e Apêndice 1), foi necessário recorrer a metodologias que envolveram a análise morfológica e a expressão de marcadores tumorais. Resultados: No Artigo I, intitulado “Impact of Her-2 overexpressed on survival of patients with metastatic breast cancer”, evidenciamos alteração na expressão do painel imuno-histoquímico do câncer de mama metastático, quando comparado ao tumor primário, e que a super-expressão de Her-2 na metástase pleural representa mau prognóstico para as pacientes com câncer de mama avançado. No Artigo II, intitulado “Impact of Cell Arrangement of Pleural Effusion in Survival of Patients with Breast Cancer”, verificamos que o derrame pleural neoplásico com células isoladas está associado a prognóstico desfavorável. No Artigo III, descrevemos uma técnica de distensão citológica, que apresenta como vantagem, uma melhor distribuição das células com interesse diagnóstico. No apêndice 1, apresentamos a descrição do padrão esferoide, através da microscopia eletrônica de transmissão. Conclusão: A heterogeneidade intra-tumoral, conforme observamos nos tumores estudados, referente à forma de organização celular, a proliferação, capacidade de metastatizar, sensibilidade a drogas, dependência de sinais de crescimento, são características importantes nas neoplasias, além da forma de interação de subclones geneticamente distintos durante esta evolução desse tumor, sugerindo uma grande importância em conhecer as características biológicas da metástase, permitindo sua aplicação na medicina personalizada.
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