Análise das metodologias moleculares aplicadas ao diagnóstico da síndrome de deleção 22q11 e atualização de resultados entre indivíduos suspeitos e diagnosticados: enfoque cardíaco.

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Data
2024-08-13
Autores
Diniz, Bruna Lixinski
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Editora
Editor Literário
Resumo
Introdução: A síndrome de DiGeorge ou deleção 22q11.2 (22q11.2DS; OMIM #188400) é a síndrome de microdeleção cromossômica mais frequente, originada a partir de eventos de recombinação meiótica não homóloga que ocorrem em aproximadamente 1 em cada 1.000 – 7.000 recém-nascidos. Os defeitos cardíacos congênitos (CHDs) são uma das características clínicas mais prevalentes descritas em indivíduos diagnosticados com a 22q11.2DS, sendo o principal achado que motiva o encaminhamento para a investigação da síndrome, especialmente em indivíduos com poucas manifestações fenotípicas. Sabe-se que 4 LCRs, do inglês, low copy repeats, (A, B, C e D) definem essa região e dependendo do tamanho da deleção e LCRs envolvidas, o fenótipo pode ser sucinto ou até mais abrangente. Atualmente, há diferentes metodologias citogenéticas que são usadas rotineiramente em laboratórios clínicos e de pesquisa. Portanto, a escolha de uma tecnologia eficiente e a interpretação precisa dos achados clínicos são cruciais para o diagnóstico dos pacientes com 22q11.2DS. Objetivos: Analisar as metodologias moleculares utilizadas para o diagnóstico da 22q11.2DS em associação com a cardiopatia congênita e determinar o tamanho de deleção e genes envolvidos através da técnica de MLPA em pacientes com diagnóstico molecular para 22q11.2DS após triagem pela FISH. Material e Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática dos últimos 20 anos de pesquisa sobre pacientes com 22q11.2DS em associação com CHD e o processo de investigação por trás de cada diagnóstico. Posteriormente, uma reavaliação dos casos identificados pelo Serviço de Genética Clínica foi realizada para determinar o tamanho real da deleção e possíveis outras causas moleculares de pacientes previamente triados pela metodologia de FISH. Resultados: Este trabalho originou dois artigos, uma revisão sistemática e um artigo original. Na revisão sistemática, 60 artigos foram elegíveis para análise. Apresentamos uma nova visão do defeito do septo ventricular como um possível achado cardíaco fundamental em indivíduos com 22q11.2DS. Além disso, descrevemos as tecnologias moleculares e a avaliação cardíaca como ferramentas valiosas para orientar os pesquisadores em investigações futuras. Já no artigo original, todos os pacientes que haviam sido diagnosticados anteriormente por FISH (n=10) apresentaram exatamente o mesmo tamanho de deleção, LCRs e genes envolvidos quando avaliados por MLPA. Em pacientes com FISH-, o GATA4 deletado ou duplicado em diferentes exons (1 e 6), apresentou fenótipos distintos de defeitos cardíacos congênitos. Os pacientes que não tiveram seu diagnóstico definido por FISH apresentaram resultados moleculares diferentes, variando de achados normais a alterações nos genes GATA4 e NXK2-5. Conclusão: A diversidade molecular nas malformações cardíacas é uma realidade e um grande desafio, uma vez que a correlação genótipo-fenótipo é limitada. Portanto, novas percepções sobre esse assunto devem ser consideradas: a síndrome de deleção 22q11.2 deve estar ligada apenas à região do cromossomo 22 ou há uma variabilidade fenotípica a ser analisada que envolve um ambiente genômico mais amplo?
Descrição
Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Síndrome de Deleção 22q11.2, Reação em Cadeia da Polimerase Multiplex, Hibridização in Situ Fluorescente, Cardiopatias Congênitas, [en] 22q11 Deletion Syndrome, [en] Multiplex Polymerase Chain Reaction, [en] In Situ Hybridization, Fluorescence, [en] Heart Defects, Congenital
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