Avaliação clínica e citogenética molecular através da hibridização in situ fluorescente (FISH): frequência e significado clínico de aneuploidias, deleção, amplificação e fusões gênicas em glioblastomas

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2018
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Resumo
Introdução: Glioblastoma (GBM) é o tumor cerebral primário mais frequente e também muito agressivo, com baixa sobrevida apesar dos avanços no diagnóstico e na terapia. A nível molecular, esses tumores são objeto de investigação, especialmente com o objetivo de encontrar padrões para o desenvolvimento de novos tratamentos. Objetivos: Verificar a frequência de rearranjos envolvendo os genes NTRK1 e ROS1, a amplificação nos genes KIT, PDGFRA, KDR e a deleção do gene RB1 em uma amostra de glioblastomas de pacientes adultos e correlacionar estas anormalidades citogenéticas com o prognóstico dos pacientes afetados por este tumor. Material e Métodos: Foram investigados 113 pacientes adultos brasileiros diagnosticados com GBM, avaliando as suas características clínicas e de citogenética molecular por hibridização in situ fluorescente (FISH), com as sondas específicas para cada uma das alterações investigadas: Vysis LSI NTRK1 (Cen)/Vysis LSI NTRK1 (Tel), ROS1-GOPC(FIG) Distal/ROS1-GOPC(FIG) Proximal, Vysis LSI KIT/CEP4/PDGFRA e KDR sondas in house e Vysis LSI 13 RB1/Vysis LSI 13q34. Resultados: Cerca de metade dos pacientes (53%) eram do sexo masculino e a maioria tinha mais de 40 anos (94%). O principal sinal clínico observado ao diagnóstico XI foi distúrbio focal (57%) e a maioria dos tumores foi diagnosticada como GBM de novo (93%). Em 60% dos pacientes, o tumor estava localizado no hemisfério cerebral direito e as regiões frontal (31%) e temporal (20%) foram as mais afetadas. Na maioria dos casos o tumor estava localizado em um único local (64%) e foi submetido a ressecção parcial (71%). Quatorze pacientes (14%) apresentaram complicações após a cirurgia. A mediana do tempo de internação foi de 20 dias e a sobrevida média foi de 175 dias. Um caso foi identificado como positivo para rearranjo para NTRK1 e outro para ROS1 (0,9% cada). PDGFRA estava amplificado em aproximadamente 20% dos casos e co-amplificado com KDR em mais de 90% dos casos e com KIT em mais de 60% dos casos. RB1 estava deletado em 16% dos casos. Não houve associação entre as anormalidades citogenéticas investigadas e a sobrevida dos pacientes. No entanto, idade, complicações após a cirurgia e lado do tumor foram variáveis independentes associadas à sobrevida do paciente. Conclusão: Este estudo contribui com informações sobre o perfil molecular dos GBMs na América Latina e para identificar possíveis novos candidatos para novas terapias, mostrando que as alterações observadas pela técnica de FISH são relevantes.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Glioblastoma, Hibridização in Situ Fluorescente, Análise Citogenética, [en] In Situ Hybridization, Fluorescence, [en] Cytogenetic Analysis
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