Aspectos imunológicos dos casos de Influenza A no Rio Grande do Sul e análise molecular das cepas circulantes
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Data
2016
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Editora
Editor Literário
Resumo
Introdução: Um novo virus influenza A H1N1, de origem suína, causou a primeira
pandemia do século XXI, a qual foi considerada de virulência moderada. No
Brasil, as regiões Sudeste e Sul foram as mais afetadas e apresentaram as
maiores taxas de mortalidade. Após a pandemia, um sistema de vigilância
epidemiológica mundial foi instalado para caracterizar sequências genômicas
do influenza A e buscar marcadores de virulência. Objetivos: Analisar os fatores clínicos, o perfil de citocinas e mutações virais que estão envolvidos na infecção do vírus Influenza A no Rio Grande do Sul. Material e Métodos Foi realizada RT-qPCR para diagnóstico e carga viral de amostras de
aspirado nasofarínge de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda e
dosagens citocinas/quimiocinas a partir do soro. O genoma completo de 56
isolados virais foram sequenciados para análises filogenéticas e identificação
de mutações nas proteínas virais. Resultados: A carga viral no período pandêmico de 2009 foi significativamente maior para o vírus A(H1N1)pdm09 que amostras de vírus sazonal e essa relação
inverteu no ano de 2011. No entanto, nos dois períodos, pandêmico e pós
pandêmico estudados, o maior número de casos fatais foi causado pelo vírus
influenza A(H1N1)pdm09. Houve um perfil de resposta imune inata/
inflamatória e adaptativa associado aos casos fatais, perfil este representado
pelas citocinas/quimiocinas IL-8, IL-4, MIP1-α, IL-15 e TNF-α. Houve constante evolução viral a partir do período pandêmico, principalmente nos anos de 2012 e 2013. Nenhuma mutação de resistência ao oseltamivir, (H275Y) foi encontrada. Conclusões Um perfil de elevação na expressão de citocinas/quimiocinas teve relação direta com a gravidade da infecção: IL-8, IL-4, MIP1-α, IL-15 e TNF-α. A análise das 56 sequências genômicas virais completas, revelou um maior acúmulo de mutações nas proteínas HA, NA e PA, as quais estão relacionadas com a antigenicidade e com a capacidade replicativa do vírus. Tais mutações poderiam determinar a adaptação do vírus ao hospedeiro, sua
virulência e a eficiência da vacina anti-influenza. Este estudo contribui para o
conhecimento e a vigilância do influenza A no Rio Grande do Sul.
Descrição
Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Vírus da Influenza A Subtipo H1N1, Epidemiologia Molecular, Vigilância Epidemiológica, Mutações Virais, Citocinas, [en] Influenza A Virus, H1N1 Subtype, [en] Molecular Epidemiology, [en] Epidemiological Monitoring, [en] Mutation, [en] Cytokines