Avaliação antropométrica e de indicadores de saúde física no pré e pós-operatório de cirurgia hipofisária em pacientes com adenomas hipofisários não funcionantes, acromegálicos ou com doença de Cushing
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Data
2016-08-23
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Resumo
Introdução: Indivíduos portadores de tumores hipofisários podem apresentar distúrbios que influenciam a qualidade de vida, satisfação, percepção e composição corporais são indicadores importantes na construção do indivíduo saudável. Objetivos: Traçar o perfil antropométrico e de indicadores de saúde de pacientes com adenomas hipofisários não funcionantes, acromegálicos ou com doença de Cushing nos momentos pré e pós-operatório de cirurgia hipofisária. Material e Métodos: Estudo prospectivo, longitudinal antes-e-depois, de pacientes com adenoma hipofisários submetidos à cirurgia. A amostra de conveniência foi de 44 pacientes, média de idade de 47,2±14,6 anos, 25 mulheres (56,8%). Os adenomas eram em 22 casos não funcionantes (50%), 17 secretores de hormônio do crescimento (GH) (38,6%) e 5 de hormônio corticotrófico (ACTH) (11,4%). Parâmetros antropométricos avaliados: índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal (CA) e relação cintura-quadril (RCQ); indicadores de saúde: gordura corporal (%GC) e taxa metabólica basal (TMB) por bioimpedância; força de aperto de mão; e parâmetros qualitativos: nível de atividade física (IPAQ) pelo International Physical Activity Questionnaire, percepção subjetiva de saúde (PSS), autoimagem (BSQ) pelo Body Shape Questionnaire e satisfação corporal pela escala de figuras de Stunkard (STK). Resultados: Na amostra pré-cirúrgica, 75% dos pacientes apresentaram IMC compatível com excesso de peso; 84,1% CA associada a risco de complicações metabólicas; 90,0% RCQ associada a risco cardiovascular; 56,4% valores elevados de %GC, 65,1% TMB baixa; 88,6% força abaixo da média e 79,5% insatisfação corporal. Analisando a secreção hormonal, observou-se melhor percepção de saúde nos pacientes com adenomas não funcionantes e maior distorção da imagem nos pacientes com doença de Cushing. No pós-operatório houve melhora na atividade física e percepção de saúde. Os com acromegalia apresentaram melhora na RCQ e no IPAQ. Os com doença de Cushing apresentaram melhora nas variáveis antropométricas. Nenhum dos parâmetros mostrou diferença significativa considerando o status de cura ou não. Conclusões: Aponta-se a necessidade de controle contínuo dos indicadores antropométricos associados a morbidades metabólicas e cardiovasculares e na satisfação corporal. Neste contexto, essas variáveis, pouco exploradas na literatura neuroendócrina, necessitam maior investigação.
Descrição
Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Neoplasias Hipofisárias, Acromegalia, Hipersecreção Hipofisária de ACTH, Indicadores Básicos de Saúde, Antropometria, [en] Pituitary Neoplasms, [en] Acromegaly, [en] Pituitary ACTH Hypersecretion, [en] Health Status Indicators, [en] Anthropometry