PPGCR - Teses
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Item Efeitos de protocolos de reabilitação com supervisão presencial ou domiciliar no pós-operatório recente de artroplastia total de quadril: ensaio clínico randomizado(Wagner Wessfll, 2020) Lopes, Bruna de Moraes; Silva, Marcelo FariaA cirurgia de artroplastia total de quadril (ATQ) é o tratamento indicado para pacientes com doenças degenerativas da articulação do quadril que não apresentaram melhora com tratamentos conservadores. A reabilitação é um fator importante para evitar déficits em longo prazo e otimizar a recuperação funcional, porém a literatura ainda é controversa quanto aos tratamentos recomendados. Foram conduzidos dois estudos com pacientes em pós-operatório recente de ATQ: um estudo transversal, com objetivo de verificar correlações entre o offset femoral, vertical (OFV) e horizontal (OFH), e desfechos clínicos dos pacientes; e um ensaio clínico randomizado conduzido com o objetivo de comparar dois protocolos de exercícios na reabilitação de indivíduos em pós-operatório de ATQ, através de desfechos como: dor, cinesiofobia, amplitude de movimento (ADM), pico de torque isométrico (PT) e capacidade funcional (CF). 24 participantes foram randomizados em dois grupos: 14 no Grupo Face-to-face (GF), que realizava duas sessões semanais de exercícios com supervisão presencial; e 10 no Grupo Telerreabilitação (GT), que realizava exercícios em casa, com orientação de cartilha com fotografias e ligações semanais dos pesquisadores. Os dois protocolos tiveram duração de 6 semanas e os participantes foram avaliados em dois momentos: antes do início do protocolo (pré-intervenção) e em até sete dias do final dos treinamentos (pós-intervenção). Diferenças significativas (p<0.05) foram encontradas na ADM, PT e CF entre as avaliações pré e pós intervenção. Não foram encontradas diferenças significativas (p>0.05) entre os grupos para as variáveis estudadas. Correlações moderadas foram encontradas entre: OFV e a ADM dos rotadores externos (r=0.487; p=0.021); OFH e PT dos rotadores externos (r=-0.508; p=0.016); e a diferença do OFV (membro operado e não operado) e a CF (r=-0.570; p=0.006). Podemos concluir, portanto, que ambos os protocolos foram capazes de promover melhora na ADM, PT e CF dos pacientes, e podem ser considerados alternativas de baixo custo e fácil aplicação na reabilitação inicial de pacientes com ATQ. Alterações no OF parecem influenciar a capacidade funcional, bem como a ADM e o PT dos rotadores externos do quadril.Item Efeitos da suplementação de precursores de carnosina associada ao treinamento combinado sobre capacidade funcional e parâmetros bioquímicos em ratos com insuficiência cardíaca(Wagner Wessfll, 2020) Stefani, Giuseppe Potrick; Dal Lago, PedroO treinamento combinado tem sido associado a respostas positivas no estado clínico de pacientes com insuficiência cardíaca. Outras ferramentas não farmacológicas, como a suplementação de aminoácidos, podem melhorar ainda mais sua adaptação. Ao longo da trajetória no Laboratório de Fisiologia Experimental uma série de estudos com suplementos alimentares e treinamentos físicos foram realizados em modelos animais de insuficiência cardíaca a fim de observar os efeitos funcionais e moleculares. Sendo assim, o objetivo desta tese foi testar se a suplementação de precursores de carnosina (β-alanina e L-histidina) associada ao treinamento combinado (aeróbio e força) poderiam apresentar respostas melhores na capacidade funcional, variáveis bioquímicas de ratos com insuficiência cardíaca. Para os dois estudos foram utilizados 24 ratos machos Wistar. Todos os animais foram submetidos a cirurgia de indução de infarto agudo do miocárdio por meio da ligadura da artéria coronariana. Após o período de indução de insuficiência cardíaca, os animais foram divididos em três diferentes grupos: sedentários, treinamento combinado suplementado com placebo e treinamento combinado suplementado com β-alanina e L-histidina. Os animais foram submetidos a protocolos de treinamento de força em agachamento adaptado para ratos (3x/semana) e treinamento aeróbio contínuo em esteira para ratos (2x/semana). As modalidades de treinamento ocorreram em dias distintos. Animais suplementados com β-alanina e L-histidina receberam produtos por meio de gavagem (250 mg/kg/dia) diluídos em água destilada diariamente. Para placebo foi utilizado solução salina. Tanto treinamento, quanto suplementação foram realizados por oito semanas. Antes e após o período experimental, os animais realizaram testes máximos de capacidade funcional, força máxima e ecocardiografia. Ao término das últimas avaliações, os animais foram eutanasiados para seus tecidos serem coletados (coração, pulmões, fígado, gastrocnêmios e sóleos) e posteriormente analisados. A suplementação de β-alanina e L-histidina foi eficiente em aumentar o conteúdo de carnosina de músculos esqueléticos, no entanto, não aumentou o conteúdo de carnosina no coração. Não foram encontradas alterações nos parâmetros ecocardiográficos e morfológicos entre os grupos. A capacidade funcional e força máxima foram maiores nos grupos treinados, comparados ao grupo sedentário. Entretanto, o grupo suplementado com β-alanina e L-histidina demonstrou melhorar ainda mais estes parâmetros, comparado ao grupo treinado suplementado com placebo. Adicionalmente, a suplementação de β-alanina e L-histidina demonstrou menor estresse oxidativo, marcadores de inflamação e maior expressão de proteínas de choque térmico, expressão de mRNA de ATP1a2 e ATP2a2 no músculo esquelético, em comparação ao grupo sedentário. O treinamento combinado e a suplementação de β-alanina e L-histidina em ratos com insuficiência cardíaca melhoraram a capacidade funcional e os parâmetros bioquímicos de forma mais positiva que o treinamento isolado. A carnosina provocou adaptações positivas na resposta ao estresse celular no músculo esquelético e na expressão negativa de mRNA do transporte de cálcio.Item Associação entre estimulação transcraniana por corrente contínua e órtese elétrica funcional na reabilitação do paciente com sequela de acidente vascular cerebral(Wagner Wessfll, 2020) Cunha, Maira Jaqueline da; Pagnussat, Aline de Souza; Cimolin, VeronicaO acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de incapacidade de longo prazo em adultos em todo o mundo. Após um AVC, ocorre um desequilíbrio inter-hemisférico que afeta negativamente a recuperação funcional. A queda do pé é uma deficiência comum após o AVC, a qual está relacionada a altos graus de deficiência motora, fraqueza ou falta de controle voluntário dos músculos dorsiflexores do tornozelo e/ou aumento da espasticidade dos músculos flexores plantares. Essas deficiências motoras geram adaptações biomecânicas da marcha que podem resultar em diminuição da velocidade da caminhada, da mobilidade funcional e da qualidade de vida. Dessa forma, a estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS) tem sido utilizada como uma alternativa terapêutica que pode ajudar a reestabelecer o equilíbrio inter-hemisférico, induzir plasticidade e auxiliar na recuperação do desempenho motor. Há evidências de sua utilização na melhora da mobilidade funcional e da força muscular do membro inferior parético. A estimulação elétrica funcional (FES) no nervo fibular através do dispositivo estimulador de queda do pé (Foot Drop Stimulator - FDS) tem sido utilizada como alternativa para corrigir o movimento do pé e tornozelo após o AVC. Os indivíduos crônicos pós-AVC normalmente obtêm resultados modestos com os métodos tradicionais de reabilitação. Acredita-se que a combinação da estimulação central e periférica poderia maximizar os ganhos na reabilitação dessa condição. Desse modo, o objetivo geral desta tese foi avaliar o efeito da tDCS e FES aplicada sobre o nervo fibular comum (FES convencional ou FDS) na reabilitação do membro inferior de indivíduos com hemiparesia crônica após AVC. Para isso, uma revisão sistemática com meta-análise (artigo 1), estudo quase experimental (artigo 2) e um ensaio clínico randomizado (artigos 3, 4 e 5) foram realizados. Os resultados encontrados no artigo 1 mostram uma baixa qualidade de evidência para efeitos positivos da FES no fibular comum na velocidade da marcha quando combinada com fisioterapia. A FES pode melhorar a dorsiflexão ativa de tornozelo, o equilíbrio e a mobilidade funcional. O artigo 2 mostra que o treinamento com FDS melhora o movimento ativo de dorsiflexão do tornozelo durante o ciclo da marcha, bem como a distância percorrida ao longo das sessões de treino. O artigo 3, 4 e 5 revelam que a tDCS parece não adicionar efeitos ao treinamento com FDS na melhora da mobilidade funcional, espasticidade, qualidade de vida e performance da marcha. Além disso, a tDCS não induz efeito adicional na melhora da plasticidade e do comprometimento motor do membro inferior de indivíduos com hemiparesia crônica após AVC. Consideramos esses achados relevantes, pois podem subsidiar a decisão clínica de usar ou não a tDCS nesta população. Considerando que não encontramos efeitos no modo de estimulação bi-hemisférico, mais ensaios clínicos, com diferentes montagens e protocolos de aplicação, são necessários para verificar se o tDCS é eficaz na reabilitação de membros inferiores após AVC em fase crônica. De modo geral, a FES no nervo fibular comum pode ser usada como uma terapia complementar para reabilitação de indivíduos com hemiparesia crônica após AVC.Item Efeitos de técnicas de trato vocal semiocluído para a voz de coristas idosos(Wagner Wessfll, 2020) Gadenz, Camila Dalbosco; Cassol, Mauriceia; Bós, Ângelo José GonçalvesOBJETIVO: A presente pesquisa teve como objetivo avaliar os efeitos de técnicas de trato vocal semiocluído para a voz de coristas idosos. METODOLOGIA: Este estudo foi realizado no período de 2016 a 2019. Foram contatados nove coros da cidade de Porto Alegre e sob a autorização do responsável por cada um deles, o projeto de pesquisa foi apresentado durante o ensaio dos grupos. Os coristas interessados foram entrevistados e convidados individualmente a participar das etapas da pesquisa. O tamanho dos coros variou entre 17 a 49 pessoas. Ao todo, , foram entrevistados 160 coristas e a condução desta pesquisa foi dividida em três estudos: Estudo 1 (2016- 2019) - Avaliação do Índice de Desvantagem Vocal para o Canto de Coristas Idosos (Participação de todos os coros); Estudo 2 (2017-2018) – Efeitos de Técnicas de Trato Vocal Semiocluído para a Voz de Coristas Idosas: Estudo Piloto (Participação dos coros 1 e 2); Estudo 3 (2018) – Efeitos da Técnica dos Tubos de Ressonância para a Voz de Coristas Idosos (Participação dos coros 8 e 9). As coletas foram realizadas no local de ensaio de cada grupo anteriormente ao horário de ensaio do coro. RESULTADOS: Os coristas participantes do estudo apresentaram um índice de desvantagem vocal considerado discreto, sendo maior nos participantes com 76 anos ou mais e com hábitos e condições de saúde desfavoráveis para o canto. Ao comparar os efeitos do canudo de alta resistência e a técnica dos tubos de ressonância para as vozes de coristas idosas, ambas as técnicas apresentaram resultados positivos. A frequência fundamental diminuiu no grupo que utilizou o canudo e aumentou no grupo que utilizou o tubo de vidro. Todos os tempos máximos de fonação aumentaram os seus valores, exceto na emissão do som do [s] em ambos os grupos e na emissão da vogal [i] no grupo que utilizou o tubo de vidro. A técnica dos tubos de ressonância comparada à oficina de saúde vocal também demonstrou efeitos positivos para as vozes femininas e masculinas. Os coristas relataram a sensação de maior conforto fonatório e de uma emissão vocal mais fácil após realização do exercício com o tubo de ressonância na água.Item Avaliação no ambiente clínico e suas implicações para reabilitação de pacientes com impacto femoroacetabular(Wagner Wessfll, 2021) Frasson, Viviane Bortoluzzi; Baroni, Bruno ManfrediniA presente tese é composta de 3 estudos. Artigo 1: O primeiro estudo teve como objetivo comparar a amplitude de movimento (ADM) do quadril e a força muscular entre pacientes com síndrome do impacto femoroacetabular (IFA) e sujeitos assintomáticos. Vinte pacientes com síndrome do IFA e vinte sujeitos assintomáticos passaram por avaliações, em ambiente clínico, de ADM do quadril e força muscular por meio da goniometria e da dinamometria manual, respectivamente. A ADM foi significativamente menor nos pacientes com síndrome do IFA para flexão passiva, rotação interna ativa, rotação externa ativa e passiva. Os pacientes com síndrome do IFA também apresentaram déficit de força de extensores, adutores e flexores do quadril em comparação com os assintomáticos. Artigo 2: O segundo estudo teve como objetivo comparar a ADM do quadril e a força muscular em pacientes com diferentes versões femorais (VF) e verificar se as medidas de ADM são capazes de predizer a VF. Trinta e um adultos jovens com dor no quadril foram submetidos a radiografias biplanares para quantificar a VF, além de avaliações da ADM do quadril e força muscular em ambiente clínico. Entre os 62 quadris avaliados, 18 apresentavam VF normal, 19 eram antevertidos e 25 retrovertidos. Os quadris antevertidos apresentaram maior amplitude de rotação interna, enquanto quadris retrovertidos apresentaram maior amplitude de rotação externa. Os três grupos apresentaram um índice de rotação do quadril (calculado pela diferença entre a rotação externa e a rotação interna) diferente, sendo este um preditor forte e independente da VF. Os pacientes com quadris antevertidos foram mais fracos em comparação aos pacientes com quadris retrovertidos para a rotação externa à 30°, abdução e adução. Artigo 3: O terceiro estudo teve como objetivo avaliar a capacidade prognóstica de características basais em pacientes com síndrome do IFA e determinar seu impacto para o desfecho de saúde destes pacientes. Cento e quarenta e cinco pacientes com síndrome do IFA, avaliados em ambiente clínico entre 2013 e 2019, foram reavaliados entre 1 e 8 anos após por meio do instrumento de avaliação do quadril iHOT-33. Quinze variáveis foram investigadas quanto à sua capacidade prognóstica. O ponto de corte do estado satisfatório aceitável para o paciente (PASS) do iHOT-33 foi estabelecido em 67 pontos, enquanto o escore delta do iHOT-33 foi definido como score final menos o escore inicial. Nas reavaliações se observou que 81 pacientes (56%) atingiram o PASS. Apenas o escore iHOT-33 inicial foi um preditor do PASS≥67. O escore iHOT-33 inicial, a VF normal e o índice de massa corporal foram capazes de predizer o escore delta do iHOT-33. Conclusões: A ADM do quadril e a força muscular se mostraram diferentes em pacientes com síndrome do IFA e sujeitos assintomáticos, assim como em pacientes com diferentes VFs. O índice de rotação do quadril se mostrou um forte preditor da VF dos pacientes. Apenas o iHOT-33 provou ser um fator prognóstico aceitável para pacientes com síndrome do IFA atingirem o PASS. Por outro lado, o iHOT-33 inicial, a VF normal e o índice de massa corporal foram capazes de predizer o escore delta do iHOT-33.Item Medo de falar em público: os efeitos de uma intervenção fonoaudiológica em parâmetros fisiológicos e na percepção da comunicação(Wagner Wessfll, 2021) Marchand, Daniel Lucas Picanço; Cassol, Mauriceia; Câmara, Sheila GonçalvesOBJETIVO: Verificar os efeitos de um programa de aprimoramento comunicacional fonoaudiológico em parâmetros relacionados ao medo de falar em público em estudantes universitários. MÉTODO: Desenvolveram-se dois estudos: O estudo 1, de caráter observacional transversal prospectivo, visou verificar o impacto de percepção comunicacional e timidez autorreferidos em uma avaliação de fala em público (SSPS) por meio de respostas coletadas via Google Forms. O estudo 2, um ensaio clínico randomizado, avaliou os efeitos de um programa fonoaudiológico de aprimoramento comunicacional na percepção de performance ao falar em público (autoavaliação, avaliação da plateia e especialistas), no cortisol salivar na frequência cardíaca e na escala SSPS; RESULTADOS: O estudo 1, composto por 1688 estudantes, média de idade de 24,00±5,74 anos, revelou que aqueles não se consideravam bons comunicadores (n=391) obtiveram média significativamente menores no SSPS em relação àqueles que se consideravam bons comunicadores (n=180). Quanto à facilidade para se expressar, participantes que referiram grandes dificuldades para se expressar (n=65) tiveram média significativamente menores no em relação àqueles que consideravam conseguir expressar-se com facilidade (n=387). Em relação à timidez, participantes que se consideravam muito tímidos (n=520) obtiveram médias significativamente mais baixas do que os não-tímidos (n=189). O estudo 2, composto por 39 participantes, 22 pertencentes ao grupo intervenção, apontou para redução significativa nos níveis de cortisol salivar e na frequência cardíaca, além da melhoria na percepção da performance e na autoavaliação ao falar em público (SSPS) nos sujeitos expostos à intervenção fonoaudiológica. CONCLUSÃO: Nesta tese foi possível verificar a efetividade de um programa fonoaudiológico de aprimoramento comunicacional, sendo ele capaz de melhorar níveis de cortisol, frequência cardíaca e autopercepção ao falar em público em estudantes universitários. Pode-se concluir ainda que os participantes com melhor autopercepção comunicacional e menor autopercepção de timidez apresentaram uma autoavaliação mais favorável em relação a apresentações em público.Item Avaliação de biomarcadores cardiopulmonares, metabólicos e epigenéticos em indivíduos com esquizofrenia submetidos a um programa de treinamento combinado(2021) Skzypek, Caroline Lavratti; Peres, AlessandraA esquizofrenia se caracteriza como uma doença mental grave que leva o indivíduo ao isolamento social, ao sedentarismo e às várias comorbidades associadas como a obesidade e as doenças cardiovasculares. Esta tese teve como objetivo avaliar o impacto do treinamento combinado sobre a modulação de parâmetros epigenéticos, marcadores inflamatórios e de dano oxidativo, capacidade funcional e força muscular periférica em pacientes esquizofrênicos. Trata-se de um estudo quantitativo, intervencionista, descritivo e quase-experimental com pré e pós intervenção. Ao todo, 22 pacientes foram submetidos a um programa de treinamento combinado (exercícios aeróbicos e de força) durante 60 min, três vezes por semana e amostras de sangue, dados antropométricos, teste de caminhada dos 6 min e teste de força de preensão palmar foram coletados nos momentos pré-intervenção e 30, 90, 180, 270 dias após o início da intervenção. O treinamento combinado reduziu a massa corporal e o IMC em 90, 180 e 270 dias, aumentou a distância percorrida em 90, 180 e 270 dias e a força muscular periférica nos 30 dias após a intervenção. A atividade de CK aumentou em 90 dias, e a menor atividade de CK-Mb foi encontrada em 180 dias e 270 dias. Uma diminuição na atividade de HDAC2 foi encontrada em 180 dias. Além disso, foram encontrados um aumento significativo nos níveis de IL-10 em 90, 180 e 270 dias, uma redução significativa do TNF-alfa em 180, 270 e da leptina em 90 e 270 dias. Foram encontradas reduções significativas de TBARS em 180 e 270 dias e nitritos aumentados em 270 dias. Não ocorreram diferenças significativas nas IL-6, IL- 33, no AOPP e no cortisol. Dessa forma, acredita-se que o treinamento combinado é uma estratégia de intervenção não farmacológica com a capacidade de modular diferentes fatores relacionados com a esquizofrenia contribuindo para a melhora do quadro geral de saúde, bem como, na redução de comorbidades associadas.Item Avaliação multidisciplinar infantil: elaboração e validação de bateria de avaliação utilizando a Teoria da Resposta ao Item (TRI)(Wagner Wessfll, 2022) Kato, Sergio Kakuta; Reppold, Caroline Tozzi; Hauck Filho, NelsonObjetivos: Apresentar e discutir as propriedades psicométricas da Bateria Multidisciplinar de Triagem do Desenvolvimento Infantil - Funções Executivas (TDI FE), analisando estimativa de precisão e evidências de validade baseadas em sua estrutura interna e em variáveis externas. Além disso, apresentar os parâmetros psicométricos dos itens de consciência fonológica (CF) da Bateria Multidisciplinar de Triagem do Desenvolvimento Infantil - Linguagem (TDI-L), controlando possíveis vieses de respostas na modelagem de variáveis latentes. Métodos: A amostra do estudo foi composta por 382 alunos (6 a 8 anos). As propriedades psicométricas da TDI-FE foram analisadas através de Análise Fatorial Confirmatória (ACF) modelo unidimensional, unidimensional controlando vieses, Modelo de Equações Estruturais utilizados na busca de evidências de validade baseado na sua estrutura interna e externa. Estimativa dos parâmetros de dificuldade foram avaliados através de modelo de TRI e a acurácia da escala através da curva ROC. Itens de CF da TDI-L foram analisados por meio de modelos de TRI unidimensional, unidimensional com dependências locais e MIMIC, avaliando o funcionamento diferencial dos itens em função da idade. Resultados: Para TDI-FE, a AFC modelo unidimensional não foi eficiente para avaliar as FEs, pois não apresentou um bom ajuste. Controlando pela variável interveniente Fadiga, houve um melhor ajuste do modelo. A análise final incorporou variáveis externas, obtidas a partir do Modelo de Equações Estruturais, que apresentou um ajuste razoável. Através da Curva ROC, foi possível observar uma razoável acurácia do escore da FE na predição de déficit de FE. Também foi possível observar que o escore de FE proposto apresentou desempenho semelhante ao escore fatorial. Em ambas as escalas validadas como padrão ouro, 37 pontos no escore de FE está associado a uma sensibilidade de aproximadamente 70% e uma especificidade de 60%. Para TDI-L, observou-se um ajuste empobrecido para o modelo TRI unidimensional simples, já um excelente ajuste aos dados nos modelos TRI com dependência local e no MIMIC. Detectou se um efeito mínimo da idade diretamente nos itens para além do fator, mas esteve positivamente relacionada ao fator de CF, β=0,32, p=0,012. Conclusão: Os resultados mostraram que o TDI-FE apresentou boa estimativa de precisão, evidências de validade baseadas em sua estrutura interna e em variáveis externas, além de comprovar a necessidade de controle de vieses de resposta na modelagem de variáveis latentes, no caso, a Fadiga. Em relação aos itens de consciência fonológica da TDI-L, os parâmetros avaliados apresentaram potencial para verificar o desempenho de desenvolvimento infantil, visto que todos os itens apresentaram nível razoável de discriminação. A idade foi responsável por aumentos nos níveis no fator de CF, mas exerceu um efeito mínimo diretamente nos itens da escala. Ambas as escalas são alternativas eficiente para avaliação das funções executivas e consciência fonológica em fase de escolarização inicial, sendo instrumentos que apresentam baixo custo e fácil aplicação.Item Estudo prospectivo de pacientes com queixa de cefaleia atendidos em centros terciários no Brasil através de um registro nacional de cefaleia: estudo piloto(2022) Grassi, Vanise; Rieder, Carlos Roberto de Mello; Kowacs, FernandoA avaliação e o tratamento das cefaleias primárias e secundárias constituem um desafio em saúde pública global. Reconhecendo o seu impacto epidemiológico e a importância de qualificar o atendimento aos pacientes acometidos por cefaleia, um grupo de pesquisadores vinculados à Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe) propôs a criação e elaborou o protocolo inicial do Registro Brasileiro de Cefaleia, o REBRACEF. O objetivo desta tese foi avaliar a viabilidade desse protocolo, descrevendo a metodologia empregada e os dados preliminares obtidos a partir do estudo piloto. Trata-se de um estudo prospectivo observacional longitudinal multicêntrico, realizado entre setembro de 2020 e agosto de 2021. Foram coletados dados prospectivos em três centros especializados no atendimento de cefaleia, em estados da região sul e sudeste do Brasil. Pacientes com idade igual ou superior a 18 anos e com diagnóstico de cefaleia primária ou secundária, de acordo com os critérios diagnósticos da Classificação Internacional das Cefaleias, foram convidados a participar. Sessenta e seis pacientes foram incluídos no estudo piloto, 43 (35%) do Grande do Sul e 23 (35%) de Minas Gerais. Quatorze pacientes (21,2%) foram excluídos da análise final devido à perda de seguimento na primeira (6 participantes) ou segunda (8 participantes) entrevista. Da amostra total, 88,5% eram do sexo feminino, 57,7% eram casados(as), 75% eram indivíduos com alto grau de escolaridade (12 ou mais anos de escolaridade), 40,4% estavam empregados(as) e 34,6% apresentavam rendimento familiar mensal entre U$220 e U$1100 mensais. A idade média da amostra foi 38,5 + 10 anos e a maioria dos pacientes (61,6%) apresentava história de cefaleia em familiares de primeiro ou de segundo grau. A maioria dos pacientes (48,5%) consultou nos centros especializados através de planos de saúde suplementar, 28,8% através do Sistema Único de Saúde e 13,6% atendidos em clínica privada. As cefaleias primárias corresponderam a 82,8% dos diagnósticos realizados. Dentre as cefaleias secundárias, a cefaleia por uso excessivo de medicamentos foi a mais frequente (7,7%). A maioria (75%) dos pacientes incluídos no estudo piloto recebeu o diagnóstico de migrânea em seus diversos subtipos. A cronicidade dos sintomas migranosos foi significativamente relacionada a menores escores na escala de qualidade de vida (p=0,003) e com maiores escores nas escalas de depressão (p=0,03), ansiedade (p=0,008) e insônia (p=0,005). Na análise comparativa entre as entrevistas inicial e de seguimento (realizada 90 dias após a primeira) dos pacientes com migrânea, ocorreu uma diminuição significativa na intensidade das crises de cefaleia. Não ocorreu modificação nas categorias de frequência de crises, uso excessivo de medicamentos sintomáticos, percepção sobre qualidade de vida e impacto da cefaleia. Os dados do estudo piloto do Registro Brasileiro de Cefaleia estão em consonância com achados prévios que relacionam os quadros crônicos de migrânea com pior qualidade de vida, comorbidades psiquiátricas e distúrbios do sono. O Registro Brasileiro de Cefaleia será uma fonte valiosa de dados longitudinais e contribuirá para uma melhor caracterização dos diversos fenótipos dos pacientes com cefaleias primárias e secundárias, o detalhamento do uso dos recursos em saúde e a identificação dos fatores preditores de um melhor desfecho clínico.Item A sarcopenia em idosos: metodologias de treinamento físico e avaliação dos critérios diagnósticos(2022) Ferreira, Luís Fernando; Rosa, Luis Henrique Telles daIntrodução: A sarcopenia vem sendo um problema de saúde mundial, tendo alto custo para sistemas de saúde, e grande impacto na vida do indivíduo idoso. Isso sus citou diversas pesquisas na área, culminando na publicação de diversos consensos de sarcopenia. Porém ainda existem áreas não claras nas pesquisas de sarcopenia, como a padronização da avaliação dos critérios diagnósticos, e os melhores métodos de prevenção e tratamento da síndrome. Esta tese é composta por dois artigos: o primeiro é uma revisão sistemática de revisões sistemáticas, objetivando comparar os resultados entre diferentes métodos de treinamento físico diante dos critérios diagnós ticos de sarcopenia; o segundo, um estudo transversal, avaliou idosos com as avalia ções propostas pelo EWGSOP, buscando demonstrar as correlações entre os méto dos de diagnóstico da sarcopenia. Métodos: O estudo 1 é uma revisão sistemática de revisões sistemáticas. Estratégia de busca incluiu MeSH para idosos e sarcopenia, realizada nas principais bases de dados. Os estudos selecionados incluem idosos submetidos a treinamento físico em comparação aos grupos controle. O estudo 2 é transversal, onde idosos foram avaliados para os critérios diagnósticos de sarcopenia recomendados por EWGSOP. Resultados: No estudo 1, 494 revisões sistemáticas foram encontradas. Após a triagem, 5 foram incluídos (48 artigos. n=3877). Idade mé dia: 74,02+6,1. 73,44% do sexo feminino. Duração média das intervenções: 17,38 se manas (média: 2,56 sessões semanais). AMSTAR e PRISMA apresentaram alta qua lidade metodológica. Meta-análises compararam os resultados das intervenções de treinamento de resistência (RTA) com outras que não a resistência (NRTA). Força de preensão palmar, SMM e velocidade de marcha apresentaram diferenças estatistica mente significativas (DES) favoráveis ao GI. Teste de sentar-e-levantar, RTA mostrou DES favorável ao GI; em NRTA ao GC. O timed-up-and-go não mostrou DES. Já no estudo 2, 78,31% eram mulheres, a média de idade foi de 67,85+5,27 anos. Nas ava liações de força foi encontrada correlação moderada entre preensão manual e PT de quadríceps e alta com PT de isquiotibiais. Avaliações de PT mostraram alta relação entre eles. A MME apresentou alta correlação com a MLG e baixa correlação com CP e CMB. A MLG apresentou alta correlação com todas as avaliações de composição corporal. No desempenho físico, VMU teve correlação moderada com SPPB e alta com TUG. O TUG apresentou baixa correlação com SPPB e VMU. Conclusões: O artigo 1 demonstrou que fazer parte de qualquer programa de treinamento pode ser benéfico para sarcopenia em idosos, com TF melhor para força e MME, e modalidades 8 mistas para performance física. Já o estudo 2 demonstrou que o teste de preensão palmar apresenta as melhores correlações e menor custo entre os testes de força muscular, enquanto o teste de sentar e levantar parece não ser adequado para esta variável. Para MME a BIA apresenta as melhores correlações, embora testes mais rápidos e baratos, como a antropometria, sejam uma opção viável. Para a performance física, VMU apresentou as melhores correlações. Os outros testes para esta variável, embora possuam boa correlação entre eles, devem ser adaptados às neces sidades do idoso em sarcopenia severa, a fim de avaliar mais fidedignamenteItem Mobilização com movimento na dor do ombro relacionada com o manguito rotador(2022) Baeske, Rafael; Silva, Marcelo Faria; Hall, TobyA presente tese é constituída de dois estudos. Artigo 1: O primeiro estudo teve como finalidade publicar o protocolo do estudo principal desta tese. Através de um ensaio clínico randomizado e placebo controlado, 70 pacientes com dor crônica no ombro relacionada com o manguito rotador serão alocados em dois grupos distintos: mobilização com movimento (MWM) aplicada de forma pragmática + exercícios (MWM+E) e falsa MWM + exercício (SMWM+E). O período de tratamento será de cinco semanas com duas sessões semanais. Os desfechos primários são incapacidade (shoulder pain and disability index) e dor (numeric pain rating scale) que serão medidos no início, término do período de tratamento e follow-up de um mês. Os desfechos secundários são amplitude de movimento (ADM) ativa livre de dor, medida por um avaliador cegado, no início e término do tratamento; auto-eficácia medida no início, término do tratamento e follow-up; e, percepção da melhora geral, medida no término do tratamento e follow-up. Artigo 2: O segundo estudo desta tese apresenta os resultados obtidos da implementação do protocolo supracitado. A pesquisa envolveu 59 participantes (84% do total calculado) de ambos os sexos, com média de idade de 49 anos e duração mediana de dor de 9,5 meses. O grupo MWM+E apresentou resultados clínicos e estatísticos superiores em relação à incapacidade e ADM ativa a curto prazo e dor a curto prazo e follow-up de um mês. Não foram encontradas outras diferenças significativas para os outros desfechos. Consequentemente, os achados desta investigação sugerem que o uso de mobilizações com movimento de forma pragmática em conjunto com exercícios pode acelerar o processo de recuperação funcional (incapacidade, dor e ADM) em pacientes com dor no ombro relacionada com o manguito rotador.Item Ventilação periódica durante o exercício: análise de diferentes critérios de diagnóstico e de intervenções sobre a morbimortalidade e respostas ao exercício(2022) Ribeiro, Gustavo dos Santos ; Karsten, MarlusIntrodução: A ventilação periódica durante o exercício (EOV) é uma alteração caracterizada por oscilações na ventilação minuto (VE), frequentemente vista na insuficiência cardíaca. Seu diagnóstico é baseado na interação entre amplitude, comprimento do ciclo e duração da oscilação. Entretanto, não há consenso sobre a definição de EOV mais indicada. Sua complexidade e diversidade limita o uso deste marcador na prática clínica. Além disso, quantificar a variabilidade da VE (vVE) pode contribuir na identificação precoce do fenômeno e o exercício físico pode amenizar as oscilações observadas no padrão ventilatório. Objetivos: (E1) Desenvolver uma ferramenta para auxiliar e padronizar a identificação da EOV. (E2) Caracterizar o perfil clínico dos pacientes utilizando três definições distintas do fenômeno, comparando a prevalência, a sensibilidade e especificidade para desfechos adversos em dois anos. (E3) Analisar a vVE, testar sua sensibilidade e especificidade para desfechos adversos a médio prazo, comparando-a com a abordagem dicotômica. (E4) Verificar o efeito do exercício na reversão da EOV. Métodos: (E1) Cinco definições dicotômicas, duas abordagens alternativas, uma técnica para suavizar o sinal e estatísticas básicas foram incorporadas em uma interface desenvolvida no LabVIEW. Dois avaliadores independentes testaram a confiabilidade da ferramenta. (E2) Dados de 233 pacientes foram analisados retrospectivamente para identificar a presença de EOV utilizando as definições de Ben-Dov, Corrà e Leite. Os dados foram agrupados em EOV-positivo ou negativo e, posteriormente, analisados por testes apropriados para determinar a prevalência, perfil clínico, sensibilidade e especificidade para predizer desfechos adversos em dois anos. (E3) Dados de 233 pacientes foram usados para calcular a vVE durante o teste cardiopulmonar de esforço. O ponto de corte para triagem de risco, sensibilidade e especificidade para eventos adversos foi determinada pela curva ROC. Os dados foram agrupados em alta e baixa vVE. O perfil clínico e a taxa de sobrevida foi analisada por testes apropriados. Em seguida, os dados foram agrupados e analisados utilizando a abordagem cruzada. (E4) Uma busca de alta sensibilidade foi realizada adotando os critérios: (P) pacientes com EOV, (I) exercício físico, (C) single-arm e (O) reversão de EOV. Os estudos elegíveis foram selecionados e sintetizados por revisores independentes. Resultados: (E1) A ferramenta desenvolvida apresentou alta reprodutibilidade para identificar EOV (κ > 0,83). (E2) A prevalência de EOV foi maior nas definições de Ben-Dov e Corrà comparada à Leite (17,2% vs 9,4%). Os casos positivos identificados por Corrà exibiram um risco 3x maior de resultados adversos. Ben-Dov apresentou risco 2x maior. (E3) A vVE demonstrou maior sensibilidade para predizer eventos adversos a médio prazo que a abordagem dicotômica (94,3 vs 37,1). Pacientes com baixa vVE e EOV exibiram um risco 3 e 7x maior de desfechos adversos que pacientes com baixa ou alta variabilidade sem EOV. (E4) O exercício físico mostrou-se eficaz para reverter casos de EOV (~70% dos casos). Conclusão: A definição de Corrà foi a única definição clássica que previu eventos adversos a médio prazo. A vVE apresentou resultados similares à abordagem dicotômica, sugerindo ser uma técnica promissora para ser incorporada à prática clínica. O exercício físico foi efetivo para reverter casos de EOV.Item Validação de instrumento de triagem em motricidade orofacial(2022) Nunes,Eveline de Lima; Cardoso, Maria Cristina de Almeida FreitasIntrodução: O sistema estomatognático é composto por tecidos moles e duros, sistema nervoso, vascular e linfático, que se correlacionam de forma complexa. A relação harmônica entre os componentes desse sistema, que se faz pelo equilíbrio das estruturas ósseas e musculares, propicia o bom desempenho das funções de respiração, sucção, mastigação, deglutição e fala, além da postura de cabeça e posição habitual da língua e dos lábios. A avaliação miofuncional orofacial, realizada pelo fonoaudiólogo é etapa fundamental no processo de diagnóstico, sendo este pré-requisito para o prognóstico e para o sucesso de qualquer tratamento. A partir da avaliação é possível compreender as condições anatômicas e funcionais do sistema estomatognático, permitindo, ainda, estabelecer o raciocínio terapêutico e definir a necessidade de encaminhamentos. Um instrumento de triagem ou rastreio em Motricidade Orofacial deve ser de fácil aplicação, rápido e utilizar métodos não invasivos, evitando desconfortos ao sujeito em investigação, permitindo estabelecer fatores de risco para os distúrbios orofaciais e a necessidade de avaliação complementar. Objetivo: Validar um instrumento de triagem em Motricidade Orofacial – TMO. Método: Estudo conceitual de validade de conteúdo. O TMO foi submetido à análise especialista em Motricidade Orofacial que aceitaram participar da pesquisa, para a concordância e viabilidade de conteúdo. Para avaliar o grau de concordância do instrumento, foi utilizado o Índice de Validade de Conteúdo (IVC). A concordância intra-avaliadores foi avaliada pelo coeficiente de correlação intraclasse (ICC). Resultados: Dez fonoaudiólogos da região sul e sudeste do país aceitaram participar da pesquisa. De acordo com o IVC, os itens que ficaram abaixo de 80% foram: Pneumonia do conjunto de problemas de saúde atuais e fazer uso de medicamento contínuo. O ICC dessa pesquisa foi de 0,98. Conclusão: O protocolo contém a identificação do paciente, perguntas sobre possíveis problemas de saúde e sono, assim como a análise da deglutição de 30ml de água. O presente estudo validou o conteúdo de um instrumento de triagem em Motricidade Orofacial.Item Treinamento Muscular Inspiratório Melhora a Força Muscular Respiratória e Capacidade Funcional em Pacientes com Insuficiência Renal Crônica em Hemodiálise(2022-01-10) Brüggemann, Ana Karla Vieira; Plentz, Rodrigo Della Méa; Programa de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoA fraqueza muscular respiratória em pacientes com insuficiência renal crônica (IRC) está associada à redução da capacidade funcional e influencia diversos sistemas desses pacientes. O treinamento muscular inspiratório (TMI) surge como uma opção de tratamento que pode promover efeitos positivos nos aspectos respiratório, funcional e inflamatório. Objetivo: Revisar sistematicamente os efeitos do TMI sobre a força muscular respiratória, capacidade funcional, função pulmonar, qualidade de vida, função endotelial e estresse oxidativo de pacientes com IRC em hemodiálise (HD). Metodologia: revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados (ECRs) conduzida de acordo com a recomendação PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) e seguindo as recomendações propostas pela Colaboração Cochrane. Serão utilizadas as bases de dados MEDLINE (via PubMed), Embase, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Cochrane Central Register of Controlled Trials e Physiotherapy Evidence Database (PEDro) para busca dos artigos potencialmente relevantes publicados. Serão selecionados estudos que avaliaram o efeito do IMT na força muscular respiratória, capacidade funcional, função pulmonar, função endotelial, qualidade de vida ou estresse oxidativo de pacientes adultos com IRC em HD em comparação com o controle, TMI placebo ou fisioterapia convencional foram selecionados. Dois revisores independentes extrairão os dados usando um formulário de extração de dados predefinido. O risco de viés será avaliado com RoB 2.0 e e a qualidade da evidência pelo sistema Grading of Recommendatons Assessment, Development and Evaluaton (GRADE). Resultados: Oito estudos foram incluídos, totalizando 246 pacientes. A metanálise mostrou que o TMI aumentou a pressão máxima inspiratória (PImáx) em 22,53cmH2O, a pressão máxima expiratória (PEmáx) em 19,54cmH2O, a distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) 77,63m. Não foram observadas alterações na função pulmonar e qualidade de vida. Não foi possível analisar quantitativamente os dados de função endotelial e stress oxidativo. Conclusão: O TMI melhora a PImáx, PEmáx e a capacidade funcional de pacientes com IRC em HD, porém a qualidade de evidência varia de baixa a muito baixa. O TMI não demonstrou resultados significativos para função pulmonar e 4 qualidade de vida. Os efeitos sobre a função endotelial e capacidade oxidativa permanecem incertos.Item Uso de realidade virtual imersiva na dor de pacientes em unidade de terapia intensiva(2022-11) Freire, Ariane Bolla; Oliveira, Alcyr Alves de; Programa de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoIntrodução: As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) se caracterizam por ser um ambiente tenso e traumatizante para os pacientes, devido a uma série de fatores, como a separação do ambiente familiar, baixa permissão para visitas e agitação do ambiente. Esses pacientes são acometidos pelos mais variados problemas, os quais resultam em um quadro extremamente estressante e doloroso. Por constituírem um grupo heterogêneo e de alta complexidade, torna-se importante priorizar formas de tratamento que levem em consideração essas situações e amenizem o estresse gerado pela experiência na UTI, a fim de melhorar inclusive os sintomas físicos, como a percepção da dor. Neste cenário, a Realidade Virtual Imersiva (RVI) constitui uma das mais inovadoras tecnologias aplicadas à reabilitação ambulatorial e clínica, mas que ainda necessita de evidências científicas mais robustas no ambiente de UTI. A RVI promove um feedback visual extrínseco que gera ativação de respostas fisiológicas e de áreas cerebrais específicas, otimizando a melhora desses pacientes. Na RVI, o usuário está totalmente imerso no ambiente virtual, o que resulta na distração do paciente, modulando a sua percepção de dor. Entretanto, ainda não há consenso na literatura se o uso da RVI é eficaz na redução da dor em pacientes internados na UTI. Objetivo: Analisar os efeitos da RVI sobre a dor em pacientes de UTI por meio de uma revisão sistemática e meta-análise. Métodos: O artigo 1 é o protocolo da revisão sistemática. Para o artigo 2, realizamos uma busca nas seguintes bases de dados: PubMed, Cochrane, Scopus e Web of Science. Os termos MeSH utilizados na busca foram “realidade virtual”, “dor”, “hospitalização”, “unidade de terapia intensiva”. Um Forest Plot foi gerado para apresentar o efeito combinado e a diferença média (DM) para valores absolutos entre pré e pós intervenções, com erro padrão (EP) e intervalo de confiança de 95% (IC). Valor de P ≤ 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Para meta-análise, utilizamos o software OpenMeta Analyst, versão 10.10. Resultados: Foram encontrados 1347 estudos. Destes, apenas 7 foram selecionadas para leitura na íntegra e somente 2 preencheram os critérios de inclusão. Foram avaliados 146 pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca (49 homens e 22 mulheres) nos dois estudos incluídos. A média de idade dos pacientes foi de 57,35 ± 11,31. Nossos resultados demonstram que a intervenção por meio da RVI gera uma redução efetivamente significativa na dor dos pacientes internados na UTI (DM: 0,509 ± 0,116 – EP, with 95% IC: -0,736 a -0,282; P < 0,001) 10 Conclusão: Nosso estudo aponta para a viabililidade de implantação da RVI em UTI, sendo o primeiro a comprovar, através de uma meta-análise, a eficácia dessa modalidade terapêutica na melhora da dor de pacientes internados em UTI. Novos estudos clínicos em RVI, com maior número amostral, ensaios clínicos randomizados com grupo controle/comparador, utilização de protocolos de intervenção e avaliação mais delineados e homogêneos, devem ser incentivados na UTI, a fim de estabelecer novas ferramentas não farmacológicas, não invasivas e com menor possibilidade de efeitos colaterais para essa população.Item Realidade Virtual Imersiva na Reabilitação de Pessoas com Paralisia Cerebral(2022-11-30) Machado, Fabiana Rita Camara; Oliveira Junior, Alcyr Alves de; Sukiennik, Ricardo; Programa de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoIntrodução: A paralisia cerebral (PC) exige intervenções eficazes, cujo as mais promissoras são baseadas na aprendizagem motora. Evidências apontam que realidade virtual (RV) parece potencializar o treinamento motor nas pessoas com PC, através da oferta de feedback, engajamento e motivação. Objetivo: Avaliar os efeitos sobre o controle de cabeça, equilíbrio de tronco e função motora grossa de pacientes com paralisia cerebral nível III, IV e V da Gross Motor Function Classification System (GMFCS) submetidas a treinamento com realidade virtual imersiva (RVI). Como metas secundárias, investigar a usabilidade de um jogo sério em realidade virtual para auxiliar na estabilidade e no equilíbrio da cabeça e do tronco de crianças com PC com foco na percepção e na experiência de profissionais da saúde; avaliar as possíveis variações de funcionalidade e verificar a qualidade de vida de pessoas com PC de moderada a grave submetidas a treinamento com RVI e, por fim, averiguar a sobrecarga, o nível de ansiedade e de depressão de cuidadores de pessoas com PC de moderada a grave. Método: Estudo randomizado controlado com dois grupos, fisioterapia convencional (controle) e realidade virtual, 19 pacientes com diagnóstico de paralisia cerebral de ambos os sexos com idade entre 6 e 18 anos, classificados como nível III, IV e V no Sistema de Classificação da Função Motora Grossa. Os pacientes foram avaliados nas habilidades motoras, controle de cabeça e equilíbrio de tronco pelas escalas Gross Motor Function Measure-88 (GMFM), Early Clinical Assessment of Balance parte I – versão 2 (ECAB) e Escala Visual Analógica Controle de Cabeça (EVACC). Além disso, foram analisadas funcionalidade e qualidade de vida pelo Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI) e Pediatric Quality of Life Inventory version 3.0 (PedsQL®) respectivamente. O estudo ainda observou o comportamento psicoemocional de pais e/ou cuidadores dessas pessoas com PC submetidas a treinamento com RVI, os quais foram avaliados através das ferramentas Zarit Caregiver Burden Interview (BI), Beck Anxiety Inventory (BAI) e Beck Depression Inventory (BDI). Um estudo transversal foi realizado com profissionais de saúde para investigar a usabilidade do jogo sério, os quais foram avaliados através da viabilidade e da satisfação do sistema pela Escala de Usabilidade do Sistema (SUS). Resultados: A função motora grossa, o controle de cabeça e o equilíbrio de tronco no grupo de realidade virtual apresentaram melhora significativa (p = 0,007; p = 0,017 e p = 0,011). Não foi possível observar mudanças na funcionalidade e na qualidade de vida das pessoas com PC em ambos os grupos. Os cuidadores apresentaram mínimo grau a leve de ansiedade, demonstraram sobrecarga moderada, porém não houve mudanças na intensidade da depressão. O jogo sério foi considerado excelente a melhor que imaginado (SUS = 82,10 ± 12,66). Conclusão: O sistema de reabilitação específico em RV associado a jogo sério auxilia na estabilidade da cabeça, no equilíbrio de tronco e na melhora da função motora grossa de crianças com PC nível III, IV e V na GMFCS, oferecendo experiência agradável e com ampla aplicabilidadeItem Impacto da obesidade na mortalidade, qualidade de vida relacionada a saúde e estado funcional em pacientes pós-UTI(2022-12-22) Barbosa, Mirceli Goulart; Teixeira, CassianoObjetivo: Avaliar se a obesidade pode ser um fator protetor em relação a mortalidade, a qualidade de vida relacionada a saúde (QVRS) e ao estado funcional em pacientes pós-Unidade de Terapia Intensiva (UTI) acompanhados após a alta hospitalar. Métodos: Este estudo consistiu em uma revisão sistemática com metanálise e em uma análise secundária de uma coorte multicêntrica. A revisão sistemática foi realizada nas bases de dados PubMed, Scopus, EMBASE e Biblioteca Cochrane. A coleta de dados da coorte foi realizada em 10 UTIs brasileiras na qual foram incluídos 1600 pacientes sobreviventes de UTI acompanhados por 3 meses após a alta hospitalar. Os principais desfechos de ambos os estudos foram mortalidade, QVRS e estado funcional em pacientes pós-UTI. Para classificação da obesidade foi utilizado as categorias de Índice de Massa Corporal (IMC) propostas pela Organização Mundial da Saúde. Resultados: Foram identificados 17.663 estudos nas buscas realizadas, após a remoção de duplicatas, 16.142 foram selecionados para triagem de títulos e resumos. Destes 37 estudos eram potencialmente elegíveis. Por fim, 13 estudos foram incluídos. Os estudos apresentaram diferentes tempos de acompanhamento, variando de 28 dias a 1 ano. Além de apresentarem diferentes classificações para obesidade conforme o IMC (obesos em geral, obeso grau I e II e obeso severo). Os dados apresentados a seguir, são relacionados a comparação com peso normal. Pacientes com sobrepeso (RR 0.84, 95% CI 0.75-0.96, p=0.008, I2=59%), obesos em geral (RR 0.75, CI 95% 0.69-0.81, p<0.001, I2= 1%) e obesos grau I e II (RR 0.7, CI 95% 0.54-0.90, p=0.006, I2=27%) apresentaram menor risco de morte em até 30 dias pós-UTI. No período de 60 dias pós-UTI, pacientes obesos em geral (RR 0.75, CI 95% 0.66-0.86, p<0.001, I2= 0%) e obesos grau I e II (RR 0.7, CI 95% 0.58-0.85, p< 0.001, I2= 0%) apresentaram menor risco de morte. Em 90 dias pós-UTI, pacientes obesos grau I e II (RR 0.77, CI 95% 0.69-0.87, p<0.001, I2= 0%) apresentaram menor risco de morte. E por fim, em 1 ano pós-UTI, pacientes com sobrepeso (RR 0.83, IC 95% 0.70-0.97, p=0.021, I2= 64.21%) e obesos em geral apresentaram (RR 0.67, CI 95% 0.58-0.77, p<0.001, I2=47.71%) menor risco de morte. Na coorte, os pacientes obesos (mediana de 50.1 pontos IQR, 39.6-59.6) apresentaram menor QVRS no componente mental do que pacientes com peso normal (mediana de 53 pontos IQR, 45.6-60.1) (p=0.033). Não foram encontradas diferenças entre as categorias de IMC em relação ao componente físico da QVRS e ao estado funcional (p=0.355 e p=0.295 respectivamente). Em 3 meses pós-UTI, pacientes obesos morreram menos (11.8%) do que pacientes abaixo do peso (30.9%) e com peso normal (19.3%) (p<0.001). Conclusões: Em pacientes pós-UTI, a obesidade pode ter um efeito protetor em relação a mortalidade que pode variar conforme o tempo de acompanhamento e a categoria de IMC. Em 3 meses pós-UTI, pacientes obesos apresentaram menor QVRS no componente mental.Item Jogos como Recurso Terapêutico para a Funcionalidade dos Membros Superiores na Doença de Parkinson(2023-09-23) Corrêa, Philipe Souza; Cechetti, FernandaA presente tese é constituída por três estudos. Artigo 1: Uma revisão sistemática foi conduzida com o objetivo de quantificar e analisar o efeito de protocolos de terapia baseada em Realidade Virtual (RV) na destreza manual em indivíduos com doença de Parkinson (DP). A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, EMBASE e PEDro até dezembro de 2020 e oito artigos foram incluídos na análise. Embora a maioria tenha demonstrado melhora na destreza manual, os artigos apresentaram alto risco de viés e baixa qualidade metodológica. Os resultados sugeriram que a terapia baseada em RV possui potencial e viabilidade como protocolo de reabilitação para destreza manual, porém os estudos analisados não abordaram os impactos relacionados às atividades de vida diária (AVD’s) e à qualidade de vida (QV) na DP. Artigo 2: Teve como objetivo verificar os efeitos de uma intervenção nos membros superiores (MMSS) utilizando equipamento de RV não imersivo nas AVD’s e na QV de indivíduos com DP, por meio de uma série de casos. Seis participantes foram avaliados por meio do miniexame do estado mental, da escala unificada de avaliação para a DP (UPDRS), do questionário sobre a doença de Parkinson (PDQ-39) e do test d’évaluation des membres supérieurs de personnes âgées (TEMPA). As intervenções tiveram duração de 27 minutos, duas vezes por semana, durante cinco semanas, utilizando o Leap Motion Controller. Observou-se melhora na força e resistência muscular, nas AVD’s e na QV. Portanto, o protocolo baseado em RV aplicado nos MMSS foi eficaz para melhorar as variáveis analisadas, além de servir como piloto para o protocolo das atividades virtuais e referência para o cálculo amostral do estudo principal. Artigo 3: Este ensaio clínico randomizado teve como objetivo analisar e comparar os efeitos de jogos de RV não imersiva com jogos de tabuleiro na funcionalidade dos MMSS, AVD’s e QV na DP. Vinte participantes, Hoehn & Yahr 2-3, foram divididos em dois grupos: jogos de RV não imersiva (n = 10) e jogos de tabuleiro (n = 10). As sessões tiveram duração de 30 minutos, duas vezes por semana, durante 8 semanas e os participantes foram avaliados quanto às AVD’s (TEMPA e MDS-UPDRS-II), função motora geral (MDS-UPDRS-III), destreza manual através do Box and Block Test (BBT) e Nine Hole Peg Test (9HPT), além da qualidade de vida (PDQ- 39). Os resultados mostraram que ambos os tratamentos foram eficazes, não havendo diferença significativa entre os grupos em relação as variáveis. Houve melhora nas AVD’s, conforme evidenciado pela execução das tarefas do TEMPA e MDS-UPDRS-II. Além disso, a destreza manual apresentou resultados positivos no BBT e 9HPT, com os jogos de RV demonstrando melhora intragrupo e na comparação intergrupos. Ambos os grupos mostraram melhora na função motora e na qualidade de vida. Portanto, constatou-se que os jogos de RV não imersivos e os jogos de tabuleiro têm um grande potencial como protocolos de reabilitação para os MMSS, impactando diretamente nas AVD’s e na QV de indivíduos com DP. O caráter desafiador e motivador dessas abordagens pode oferecer uma nova perspectiva de tratamento, especialmente nos estágios iniciais a moderados da doença.Item Intervenções Fonoaudiológicas para Disfunção Velofaríngea e Hipernasalidade em Crianças com Fissura Labiopalatina(2023-11-21) Schilling, Gabriela Ribeiro; Cardoso, Maria Cristina de Almeida Freitas; Programa de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoIntrodução: As fissuras labiopalatinas afetam o terço médio da face e podem ocasionar distúrbios de fala, motricidade orofacial e voz. Comumente, é necessário adequar tais funções através da terapia fonoaudiológica com abordagem fonética e/ou fonológica ou de exercícios de trato vocal semiocluído, que apresentam efeitos positivos nos aspectos perceptivo-auditivos vocais, incluindo a ressonância. Objetivos: Verificar terapêuticas fonoaudiológicas disponíveis na literatura para tratamento da disfunção velofaríngea em sujeitos com fissura labiopalatina e analisar os efeitos da intervenção com abordagem fonético-fonológica e do programa de intervenção com técnica de fonação em tubo flexível imerso em água, na voz e fala de sujeitos com fissura labiopalatina corrigida, através da escrita de três artigos. Metodologia: Artigo 1, caracterizado como estudo observacional de revisão de literatura retrospectiva, utilizando-se as diretrizes da recomendação PRISMA, com pesquisa nas bases de dados Scielo, MedLine e LiLacs e estratégia de busca específica e delimitada com análise da qualidade metodológica. Artigo 2, caraterizado como estudo de casos experimental, no qual participantes receberam intervenção fonoaudiológica com abordagem fonético-fonológica, por dez sessões, sendo coletados dados de identificação, avaliação de fala, voz e motricidade orofacial, antes e após intervenção. Artigo 3, caracterizado como estudo piloto longitudinal de intervenção, com cegamento dos avaliadores e alocação dos participantes em dois grupos (intervenção e controle). O grupo intervenção realizou exercícios de trato vocal semiocluído com utilização de tubos de ressonância com uma extremidade imersa em 2cm de água. O grupo controle recebeu terapia fonoaudiológica tradicional, excetuando-se exercícios de trato vocal semiocluído. Foram incluídos sujeitos com idade entre quatro e 12 anos, submetidos à coleta de dados de identificação e de prontuários; avaliação de fala e voz com gravação de vídeo e áudio para análise (avaliações realizadas antes e após o período de intervenção). Resultados: No artigo 1, foram encontrados quatro estudos que relataram as intervenções fonoaudiológicas para tratamento de aspectos de disfunção velofaríngea em sujeitos com fissura labiopalatina. O artigo 2, incluiu quatro participantes de ambos os sexos, com média de idade de oito anos. Todos apresentaram alteração na fala, motricidade orofacial ou hipernasalidade no período pré-intervenção. Após, houve melhora dos aspectos fonológicos e dos distúrbios compensatórios e obrigatórios. A inteligibilidade de fala mostrou-se adequada em três dos quatro participantes, assim como, todos apresentaram coordenação pneumofonoarticulatória. No artigo 3, incluiu-se sete participantes com média de idade de 8,3 anos e prevalência de fissura do tipo transforame unilateral. A intervenção com a técnica de fonação em tubo flexível imerso em água apresentou resultados positivos em shimmer e jitter. Conclusões: No artigo 1, encontrou-se número limitado de estudos descrevendo a reabilitação fonoaudiológica de crianças com disfunção velofaríngea e fissura labiopalatina. Tanto as intervenções com ênfase fonético-motora quanto linguístico-fonológicas, apresentam resultados positivos sobre a fala. No artigo 2, a intervenção fonéticofonológica apresentou resultados positivos nos aspectos de fala e na mobilidade de palato mole, porém sem mudanças do grau de hipernasalidade. No artigo 3, a intervenção com técnica de fonação em tubo flexível imerso em água apresentou resultados positivos sob aspectos acústicos de voz. Sugere-se a realização de mais estudos com número maior de participantesItem Efeito de diferentes distâncias de corrida de rua no sistema imunológico, na funcionalidade do assoalho pélvico e na qualidade de vida de atletas(2023-11-27) Ribeiro, Joane Severo; Peres, Alessandra; Programa de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoA presente tese é composta de 3 estudos. Artigo 1: O primeiro estudo teve como objetivo analisar as concentrações de cortisol sanguíneo antes e após corrida em diferentes distâncias e a qualidade de vida de corredores de rua. 34 atletas coletaram sangue para dosagem do cortisol e responderam ao WHOQOL-bref de forma online. As concentrações de cortisol pré e pós foram significativamente distintas na amostra geral 0,001), e nos grupos das distâncias 21 e 42 Km (p<0,005). Em relação a QV dos atletas a autopercepção foi 67,25%, apresentou diferença significativa entre os domínios físico e psicológico (p=0,008), físico e social (p<0,001) e físico e ambiental (p<0,001), e nos grupos, conforme a distância, observou-se diferença entre os grupos (p<0,005). Artigo 2: O segundo estudo teve como objetivo compreender a influência da prática de corrida de rua nas perdas urinárias de atletas recreacionais. 42 atletas responderam ao ICIQ-SF e uma ficha de anamnese com informações gerais do indivíduo, sua saúde e sobre a prática de corrida. Identificou-se que não há associação entre as variáveis de treinamento de corrida: tempo de prática de corrida, volume de treino e duração dos treinos com a queixa de perdas urinárias, não havendo também relação com o sexo, idade e IMC dos atletas. Artigo 3: O terceiro estudo teve por objetivo verificar a relação do tempo de prática de corrida, distância percorrida e o sexo nos marcadores imunológicos de atletas recreacionais de corrida de rua. 32 atletas responderam a uma ficha de anamnese com informações gerais dos indivíduos e do treinamento de corrida, e realizaram uma colheita sanguínea antes e após um percurso de corrida, de 10 ou 21 Km. A IL6 teve relação entre tempo de prática de corrida e o sexo (p=0,021), razão IL6/IL10 houve relação com tempo de prática e sexo (p=0,012), razão IL1β/IL1ra houve efeito significativo na relação do tempo com a distância (p=0,034)