Avaliação no ambiente clínico e suas implicações para reabilitação de pacientes com impacto femoroacetabular
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Data
2021
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Editora
Wagner Wessfll
Editor Literário
Resumo
A presente tese é composta de 3 estudos. Artigo 1: O primeiro estudo teve como
objetivo comparar a amplitude de movimento (ADM) do quadril e a força muscular
entre pacientes com síndrome do impacto femoroacetabular (IFA) e sujeitos
assintomáticos. Vinte pacientes com síndrome do IFA e vinte sujeitos assintomáticos
passaram por avaliações, em ambiente clínico, de ADM do quadril e força muscular
por meio da goniometria e da dinamometria manual, respectivamente. A ADM foi
significativamente menor nos pacientes com síndrome do IFA para flexão passiva,
rotação interna ativa, rotação externa ativa e passiva. Os pacientes com síndrome do
IFA também apresentaram déficit de força de extensores, adutores e flexores do
quadril em comparação com os assintomáticos. Artigo 2: O segundo estudo teve
como objetivo comparar a ADM do quadril e a força muscular em pacientes com
diferentes versões femorais (VF) e verificar se as medidas de ADM são capazes de
predizer a VF. Trinta e um adultos jovens com dor no quadril foram submetidos a
radiografias biplanares para quantificar a VF, além de avaliações da ADM do quadril
e força muscular em ambiente clínico. Entre os 62 quadris avaliados, 18
apresentavam VF normal, 19 eram antevertidos e 25 retrovertidos. Os quadris
antevertidos apresentaram maior amplitude de rotação interna, enquanto quadris
retrovertidos apresentaram maior amplitude de rotação externa. Os três grupos
apresentaram um índice de rotação do quadril (calculado pela diferença entre a
rotação externa e a rotação interna) diferente, sendo este um preditor forte e
independente da VF. Os pacientes com quadris antevertidos foram mais fracos em
comparação aos pacientes com quadris retrovertidos para a rotação externa à 30°,
abdução e adução. Artigo 3: O terceiro estudo teve como objetivo avaliar a
capacidade prognóstica de características basais em pacientes com síndrome do IFA
e determinar seu impacto para o desfecho de saúde destes pacientes. Cento e
quarenta e cinco pacientes com síndrome do IFA, avaliados em ambiente clínico entre
2013 e 2019, foram reavaliados entre 1 e 8 anos após por meio do instrumento de
avaliação do quadril iHOT-33. Quinze variáveis foram investigadas quanto à sua
capacidade prognóstica. O ponto de corte do estado satisfatório aceitável para o
paciente (PASS) do iHOT-33 foi estabelecido em 67 pontos, enquanto o escore delta
do iHOT-33 foi definido como score final menos o escore inicial. Nas reavaliações se
observou que 81 pacientes (56%) atingiram o PASS. Apenas o escore iHOT-33 inicial
foi um preditor do PASS≥67. O escore iHOT-33 inicial, a VF normal e o índice de
massa corporal foram capazes de predizer o escore delta do iHOT-33. Conclusões:
A ADM do quadril e a força muscular se mostraram diferentes em pacientes com
síndrome do IFA e sujeitos assintomáticos, assim como em pacientes com diferentes
VFs. O índice de rotação do quadril se mostrou um forte preditor da VF dos pacientes.
Apenas o iHOT-33 provou ser um fator prognóstico aceitável para pacientes com
síndrome do IFA atingirem o PASS. Por outro lado, o iHOT-33 inicial, a VF normal e o
índice de massa corporal foram capazes de predizer o escore delta do iHOT-33.
Descrição
Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Quadril, Amplitude de Movimento Articular, Força Muscular, Impacto Femoroacetabular, Prognóstico, [en] Hip, [en] Range of Motion, Articular, [en] Muscle Strength, [en] Femoracetabular Impingement, [en] Prognosis