PPGHEP - Dissertações
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Item A prevalência da doença hepática gordurosa não alcoólica em pacientes com esquizofrenia(2020) Rayn, Roberta Goulart; Marroni, Cláudio Augusto; Fernandes, Sabrina AlvesIntrodução e objetivos: A prevalência mundial da esquizofrenia é de 1%. O tratamento para a esquizofrenia inclui o uso de medicações, sessões psicológicas, reabilitação e suporte social. O estilo de vida pouco saudável é relatado nessa população, sendo frequente a existência de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Diante disso, o objetivo desse trabalho é identificar a prevalência da DHGNA e a sua associação com a composição corporal, através de bioimpedância elétrica (BIA) - índice de massa corpórea (IMC), taxa metabólica basal (TMB), massa magra (MM) e massa gorda (MG); e com a utilização de fármacos psicotrópicos e seu tempo de uso. Metodologia: Estudo de delineamento transversal (n=37) de pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, por meio da realização de ecografia abdominal total, no intuito de identificar a presença da DHGNA, bem como verificar fatores potencializadores de doença hepática como utilização de psicotrópicos e seu tempo de uso e a composição corporal, através da BIA (IMC, TMB, MM e MG). Resultados: A prevalência de DHGNA nessa amostra foi de 32,4%. Na análise multivariada, o IMC se manteve significativo, com razão de prevalências (RP = 1,14; P < 0,01), evidenciando associação direta com a DHGNA. Dentre as variáveis preditoras, quando analisadas por sexo, TMB (P = 0,02) e MM (P = 0,03) foram ambas maiores nos homens. Conclusão: O estudo aponta que pacientes esquizofrênicos diagnosticados com DHGNA tiveram IMC maior do que os sem DHGNA. Nesse caso, o IMC poderia ser um alvo de intervenção nutricional para reduzir essa patologia nesses pacientes.Item Acompanhamento do estado nutricional de pacientes submetidos ao transplante hepático ao longo de um ano(2014) Aydos, Maria Eugênia Deutrich; Marroni, Cláudio AugustoIntrodução: A avaliação nutricional é fundamental na investigação de alterações associadas às hepatopatias. A escolha do método para a avaliação nutricional dos pacientes submetidos ao transplante hepático é essencial para um diagnóstico preciso, tanto no período pré quanto pós-operatório para um adequado acompanhamento do estado nutricional. Objetivos: Avaliar e comparar o estado nutricional de pacientes cirróticos pré e pós-transplante de fígado ao longo de um ano de acompanhamento por diferentes métodos de avaliação nutricional. Métodos: Foram avaliados pacientes submetidos ao transplante hepático em cinco momentos: pré-transplante, 1 mês, 3, 6 e 12 meses após a realização do procedimento na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil. Os métodos empregados para a avaliação nutricional foram antropometria, força do aperto de mão não dominante (FAM) por dinamometria, espessura do músculo adutor do polegar (MAP) e ângulo de fase (AF) por bioimpedância elétrica (BIA). Em todas as avaliações, foram aferidas todas as medidas, conforme protocolo. Para a análise estatística, foi considerado nível de significância de 5% (p≤0,05). Resultados e discussão: Foram realizadas avaliações em uma coorte de 22 pacientes. Os métodos que mostraram maior prevalência de pacientes desnutridos no pré-transplante foram o AF pela BIA (25%), a circunferência muscular do braço (CMB) (21,9%) e a circunferência do braço (CB) (18,8%). Comparando o estado nutricional dos pacientes ao longo do acompanhamento, houve diferença significativa apenas nos métodos de avaliação da CB (p=0,009), prega cutânea tricipital (p=0,044) e AF pela BIA (p=0,008). Ao final do acompanhamento, os métodos de avaliação nutricional foram novamente comparados e apresentaram diferença significativamente estatística (p=0,049), sendo a FAM o método de maior detecção de desnutrição. Conclusão: Sugere-se que o método de AF pela BIA possa ser mais amplamente utilizado para essa população, pois os resultados vão ao encontro de outros achados na literatura, sendo significativos, confiáveis e reprodutíveis.Item Alteração da gamaglutamiltransferase em pacientes com cirrose hepática e sua associação com a apresentação clínica e etilismo(Wagner Wessfll, 2018) Duarte, Viviane de Oliveira Ferreira; Coral, Gabriela PerdomoA aferição da gamaglutamiltransferase (GGT) tem sido utilizada na prática clínica, principalmente como marcador de consumo excessivo de álcool, porém sua alteração não é específica. Tem sido também demonstrada associação entre elevação da GGT e o carcinoma hepatocelular (CHC). Objetivo: analisar a associação entre a GGT e etilismo ativo nos pacientes com cirrose hepática bem como, sua associação com o diagnóstico do CHC. Material e métodos: foram incluídos os pacientes com cirrose internados em um hospital geral no sul do Brasil no período de 2009 a 2014, com idade superior a 18 anos e que tinham um resultado de GGT no momento da admissãohospitalar. Para efeito de comparação, os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo 1, pacientes com etilismo ativo e grupo 2, não etilistas/ etilistas em abstinência.As complicações da cirrose: ascite, encefalopatia hepática, hemorragia digestiva alta, icterícia, síndrome hepatorrenal e CHC também foram avaliados, bem como o tempo de internação, a ocorrência de hepatite alcoólica e a mortalidade. O nível de significância considerado foi de 5%.Resultados:A amostra foi constituída por 174 pacientes com cirrose. Os pacientes do grupo de etilista ativos (19) eram do gênero masculino (100%), com média de idade de 56,2±10,9anos. No grupo 2 (155 pacientes), 91 pacientes (58,7%) eram do gênero masculino e a média de idade nesse subgrupo foi 57,6±13,6anos.A média diária de álcool ingerida foi de 187g (mediana de 140g).A maioria dos pacientes apresentouelevaçãoséricada GGT (86.2%). A mediana da GGT nos pacientes etilistas foi de 119 U/L e no grupo não etilistas/etilistas em abstinência foi de 97U/L (p=0,338). Por outro lado, a mediana dos níveis séricos de GGT de pacientes com CHC foi de 147U/L enquanto que nos pacientes sem CHC a mediana foi de 89U/L (p=0,002). Em análise de regressão de Poisson, os pacientes com CHC apresentaram um aumento na probabilidade em 9,74 vezes de apresentar GGT alterada (1,50-63,2). Conclusão: a GGT não se associou com o etilismo ativo em pacientes com hepatopatia crônica. Foi observada uma associação entre a presença do CHC e a alteração da GGT.Item Análise da influência do polimorfismo T309G do gene MDM2 no prognóstico de pacientes cirróticos com carcinoma hepatocelular submetidos a tratamento cirúrgico(2015) Teixeira, Uirá Fernandes; Fontes, Paulo Roberto OttIntrodução. A descoberta e incorporação de painéis de biomarcadores aos estudos do câncer permitiram o conhecimento de variações genéticas e sua interferência no processo de carcinogênese. A possibilidade de associação do polimorfismo de nucleotídeo simples T309G do gene MDM2 com o aumento da formação de tumores, dentre eles o carcinoma hepatocelular (CHC), tem sido alvo de diversos estudos. Objetivo. Analisar a influência do polimorfismo T309G do gene MDM2 na recidiva tumoral de pacientes cirróticos com CHC submetidos a tratamento cirúrgico. Métodos. Foram analisados retrospectivamente pacientes cirróticos com carcinoma hepatocelular submetidos a tratamento cirúrgico (hepatectomia parcial ou transplante hepático) no período de 2000 a 2009, no Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Foram coletadas amostras de fragmentos tumorais da peça operatória (fígado explantado ou segmento hepático), as quais foram preparadas para estudo em bloco parafinado. Resultados. A sobrevida global foi de 26,7 meses para o grupo HPT e 62,4 meses para o grupo TxH (p<0,01), havendo um total de 66,7% de recidiva global no grupo HPT (10/15), e 17% no grupo TxH (8/47) (X² = 13,602, p<0.01). Níveis de AFP>200ng/mL correlacionaram-se com a recidiva tumoral em ambos os subgrupos cirúrgicos. Observou-se que 83,3% dos pacientes com recidiva também apresentaram invasão microvascular ao exame anátomo-patológico (p<0,01). Não houve significância estatística quando a recidiva neoplásica foi avaliada para os diferentes genótipos e analisada para cada subgrupo cirúrgico. A análise dos fatores prognósticos relacionados à recidiva do carcinoma hepatocelular, quando estratificados para cada padrão genotípico, também não se mostrou significante. Conclusão. O nosso estudo revelou que o genótipo G/G não esteve associado a recidiva tumoral após o tratamento cirúrgico, seja nas hepatectomias parciais ou transplante hepático. Além disso, a presença desse genótipo não mostrou correlação com os fatores prognósticos estudados.Item Análise de custo-efetividade da cintilografia óssea de corpo inteiro na avaliação pré-transplante hepático de pacientes com carcinoma hepatocelular em um centro de referência na Região Sul do Brasil(2014) Rodríguez Villafuerte, Santiago Daniel; Brandão, Ajácio Bandeira de Mello; Balbinotto Neto, GiácomoO carcinoma hepatocelular (CHC) é o tumor primário de fígado mais comum, tendo sido responsável por 29.378 óbitos no Brasil, entre os anos 1980 e 2010. Sua incidência difere conforme as áreas geográficas devido à variação da frequência dos fatores de risco, sendo a cirrose hepática o principal fator para seu desenvolvimento. Nos últimos anos, ocorreram importantes avanços no diagnóstico e tratamento da doença, que permitiram definir melhor os pacientes que se beneficiariam de terapias curativas (transplante hepático (TxH) ou ressecção) ou paliativas, evitando gastos e procedimentos desnecessários. Os tratamentos curativos só podem ser oferecidos a pacientes com a doença restrita ao fígado, razão pela qual a pesquisa de metástases extra-hepáticas faz parte da investigação. Em muitos centros, é recomendada a realização de cintilografia óssea de corpo inteiro na avaliação préressecção ou para inclusão em lista de espera para transplante. Objetivo: Avaliar, sob a perspectiva de um centro de referência na Região Sul do Brasil, a pertinência da solicitação sistemática de cintilografia óssea de corpo inteiro, para pacientes adultos com CHC, como requisito para inclusão em lista de espera para TxH, com doador falecido. Pacientes e Métodos: Realizou-se um estudo de prevalência, incluindo todos os pacientes em lista de espera, entre dezembro de 1997 e janeiro de 2013, para TxH por CHC, confirmado por critérios de imagem ou biópsia. Resultados: Analisaram-se, retrospectivamente, 256 prontuários médicos de pacientes com CHC em estágio precoce, que se submeteram a TxH. Destes, 187 pacientes realizaram cintilografia óssea na avaliação pré-transplante (71% homens, média de idade 58 ± 7 anos) e 69 não o fizeram (72% homens, média de idade de 56 ± 8 anos). A etiologia mais comum da cirrose foi infecção pelo vírus da hepatite C e a classe funcional hepática mais prevalente em ambos os dois grupos foi Child B. Análise do explante apontou que 78% dos pacientes transplantados enquadravamse nos critérios de Milão. Nenhuma das 187 cintilografias realizadas foi positiva para metástases. As taxas de sobrevida um e cinco anos depois do transplante nos pacientes que realizaram cintilografia óssea foram de 81% e 69% respectivamente, e nos que não a realizaram, de 78% e 62% respectivamente (p = 0,25). As taxas de recorrência, um e cinco anos após o TxH, em pacientes com cintilografia óssea, foram de 4,8% e 10,7% e sem cintilografia, de 2,9% e 10,1% respectivamente, (p = 0,46). O custo decorrente da atual política gerou um gasto de US$ 27.582,914 sem detectar nenhuma metástase subclínica. Conclusão: Nesta coorte, a atual política de avaliação de pacientes com estágios precoces do CHC candidatos para TxH não foi custo-efetiva.Item Análise do envolvimento do polimorfismo T309G no gene MDM2 no carcinoma hepatocelular(2013) Izaguirre, Andréa Gomes Coelho; Fontes, Paulo Roberto Ott; Kretzmann Filho, Nélson AlexandreINTRODUÇÃO O Carcinoma Hepatocelular é a quinta neoplasia mais comum no mundo. A presença do polimorfismo T309G no gene MDM2 (rs2279744) pode ser um fator de risco para o desenvolvimento desse carcinoma. Esse gene é um regulador negativo da proteína p53 e o polimorfismo T309G no gene MDM2 pode bloquear ou diminuir a atividade da p53 podendo aumentar a ocorrência de Carcinoma Hepatocelular. OBJETIVO: Avaliar o envolvimento do polimorfismo SNP T309G no gene MDM2 em pacientes com Carcinoma Hepatocelular de diferentes etiologias, no Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre. METODOLOGIA: Foram analisados 67 pacientes com diagnóstico de Carcinoma Hepatocelular (CHC), no período de 2000 a 2009. O polimorfismo no gene MDM2 foi determinado pela técnica de PCR Real Time alelo-específico por meio do ensaio TaqMan. RESULTADOS: Quanto ao gênero 56 (83,6%) eram do gênero masculino e 11 (16,4%) do gênero feminino; a média de idade era de 60,6 anos (± 8,8), com idade mínima de 37 e máxima de 85 anos. Quanto à etiologia do Carcinoma Hepatocelular, observou-se que 31 casos (46,3%) estavam relacionados com a infecção pelo vírus da hepatite C (VHC), seguidos pelos casos de infecção pelo vírus da hepatite C + álcool, num total de 24 casos (35,8%), bem como pelo consumo de álcool, evidenciado em 4 casos (6%), e pela presença do vírus da hepatite B (VHB), ocorrente em 4 casos (6%). Outros fatores (VHB+VHC, cirrose +álcool) foram detectados em 4 casos (6%). O transplante hepático foi realizado em 48 casos (71,6%) e a hepatectomia em 19 (28,4%). As frequências dos genótipos foram de 40,3% para TT, 28,4% para TG, e 31,3% para GG. A frequência alélica foi de 54,5% para o alelo T e de 45,5% para o alelo G. CONCLUSÃO: A análise do polimorfismo T309G no gene MDM2 em pacientes com CHC não apresentou diferenças significativas nas frequências genotípicas e alélicas, não sendo viável determinar nesta serie se existe envolvimento do polimorfismo com o Carcinoma Hepatocelular.Item Análise do Vetor da Bioimpedância Elétrica (BIVA) em candidatos à cirurgia bariátrica com doença hepática gordurosa não alcoólica(Wagner Wessfll, 2017) Bopp, Márcia Silva; Marroni, Cláudio Augusto; Fernandes, Sabrina AlvesIntrodução: A cirurgia bariátrica é considerada a melhor forma de tratamento da obesidade mórbida por possibilitar perda ponderal satisfatória e melhora das comorbidades, incluindo a DHGNA. A análise através do método BIVA, identifica alterações de fluido corporal e integridade da membrana celular em doenças crônicas como a obesidade e DHGNA. Objetivo: Avaliar o resultado do BIVA em candidatos à cirurgia bariátrica com DHGNA. Métodos: Estudo de delineamento transversal com obesos candidatos à cirurgia bariátrica em uma clínica particular e em um ambulatório particular sediado dentro de um Complexo Hospitalar de Porto Alegre, RS, Brasil. Os métodos de avaliação da composição corporal foram BIVA e AF, através da BIA. Resultados: Foram avaliados 52 pacientes com média de idade de 36,9 ± 9,9 anos, sendo 67,3% do sexo feminino. IMC médio de 43,5 ± 4,6 kg/m², AF de 6,92º e presença de DHGNA em 88,4%. Quanto ao perfil do BIVA, 46,2% ficou na elipse 95% e 40,4% acima de 95%. Pacientes com DM2, HAS, Dislipidemia e DHGNA foram mais frequentes nas elipses 95% e acima de 95%, porém sem significância estatística. Exceto uma paciente, todos os demais ficaram no quadrante 1 do gráfico R/Xc. Pacientes classificados nas elipses 50%/75% apresentaram maior prevalência de AF<6,93º (p=0,030), apresentando menor celularidade quando comparados aos pacientes que ficaram nas elipses maiores. O AF não se mostrou um bom biomarcador de DHGNA e não houve associação entre a classificação pelo AF com as variáveis em estudo. Conclusão: Os pacientes obesos candidatos à cirurgia bariátrica com DHGNA avaliados neste estudo apresentaram preservação na integridade celular e elevada hidratação corporal. O método BIVA pode ser um auxiliar na detecção de alterações na membrana das células, identificando precocemente aqueles pacientes com necessidade de intervenção nutricional pré ou pós-cirurgia. O BIVA mostra-se um método promissor para representar fidedignamente a integridade celular e hidratação corporal.Item Ângulo de fase como marcador prognóstico de pacientes com cirrose: um follow-up de 15 anos(2023-11-23) Pinto, Letícia Pereira; Marroni, Claudio Augusto; Fernandes, Sabrina Alves; Programa de Pós-Graduação em Medicina: HepatologiaIntrodução: A cirrose hepática é doença crônica progressiva, caracterizada por fibrose difusa, que contribui para a desnutrição e pior qualidade de vida, acomete milhões de pessoas mundialmente, é responsável por 2,4% dos óbitos globais e demanda altos custos com hospitalizações e tratamentos especializados. Por estas razões é essencial determinar o prognóstico destes pacientes, o que contribui para melhor manejo clínico e tomada de decisões terapêuticas. O Ângulo de Fase da Bioimpedância Elétrica consiste numa medida que avalia a integridade celular e tem se mostrado um bom instrumento para avaliar o prognóstico de algumas doenças crônicas, como câncer e insuficiência cardíaca, e a sua redução está associada a um pior prognóstico. Objetivo: Avaliar o papel prognóstico do Ângulo de Fase na evolução dos indivíduos com cirrose, em 15 anos de seguimento Metodologia: Estudo de coorte retrospectiva de 129 indivíduos com cirrose de diferentes etiologias, atendidos em 2007 no Ambulatório de Hepatologia do Hospital Santa Clara do Complexo Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Foi realizado o rastreio dos pacientes através do banco de dados do ambulatório e coletadas as ocorrências de eventos clinicamente relevantes (Varizes de esôfago, ascite, peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia, sangramento de varizes de esôfago e óbito), número de internações, tempo de internação, exames bioquímicos e o Ângulo de Fase da Bioimpedância coletado através da bioimpedância Biodynamics p450. Os pacientes foram classificados conforme o seu Ângulo de Fase, utilizando a classificação de Fernandes et al (2012) e Mattiello e colaboradores (2022). Os dados foram tabulados em Excel 2013 para análise estatística. Foram considerados estatisticamente significativos valores de p < 0,05 e a análise dos dados realizada no programa SPSS versão 26.0. Foi estabelecida a curva de Kaplan Mayer para a análise de sobrevida. Resultados: Os pacientes foram estratificados em dois grupos, um com base no Ângulo de Fase de 5,4 graus (AF > 5,4°, n = 40; AF ≤ 5,4°, n = 89) e outro conforme o percentil do Ângulo de Fase (< P50, n = 56; ≥ P50, n = 73). A avaliação por meio do percentil foi mais precisa na identificação de óbitos no longo prazo do que o ponto de corte de AF 5,4º. Os pacientes com percentil < P50 apresentaram maior número de eventos clinicamente relevantes como ascite, PBE, encefalopatia hepática e CHC. O Ângulo de Fase está fortemente correlacionado com a albumina sérica (P <0,001), Razão Normalizada Internacional (P = 0,01), bilirrubina total (P = 0,02) e bilirrubina direta (P = 0,003). O Ângulo de Fase está associado com o tempo de sobrevivência (P < 0,001) e tempo de internação (P = 0,02). A análise de regressão logística mostra que o aumento de 1° no Ângulo de Fase aumenta em 17,7% a chance de sobrevivência do paciente cirrótico. Conclusão: O ângulo de fase foi um bom preditor prognóstico em indivíduos com cirrose.Item Associação do consumo da cafeína e dos níveis séricos de vitamina D com o grau de fibrose hepática em pacientes com hepatite C crônica(2013) Oliveira, Kalinca da Silva; Tovo, Cristiane ValleIntrodução - O vírus da hepatite C (HCV) é um importante problema mundial de saúde pública e a principal causa de hepatite C crônica, cirrose, carcinoma hepatocelular e transplante hepático. Recentemente, o consumo de cafeína e os níveis séricos de vitamina D têm sido relacionados à diminuição dos níveis de enzimas hepáticas e menor risco de fibrose, em pacientes portadores de HCV. Objetivos - O presente estudo tem por objetivo avaliar a associação do consumo da cafeína, bem como dos níveis séricos de vitamina D com a atividade inflamatória e o grau de fibrose hepática em pacientes com hepatite C crônica. Métodos - Estudo transversal, constituído por pacientes com infecção crônica pelo HCV. Foram entrevistados 113 pacientes através de questionário referente ao consumo de cafeína e análise de dados antropométricos. Setenta e quatro pacientes realizaram a dosagem de vitamina D. A biópsia hepática foi realizada em um período de no máximo 36 meses antes da inclusão no estudo. Resultados – Foram avaliados 113 pacientes, sendo 67 (59,3%) do sexo feminino, 48 (42,5%) apresentavam idade entre 52 e 62 anos, e 101 (89,4%) eram de cor branca. O consumo médio de cafeína foi 251,41±232,32 mg∕dia, sendo que 70 (62%) pacientes consumiam até 250 mg∕dia de cafeína. Não houve associação entre o consumo de cafeína e a atividade inflamatória na biópsia hepática, o sexo, a cor da pele e o índice de massa corporal. Por outro lado, quando avaliada a associação entre o consumo de cafeína e fibrose hepática observou-se relação inversa, bem como quando analisado o consumo de cafeína e a idade. Quanto à vitamina D, foram avaliados 74 pacientes, sendo 45 (60,8%) do sexo feminino, com média de idade 57,03±9,24 anos e 63 (85,1%) eram de cor branca. Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre os níveis séricos de vitamina D e o sexo, a idade, e a cor da pele. Da mesma forma, não houve associação entre a atividade inflamatória e o grau de fibrose hepática com os níveis séricos de vitamina D. Conclusões – O consumo de cafeína abaixo de 250 mg∕dia foi associado com fibrose hepática avançada. Não houve associação entre o consumo de cafeína e a atividade inflamatória. Da mesma forma, não houve associação entre os níveis séricos de vitamina D e atividade inflamatória, bem como com o grau de fibrose hepática.Item Associação entre a apneia obstrutiva do sono e a gravidade da doença hepática gordurosa não alcoólica(Wagner Wessfll, 2019) Krolow, Graciela Konsgen; Coral, Gabriela Perdomo; Garcia, EduardoResumo embargado.Item Avaliação da segurança da cirurgia bariátrica em pacientes com Fibrose Hepática avançada(2023-12-28) Barum, Giovani; Mattos, Ângelo Zambam de; Programa de Pós-Graduação em Medicina: HepatologiaIntrodução: A obesidade cresce em todo o mundo em ritmo pandêmico. A relação entre a obesidade e a esteatose hepática metabólica (metabolic dysfunctionassociated steatotic liver disease - MASLD) já é bem estabelecida, sendo um dos mais importantes fatores etiológicos para o desenvolvimento de cirrose hepática. A cirurgia bariátrica é um tratamento efetivo para perda de peso em pacientes com obesidade moderada e severa, tendo também um efeito no controle da MASLD. Contudo, a segurança da cirurgia em pacientes com fibrose hepática avançada não é ainda bem estabelecida. Objetivo: avaliar a segurança e as repercussões da cirurgia bariátrica de acordo com o grau de fibrose hepática. Métodos: foram avaliados retrospectivamente pacientes submetidos à cirurgia bariátrica no período de junho de 2004 a fevereiro de 2020 e que possuíam biópsia hepática realizada no momento da cirurgia. Foram coletados dados do prontuário correspondentes ao pré-operatório e ao período de até 1 ano de pós-operatório, e os resultados, estratificados conforme o grau de fibrose hepática em fibrose inicial (ausente ou estágios 1 e 2) e fibrose avançada (estágios 3 e 4). Resultados: Foram incluídos no estudo 1185 pacientes no período de 2004 a 2020. Foram identificados 1129 pacientes sem fibrose ou com estágios 1 e 2 de fibrose e 56 pacientes com fibrose avançada. O grupo com fibrose avançada tinha maior percentual de homens (35,7% versus 21,6%, p=0,014), portadores de diabete (42,9% versus 16,5%, p<0,001) e de hipertensão arterial sistêmica (57,1% versus 41,4%, p=0,012). Pacientes com fibrose avançada ficaram mais tempo internados (4,64 dias versus 4,06 dias, p<0,001) e necessitaram de internação em Unidade de Terapia Intensiva em uma maior proporção (7,1% versus 2,9%, p=0,038). Não houve diferença significativa com relação à ocorrência de infecções relacionadas ao procedimento, fístulas, hemorragia digestiva, tromboembolismo pulmonar ou trombose venosa profunda. Não houve diferença significativa com relação ao desenvolvimento de estenose da gastroenteroanastomose, colelitíase e anemia em 6 meses. Não houve óbito em quaisquer dos grupos. Conclusão: a cirurgia bariátrica se mostrou um procedimento seguro, com taxas de complicações semelhantes em pacientes portadores de fibrose avançada, quando comparado com pacientes sem fibrose ou com fibrose inicial.Item Avaliação do gasto energético de repouso em pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica(Wagner Wessfll, 2019) Oliveira, Andressa da Silva; Tovo, Cristiane Valle; Fernandes, Sabrina AlvesA doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é considerada o transtorno hepático mais comum nos países ocidentais, afetando 17 a 46% dos adultos e com prevalência global ao redor de 25,24%. Até o momento não há um padrão de avaliação nutricional recomendado para determinar o gasto energético de repouso (GER) de pacientes com DHGNA, para que se possa nortear adequadamente a conduta dietoterápica. Objetivo: avaliar o GER em pacientes com DHGNA através de diferentes métodos, considerando a calorietria indireta (CI) como padrão áureo, e comparar a CI com diferentes fórmulas estimativas do GER, com a composição corporal através de bioimpedância (BIA), com o estadiamento da DHGNA e com a presença de comorbidades. Métodos: Foram avaliados em uma amostra por conveniência e de forma prospectiva os pacientes com DHGNA maiores de 18 anos de idade atendidos no ambulatório de Gastroenterologia de um Hospital de nível terciário do Sul do Brasil, no período de junho de 2017 a novembro de 2018. Para a estimativa do gasto energético de repouso utilizou-se as fórmulas de Harris Benedict, de Jeor Mifflin-St, da Organização Mundial de Saúde e de Schofield. A BIA foi utilizada para avaliação do GER e da massa corporal, e para aferição do GER utilizou-se a CI. O estadiamento da DHGNA foi realizado através de biópsia hepática ou método não invasivo. Foram avaliadas as comorbidades hipertensão arterial, diabetes mellitus e dislipidemia. Associações entre variáveis categóricas foram testadas com teste χ2 de Pearson e entre grupos com teste de McNemar. O nível de significância assumido foi de 5%. Resultados: Foram avaliados 78 pacientes, sendo 70,5% do sexo masculino, com média de idade de 59 anos e média de IMC 33,08kg/m2 . O GER médio por CI foi de 1.753 kcal. Ao comparar a estimativa do GER por diferentes fórmulas com a calorimetria indireta, apenas a fórmula de Jeor Mifflin- St apresentou diferença estatisticamente significativa (p=0,000), com uma diferença de +318,49 kcal. A BIA e a fórmula de Harris Benedict apresentaram valores mais próximos à CI, 1.658 e 1.845 kcal respectivamente. Houve correlação positiva do GER com atividade inflamatória e fibrose e não houve correlação com a presença de comorbidades. Conclusão: a utilização de ferramentas como a CI na estimativa do GER é extremamente relevante para a orientação nutricional adequada, como parte do tratamento da DHGNA. Na ausência da CI, algumas alternativas podem ser utilizadas com segurança nesta população, como a BIA e as fórmulas preditivas de Harris Benedict, de Schofield e da Organização Mundial de Saúde.Item Avaliação do sistema de reparo de quebras duplas do DNA em pacientes com metástase hepática de câncer colorretal submetidos à hepatectomia(Wagner Wessfll, 2021) Antonello, Carlos Daniel Hernández; Kalil, Antonio Nocchi; Leguisamo, Natalia Motta; Lucchese, Angélica MariaIntrodução: A identificação de grupos de risco específicos para a recorrências após a cirurgia em metástases hepáticas de câncer colorretal (MHCCR) continua sendo um desafio devido a heterogeneidade da doença. Parâmetros clinicopatológicos clássicos possuem limitado valor prognóstico. Material e métodos: Incluímos 50 pacientes de maneira prospectiva. Amostras de MHCCR e tecido hepático normal adjacente de pacientes que foram submetidos a hepatectomia com intenção curativa foram avaliadas para expressão gênica de genes chave das vias de reparo de quebras duplas (RAD51, BRCA1 e XRCC5), por RT-qPCR (n=32), e para expressão proteica por imunoistoquímica (Ku80 (n=32), MLH1 e MSH6 (n=50). O papel prognóstico dos dados moleculares e clinicopatológicos foi investigado por regressão de Cox para progressão livre de doença (PFS) e sobrevida global (OS). Resultados: Níveis aumentados de mRNA de RAD51 e XRCC5 em tecido tumoral foram associados a tratamento neoadjuvante para MHCCR com deficiência no reparo de malpareamento (dMMR). Baixa expressão de XRCC5 foi associada a pior OS e PFS. Entretanto, análise multivariada não confirmou baixo XRCC5 como fator prognóstico independente (PFS HR IC95% = 6.727 (0.471 - 9.058), p = 0.016; OS HR IC95% = 9.120 (0.918 - 9.612); P= 0.059). O tratamento neoadjuvante para MHCCR e margens cirúrgicas positivas após a hepatectomia foram confirmados como fatores prognósticos independentes para PFS. Baixos níveis de XRCC5 em tumores prediz pior PFS em pacientes com margens cirúrgicas positivas (R1-R2) que receberam tratamento neoadjuvante para MHCCR quando comparados àqueles que não receberam este tratamento. Conclusão: Nossos resultados sugerem o papel de XRCC5 como fator prognóstico em MHCCR ressecáveis. Baixos níveis de mRNA de XRCC5 podem predizer maior risco de recorrência e sobrevida, particularmente em pacientes com margens cirúrgicas positivas que não receberam quimioterapia neoadjuvante para MHCCR.Item Avaliação do sistema de reparo por excisão de bases na metástase hepática do câncer colorretal(Wagner Wessfll, 2021) Escovar, Carlos Eugênio Santiago; Kalil, Antonio Nocchi; Meirelles, Natalia Motta Leguisamo; Lucchese, Angélica MariaIntrodução: As metástases hepáticas de câncer colorretal (MHCCR) continuam a ser a principal causa de morte de pacientes com câncer colorretal (CRC). O reparo inadequado dos danos ao DNA promove instabilidade genômica, aumento da carga mutacional e regulação positiva do eixo PD-1/PD-L1. A deficiência no reparo de malpareamento (dMMR) é um biomarcador baseado nos sistemas de reparo do DNA para predizer a resposta à imunoterapia em pacientes com CRC metastático. Uma vez que, apenas 5% dos pacientes com MHCCR apresentam dMMR, a identificação de deficiências em outras vias de reparo do DNA, como o reparo por excisão de base (BER), pode facilitar a identificação de pacientes que possivelmente se beneficiariam da imunoterapia independentemente da dMMR. Métodos: Cinquenta pacientes com MHCCR submetidos à hepatectomia foram incluídos prospectivamente. Metástases hepáticas e tecidos hepáticos adjacentes de 32 pacientes foram avaliados quanto à expressão gênica dos principais genes do BER (OGG1, POLB, PARP1 e XRCC1) por qRT-PCR. Conteúdos de PARP1 e PD-1 foram avaliados por imunohistoquímica. Os dados moleculares e clínicopatológicos, incluindo as razões neutrófilos/linfócitos, linfócitos/monócitos e plaquetas/linfócitos - NLR, LMR e PLR, respectivamente), foram avaliados quanto à presença de associações e valor prognóstico. Resultados: A redução dos níveis de mRNA de OGG1 e POLB em tecidos neoplásicos foi associada à margens cirúrgicas R1-R2 e doença sincrônica, respectivamente. A superexpressão de PARP1 foi associada a presença menores lesões, margem de ressecção cirúrgica R0 e aumento de LMR; e a superexpressão de XRCC1 foi associada a níveis mais baixos de CEA ao diagnóstico do CCR e aumento da PLR. Além disso, demonstramos que a menor imunorreatividade para PARP1 foi associada à presença de invasão perineural em tumores colorretais e aumento da NLR. Em contrapartida, a alta expressão de PARP1 foi associada à expressão positiva de PD1. As análises de sobrevivência não confirmaram o papel prognóstico independente dos componentes de BER ou de PD-1. Conclusões: O BER apresentou-se desequilibrado nas MHCCR. A superexpressão de PARP1 foi associada à expressão positiva de PD-1 positiva e características clínicas de mau prognóstico em CRCLM, o que pode sugerir um novo papel para PARP1 na agressividade das MHCCR através da ativação do sistema imunológico e da modulação do desenvolvimento tumoral.Item Avaliação dos níveis de TAFI no perioperatório de transplante hepático: estudo piloto(2014) Nedel, Wagner Luis; Pasqualotto, Alessandro Comarú; Rodrigues Filho, Edison MoraesIntrodução: Thrombin Activatable Fibrinolysis Inhibitor (TAFI), um fator de coagulação de produção hepática, é associado com um aumento na atividade fibrinolítica assim como uma maior mortalidade nos pacientes portadores de doença hepática terminal, em decorrência da diminuição dos seus níveis séricos nesta população. Tal fato pode estar relacionado tanto à função sintética anormal quanto ao risco aumentado de sangramento nestes pacientes. Seu papel no transplante hepático (TxH), entretanto, não é estabelecido. O principal objetivo deste estudo é avaliar o comportamento fisiológico do TAFI no pré e no pósoperatório de TxH. Metodologia: incluímos 21 pacientes em cuidados perioperatórios de TxH, com aferições dos níveis séricos de TAFI em três momentos: no pré-operatório (TAFI pré), no pós-operatório imediato (TAFI PO) e em 24h de pós-operatório (TAFI 24h). Resultados: os níveis de TAFI pré apresentaram uma forte correlação negativa com os valores pré-operatórios de Model of End-stage Liver Disease (MELD) (r=-0,723; p=0,01). Houve um aumento marcado nos níveis de TAFI 24h em comparação aos dois momentos anteriores (p=0,007 comparado com TAFI pré e p=0,0001 comparado a TAFI PO). Dois pacientes desenvolveram disfunção precoce do enxerto, estes apresentaram níveis de TAFI 24h menores do que aqueles que não tiveram esta complicação (3,0±0,19 versus 1,55±0,31; p=0,0001). Três pacientes evoluíram a óbito, os quais apresentaram níveis menores de TAFI pré (1,26±0,15 versus 2,53±0,53; p=0,001) e de TAFI PO (1,2±0,15 versus 2,4±0,42; p=0,001) em comparação aos sobreviventes. Houve uma associação entre TAFI pré com sangramento perioperatório na análise univariada, mas ela não se confirmou após ajustamento da análise para modelo de regressão linear, também, não houve associação entre valores de TAFI pré ou TAFI PO com transfusão ou não nas primeiras 24h pós transplante (p=0,43 e p=0,23, respectivamente). Conclusões – a avaliação dos níveis de TAFI, tanto no pré quanto no pós-operatório, apresenta um papel potencial na predição de efeitos adversos maiores no TxH.Item Capacidade de exercício em cirróticos com e sem síndrome hepatopulmonar(2014) Pereira, José Leonardo Faustini; Marroni, Cláudio Augusto; Garcia, EduardoIntrodução – A Síndrome Hepatopulmonar (SHP) é caracterizada por uma tríade clínica que envolve: Doença hepática e/ou hipertensão portal, presença de dilatações vasculares intrapulmonares, e anormalidades da oxigenação arterial. Tais condições podem contribuir para uma piora da força muscular, capacidade de exercício e funcionalidade dessa população. Objetivo – Comparar a capacidade de exercício, condição funcional e força muscular respiratória de indivíduos cirróticos com diagnóstico de SHP e de indivíduos cirróticos sem esse mesmo diagnóstico. Métodos - Estudo transversal com amostra de conveniência, composta por 178 pacientes (92 com SHP e 86 sem SHP) que possuíam o diagnóstico de cirrose hepática por etiologia alcóolica ou pelo vírus VHC. Para verificar a capacidade de exercício utilizamos o Pico de Consumo de Oxigênio (VO2pico), para a funcionalidade o Teste de Caminhada dos Seis Minutos (TC6M) e para a força da musculatura respiratória a Manovacuometria. Na análise estatística foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov e o teste t de Student. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS 16.00 sendo considerado significativo p< 0,05. Resultados – O grupo com diagnóstico de SHP apresentou menor VO2pico (14,2±2,3 vs 17,6±2,6) p<0,001, distância percorrida no TC6M (340,8±50,9 vs 416,5±91,4) p<0,001, pressão inspiratória máxima (-49,1±9,8 vs -74,2±13,9) p=0,001, e pressão expiratória máxima (60,1±12,2 vs 76,8±14,7) p=0,001. Conclusão – O grupo de pacientes cirróticos com diagnóstico de SHP apresentou menor VO2pico, distância percorrida no TC6M e força muscular respiratória do que os indivíduos cirróticos sem o diagnóstico de SHP.Item Carga de trabalho da equipe de enfermagem e o índice apache de gravidade de pacientes pós-transplante hepático: estudo de coorte(Wagner Wessfll, 2021) Silveira, Andresa Thomé; Marroni, Cláudio Augusto; Treviso, PatríciaIntrodução: O transplante de fígado é um procedimento cirúrgico de alta complexidade, com pós-operatório em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde se utilizam escores que avaliam constantemente os pacientes, para garantir um atendimento planejado. Objetivo: Avaliar a carga de trabalho de enfermagem e sua relação com a gravidade dos pacientes no pós-transplante hepático, a partir de indicadores de qualidade assistencial utilizados na UTI. Método: Estudo de coorte retrospectivo, no período de janeiro de 2014 a junho de 2018, com análise de 286 prontuários e avaliação do pós-operatório imediato de transplante de fígado em um hospital de referência no sul do Brasil, a partir de dados secundários no prontuário eletrônico e no Sistema Epimed Monitor. Foram coletados os escores Nursing Activity Score (NAS) e o Acute Physiology and Chronic Health Evaluation IV (APACHE IV), como também as características demográficas, clínicas e os desfechos dos transplantados. Para tanto, consideraram-se significativas as associações com valor de p˂0,05. Resultados: A média de idade foi de 57,6 anos (±10 anos), 68,9% masculinos. Os escores médios do The Model for End Stage Liver Disease (MELD) e APACHE IV foram, respectivamente, 24,3 (±5,6) e 58,9 (±23,7); o tempo de UTI ficou em 5 dias (3-7) e 9,1 % dos pacientes foram a óbito na própria unidade de terapia. A média total do NAS foi reduzindo gradativamente nas 24h (94,9 ± 18,5), 48h (87,2 ± 17,0), 72h (83,3 ± 19,6) até a alta (82,3 ± 18,2). Observaram-se associações em diferentes momentos do NAS, com o escore MELD (p˂0,05) e APACHE IV (p˂0,001), tempo de UTI (p˂0,001), desfecho óbito (p˂0,001), não sendo encontrada associação com a idade. As atividades que mais influenciaram na carga de trabalho nas 24h, 48h, 72h e alta estavam ligadas à verificação de sinais vitais e a balanço hídrico, tarefas administrativas e gerenciais (p˂0,001); a atividade de suporte e os cuidados com familiares e pacientes foi significativa nas 24h (p˂0,001). Conclusão: A carga de trabalho da enfermagem é excessiva no pós-operatório de transplante hepático e está relacionada com a gravidade dos pacientes.Item Comparação da gravidade da doença hepática gordurosa não alcoólica de pacientes obesos diabéticos e não diabéticos(Wagner Wessfll, 2019) Diedrich Neto, João Alfredo; Fontes, Paulo Roberto OttIntrodução: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) apresenta um amplo espectro de alterações histopatológicas, desde a esteatose até a cirrose hepática. A literatura sugere que pacientes com diabete melito (DMT2), por sua relação na fisiopatologia, têm risco aumentado para incidência e gravidade dessa doença. Objetivo: O objetivo principal deste estudo foi determinar a prevalência e a gravidade da DHGNA em pacientes obesos diabéticos e não diabéticos submetidos à cirurgia bariátrica. Também foram analisados e comparados os dados epidemiológicos e demográficos, parâmetros clínicos e laboratoriais. Pacientes e Métodos: Todos os pacientes elencados submeteram-se à cirurgia bariátrica pela mesma equipe cirúrgica, na Santa Casa de Porto Alegre, no período de 2016 a 2018. Realizou-se a avaliação das biópsias hepáticas através do NAFLD activity score (NAS) para avaliação quanto ao grau de esteatose hepática, à presença de balonização, à atividade da inflamação e ao grau de fibrose. Resultados: Foram observados 154 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica com biópsia transoperatória concomitante, divididos em duas faixas de IMC, de 35 a 44.9 e de 45 a 54.9. Não houve complicação relacionada com a biópsia hepática. Dos 154 pacientes, 32 (20,8%) eram diabéticos e 122 (79,2%) eram não diabéticos. Os pacientes com DMT2 eram significativamente mais velhos que os pacientes sem a doença, 41,29 ± 9,40 anos vs 36,71±10,13 anos, no grupo com IMC de 35 a 44.9 (p=0,049) e 45,13 ± 7,10 anos vs 37,00 ± 9,24 anos no grupo com IMC de 45 a 54.9 (p=0,024). Além disso, neste último grupo, observou-se associação significativa dos pacientes diabéticos com a presença de hipertensão arterial sistêmica (HAS) (p=0,033). Na avaliação histológica realizada, os pacientes com DMT2 do grupo com IMC de 35 a 44.9 apresentaram forte associação com maior prevalência e gravidade de estetose, balonização, inflamação, fibrose e esteato-hepatite. Conclusão: Os dados deste estudo confirmam prevalência elevada de DHGNA em pacientes com Obesidade Mórbida. A prevalência e a gravidade aumentam proporcionalmente ao IMC. Pacientes de uma mesma faixa de IMC que possuam DMT2 como comorbidade apresentam maior prevalência e gravidade da doença, sugerindo sua associação com a síndrome metabólica.Item Correlação entre achados na histopatologia Hepática e os níveis de adipocinas em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica(2016) D'Incao, Rafael Bergesch; Tovo, Cristiane Valle; Mattevi, Vanessa SuñéINTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença de abrangência mundial, sendo implicada comprovadamente com inúmeras condições clínicas. Entre elas destacase a doença hepática gordurosa não-alcóolica (DHGNA), presente em cerca de 80% dos obesos e em até 95% dos obesos mórbidos. Atualmente, essa doença vem sendo compreendida como um estado inflamatório crônico, sendo associado à produção de inúmeras citocinas, conhecidas como adipocinas. O objetivo do presente estudo foi analisar os níveis de adipocinas no soro, na gordura visceral e na subcutânea, sendo comparados com os achados histopatológicos hepáticos em uma população de pacientes obesos mórbidos. MÉTODOS: foi realizado um estudo observacional descritivo retrospectivo, onde foram analisados os achados da biópsia hepática em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica e que haviam realizado análise dos níveis de adipocinas (adiponectina, leptina e resistina) no tecido subcutâneo, visceral e no soro. Na avaliação das biópsias hepáticas realizadas durante o procedimento cirúrgico os espécimes obtidos foram avaliados conforme a classificação de Kleiner. RESULTADOS: foram analisados 25 pacientes obesos mórbidos submetidos à cirurgia bariátrica. Houve correlação estatisticamente significativa da idade e dos níveis de hemoglobina glicada com a esteatohepatite não-alcóolica (EHNA), bem como uma correlação inversa dos níveis séricos de leptina e resistina com os graus de esteatose e da resistina com a presença de fibrose. Não houve correlação entre expressão de adipocinas no tecido subcutâneo e visceral com os achados histopatológicos. CONCLUSÃO: nessa população de obesos mórbidos, os níveis de leptina se apresentaram reduzidos com o aumento do conteúdo hepático de gordura e os níveis séricos de resistina se mostraram diminuídos na presença, tanto de esteatose simples, como de EHNA. A idade avançada mostrou relação com EHNA e os níveis da hemoglobina glicada se mostraram elevados quando associados com a DHGNA, refletindo a resistência insulínica de forma indireta.Item Correlação entre os níveis de ferritina sérica e doença hepática gordurosa não-alcoólica em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica(Wagner Wessfll, 2020) Giacomazzi, Caroline Becker; Fontes, Paulo Roberto OttINTRODUÇÃO: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) tem se tornando um desafio na saúde pública, a medida que a prevalência da obesidade e sobrepeso vem aumentando em níveis endêmicos nos últimos anos. Diversos estudos estão sendo desenvolvidos na busca de métodos não invasivos e acessíveis para diagnosticar, estadiar e acompanhar a progressão da DHGNA. Os níveis de ferritina sérica (FS) estão comumente elevados em pacientes com DHGNA. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre os níveis de FS e a gravidade da DHGNA, explorando o papel da FS como marcador não invasivo de DHGNA. METODOLOGIA: Foram analisados os dados clínicos, antropométricos, laboratoriais e histológicos de 431 pacientes adultos portadores de obesidade, submetidos a cirurgia bariátrica. Os dados foram coletados no período pré operatório e após o primeiro ano da cirurgia. RESULTADOS: A prevalência de hiperferritinemia no período pré-operatório foi de 18%. Na análise univariada, níveis de FS acima do limite superior da normalidade (LSN) foram significativamente associados ao aumento dos níveis de glicemia de jejum (GJ), aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT) bilirrubinas totais (BT) e uma menor contagem de plaquetas. Estes pacientes apresentaram também significativamente maior peso, prevalência em homens, diabetes mellitus tipo 2 (DM2), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e graus histológicos mais avançados de DHGNA, em comparação com o grupo que possuía FS normal. Entretanto, a acurácia dos níveis de FS foi relativamente baixa, com índices de sensibilidade variando de 3- 36%, e especificidade de 83-100%. Após análise de regressão múltipla, valores elevados de FS não foram preditores independentes de esteatose, esteatohepatite não-alcoólica (EHNA) ou fibrose hepática, e seus respectivos graus. Observou-se uma redução significativa dos níveis de FS após o primeiro ano da cirurgia bariátrica. CONCLUSÃO: Níveis de FS aumentados são comuns em pacientes com DHGNA, e estão associados à graus histológicos mais avançados; contudo, não foram considerados fatores preditores independentes de esteatose, EHNA ou fibrose. A FS é um exame de baixo custo e amplamente disponível, que apesar de apresentar uma baixa sensibilidade, possui uma especificidade de 83-100% para identificar as características histológicas da DHGNA (esteatose, EHNA e fibrose), podendo auxiliar no seguimento dos pacientes portadores de obesidade com DHGNA.
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