Análise da influência do polimorfismo T309G do gene MDM2 no prognóstico de pacientes cirróticos com carcinoma hepatocelular submetidos a tratamento cirúrgico

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2015
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Resumo
Introdução. A descoberta e incorporação de painéis de biomarcadores aos estudos do câncer permitiram o conhecimento de variações genéticas e sua interferência no processo de carcinogênese. A possibilidade de associação do polimorfismo de nucleotídeo simples T309G do gene MDM2 com o aumento da formação de tumores, dentre eles o carcinoma hepatocelular (CHC), tem sido alvo de diversos estudos. Objetivo. Analisar a influência do polimorfismo T309G do gene MDM2 na recidiva tumoral de pacientes cirróticos com CHC submetidos a tratamento cirúrgico. Métodos. Foram analisados retrospectivamente pacientes cirróticos com carcinoma hepatocelular submetidos a tratamento cirúrgico (hepatectomia parcial ou transplante hepático) no período de 2000 a 2009, no Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Foram coletadas amostras de fragmentos tumorais da peça operatória (fígado explantado ou segmento hepático), as quais foram preparadas para estudo em bloco parafinado. Resultados. A sobrevida global foi de 26,7 meses para o grupo HPT e 62,4 meses para o grupo TxH (p<0,01), havendo um total de 66,7% de recidiva global no grupo HPT (10/15), e 17% no grupo TxH (8/47) (X² = 13,602, p<0.01). Níveis de AFP>200ng/mL correlacionaram-se com a recidiva tumoral em ambos os subgrupos cirúrgicos. Observou-se que 83,3% dos pacientes com recidiva também apresentaram invasão microvascular ao exame anátomo-patológico (p<0,01). Não houve significância estatística quando a recidiva neoplásica foi avaliada para os diferentes genótipos e analisada para cada subgrupo cirúrgico. A análise dos fatores prognósticos relacionados à recidiva do carcinoma hepatocelular, quando estratificados para cada padrão genotípico, também não se mostrou significante. Conclusão. O nosso estudo revelou que o genótipo G/G não esteve associado a recidiva tumoral após o tratamento cirúrgico, seja nas hepatectomias parciais ou transplante hepático. Além disso, a presença desse genótipo não mostrou correlação com os fatores prognósticos estudados.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Medicina: Hepatologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Polimorfismo de Nucleotídeo Único, Carcinoma Hepatocelular, Prognóstico, Hepatectomia, Transplante de Fígado, [en] Polymorphism, Single Nucleotide, [en] Carcinoma, Hepatocellular, [en] Prognosis, [en] Hepatectomy, [en] Liver Transplantation
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