Carga de trabalho da equipe de enfermagem e o índice apache de gravidade de pacientes pós-transplante hepático: estudo de coorte
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Data
2021
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Editora
Wagner Wessfll
Editor Literário
Resumo
Introdução: O transplante de fígado é um procedimento cirúrgico de alta
complexidade, com pós-operatório em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde se
utilizam escores que avaliam constantemente os pacientes, para garantir um
atendimento planejado. Objetivo: Avaliar a carga de trabalho de enfermagem e sua
relação com a gravidade dos pacientes no pós-transplante hepático, a partir de
indicadores de qualidade assistencial utilizados na UTI. Método: Estudo de coorte
retrospectivo, no período de janeiro de 2014 a junho de 2018, com análise de 286
prontuários e avaliação do pós-operatório imediato de transplante de fígado em um
hospital de referência no sul do Brasil, a partir de dados secundários no prontuário
eletrônico e no Sistema Epimed Monitor. Foram coletados os escores Nursing Activity
Score (NAS) e o Acute Physiology and Chronic Health Evaluation IV (APACHE IV),
como também as características demográficas, clínicas e os desfechos dos
transplantados. Para tanto, consideraram-se significativas as associações com valor
de p˂0,05. Resultados: A média de idade foi de 57,6 anos (±10 anos), 68,9%
masculinos. Os escores médios do The Model for End Stage Liver Disease (MELD) e
APACHE IV foram, respectivamente, 24,3 (±5,6) e 58,9 (±23,7); o tempo de UTI ficou
em 5 dias (3-7) e 9,1 % dos pacientes foram a óbito na própria unidade de terapia. A
média total do NAS foi reduzindo gradativamente nas 24h (94,9 ± 18,5), 48h (87,2 ±
17,0), 72h (83,3 ± 19,6) até a alta (82,3 ± 18,2). Observaram-se associações em
diferentes momentos do NAS, com o escore MELD (p˂0,05) e APACHE IV (p˂0,001),
tempo de UTI (p˂0,001), desfecho óbito (p˂0,001), não sendo encontrada associação
com a idade. As atividades que mais influenciaram na carga de trabalho nas 24h, 48h,
72h e alta estavam ligadas à verificação de sinais vitais e a balanço hídrico, tarefas
administrativas e gerenciais (p˂0,001); a atividade de suporte e os cuidados com
familiares e pacientes foi significativa nas 24h (p˂0,001). Conclusão: A carga de
trabalho da enfermagem é excessiva no pós-operatório de transplante hepático e está
relacionada com a gravidade dos pacientes.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Medicina: Hepatologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Transplante Hepático, Unidades de Terapia Intensiva, Índice de Gravidade de Doença, Equipe de Enfermagem, Carga de Trabalho, [en] Liver Transplantation, [en] Intensive Care Units, [en] Severity of Illness Index, [en] Nursing, Team, [en] Workload