Nutrição - TCC
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Navegando Nutrição - TCC por Autor "Departamento de Nutrição"
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Item Associação entre o grau de processamento dos alimentos e o custo monetário(2022-09-29) Ongaratto, Mariana Aubin; Buss, Caroline; Escouto, Giselle Souza; Departamento de NutriçãoIntrodução: O custo monetário dos alimentos é um dos principais obstáculos para a adoção de dietas mais saudáveis. A relação entre qualidade dos alimentos e custos vêm sendo estudada, principalmente, em países desenvolvidos. No Brasil, onde os determinantes socioeconômicos desempenham um papel fundamental nos hábitos relacionados à saúde, há poucas evidências atuais que identifiquem essa relação. O presente estudo investigou a associação entre o grau de processamento dos alimentos e o custo. Métodos: Dados de compra de alimentos, durante o período de 30 dias, foram obtidos por meio de cupons fiscais e registros de compras de indivíduos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de três cidades do sul do Brasil. Os alimentos comprados foram classificados de acordo com a classificação NOVA em in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários, alimentos processados e ultraprocessados. O custo por 100 g de alimento foi identificado de acordo com o grau de processamento. Os resultados são apresentados como mediana [intervalo interquartil]. Resultados: As compras de alimentos de 91 domicílios foram incluídas no estudo. O maior custo por 100 g de alimento foi identificado em alimentos ultraprocessados e processados (R$ 2.7 [2.0; 3.6] e R$ 2.3 [1.3; 3.4] / US$ 0.5 [0.4; 0.7] e US$ 0.4 [0.2; 0.6]) em relação a alimentos e ingredientes culinários in natura ou minimamente processados (R$ 1.7 [1.2; 2.4] e R$ 1.3 [0.8; 2.0] / US$ 0.3 [0.2; 0.4] e US$ 0.2 [0.1; 0.4]; p-valor: 0,000). Conclusão: O custo dos alimentos processados e ultraprocessados foi superior ao custo dos alimentos in natura ou minimamente processados e ingredientes culinários em uma população residente em cidades do sul do Brasil.Item Avaliação do conhecimento nutricional e clínico de indivíduos com diabetes Mellitus tipo 2 atendidos em um ambulatório especializado(2022-09-29) Kunzler, Laura Backes; Busnello, Fernanda Michielin; Correia , Poliana Espíndola; Departamento de NutriçãoIntrodução: O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é um importante problema de saúde pública no Brasil. A Federação Internacional de Diabetes (IDF) estima que, em 2019, o número de pessoas com a doença foi de 463 milhões de indivíduos, com estimativa para 700 milhões de pessoas em 2045.Os tratamentos que inferem melhores prognósticos são a mudança de estilo de vida, incluindo mudança no consumo alimentar e o comprometimento com a terapêutica medicamentosa. No entanto, apenas uma parcela dos indivíduos com diabetes adere ao tratamento de forma adequada. Um dos principais contribuintes para a adesão é o conhecimento nutricional e clínico do paciente. Um estudo transversal realizado em seis Unidades Básicas de Saúde da Família de um município de Minas Gerais demonstrou que há conhecimento insuficiente sobre as complicações da diabetes e de conhecimento nutricional na população idosa. Contudo, esses achados não abrangem o público de 18 a 60 anos. É fundamental discorrer sobre os fatores associados ao conhecimento a fim de garantir o manejo do DM nas decisões diárias. Objetivo: Avaliar o conhecimento nutricional e clínico de indivíduos com DM 2 em um Ambulatório de Endocrinologia. Método: Trata-se de um estudo transversal de caráter quantitativo, que será realizado no ambulatório do Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Serão incluídos pacientes com DM2, com idade superior a 18 anos e que estejam em acompanhamento ambulatorial. A coleta dos dados será realizada através de entrevista presencial com aplicação de questionários sociodemográfico validado pelo IBGE e do Questionário de Conhecimento em Diabetes (DKN-A) validado para a população brasileira. Também serão coletados dados de exames laboratoriais e antropométricos do prontuário dos pacientes. O tamanho da amostra será de 134 participantes.Item Avaliação do grau de processamento da dieta de praticantes de Crossfit de Porto Alegre em dias típicos e atípicos(2023-05-26) Menezes, Larissa Guimarães; Schneidern, Cláudia Dornelles; Departamento de NutriçãoO CrossFit é um método de treinamento de alta intensidade que associa aptidão física, cardiorrespiratória, mobilidade e força. A alimentação tem papel essencial na performance e na recuperação celular e o tipo de processamento dos alimentos pode influenciar no seu perfil nutricional. Como o número de praticantes vem crescendo nos últimos anos, é importante analisar seu consumo alimentar. O presente estudo tem por objetivo avaliar o grau de processamento da dieta de praticantes de CrossFit. Foram convidados a participar praticantes de uma box de CrossFit de Porto Alegre, RS. A avaliação do consumo alimentar foi através de registro alimentar de três dias (2 dias típicos e 1 dia atípico) e o grau de processamento dos alimentos de acordo com a classificação NOVA do Guia Alimentar para a população brasileira. Participaram 45 adultos, sendo 26 mulheres, com 31,5 (26,8 - 36,5) anos, 66,7 (61,3 - 72,7) kg; e 19 homens, com 33,0 (27,0 – 38,0) anos, 81,2 (76,8 - 89,4) kg. Não houve diferença no consumo alimentar entre homens e mulheres em relação ao grau de processamento dos alimentos. Foi observado um maior consumo energético (p<0,001) e de alimentos ultraprocessados (p<0,001) no dia atípico, e um maior consumo de alimentos in natura ou minimamente processados nos dias típicos (p<0,001). Os praticantes de CrossFit apresentaram um consumo alimentar típico dos brasileiros, caracterizado por um maior consumo de ultraprocessados no dia atípico. Um aspecto positivo foi o maior consumo de alimentos in natura ou minimante processados nos dias típicos, ou seja, durante a semana.Item Complementaridade da triagem de risco nutricional com o diagnóstico de desnutrição pelos critérios GLIM: análise comparativa de diferentes ferramentas(2022-09-28) Dias, Aiana Julia Brizola; Silva, Flávia Moraes; Departamento de NutriçãoIntrodução e objetivo: A desnutrição é prevalente no ambiente hospitalar e para seu diagnóstico foi desenvolvido o Global Leadership Initiative on Malnutrition (GLIM), o qual preconiza que previamente à sua aplicação seja realizada a triagem de risco nutricional (TRN) por ferramenta validada. Até o momento não há consenso acerca de qual a ferramenta de TRN mais complementar aos critérios GLIM. O objetivo deste estudo foi avaliar a complementaridade de ferramentas de TRN ao GLIM quanto às métricas de acurácia em identificar desnutrição e capacidade de predizer desfechos clínicos. Métodos: Coorte prospectiva com pacientes hospitalizados e coleta de dados prospectiva. As ferramentas para TRN Malnutrition Screening Tool (MST), Malnutrition Universal Screening Tool (MUST), Nutritional Risk in Emergency-2017 (NRE-2017), Nutritional Risk Screening-2002 (NRS- 2002) e Short Nutritional Assessment Questionnaire (SNAQ) foram empregadas para classificar o risco nutricional (RN) e posteriormente os pacientes em RN foram diagnosticados de acordo com o GLIM. Para verificar associação entre RN e desnutrição e os desfechos tempo de internação hospitalar (TIH) prolongado, óbito intra-hospitalar, readmissão hospitalar e óbito após seis meses foram realizadas análises de regressão logística e regressão de Cox e a curva Receiver Operating Characteristics foi construída para avaliar a validade concorrente. Resultados: Uma amostra de 600 pacientes foi analisada e 41,6% dos pacientes estavam desnutridos. NRS-2002, MUST, MST, SNAQ e NRE-2017 identificaram com RN 35,8%, 32,8%, 29%, 27% e 24% dos pacientes, respectivamente. MUST apresentou acurácia satisfatória em identificar pacientes com desnutrição, as maiores sensibilidade (73,6%) e concordância com os critérios GLIM (k=0,721 p<0,001). RN(+) por qualquer ferramenta de TRN + Desnutrição GLIM(+) preditor de TIH prolongado, readmissão e de óbito pós alta e apenas RN MUST(+) + Desnutrição GLIM(+) preditor também de óbito na internação. Conclusão: De acordo com suas validades concorrente e preditiva a ferramenta MUST parece ser a mais adequada para TRN prévia ao diagnóstico de desnutrição pelo GLIM quando a avaliação completa não puder ser realizada com todos os pacientes.Item Consumo de alimentos ricos em vitaminas e minerais antioxidantes entre indivíduos onívoros e vegetarianos(2022-09-28) Wiggers, Juliane Caroline dos Santos; Vinholes, Daniele Botelho; Departamento de NutriçãoIntrodução: A adoção da dieta vegetariana vem crescendo muito nos últimos anos, e seus possíveis efeitos benéficos antioxidantes têm sido estudados nas últimas décadas, entretanto, dietas vegetarianas mal planejadas e desbalanceadas podem colocar em dúvida seu caráter antioxidante apontado pela literatura. Objetivos: Avaliar o consumo de alimentos ricos em vitaminas e minerais antioxidantes entre indivíduos vegetarianos e onívoros. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal, com coletas de dados através de um questionário on-line disponibilizado através das mídias sociais. O questionário contou com cerca de 49 questões, dentre elas, dados sociodemográficos, dados antropométricos assim como um questionário de frequência alimentar específico para avaliação do consumo de alimentos ricos em vitaminas e minerais antioxidantes. Os dados foram armazenados no software RedCap e analisados no programa IBM SPSS versão 25.0. Resultados: Participaram 190 adultos, sendo a maioria mulheres e com idade média de 31,13±10,70 anos. Encontrou-se diferença estatística significativa entre IMC e os tipos de dieta, (23,04±4,10 kg/m2 vs 25,14±4,46 kg/m2, para vegetarianos e onívoros, respectivamente (p=0,004). Vegetarianos apresentaram uma maior frequência de consumo diário dos alimentos dos grupos de leguminosas, frutas, legumes e verduras, óleos e oleaginosas. Por outro lado, os onívoros apresentaram uma maior frequência alimentar no grupo de queijos e carnes e ovos. Apenas o grupo dos cereais não apresentou diferença significativa estatisticamente. Conclusões: Os resultados encontrados sugerem que os vegetarianos apresentam uma frequência diária de consumo de alimentos ricos em vitaminas e minerais antioxidantes maior quando comparados com indivíduos onívoros.Item Efeito dos polifenóis e complicações materno-fetais: uma Revisão Sistemática(2022-09-28) Vacchi, Marina Camassola; Bosco, Simone Morelo Dal; Departamento de NutriçãoObjetivo: realizar uma revisão sistemática para verificar a influencia da ingestão dos polifenóis na gestação em animais e as complicações materno-fetais que podem ocorrer. Métodos: Foi realizada busca sistemática da literatura em bases de dados (PubMed, Scopus e Web Of Science), com os termos MeSH: Polyphenols, Pregnancy and Pathology, sem uso de filtros. Foram incluídos estudos em animais, suplementação de polifenóis, animais prenhes, avaliação de desfechos maternos ou fetais, ensaios clínicos e intervenção controlada, desfechos negativos. exclusão: estudos em humanos, estudos in vitro, revisão sistemática, livros, cartas, metanálises, risco de gravidez, resultados positivos. Após a seleção, 8 artigos foram elegíveis para revisão. Os dados principais dos artigos foram extraídos em uma tabela de resultados. Resultados: Malformações fetais, interrupção da atividade tireoidiana fetal e materna, aumento da adiposidade, anormalidades no fator de crescimento endotelial vascular sérico, alterações nos níveis de uréia, creatinina e cistatina C, que influenciaram negativamente na celularidade do baço e na formação de sua progênie . Os fetos do sexo masculino apresentaram piores padrões de desenvolvimento quando comparados ao grupo controle e irmãos da mesma ninhada. Houve também um aumento significativo nos níveis de ureia e creatinina. Conclusões: Esta revisão sistemática sugere que o consumo de polifenóis pode ter resultados materno-fetais negativos em modelos animais. Mais estudos são necessários para elucidar o consumo de polifenóis e seus possíveis efeitos.Item Mudanças de estilo de vida: proposta de um material educativo para pacientes com sobrepeso e obesidade atendidos em um ambulatório especializado(2022-09-29) Rohrs, Raquel Rech; Busnello, Fernanda Michielin; Departamento de NutriçãoA obesidade é uma doença crônica, de etiologia complexa e multifatorial, sendo o estilo de vida moderno uma das principais causas do ganho de peso excessivo. O objetivo desde artigo é descrever o processo de construção realizado para a execução de um material educativo digital que visa auxiliar no tratamento de pacientes com sobrepeso e obesidade, com foco em mudanças de estilo de vida. Para a elaboração do conteúdo do material foi realizada uma extensa pesquisa bibliográfica e após escrita finalizada foi feita a edição na plataforma de design gráfico Canva. O material foi desenvolvido no período de novembro de 2021 a agosto de 2022. Como resultado, foi gerado um e-book, com 70 páginas, dividido em 6 capítulos, abrangendo a temática da obesidade e modificações de estilo de vida que o paciente pode adotar para melhorar sua saúde.Item Prevalência de Insegurança Alimentar em dependentes químicos atendidos em um Centro de Atenção Psicossocial de uma capital do Sul do Brasil(2022-09-28) Almada, Marcela do Couto; Tietzmann, Daniela Cardoso; Departamento de NutriçãoIntrodução: A dependência química corresponde a um fenômeno amplamente discutido, conformando-se enquanto problema social e de saúde pública. A Insegurança Alimentar e Nutricional é compreendida enquanto a falta de acesso seguro e permanente à alimentação, condicionada, predominantemente, às estruturas econômico-sociais que compreendem os sujeitos e, para medir os indicadores da população vulnerável à insegurança alimentar, foi criada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. O isolamento social apresenta efeitos de privações e instabilidades, desencadeando ou fomentando o consumo de substâncias lícitas e ilícitas durante um período amplificado pela fragilidade e privação de acesso a direitos fundamentais. Objetivo: Avaliar a prevalência de insegurança alimentar em adultos dependentes químicos de acordo com os indicadores da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar em um Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Drogas localizado na zona sul do município de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Materiais e Métodos: Descritivo de cunho qualitativo. Foi aplicada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, questionário sociodemográfico e realizada entrevista a partir de duas perguntas norteadoras. Resultados: Participaram 20 adultos (16 homens, 4 mulheres) com faixa etária entre 23 a 58 anos. Predominantemente solteiros; não-brancos; alfabetizados; sem acesso ao nível superior; moradores de casa/apartamento; que moram com familiares; empregados com carteira assinada; não recebem benefício. Frequentam o CAPS entre 2 dias a 10 anos; uso de substâncias entre 7 meses e 30 anos; predominância do uso de álcool; fazem uso de medicação para o tratamento. Existem graus de Insegurança Alimentar em 19 dos 20 lares. Conclusões: A ocorrência de Insegurança Alimentar e Nutricional dialoga enquanto indicador de vulnerabilidade social, em seus diferentes pilares estruturantes, nos lares chefiados por dependentes químicos.Item Prevalência de obesidade e problemas de sono em adultos: Pesquisa Nacional De Saúde (PNS) 2019(2024-04-17) Silva, Nicole Medeiros Beck da; Vinholes, Daniele Botelho; Departamento de NutriçãoIntrodução: A prevalência de obesidade vem aumentando no Brasil em grandes proporções, tendo um crescimento de 12,2% para 26,8% de 2002 até 2019. A obesidade é uma doença multifatorial e um dos principais fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que são responsáveis por mais de 70% das mortes precoces mundiais. A privação de sono decorrente de comportamentos voluntários ou por problemas de saúde também resulta em prejuízos à saúde e está associada ao desenvolvimento da obesidade. Dados apontam que nos últimos 50 anos, a duração do sono vem reduzindo, além da presença de outros tipos de alterações relacionadas ao sono que, cada vez, têm uma maior prevalência. Objetivo: Verificar a possível associação de problemas de sono auto relatados com a prevalência de obesidade na população adulta brasileira. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019. A amostra analisada será de 66.486 com idades entre 18 e 60 anos. O desfecho analisado será a prevalência de obesidade, definida a partir da classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS), considerando valores de IMC acima de 30 kg/m². Também serão analisadas variáveis socioeconômicas e demográficas, autoavaliação do estado de saúde e estilo de vida. Resultados esperados: os resultados permitirão uma adoção de estratégias com objetivo de reduzir a obesidade entre os adultosItem Qualidade da Alimentação de Atletas de Futebol Feminino(2022-09-28) Farias, Nicolly Figueiredo; Schneider, Cláudia Dornelles; Fruscalso Junior, Celso; Departamento de NutriçãoDe acordo com o Guia alimentar para a população Brasileira, os alimentos são classificados em quatro categorias: in natura e minimamente processados; óleos, gorduras, sal e açúcar; processados e ultraprocessados. Essa categorização auxilia na compreensão das escolhas alimentares e a partir desta identificação, é possível traçar estratégias nutricionais. Objetivo: Analisar o grau de processamento dos alimentos consumidos por jogadoras de futebol feminino. Métodos: Estudo transversal com atletas adultas profissionais de futebol feminino de um clube esportivo da cidade de Porto alegre – RS, que participariam do Campeonato Brasileiro 2020. O grau de processamento dos alimentos (divididos em 5 grupos: in natura, minimamente processados e preparações culinárias; processados; ultraprocessados; ingredientes culinários (óleos, gorduras e açúcar de adição); suplementos) foi avaliado a partir do Registro Alimentar de 3 dias, com auxílio do software Dietbox. Resultados: A ingestão média de alimentos das categorias in natura, minimamente processados e preparações culinárias foi de 66,2 ± 12,5% do valor energético total (VET), processados 6,7 ± 3,2%VET, ultraprocessados 17,5 ± 11%VET, ingredientes culinários 9,4 ± 4,5%VET e suplementos 0,3 ± 0,9%VET. Nos dias típicos, a ingestão de alimentos in natura, minimamente processados e preparações culinárias foi 70,6%VET enquanto no dia atípico foi de 57,3%VET (p=0,003), e de ultraprocessados 13,7%VET nos dias típicos e 25%VET no dia atípico (p=0,002). Conclusão: A alimentação das atletas foi predominantemente composta de alimentos in natura, minimamente processados e preparações culinárias. Entretanto, no dia atípico a quantidade destes alimentos foi menor e a de ultraprocessados maior, sendo quase o dobro dos dias típicos.Item Qualidade da Dieta de Jovens Atletas de Futebol Masculino(2023-06-23) Schneider, Fernanda Cordeiro; Schneider, Cláudia Dornelles; Departamento de NutriçãoIntrodução e Objetivo: A nutrição adequada em jovens atletas, além de desempenhar um papel importantíssimo para o desenvolvimento e crescimento, pode ajudar a maximizar o desempenho atlético, prevenir lesões e fornecer energia suficiente para o treinamento e competições. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo analisar a qualidade de dieta de jogadores de futebol masculino das categorias sub-15 e sub-17. Materiais e Métodos: Estudo transversal na linha de base de um estudo de coorte. Os dados dietéticos foram obtidos através de um registro alimentar de três dias. A qualidade da dieta foi avaliada pelo grau de processamento dos alimentos conforme critério NOVA. O cálculo nutricional foi realizado no software Dietbox. Os desfechos analisados no estudo foram: consumo alimentar, grau de processamento dos alimentos e composição corporal. Resultados: Participaram do estudo 29 adolescentes do sexo masculino, com 14,6 ± 1,0 anos, 60,0 ± 9,0 kg, 170,7 ± 6,7 cm, 15,5 ± 2,6 % gordura. A ingestão média de alimentos das categorias in natura e minimamente processados foi de 41,8 ± 12,4% do valor energético total (VET), ultraprocessados 26,5 ± 11,4 %VET, processados 20,5 ± 10,5 %VET, óleos e gorduras 8,6 ± 3,4 %VET e açúcar 1,2 ± 1,9 %VET. Conclusão: Os resultados indicam que jovens atletas possuem uma maior contribuição energética de alimentos in natura e minimamente processados, ainda que os alimentos ultraprocessados também façam parte da sua alimentação.Item Qualidade da dieta e gordura corporal de mulheres vegetarianas estritas e não vegetarianas(2023-06-30) Silva, Mariana Cardoso Lemos da; Schneider, Cláudia Dornelles; Schemes, Márcio Beck; Departamento de NutriçãoObjetivo: Comparar a qualidade da dieta e a gordura corporal de mulheres vegetarianas estritas e não vegetarianas e verificar se há correlação entre qualidade da dieta e gordura corporal. Métodos: Participaram do estudo 34 mulheres sedentárias, sendo 17 VEGe (25,9±4,0 anos) e 17 NV (31,0±6,7 anos). A ingestão alimentar foi obtida através do registro alimentar de 3 dias (dois dias típicos e um dia atípico), e a qualidade da dieta foi analisada utilizando o índice de alimentação saudável adaptado para a população Brasileira (IASad). A gordura corporal (total e abdominal) foi avaliada através da Absorciometria por emissão de raios-x de dupla energia (DXA). Também foram calculados o fat mass index (massa de gordura corporal total (kg)/estatura² (m) e a taxa androide/ginóide. Resultados: Mulheres vegetarianas estritas apresentaram uma maior qualidade da dieta (99,4±8,7 pontos) quando comparadas às não vegetarianas (80,7±13,9 pontos) (p=0,001). A gordura corporal total (kg) não foi diferente entre VEGe (21,7±4,8 kg) e NV (22,1±5,2 kg) (p=0,160). Também não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos nos outros parâmetros relacionados à gordura corporal. No entanto, foi encontrada uma associação inversa entre a pontuação total obtida no IASad e o percentual de gordura corporal total (%) apenas no grupo NV (p=0,012; r=-0,594). Conclusão: As mulheres vegetarianas estritas apresentaram melhor qualidade da dieta em comparação às não vegetarianas. Além disso, foi observado que entre as não vegetarianas, quanto pior a qualidade da dieta, maior o percentual de gordura corporal. Considerando o instrumento utilizado (IASad), a maioria das mulheres não vegetarianas necessitam melhorar a qualidade da dieta.Item Relação entre consumo de alimentos ultraprocessados e o perfil inflamatório em pacientes com obesidade graus 2 e 3(2022-09-30) Martins, Luiza de Melo Medina; Peres, Alessandra; Busnello, Fernanda Michielin; Departamento de NutriçãoObjetivo: Verificar se há relação entre marcadores inflamatórios e consumo de alimentos ultraprocessados. Métodos: Estudo transversal, realizado no Centro de Tratamento de Obesidade da Irmandade Santa de Misericórdia de Porto Alegre. Amostra de 32 pacientes adultos, com obesidade grau 2 ou 3, sendo 11 homens e 21 mulheres com idade média de 34 anos. Foi aplicado um Recordatório alimentar de 24 horas e os alimentos foram classificados de acordo com a Classificação Alimentar NOVA. Foram coletadas amostras de sangue para posterior análise laboratorial dos seguintes marcadores inflamatórios: : Fator de necrose tumoral alfa (TNF), Interleucina 6 e Leptina. Foi realizada correlação de Pearson para verificar a relação entre as variáveis e foi adotado um intervalo de 95% de confiança. Resultados: o Fator de necrose tumoral alfa apresentou correlação moderada de 0,47 com o consumo de alimentos ultraprocessados, também, houve correlação inversa entre o consumo de alimento in natura e processados e ultraprocessados . Conclusão: O maior consumo de alimentos ultraprocessados parece estar relacionado a maiores níveis de TNF, dessa forma, contribuindo para um aumento no estado inflamatório, colaborando ainda mais para o estado inflamatório presente nos indivíduos obesos. Contudo, mais estudos são necessários para estabelecer essa relação.Item Seu corpo fala! Você escuta? Percepções de estudantes sobre os impactos de uma intervenção educativa sobre comportamento alimentar e atenção plena(2022-09-30) De La Corte, Fernanda Corte; Raimundo, Fabiana Viegas; Broilo, Mônica Cristina; Departamento de NutriçãoIntrodução: A atenção plena refere-se à capacidade de dirigir a atenção para a experiência como ocorre em cada momento. Comer com atenção plena, é uma tomada de consciência sobre a percepção da comida em relação aos sentidos, com a observação e a conscientização do físico (mastigação, velocidade de consumo dos alimentos na refeição) e das sensações emocionais. Objetivo: Avaliar os impactos de uma intervenção educativa sobre comportamento alimentar e atenção plena com estudantes do ensino fundamental a partir da percepção dos mesmos. Métodos: Trata-se de um estudo de intervenção com análise qualitativa de dados, que foi realizado com os estudantes do primeiro ao sexto ano do ensino fundamental, com idades entre 7 e 14 anos, de uma escola da rede particular de Porto Alegre – RS. A intervenção foi feita em formato de oficinas que abordaram aspectos relacionados ao comportamento alimentar e o estímulo à atenção plena, onde foram discutidos aspectos fisiológicos do processo de fome e saciedade; regulação do apetite e necessidades nutricionais; mastigação, digestão e processo absortivo; e conceitos e técnicas de atenção plena e sua aplicação na alimentação. A avaliação da percepção dos estudantes sobre a intervenção foi realizada a partir de grupos focais. Os dados qualitativos provenientes dos grupos focais, gravados em áudio, foram transcritos e o tratamento e a interpretação dos dados se baseou na análise de conteúdo, utilizando um modelo misto para a definição de categorias analíticas, no qual as categorias tanto são previamente colocadas, como também emergem a partir dos dados coletados. Resultados e Conclusões: O projeto de intervenção possibilitou aos estudantes a importância de conhecer seus processos fisiológicos de fome e saciedade. Verificou-se que é possível alterar as percepções de fome e saciedade por meio da intervenção proposta, possibilitando uma alteração de comportamento alimentar.Item Sistemas Alimentares Sustentáveis e Segurança Alimentar e Nutricional: uma revisão de escopo(2023-11-20) Johann, Gabriela; Vinholes, Daniele Botelho; Departamento de NutriçãoOs sistemas alimentares enfrentam um dilema complexo, que consiste em garantir Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) em equilíbrio com práticas sustentáveis que preservem o meio ambiente. O objetivo deste estudo é analisar a importância dos Sistemas Alimentares Sustentáveis para a garantia da SAN no contexto brasileiro. Trata-se de uma revisão de escopo elaborada conforme protocolo do Joanna Briggs Institute e nas diretrizes do check-list Preferred Reporting Items for Systematic Reviews e Meta-Analyses Extension for Scoping Reviews (PRISMAScR). As buscas foram realizadas nas bases de dados MEDLINE, LILACS, Scopus, Periódicos Capes e Google Acadêmico e as referências dos artigos incluídos também foram analisadas. Foram incluídos estudos que abordaram sobre Sistemas Alimentares Sustentáveis e SAN, sem restrições de idioma e sem limite temporal. Revisores independentes selecionaram os estudos e extraíram os dados com um formulário padronizado. Identificou-se 247 publicações das quais 22 foram selecionadas para integrar esta revisão. Os estudos analisados ressaltaram a necessidade de reformulação dos sistemas alimentares em direção a modelos mais sustentáveis para se concretizar e manter a SAN. A transição para Sistemas Alimentares Sustentáveis é vista de forma essencial para tornar os sistemas mais resilientes, preservar o meio ambiente e os recursos naturais, a saúde e o bem-estar coletivo, favorecer a justiça econômica e social, bem como o respeito à biodiversidade e à cultura. As estratégias para promover transições rumo à sustentabilidade são objeto de debates e exigem estudos mais detalhados para implementação de soluções integradas.Item Sobrepeso e obesidade como fator associado ao tipo de parto: PNS 2019(2024-04-17) Pens, Laura Kafer; Vinholes, Daniele Botelho; Departamento de NutriçãoObjetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar os determinantes socioeconômicos relacionados ao tipo de parto e sobrepeso/obesidade em mulheres brasileiras. Desenho: Estudo transversal epidemiológico. Metodologia: Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 foram utilizados para analisar fatores sociodemográficos e econômicos e fatores associados ao tipo de parto. Variáveis como idade, raça/cor de pele, região, escolaridade, renda familiar e saúde da mulher na gestação foram consideradas. Os desfechos foram sobrepeso e obesidade. A análise foi realizada através do teste do qui-quadrado e o nível de significância adotado foi 5%. Participantes: A amostra incluiu 2902 mulheres com idades entre 18 e 54 anos, predominantemente jovens, de pele parda, residentes nas regiões Nordeste e Norte do Brasil, com baixa renda e que geralmente optaram pela cesariana. Resultados: Os resultados revelaram uma alta prevalência de excesso de peso, especialmente entre aquelas que realizaram cesariana. Embora não tenham sido encontradas diferenças significativas nas prevalências dos desfechos conforme escolaridade ou renda, a maioria das mulheres que optaram por cesariana tinha um nível educacional superior. A maioria das cesarianas foi realizada pelo Sistema Único de Saúde, com uma alta taxa de complicações. Motivos comuns para a escolha da cesariana incluíram complicações na gravidez ou trabalho de parto e indicações médicas. O número de consultas no pré-natal também influenciou a escolha do tipo de parto, com uma maior prevalência de cesariana entre aquelas que tiveram mais consultas. Conclusão: Esses achados destacam a importância de abordagens integradas e multidisciplinares no enfrentamento da obesidade pré-gestacional e nas consultas do pré-natal.
