Fisioterapia - TCC

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    Função Sexual e Sua Relação com Imagem Corporal e Autoestima em Homens e Mulheres Jovens
    (2024-12-02) Alves, Muana Dagã Favero; Leites, Gabriela Tomedi; Rosa, Patricia Viana da; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: A sexualidade é um aspecto fundamental para o bem estar humano. Evidências sugerem que uma percepção negativa da imagem corporal e uma baixa autoestima estão vinculadas a um risco aumentado de disfunções sexuais. Contudo, ainda são limitados os estudos que investigam a relação entre imagem corporal, autoimagem genital, autoestima e função sexual em adultos jovens. Objetivo: Investigar as associações entre imagem corporal, autoimagem genital, autoestima, atividade física e função sexual em homens e mulheres entre 18 e 40 anos. Métodos: Estudo de coorte transversal, prospectivo, recrutou participantes por meio de redes sociais. Os dados foram obtidos por meio de um questionário online que incluía a avaliação de variáveis sociodemográficos, função sexual (Índice de Função Sexual Feminina e Masculina), autoimagem genital (Female Genital Self-Image Scale e Male Genital Self-Image Scale), imagem corporal (Body Shape Questionnaire, Escala de Silhueta de Stunkard) e autoestima (Escala de Autoestima de Rosenberg). Análises estatísticas incluíram correlações e modelos de regressão para explorar as associações entre imagem corporal, autoestima e função sexual. A normalidade foi avaliada pelo teste de KolmogorovSmirnov. As associações foram analisadas por meio dos testes Mann-Whitney, QuiQuadrado, Kruskal-Wallis com teste de Dunn e o coeficiente de correlação de Spearman, conforme a natureza das variáveis. Resultados: A amostra foi de 208 indivíduos. Melhor imagem corporal, autoimagem genital e autoestima estão associadas à melhor função sexual em jovens adultos. Níveis mais elevados de atividade física foram positivamente associados à função sexual, autoimagem genital e autoestima em ambos os gêneros. Conclusão: Este estudo destaca que uma imagem corporal e autoestima positivas estão significativamente associadas a uma melhor função sexual, sugerindo que a promoção de uma imagem corporal e autoestima positivas pode melhorar o bem-estar sexual em adultos jovens.
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    Lunge Test e goniometria de dorsiflexão são equivalentes? Um estudo transversal
    (2024-12-05) Szepanski, Marco Antônio Rodrigues; Silva, Marcelo Faria; Bopsin, Paula Andresa; Departamento de Fisioterapia
    INTRODUÇÃO: A fratura de tornozelo impacta significativamente a funcionalidade, sendo a avaliação da amplitude de movimento essencial para a reabilitação. Este estudo compara o Lunge Test e a goniometria de dorsiflexão em pacientes pós-fratura de tornozelo, visando determinar a concordância entre os métodos e sua relação com a capacidade funcional, medida pelo teste da caminhada de 10 metros. OBJETIVO: Avaliar a equivalência dos resultados do Lunge Test e da goniometria na funcionalidade de pacientes que sofreram fratura de tornozelo. MÉTODO: Estudo transversal realizado em um ambulatório de fisioterapia, com 18 participantes que concluíram a reabilitação de fratura de tornozelo. Foram coletados dados sobre a amplitude de movimento de dorsiflexão do tornozelo por meio do Lunge Test e da goniometria. RESULTADOS: Observou-se uma correlação significativa e moderada entre a dorsiflexão medida pela goniometria e pelo Lunge Test em centímetros (r = 0,523, p < 0,026), e uma correlação significativa e forte quando a medida do Lunge Test foi expressa em graus de inclinação da tíbia (r = 0,770, p < 0,001). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que o Lunge Test e a goniometria apresentam boa concordância na avaliação da dorsiflexão em pacientes pós-fratura de tornozelo.
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    Imagination and observation of action in the rehabilitation of motor skills in people with parkinson's disease: a systematic review of randomized clinical trials
    (2024-12-03) Mendes, Luiza de Oliveira; Cechetti, Fernanda; Estivalet, Kátine Marchezan; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: A imagética motora (IM) e a observação da ação (OA) são duas abordagens promissoras na reabilitação da função motora em indivíduos com a doença de Parkinson (DP). Elas podem ser utilizadas de forma isolada ou combinada e apresentam potencial para a melhora do controle motor, desacelerar a progressão da doença e promover mudanças plásticas no córtex motor. Apesar da OA e IM demonstrarem resultados positivos, dando-lhes maior autonomia e diminuindo o freezing da marcha, há poucos estudos que abordem suas ações de forma combinada, indicando a necessidade de estudos que atualizem os protocolos utilizando a OA e a IM no tratamento de pessoas com a DP. Métodos: A revisão sistemática seguiu as diretrizes PRISMA e foi registrada no PROSPERO (CRD42023428047). As buscas ocorreram entre junho e agosto de 2023, com uma nova busca para atualização em maio de 2024 em bases de dados como PubMed, EMBASE, Cochrane, LILACS e PEDro, selecionando ensaios clínicos randomizados e estudos pilotos publicados nos últimos 10 anos. Os estudos deveriam avaliar os efeitos motores da IM e OA em pessoas com a DP, sem restrições de estágio, sexo ou tempo da doença. Estudos experimentais e incompletos foram excluídos. O principal desfecho analisado foi a parte III da escala Unified Parkinson’s Disease Rating Scale (UPDRS) utilizada para avaliar os sintomas motores da DP. Dois revisores realizaram a seleção de estudos e resolveram divergências por consenso ou com um terceiro revisor. Dados como características da amostra, intervenção e resultados foram extraídos usando um formulário padronizado. A qualidade metodológica foi avaliada pela escala PEDro, considerando como alta qualidade estudos com pontuação ≥5. Resultados: Após os critérios de exclusão, foram selecionados seis estudos para esta revisão sistemática. Ao total foram analisados 152 participantes entre 63 e 76 anos, com prevalência do estágio 2 na Escala Hoehn e Yahr. As intervenções incluíram OA em três estudos, IM em dois, e uma combinação de OA e IM em um estudo. As sessões variaram de 2 a 8 semanas, com 60 a 120 minutos por sessão, totalizando 8 a 28 sessões. Discussão: A DP gera efeitos deletérios no equilíbrio, marcha e habilidades manuais. E a OA e a IM são intervenções que melhoram os sintomas motores e qualidade de vida. A revisão destacou que a OA ajuda no equilíbrio, na marcha e no congelamento da marcha, enquanto a IM auxilia no equilíbrio, risco de quedas e habilidades motoras. Um estudo utilizou a OA e IM de forma combinada e apresentou resultados significativos, sugerindo benefícios na reorganização funcional cerebral. Apesar dos avanços, há necessidade de mais pesquisas sobre funções motoras dos membros superiores e combinações das técnicas. Conclusão: Este estudo analisou seis estudos que avaliaram as funções motoras nas pessoas com DP a partir do UPDRS-III. A maioria dos estudos mostrou melhora significativa nas habilidades motoras após intervenções com OA, IM ou uma combinação das duas. E destaca a falta de estudos realizados para avaliar os efeitos destas abordagens na função motora e funcionalidade nos membros superiores.
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    Associação entre a prática de atividade física, fatores ocupacionais e biológicos e a distância acromioumeral de indivíduos hígidos: um estudo transversal retrospectivo
    (2024-12-04) Beskow, Lucas Garske; Duarte, Marcus Vinicius Weber; Silva, Marcelo Faria; Mueller, Karen Fernanda; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: alguns pacientes com dor no ombro relacionada ao manguito rotador podem apresentar redução do espaço subacromial, resultando no estreitamento da distância acromioumeral e compressão do tendão supraespinhal contra o arco coracoacromial, favorecendo esta sintomatologia. A distância acromioumeral é definida como a menor distância entre a superfície da cabeça do úmero e a borda inferior do acrômio e pode ser medida por ultrassonografia, variando entre 9mm e 12mm em indivíduos saudáveis. O objetivo deste estudo é investigar se, em indivíduos hígidos, a prática de atividade física, a ocupação e o Índice de Massa Corporal (IMC) podem estar correlacionados à alteração da distância acromioumeral. Metodologia: o presente estudo utilizou um banco de dados previamente coletado e possui delineamento transversal retrospectivo. Foram incluídos dados de 35 indivíduos hígidos, sendo 17 mulheres e 18 homens, com idade entre 18 e 65 anos, alfabetizados, praticantes ou não de atividades físicas. O desfecho foi a distância acromioumeral em milímetros, mensurada em 0º e 60º de abdução do ombro por ultrassonografia. Achados: os resultados do nosso estudo não indicaram uma associação significativa entre a prática de atividade física, a ocupação ou o IMC e a distância acromioumeral em indivíduos hígidos. A diferença observada entre os sexos é compatível com as diferenças anatômicas já documentadas na literatura. Interpretação: Embora nossos resultados não tenham mostrado uma mudança substancial na distância acromioumeral com os fatores analisados, estudos futuros com amostras maiores e metodologias diferentes podem esclarecer melhor essas relações.
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    Comparing Prevalence of Sarcopenia Using EWGSOP2 and SDCO Definitions in Community-Dwelling Older Adults in Primary Care: a Cross-sectional Study
    (2024-12-02) Salvi, Lucas Farina; Stigger, Felipe de Souza; Lemos, Adriana Torres de; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: A sarcopenia é uma síndrome caracterizada pela perda progressiva de massa muscular, força e desempenho físico, sendo associada a maior risco de incapacidade funcional, quedas e mortalidade em idosos. Diferentes consensos diagnósticos, como o EWGSOP2 e o SDOC, apresentam critérios distintos, o que resulta em variações na prevalência e aplicabilidade prática. A identificação precoce da sarcopenia é fundamental para prevenir complicações e promover estratégias de intervenção eficazes, mas ainda há lacunas na comparação entre essas abordagens diagnósticas. Objetivos: Avaliar e comparar a prevalência de sarcopenia segundo os critérios do EWGSOP2 e do SDOC em idosos da comunidade, além de investigar a associação entre a sarcopenia e variáveis funcionais, incluindo força muscular, mobilidade e independência nas atividades diárias. Métodos: Estudo transversal com 61 idosos (≥ 60 anos), residentes na comunidade de Porto Alegre, Brasil. Os participantes foram avaliados em casa, com coleta de dados sociodemográficos, antropométricos e funcionais. A sarcopenia foi diagnosticada pelos critérios do EWGSOP2 e do SDOC, que consideram medidas de força de preensão manual, velocidade de marcha, circunferência da panturrilha e massa muscular. As análises incluíram testes funcionais, como Timed Up and Go, teste de caminhada de três metros, teste de sentar e levantar e índice de Katz. Testes estatísticos foram realizados para identificar correlações e diferenças entre sarcopênicos e não sarcopênicos, com significância estatística em p < 0,05. Resultados: O perfil funcional dos idosos mostrou limitações significativas associadas à sarcopenia (p < 0,001), incluindo pior força de preensão manual, menor velocidade de marcha e desempenho inferior nos testes de mobilidade, como Timed Up and, teste de sentar e velocidade de marcha. Idosos sarcopênicos também apresentaram menor pontuação no índice de Katz (p < 0,001), indicando maior dependência nas atividades diárias. Foi observada uma forte correlação entre a sarcopenia, diagnosticada pelo SDOC, e variáveis funcionais. Indivíduos sarcopênicos apresentaram pior desempenho nos testes funcionais, enquanto medidas antropométricas, como altura, peso e massa muscular relativa, não mostraram diferenças significativas entre sarcopênicos e não sarcopênicos, sugerindo um menor impacto dessas variáveis na avaliação funcional. A prevalência de sarcopenia foi significativamente maior com o critério do SDOC (78,6%) em comparação ao EWGSOP2 (7,1%) (p < 0,001), refletindo os enfoques distintos dos consensos. O SDOC foi mais sensível para identificar limitações (p < 0,001), apresentando maior associação com variáveis funcionais, incluindo pior força de preensão manual, menor velocidade de marcha e desempenho inferior nos testes de mobilidade. Comparando idosos diagnosticados com sarcopenia pelo SDOC, foi observado que esses indivíduos apresentaram desempenho inferior em todos os testes funcionais avaliados, reforçando a superioridade do critério para rastreamento de limitações funcionais em idosos. Conclusões: O SDOC demonstrou maior sensibilidade para identificar casos de sarcopenia e maior correlação com desfechos funcioais em comparação ao EWGSOP2, sugerindo ser uma ferramenta mais adequada para rastreamento na atenção primária. A forte associação entre sarcopenia e redução da funcionalidade destaca a importância de diagnósticos precoces e intervenções direcionadas para mitigar o impacto dessa condição. Esses achados reforçam a necessidade de padronizar critérios diagnósticos mais específicos, capazes de atender às demandas clínicas e promover um envelhecimento saudável na população idosa.
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    Match exposure of professional women’s football players preceding muscle strain injuries: a case series study
    (2024-12-05) Brandalise, Letícia Uliana; Baroni, Bruno Manfredini; Gasparin, Gabriela Bissani; Departamento de Fisioterapia
    Objetivos: Examinar a exposição aos jogos no mês anterior às lesões musculares entre jogadoras de futebol profissional feminino. Desenho: Estudo de série de casos. Configuração: Pesquisa online multicêntrica. Participantes: Jogadoras de futebol profissional feminino que sofreram uma lesão muscular durante a temporada de 2022. Principais medidas de resultado: Esta é uma análise secundária de um estudo prospectivo de coorte realizado em uma temporada envolvendo quatro clubes brasileiros de elite. Resultados: 23 lesões musculares foram sofridas por 17 jogadoras: 25±5 anos, 168±8 cm de altura e 62±7 kg de massa corporal. O local mais afetado foi a parte posterior da coxa (11 lesões, 48% do total), seguido pelos adutores (7 lesões, 30%) e quadríceps (4 lesões, 22%). Em média, as atletas jogaram 2,0±1,6 partidas (126±128 minutos), 1,0±1,0 partida (75±88 minutos) e 1,0±0,8 partidas (39±61 minutos) nos 30, 15 e 7 dias anteriores às lesões musculares, respectivamente. Das 23 lesões, nove (39%) ocorreram sem qualquer exposição a jogos nos 30 dias anteriores. O número máximo de partidas jogadas nos 30 dias antes da lesão foi quatro. Conclusões: A variabilidade na participação em jogos entre as atletas sugere que tanto a exposição insuficiente quanto a excessiva podem aumentar o risco de sofrer uma lesão muscular.
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    Avaliação longitudinal da capacidade funcional e da espessura muscular em pacientes pediátricos com Fibrose Cística
    (2024-12-02) Strebel, Francisca Moura; Lukrafka, Janice Luisa; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: A Fibrose Cística (FC) é uma doença genética rara, caracterizada pela deficiência da proteína CFTR. Frente ao acometimento multissistêmico, a doença pulmonar destaca-se como a mais limitante aos pacientes, apresentando-se de forma progressiva e incapacitante, acarretando na redução do ganho de força muscular e da capacidade de funcional em atividades de vida diária. Objetivo: Este estudo longitudinal teve como objetivo avaliar a capacidade funcional e a espessura muscular do quadríceps femoral em pacientes pediátricos com FC ao longo de três anos. Métodos: Foram incluídos pacientes pediátricos com diagnóstico confirmado de FC, com idades entre 6 e 18 anos. As avaliações foram realizadas em 2021 e 2024. A capacidade funcional foi avaliada por meio do teste T-GlittreP, que simula atividades diárias, enquanto a espessura muscular do quadríceps femoral foi medida por ultrassonografia. Resultados: Após três anos de acompanhamento, as variáveis indicativas de capacidade funcional se mantiveram estáveis, com aumento dos valores preditos na espirometria. Observou-se um aumento significativo na espessura muscular do quadríceps femoral. Houve uma correlação positiva entre a espessura muscular e a capacidade funcional. Conclusões: A espessura muscular periférica, especialmente do quadríceps femoral, pode ser um importante indicador da capacidade funcional em crianças com FC. A avaliação contínua desses parâmetros é essencial para intervenções precoces, visando melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes com FC.
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    O impacto de fatores de risco no desenvolvimento neuropsicomotor de bebês prematuros nos primeiros seis meses de vida: uma comparação entre grupos
    (2024-12-03) Sonaglio, Franciele Carvalho; Cechetti, Fernanda; Paludo, Tatiane; Departamento de Fisioterapia
    Avaliar os fatores biológicos e ambientais é fundamental para compreender o desenvolvimento e a saúde de bebês prematuros. Bebês nascidos prematuramente têm maior suscetibilidade a atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor devido à sua imaturidade e, quando associado a riscos ambientais, o impacto no desenvolvimento dessas crianças pode ser potencializado. A qualidade de vida é um preditor de desenvolvimento que abrange componentes de bem-estar e depende de múltiplos fatores, como as relações familiares, sociais e as condições econômicas, entre outros. Essa é uma questão importante visto que a QV é um indicador importante do desenvolvimento, embora pouco explorada em crianças pequenas devido à limitação de ferramentas específicas. Objetivo: avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) e a qualidade de vida (QV) de prematuros nos primeiros seis meses de vida, comparando crianças de diferentes contextos socioeconômicos. Além disso, identificar quais fatores de risco impactam mais o DNPM dessas crianças nos primeiros seis meses de vida. Métodos: trata-se de um estudo observacional e analítico, com abordagem transversal. Participaram do estudo 60 bebês pré-termos com idade gestacional inferior a 37 semanas e idade corrigida entre 3 a 5 meses e meio, nascidos com peso abaixo de 2.550g, subdivididos igualmente em dois grupos: grupo SUS (GSUS) e grupo particular (GPAR). Os bebês do grupo SUS (GSUS), cadastrados no Ambulatório de Alto Risco do Centro Clínico da Universidade de Caxias do Sul (CECLIN-UCS), e os bebês do grupo particular (GPAR), foram avaliados em um consultório particular. Para avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor dos bebês, foram utilizados as escalas Bayley III, além de outros quatro questionários: PedsQL, AHEMD-IS, ABEP e um questionário de identificação. Esses instrumentos visam avaliar, respectivamente, a QV, as oportunidades que o ambiente domiciliar e a família proporcionam ao desenvolvimento neuropsicomotor do bebê, a situação econômica da família e as variáveis biológicas e ambientais. Resultados: a partir das comparações realizadas entre os grupos SUS e particular foi possível observar que os questionários ABEP e AHEMD-IS foram preditores importantes nos resultados da Bayley, porém em áreas distintas. Além disso, os resultados revelaram que os bebês do GPAR apresentaram melhor desempenho nos domínios motor, cognitivo e de linguagem, com diferenças significativas em relação ao GSUS, sugerindo que o nível socioeconômico e o ambiente de estímulos influenciam diretamente no desenvolvimento neuropsicomotor. Por outro lado, a qualidade de vida não apresentou diferenças significativas entre os grupos. Conclusão: a comparação entre os grupos amostrais e dos instrumentos Bayley, ABEP e AHEMD-IS revelam que tanto o nível socioeconômico quanto o ambiente de estímulos são importantes para um melhor desenvolvimento neuropsicomotor nos primeiros seis meses de vida. No entanto, nessa faixa etária, a qualidade de vida parece ser menos sensível às condições socioeconômicas ou aos instrumentos utilizados. A partir dessas informações, conclui-se que os fatores socioeconômicos e ambientais são preditores importantes para o desenvolvimento neuropsicomotor de bebês prematuros. Diante disso, fica evidente que, identificar possíveis atrasos e intervir precocemente nas mudanças do desenvolvimento são fundamentais para minimizar os efeitos negativos do atraso neuropsicomotor e de morbidades, reduzindo consideravelmente os impactos adversos na vida futura das crianças.
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    Associação entre nível de atividade física, capacidade funcional e composição corporal em jovens saudáveis
    (2024-12-03) Tremea, Carlos Eduardo Maciel; Dal Lago, Pedro; Monteiro, Mariane Borba; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: Com o crescente uso de tecnologias, o tempo excessivo em frente a telas e o aumento de consumos ultraprocessados pela população, o índice de sobrepeso e obesidade vêm aumentando nas últimas décadas. Este aumento da porcentagem de obesidade e sobrepeso na população já vem se mostrando um problema de saúde pública. Estudos mostram que, neste ritmo, em 2035 teremos aproximadamente 50% da população brasileira com índices de obesidade. Além do aumento de peso da população, sabe-se que o nível de atividade física entre jovens adultos vem diminuindo, uma vez que o tempo sedentário está cada vez maior em relação aos períodos ativos. Com isso, o presente estudo visa entender como a composição corporal pode afetar o nível de atividade física e a capacidade funcional desta população. Métodos: Trinta jovens saudáveis, de ambos os sexos, com idade entre 15 e 29 anos, participaram do estudo. Inicialmente responderam ao questionário Internacional de Atividade Física e realizaram o Timed Up and Go (TUG) e o teste de caminhada de seis minutos. Foram instruídos para utilização de um acelerômetro durante cinco dias úteis, desprezando o final de semana, com finalidade de mensurar os níveis de atividade física. Resultados: Observou-se uma correlação positiva moderada entre a massa muscular e atividades leves (r = 0,368; p = 0,045). Identificou-se também correlação positiva moderada entre o número de passos diários e a distância percorrida no TC6 e correlação inversa fraca entre número de passos e tempo no TUG. Não se obteve associação estatisticamente significativa entre o índice de composição corporal e desempenho nos testes ou nível de atividade física. Conclusão: Não foi possível estabelecer correlações robustas do nível de atividade física com composição corporal e capacidade funcional, embora jovens com maior massa magra tenham realizado mais atividades de baixa intensidade. Apesar de associações com valores significativos, a amostra se demonstrou pequena para a transposição dos resultados visando a população geral.
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    O uso da interface cérebro-máquina, da imaginação motora e da observação da ação na reabilitação de indivíduos com Doença de Parkinson: estudo protocolo para um ensaio clínico randomizado
    (2024-12-03) Mazzilli, Natália Lopes; Cechetti, Fernanda; Pettenuzzo, Tatiana; Departamento de Fisioterapia
    Contexto: O comprometimento dos membros superiores é uma das principais queixas de indivíduos com Doença de Parkinson (DP). A imaginação motora (IM) e a observação da ação (OA), associadas ou não a interface cérebro-máquina (ICM), têm sido aplicadas na reabilitação de pessoas com distúrbios neurológicos. Contudo, são escassos os estudos que detalham a aplicação dessas técnicas especificamente na DP. Objetivo: Este estudo visa descrever detalhadamente o protocolo de um ensaio clínico randomizado simples cego para avaliar os efeitos das intervenções isoladas e combinadas de IM, OA e ICM nas alterações motoras dos membros superiores e na função cognitiva em indivíduos com DP. Métodos: O estudo será conduzido com cinco grupos experimentais: IM, OA e execução da ação; IM e execução da ação; OA e execução da ação; IM via ICM e execução da ação; IM via ICM, OA e execução da ação. A amostra será composta por indivíduos com DP, recrutados por conveniência, e distribuídos aleatoriamente entre os grupos. Cada participante será avaliado em três momentos: pré-intervenção (T0), pós-intervenção (T1) e no follow-up (T2), quatro semanas após o término da intervenção. A intervenção consistirá em 10 sessões, com duração aproximada de 60 minutos cada. Resultados esperados: Os resultados esperados incluem melhorias no desempenho motor, avaliadas pelo Teste de Avaliação dos Membros Superiores de Pessoas Idosas e pela Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson - Parte III, além de uma redução no tempo de execução da tarefa no Teste dos 9 Pinos. A função cognitiva será avaliada pela Escala de Avaliação Cognitiva da DP, e o desempenho ocupacional pela Medida Canadense de Desempenho Ocupacional. Discussão: Considera-se que a elaboração deste protocolo facilitará a reprodução dessas técnicas na reabilitação de pessoas com DP. O protocolo destaca-se pela personalização das intervenções e pela possibilidade de aplicação fora do ambiente clínico, podendo ser facilmente replicada por fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, resultando em uma proposta inédita e inovadora para essa população. O estudo está registrado no Clinicaltrials.gov sob o ID NCT05696925.
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    O Impacto do Cuidado: Fatores Associados à Sobrecarga de Cuidadores Informais de Idosos
    (2024-12-02) Demarchi, Augusto; Lemos, Adriana Torres de; Stigger, Felipe de Souza; Departamento de Fisioterapia
    Objetivos: Avaliar a associação entre a sobrecarga e sintomas musculoesqueléticos em cuidadores informais e o nível de independência dos idosos. Metodologia: Estudo transversal com cuidadores informais e idosos da comunidade, utilizando amostra por conveniência. Em visitas domiciliares, foram coletados dados relacionados ao perfil sociodemográfico, sobrecarga do cuidador, sintomas musculoesqueléticos, conhecimentos sobre envelhecimento, atitudes em relação aos idosos e independência funcional dos idosos. A análise estatística incluiu correlação de Pearson ou Spearman, teste do Qui-quadrado, ANOVA e teste de Kruskal-Wallis utilizando o SPSS 22.0. Resultados: Participaram 42 pares de idosos (média de 81,3±1,4 anos) e cuidadores (média de 61,6±12 anos). A mediana da sobrecarga foi de 42,5 pontos, e 95,2% dos cuidadores relataram sintomas musculoesqueléticos, sem associação com as variáveis estudadas. Houve correlação inversa moderada entre sobrecarga total e independência do idoso (ρ=-0,494; p=0,001), e direta moderada com tempo diário de cuidado (ρ=0,614; p<0,001). Atitudes favoráveis em relação aos idosos correlacionaram-se inversamente com a sobrecarga emocional (ρ=-0,482; p=0,001) e, de forma fraca, com a sobrecarga social (ρ=-0,357; p=0,020). Conclusão: A sobrecarga do cuidador e seus domínios específicos, exceto o emocional, aumenta à medida que a independência do idoso diminui. Atitudes negativas em relação aos idosos estão associadas a maior sobrecarga emocional. Não houve associação entre sintomas musculoesqueléticos ou conhecimento acerca do envelhecimento e sobrecarga.
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    Força Muscular, Capacidade Funcional e Qualidade de Vida em Pacientes com Doença Renal Crônica em Tratamento Dialítico
    (2024-12-04) Lara, Ariana Anjolin; Monteiro, Mariane Borba; Departamento de Fisioterapia
    Introdução A Doença Renal Crônica (DRC) afeta cerca de 10% da população adulta brasileira, sendo a hemodiálise (HD) a principal terapia renal substitutiva. Apesar do aumento da sobrevida, pacientes em HD enfrentam comprometimentos na força muscular, capacidade funcional e qualidade de vida (QV), associados tanto à progressão da doença quanto aos efeitos do tratamento. Este estudo buscou avaliar a força muscular, capacidade funcional e QV em pacientes com DRC em HD ambulatorial. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com 15 pacientes de 45 a 65 anos em HD. Dados de QV foram obtidos pelo Kidney Disease Quality of Life Instrument (KDQOL). A função pulmonar foi avaliada pela espirometria (CVF e VEF1), enquanto a força muscular respiratória foi mensurada pela Pressão Inspiratória Máxima (PImáx) e pelo Índice de Intensidade (S-Index). A força periférica foi avaliada pela Força de Preensão Palmar (FPP) e pela escala Medical Research Council (MRC). A capacidade funcional foi mensurada pelo Teste do Degrau de 3 minutos (TD3). Resultados: Os resultados demonstraram função pulmonar preservada (CVF: 92,8%, VEF1: 93,7%), mas fraqueza respiratória significativa (PImáx: 61,1% do valor predito). A FPP média foi de 19,64 kgf, correlacionando-se moderadamente com a quantidade de degraus no TD3 (r=0,579; p=0,024). O escore médio do MRC foi de 45±7 pontos, indicando fraqueza muscular periférica significativa. Cinco pacientes não completaram o TD3, com média de 44,3 degraus, abaixo do esperado para indivíduos saudáveis. A QV apresentou escores baixos (KDQOL-SF 36: 53,6; KDQOL-ESRD: 59,7), com piores resultados nos domínios físicos (35%) e ocupacionais (36,66%). Observou-se correlação negativa entre o tempo em HD e a capacidade funcional. Discussão: Pacientes apresentaram fraqueza respiratória e redução da força periférica, compatíveis com a literatura sobre miopatia urêmica e descondicionamento físico. Apesar da função pulmonar preservada, a fraqueza muscular respiratória pode prejudicar a ventilação durante atividades, impactando a capacidade funcional. O desempenho no TD3, abaixo do esperado, reflete limitações associadas à DRC, incluindo inflamação crônica, atrofia muscular e inatividade física. A baixa QV, especialmente nos aspectos físicos e ocupacionais, ressalta os desafios enfrentados pelos pacientes, relacionados à sobrecarga emocional, dor e limitações funcionais. A utilização de ferramentas práticas, como o TD3 e a FPP, demonstrou ser eficaz na avaliação e pode direcionar intervenções. Conclusão: Os achados reforçam a necessidade de intervenções específicas, como treinamento muscular e reabilitação física, para minimizar os impactos da DRC e HD na força muscular, funcionalidade e QV.
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    Fisioterapia na atenção especializada secundária pelo SUS em uma capital brasileira: perfil demográfico e análise de demanda
    (2024-12-02) Kummer, Ana Carolina de Souza; Lemos, Adriana Torres de; Stigger, Felipe de Souza; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: O Sistema Único de Saúde é o maior sistema público de saúde do mundo e é constituído pela Rede de Saúde, dividida em atenção primária, secundária e terciária. Os fisioterapeutas estão, em maior concentração, na atenção secundária especializada, porém, atualmente, as filas de espera para a atenção especializada são um dos maiores desafios da saúde pública do Brasil, inclusive de Porto Alegre. Objetivo: Delinear o perfil da fila de espera e dos atendimentos de fisioterapia na rede de atenção especializada do município de Porto Alegre. Métodos: Este estudo retrospectivo analisou os atendimentos ambulatoriais de fisioterapia em Porto Alegre em 2022-2023 em locais públicos e conveniados com o SUS, registrados no Sistema de Gerenciamento de Consultas do município. Foram incluídos dados da fila de espera. Os dados, anonimizados conforme a LGPD, contemplaram sexo, idade, raça, CID-10 e número de atendimentos realizados. Os CID-10 encontrados foram agrupados em seus 22 capítulos e detalhados os cinco mais prevalentes. Foi utilizada estatística descritiva e frequência de ocorrência em valores absolutos e percentuais, por meio do SPSS 22.0. Resultados: A maior parte dos atendimentos e fila de espera foi constituída por mulheres e idosos, da cor branca, com distúrbios osteomusculares e do tecido conjuntivo, podendo destacar as dorsalgias e artroses, maioria de um a 20 atendimentos. Conclusão: O monitoramento de dados e delineamento do perfil de atendimentos e da fila de espera é um recurso relevante que pode ser utilizado para o melhor fluxo da assistência e redução da espera por atendimento.
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    Avaliação da variabilidade da frequência cardíaca em crianças e adolescentes após transplante renal
    (2024-12-04) Luft, Amanda Alves; Recoba, Karolayne de Lima; Lukrafka, Janice Luisa; Dal Lago, Pedro; Departamento de Fisioterapia
    O sistema nervoso autônomo (SNA) desempenha um papel fundamental na regulação das funções involuntárias do organismo, sendo a mensuração dos impulsos autonômicos simpáticos e parassimpáticos avaliada através da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC). A VFC pode ser mensurada através do domínio tempo, frequência e não-linear. O objetivo primário do estudo foi avaliar a VFC em crianças e adolescentes após o transplante renal. Como objetivos secundários, analisar o comportamento da VFC, da força muscular periférica (FMP) e respiratória (FMR) três e seis meses após o transplante e a associação entre as variáveis. Trata-se de um estudo transversal analítico em crianças e adolescentes que foram submetidos ao transplante renal em um hospital de referência, sendo avaliado variáveis clínicas, antropométricas, VFC, força muscular periférica, força muscular respiratória e nível da atividade física. Foram avaliados 12 crianças no 3° mês e 8 no 6° mês, não sendo encontradas diferenças significativas entre os domínios da VFC, força muscular periférica e força muscular respiratória. Entretanto, encontramos correlações significativas entre as variáveis da VFC e a FMR e a FMP. Conclui-se que há uma tendência de melhora no controle autonômico e na atividade vagal entre o terceiro e o sexto mês nas variáveis do domínio tempo, enquanto as do domínio frequência refletem uma maior ativação simpática. A força muscular periférica e respiratória apresentou valores reduzidos, destacando a redução da capacidade muscular dessa população. As correlações observadas no terceiro mês indicaram que uma maior atividade parassimpática está associada a melhores indicadores de força muscular.
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    Is creatine kinase a good predictor of muscle injury in professional soccer players? A 4-season retrospective study.
    (2022-12-09) Tamujo, Augusto Camillo; Baroni, Bruno Manfredini; Alvares, João Breno de Araújo Ribeiro; Departamento de Fisioterapia
    Objetivo: Verificar a associação entre níveis de concentração sanguínea de Creatina Kinase (CK) pós-jogo com lesões musculares nos dias subsequentes. Design: Estudo de coorte retrospectivo de 4 temporadas. Contexto: Clube do Campeonato Brasileiro Série A. Participantes: 80 jogadores de futebol. Principais desfechos avaliados: A CK sanguínea dos jogadores foi coletada no segundo dia pós-jogo e os jogadores foram acompanhados quanto à ocorrência de lesões musculares nos dias seguintes. Apenas semanas com 2 partidas jogadas por um de mínimo 45 minutos pelos atletas incluídos foram incluídas na análise. Resultados: 66 dos 80 jogadores sofreram pelo menos uma lesão muscular. Foram identificadas 229 lesões musculares dos 1.656 follow-ups monitorados. As lesões musculares mais frequentes foram nos isquiotibiais com 123 casos (53% do total de lesões, acometendo 56% dos atletas). Apesar dos níveis de CK no sangue terem sido mais altos nos acompanhamentos com lesões [778,7±505,0 U/L (714,0;1.492,8 IC 95%, 100-2,950 Min-Max)] do que aqueles sem lesões musculares [687,6±446,2 U/ L (664,5;1.352,2 IC 95%, 105-2.800 Min-Max)], a sensibilidade e especificidade desta correlação foram classificadas como falha (AUC=0,555). Conclusões: Os valores de CK sanguíneo pós-jogo não são preditores válidos de ocorrência de lesão muscular subsequente em jogadores profissionais de futebol. O papel desse monitoramento de biomarcadores fisiológicos na prevenção de lesões musculares deve ser revisto na rotina dos clubes de futebol
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    Improving spatiotemporal parameters in obstacle crossing in people with Parkinson's disease: Study Protocol for a Randomized Controlled Trial
    (2023-12-06) Vian, Luis Henrique Amodeo; Pagnussat, Aline de Souza; Pinto, Camila; Departamento de Fisioterapia
    Quedas representam um desafio significativo para pacientes e profissionais de saúde, podendo resultar em mobilidade reduzida, diminuição da independência e menor qualidade de vida. Este estudo propõe um protocolo de treinamento para aprimorar a travessia de obstáculos em indivíduos com Doença de Parkinson (DP). Incorporamos ao nosso protocolo princípios de controle motor, como a Taxonomia de Gentile e a Teoria de Sistemas Dinâmicos. O objetivo deste estudo é avaliar a viabilidade, segurança, melhoria percebida na mobilidade, aceitação e uso futuro. O ensaio clínico randomizado divide-se em dois grupos: um experimental, submetido ao protocolo de travessia de obstáculos, e um controle, com protocolo de atividade física regular para melhoria da marcha. A amostra inclui indivíduos com DP, randomizados em ambos os grupos, avaliados quanto à qualidade de vida, confiança nas atividades diárias e força funcional dos membros inferiores. O protocolo terá oito semanas, com frequência de duas vezes por semana e duração de 45 minutos por sessão. Ao focar exclusivamente na viabilidade, segurança e aceitação, buscamos compreender a aplicabilidade prática dessa abordagem. A análise das respostas dos participantes quanto à aceitação e percepção de segurança fornecerá insights cruciais para refinamentos futuros. Integrando princípios de controle motor, como a Taxonomia de Gentile e a Teoria de Sistemas Dinâmicos, buscamos proporcionar uma intervenção abrangente e adaptável. Hipotetizamos que nosso protocolo de dois meses será mais eficaz do que exercícios regulares de volume e intensidade semelhantes que buscam aprimorar estratégias de movimento durante a travessia de obstáculos
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    Análise transversal da qualidade de vida e dos sintomas de depressão em pacientes pediátricos submetidos a transplante renal: dados preliminares
    (2023-12-06) Santos, Ana Clara Sobotyk; Tartari, Janice Luisa Lukrafka; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: Pacientes pediátricos submetidos ao transplante renal têm melhor qualidade de vida (QV) após o transplante, porém menor em comparação aos pares saudáveis e podem apresentar maior prevalência de sintomas de depressão. O objetivo principal foi avaliar a qualidade de vida e os sintomas de depressão nestes pacientes. Métodos: Estudo transversal analítico com crianças de 6 a 18 anos acompanhadas ambulatorialmente em hospital de referência do Rio Grande do Sul. Foram aplicados questionários para avaliar a qualidade de vida (Pediatric Quality of Life Inventory 4.0 - PedsQL) e os sintomas de depressão (Escala Baptista de Depressão Infantojuvenil – EBADEP-IJ) Resultados: Amostra preliminar de 19 pacientes, com média de idade de 11.1 ±3.7 anos, sendo 57,9% do sexo feminino. O tempo médio de transplante foi de 2 [1; 3] (IQ) meses. Na QV, a pontuação média foi de 67.2, com diferença significativa no domínio emocional entre os sexos (74.1 ± 16.9 para o sexo masculino e 45 ± 13.1 para feminino, p = 0,001). A pontuação média dos sintomas de depressão foi de 12.3± 7.2, indicando baixa sintomatologia. A correlação entre a QV e os sintomas de depressão foi moderada (p=0,0,45) e forte (p=0,001) entre a QV escolar e os sintomas de depressão. Crianças que fizeram diálise peritoneal tiveram uma melhor qualidade de vida escolar em comparação àquelas realizaram hemodiálise (p=0,03). Discussão: Crianças submetidas a transplante renal têm baixa QV, com menor escore emocional em meninas. Apesar de não apresentarem sintomas de depressão, constatou-se que quanto menor a QV, maiores os sintomas de depressão.
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    Análise da força muscular em crianças e adolescentes com câncer e sobreviventes: uma revisão sistemática
    (2023-12-06) Costa, Eduarda Medeiros; Lukrafka, Janice Luisa; Moussalle, Luciane Dalcanale; Departamento de Fisioterapia
    Objetivo: Revisar sistematicamente a força muscular periférica e respiratória em pacientes oncológicos pediátricos e/ou sobreviventes do câncer infanto-juvenil. Fontes de dados: Realizou-se uma busca eletrônica nas bases de dados PubMed, Embase e PEDro, incluindo estudos de intervenção e observacionais em inglês, português e espanhol, publicados de 1990 a setembro de 2023, cujos participantes eram pacientes oncológicos ou sobreviventes do câncer entre zero e 19 anos incompletos. Síntese dos dados: De um total de 512 artigos, 17 foram incluídos. As amostras totalizaram 1151 indivíduos, com idade entre 3.5 e 18.99 anos. A maioria dos estudos observou menor força muscular em crianças com câncer, seja em comparação com pares saudáveis ou entre grupos após uma intervenção. A dinamometria de preensão manual foi amplamente utilizada para avaliação da força muscular periférica. Apenas um estudo mensurou a força muscular respiratória. Conclusões: A análise indicou redução da força muscular periférica em pacientes pediátricos com câncer e em sobreviventes do câncer infanto-juvenil. As intervenções de treinamento de força parecem ser efetivas, mas são necessários mais estudos para compreender plenamente os efeitos da doença e do tratamento oncológico na força muscular e seu impacto na qualidade de vida dessa população.
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    The Impact Of Muscular Atrophy On Functional Outcomes In Pediatric Critical Care: A Cross-Sectional Observational Study
    (2023-12-06) Fraga, Estéffany Carvalho de; Lukrafka, Janice Luisa; Schaan,Camila Wohlgemuth; Departamento de Fisioterapia
    OBJETIVOS: Investigar a associação entre a ocorrência de atrofia muscular durante a internação em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) e o desenvolvimento de novas morbidades nos momentos de alta da UTIP e hospitalar. DESENHO: Estudo unicêntrico, transversal observacional, com pacientes recrutados entre dezembro de 2021 e abril de 2023. CENÁRIO: Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica em um hospital público terciário no sul do Brasil. PACIENTES: Foram incluídas crianças de 1 mês até 12 anos de idade incompletos, que estivessem em ventilação mecânica invasiva por pelo menos 24h. Foi coletada uma amostra de 101 pacientes, com uma mediana de idade de 19 meses, e sendo a maioria do sexo masculino (63,4%). INTERVENÇÕES: Nenhuma. PRINCIPAIS VARIÁVEIS DE INTERESSE: Atrofia muscular, definida como redução de 10% ou mais da espessura muscular, em comparação com a primeira imagem ultrassonográfica obtida; desenvolvimento de nova morbidade, definida como aumento de dois pontos ou mais e um único domínio, comparado com a pontuação na Escala FSS prévia à internação. RESULTADOS: A atrofia muscular ocorreu em 39,6% dos pacientes. O desenvolvimento de nova morbidade foi presente em 77,2% dos pacientes na alta da UTIP, e em 22,8% dos pacientes na alta hospitalar. CONCLUSÕES: A associação entre a atrofia muscular e o desenvolvimento de nova morbidade na alta da UTIP foi demonstrada somente em crianças sem diagnóstico respiratório (P = 0,05). Adicionalmente, nós observamos uma alta prevalência de atrofia muscular e de desenvolvimento de nova morbidade após a admissão na UTIP.
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    Prática baseada em evidências em obstetrícia na concepção de alunos de graduação da área da saúde
    (2023-12-04) Kasper, Marina Porto; Leites, Gabriela Tomedi; Caballero, Raphael Maciel da Silva; Departamento de Fisioterapia
    A assistência obstétrica no Brasil apresenta uma alta prevalência de intervenções sem respaldo científico, sendo o ensino em obstetrícia uma barreira para melhorar essa realidade. A inserção da Prática Baseada em Evidências (PBE) no ensino pode contribuir para efetividade clínica e atendimento humanizado ao estimular o pensamento crítico e a autonomia do aluno da saúde, favorecendo a tomada de decisões baseada em evidências. Dessa forma, o estudo teve como objetivo analisar o conhecimento dos alunos de graduação de uma universidade especializada na área da saúde sobre PBE no contexto da atenção obstétrica. Para isso, alunos dos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição e Psicologia responderam à um questionário online com 15 perguntas nas esferas de caracterização da amostra, percepção sobre PBE e sobre sua aplicação no contexto da assistência obstétrica através de casos situação. De 154 participantes, 104 não souberam identificar adequadamente quais intervenções e práticas obstétricas apresentam respaldo em evidências científicas. Obtiveram melhores resultados os alunos que possuíam disciplinas específicas de obstetrícia em sua matriz curricular e apontaram ter tido contato com a PBE durante o ensino obstétrico. Através desse resultado, pode-se concluir que existem lacunas importantes no ensino-aprendizagem da obstetrícia em graduações da área da saúde.