Fisioterapia - TCC

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    Improving spatiotemporal parameters in obstacle crossing in people with Parkinson's disease: Study Protocol for a Randomized Controlled Trial
    (2023-12-06) Vian, Luis Henrique Amodeo; Pagnussat, Aline de Souza; Pinto, Camila; Departamento de Fisioterapia
    Quedas representam um desafio significativo para pacientes e profissionais de saúde, podendo resultar em mobilidade reduzida, diminuição da independência e menor qualidade de vida. Este estudo propõe um protocolo de treinamento para aprimorar a travessia de obstáculos em indivíduos com Doença de Parkinson (DP). Incorporamos ao nosso protocolo princípios de controle motor, como a Taxonomia de Gentile e a Teoria de Sistemas Dinâmicos. O objetivo deste estudo é avaliar a viabilidade, segurança, melhoria percebida na mobilidade, aceitação e uso futuro. O ensaio clínico randomizado divide-se em dois grupos: um experimental, submetido ao protocolo de travessia de obstáculos, e um controle, com protocolo de atividade física regular para melhoria da marcha. A amostra inclui indivíduos com DP, randomizados em ambos os grupos, avaliados quanto à qualidade de vida, confiança nas atividades diárias e força funcional dos membros inferiores. O protocolo terá oito semanas, com frequência de duas vezes por semana e duração de 45 minutos por sessão. Ao focar exclusivamente na viabilidade, segurança e aceitação, buscamos compreender a aplicabilidade prática dessa abordagem. A análise das respostas dos participantes quanto à aceitação e percepção de segurança fornecerá insights cruciais para refinamentos futuros. Integrando princípios de controle motor, como a Taxonomia de Gentile e a Teoria de Sistemas Dinâmicos, buscamos proporcionar uma intervenção abrangente e adaptável. Hipotetizamos que nosso protocolo de dois meses será mais eficaz do que exercícios regulares de volume e intensidade semelhantes que buscam aprimorar estratégias de movimento durante a travessia de obstáculos
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    Análise transversal da qualidade de vida e dos sintomas de depressão em pacientes pediátricos submetidos a transplante renal: dados preliminares
    (2023-12-06) Santos, Ana Clara Sobotyk; Tartari, Janice Luisa Lukrafka; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: Pacientes pediátricos submetidos ao transplante renal têm melhor qualidade de vida (QV) após o transplante, porém menor em comparação aos pares saudáveis e podem apresentar maior prevalência de sintomas de depressão. O objetivo principal foi avaliar a qualidade de vida e os sintomas de depressão nestes pacientes. Métodos: Estudo transversal analítico com crianças de 6 a 18 anos acompanhadas ambulatorialmente em hospital de referência do Rio Grande do Sul. Foram aplicados questionários para avaliar a qualidade de vida (Pediatric Quality of Life Inventory 4.0 - PedsQL) e os sintomas de depressão (Escala Baptista de Depressão Infantojuvenil – EBADEP-IJ) Resultados: Amostra preliminar de 19 pacientes, com média de idade de 11.1 ±3.7 anos, sendo 57,9% do sexo feminino. O tempo médio de transplante foi de 2 [1; 3] (IQ) meses. Na QV, a pontuação média foi de 67.2, com diferença significativa no domínio emocional entre os sexos (74.1 ± 16.9 para o sexo masculino e 45 ± 13.1 para feminino, p = 0,001). A pontuação média dos sintomas de depressão foi de 12.3± 7.2, indicando baixa sintomatologia. A correlação entre a QV e os sintomas de depressão foi moderada (p=0,0,45) e forte (p=0,001) entre a QV escolar e os sintomas de depressão. Crianças que fizeram diálise peritoneal tiveram uma melhor qualidade de vida escolar em comparação àquelas realizaram hemodiálise (p=0,03). Discussão: Crianças submetidas a transplante renal têm baixa QV, com menor escore emocional em meninas. Apesar de não apresentarem sintomas de depressão, constatou-se que quanto menor a QV, maiores os sintomas de depressão.
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    Análise da força muscular em crianças e adolescentes com câncer e sobreviventes: uma revisão sistemática
    (2023-12-06) Costa, Eduarda Medeiros; Lukrafka, Janice Luisa; Moussalle, Luciane Dalcanale; Departamento de Fisioterapia
    Objetivo: Revisar sistematicamente a força muscular periférica e respiratória em pacientes oncológicos pediátricos e/ou sobreviventes do câncer infanto-juvenil. Fontes de dados: Realizou-se uma busca eletrônica nas bases de dados PubMed, Embase e PEDro, incluindo estudos de intervenção e observacionais em inglês, português e espanhol, publicados de 1990 a setembro de 2023, cujos participantes eram pacientes oncológicos ou sobreviventes do câncer entre zero e 19 anos incompletos. Síntese dos dados: De um total de 512 artigos, 17 foram incluídos. As amostras totalizaram 1151 indivíduos, com idade entre 3.5 e 18.99 anos. A maioria dos estudos observou menor força muscular em crianças com câncer, seja em comparação com pares saudáveis ou entre grupos após uma intervenção. A dinamometria de preensão manual foi amplamente utilizada para avaliação da força muscular periférica. Apenas um estudo mensurou a força muscular respiratória. Conclusões: A análise indicou redução da força muscular periférica em pacientes pediátricos com câncer e em sobreviventes do câncer infanto-juvenil. As intervenções de treinamento de força parecem ser efetivas, mas são necessários mais estudos para compreender plenamente os efeitos da doença e do tratamento oncológico na força muscular e seu impacto na qualidade de vida dessa população.
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    The Impact Of Muscular Atrophy On Functional Outcomes In Pediatric Critical Care: A Cross-Sectional Observational Study
    (2023-12-06) Fraga, Estéffany Carvalho de; Lukrafka, Janice Luisa; Schaan,Camila Wohlgemuth; Departamento de Fisioterapia
    OBJETIVOS: Investigar a associação entre a ocorrência de atrofia muscular durante a internação em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) e o desenvolvimento de novas morbidades nos momentos de alta da UTIP e hospitalar. DESENHO: Estudo unicêntrico, transversal observacional, com pacientes recrutados entre dezembro de 2021 e abril de 2023. CENÁRIO: Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica em um hospital público terciário no sul do Brasil. PACIENTES: Foram incluídas crianças de 1 mês até 12 anos de idade incompletos, que estivessem em ventilação mecânica invasiva por pelo menos 24h. Foi coletada uma amostra de 101 pacientes, com uma mediana de idade de 19 meses, e sendo a maioria do sexo masculino (63,4%). INTERVENÇÕES: Nenhuma. PRINCIPAIS VARIÁVEIS DE INTERESSE: Atrofia muscular, definida como redução de 10% ou mais da espessura muscular, em comparação com a primeira imagem ultrassonográfica obtida; desenvolvimento de nova morbidade, definida como aumento de dois pontos ou mais e um único domínio, comparado com a pontuação na Escala FSS prévia à internação. RESULTADOS: A atrofia muscular ocorreu em 39,6% dos pacientes. O desenvolvimento de nova morbidade foi presente em 77,2% dos pacientes na alta da UTIP, e em 22,8% dos pacientes na alta hospitalar. CONCLUSÕES: A associação entre a atrofia muscular e o desenvolvimento de nova morbidade na alta da UTIP foi demonstrada somente em crianças sem diagnóstico respiratório (P = 0,05). Adicionalmente, nós observamos uma alta prevalência de atrofia muscular e de desenvolvimento de nova morbidade após a admissão na UTIP.
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    Prática baseada em evidências em obstetrícia na concepção de alunos de graduação da área da saúde
    (2023-12-04) Kasper, Marina Porto; Leites, Gabriela Tomedi; Caballero, Raphael Maciel da Silva; Departamento de Fisioterapia
    A assistência obstétrica no Brasil apresenta uma alta prevalência de intervenções sem respaldo científico, sendo o ensino em obstetrícia uma barreira para melhorar essa realidade. A inserção da Prática Baseada em Evidências (PBE) no ensino pode contribuir para efetividade clínica e atendimento humanizado ao estimular o pensamento crítico e a autonomia do aluno da saúde, favorecendo a tomada de decisões baseada em evidências. Dessa forma, o estudo teve como objetivo analisar o conhecimento dos alunos de graduação de uma universidade especializada na área da saúde sobre PBE no contexto da atenção obstétrica. Para isso, alunos dos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição e Psicologia responderam à um questionário online com 15 perguntas nas esferas de caracterização da amostra, percepção sobre PBE e sobre sua aplicação no contexto da assistência obstétrica através de casos situação. De 154 participantes, 104 não souberam identificar adequadamente quais intervenções e práticas obstétricas apresentam respaldo em evidências científicas. Obtiveram melhores resultados os alunos que possuíam disciplinas específicas de obstetrícia em sua matriz curricular e apontaram ter tido contato com a PBE durante o ensino obstétrico. Através desse resultado, pode-se concluir que existem lacunas importantes no ensino-aprendizagem da obstetrícia em graduações da área da saúde.
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    Perfil clínico de indivíduos com dor orofacial e suas percepções acerca do cuidado em saúde
    (2023-12-05) Lemos, Marina Cabral; Silva, Marcelo Faria; Lopes, Bruna de Moraes; Departamento de Fisioterapia
    A dor orofacial e as disfunções temporomandibulares possuem causas multifatoriais e abrangem processos biopsicossociais. São necessárias mais evidências científicas em relação à prevalência de sintomas, qualidade de vida e expectativas terapêuticas dos pacientes. O objetivo deste estudo foi elucidar os fatores que influenciam na dor orofacial, traçando um perfil do portador e suas percepções acerca do cuidado em saúde. Realizou-se estudo observacional transversal, onde foram analisados 57 adultos, na faixa etária entre 18 e 60 anos. A intensidade da dor foi avaliada pela Escala Numérica da Dor (END), as características da dor e a incapacidade foram medidas pelo Craniofacial Pain and Disability Inventory (CF-PDI) e as expectativas dos pacientes foram coletadas através de perguntas de opinião com respostas pré-definidas. Para avaliar a associação entre as variáveis numéricas foi utilizado a correlação de Pearson e entre variáveis categóricas foi utilizado ANOVA. A END está positivamente associada ao Domínio Limitação Funcional e Psicossocial (r = 0,426, p < 0,01), ao Domínio Dor (r = 0,566, p < 0,01) e ao Escore Final do CF-PDI (r = 0,501, p < 0,01). Quanto às expectativas dos pacientes, a ANOVA relacionou expectativas como “Melhorar meu humor”, “Alimentar-me sem medo” e “Melhorar minha capacidade de socialização”. A partir dos dados obtidos foi possível concluir que podem existir relações positivas entre os domínios do CF-PDI e a END. O cuidado em saúde nas disfunções temporomandibulares deve levar em consideração as expectativas dos pacientes, principalmente em sintomas que afetem a socialização, o humor e a alimentação.
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    Dismenorreia e sua relação com função sexual, atividade física e cotidiano acadêmico em universitárias
    (2023-10-04) Cassano, Ana Carolina Garcia; Leites, Gabriela Tomedi; Rosa, Patricia Viana da; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: A dismenorreia é a dor do tipo cólica que ocorre antes ou durante a menstruação, atingindo cerca de 90% de mulheres em idade fértil. Objetivo: O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de dismenorreia e fatores associados à função sexual, atividade física e cotidiano acadêmico em universitárias. Metodologia: Este é um estudo do tipo survey e foi realizado por meio de um questionário online elaborado através da plataforma Google Forms (CAEE 67535723.3.0000.5345). Foram aplicados questionários sociodemográficos, clínicos, além da aplicação do questionário validado FSFI. Os dados obtidos foram apresentados através de testes estatísticos. Resultados: A amostra foi composta por 222 mulheres, sendo que a prevalência de dismenorreia foi de 83,7%. Não foram encontradas relações entre a dismenorreia e a função sexual. A porcentagem de participantes com dismenorreia, ativas e inativas fisicamente, não teve diferença significativa. No entanto, a dismenorreia afetou negativamente o cotidiano acadêmico de universitárias, levando ao absenteísmo discente, temor com a chegada da menstruação e piora no desempenho em provas e avaliações. Conclusão: Existe alta prevalência de dismenorreia entre as universitárias, gerando impacto nos seus cotidianos acadêmicos, como sentimentos negativos, piora no desempenho e absenteísmo. Não foram encontradas diferenças significativas na função sexual e atividade física quando relacionados com a dismenorreia.
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    Níveis de Atividade Física, Qualidade de Vida e Fadiga em Mulheres Sobreviventes de Câncer de Mama
    (2023-12-04) Bini, Amanda Petrini; Leites, Gabriela Tomedi; Macagnan, Fabricio Edler; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: Há 74 mil novos casos estimados de câncer de mama no Brasil de 2023 a 2025, e as altas taxas de sobrevivência geram demanda de estratégias para melhorar a qualidade de vida das sobreviventes, ao qual a atividade física pode contribuir beneficiando aspectos físico-funcionais e de saúde mental. Objetivo: investigar associações entre os níveis de atividade física e qualidade de vida em mulheres sobreviventes de câncer de mama e identificar barreiras e facilitadores à prática no Brasil. Métodos: estudo transversal com avaliação de 50 mulheres brasileiras sobreviventes de câncer de mama. O questionário online avaliava atividade física, qualidade de vida e fadiga pelo IPAQ-SF, EORTC QLQ-C30, -BR23 e -FA12, além de barreiras e facilitadores à atividade física. Resultados: 84% das participantes eram fisicamente ativas e 78% relataram ter recebido orientação de profissional da saúde sobre atividade física, com 28 relatos de preocupação com a saúde sendo um facilitador à atividade física. 19 mulheres relataram não perceber barreiras e 13 elencaram a fadiga. Piores qualidades de vida estavam correlacionadas a efeitos adversos dos tratamentos oncológicos, enquanto a atividade física contribuiu à redução de fadiga e ao aumento de funcionalidade, por exemplo, na melhora da função sexual. Não foram observadas correlações entre atividade física e dor. Conclusões: O estudo sugere que a qualidade de vida em sobreviventes de câncer de mama pode ser beneficiada pela atividade física, e a identificação de barreiras como fadiga e facilitadores como o cuidado com a saúde são importantes para promover essa prática no contexto brasileiro
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    Efeitos da fisioterapia aquática e em solo sob a capacidade funcional em indivíduos com e sem doença de parkinson: um ensaio clínico randomizado
    (2023-12-05) Reis, Aline Poltronieri dos; Azevedo, Jean Lucaz Escobar; Cechetti, Fernanda; Scalco, Fernanda; Departamento de Fisioterapia
    OBJETIVO: Avaliar os efeitos de uma sessão de fisioterapia aquática (FA) em comparação com uma sessão de fisioterapia em solo (FS) sob a capacidade funcional de indivíduos com e sem Doença de Parkinson (DP), especificamente do subtipo rígido-acinético, com ênfase na musculatura paravertebral. MÉTODOS: Foram selecionados 20 idosos, 10 pertencentes ao Grupo Parkinson (GP) e os outros 10 ao Grupo Idoso (GI). Eles foram randomizados em um dos tratamentos, água ou solo, e, após um período de wash-out de 15 dias, realizaram o outro tratamento restante. Todos os participantes seguiram os mesmos procedimentos, que incluíram uma avaliação pré-intervenção, uma sessão de fisioterapia (solo ou aquática) e uma avaliação pós-intervenção. Os testes utilizados para avaliar a capacidade funcional foram: Timed Up and Go (TUG), Teste de Sentar e Levantar (TSL), Banco de Wells e Questionário de Autopercepção (QA) referente ao bem-estar e mobilidade. RESULTADOS: Foram observadas melhoras significativas em ambos os grupos. Na análise intragrupo de GP, na FA apenas o Banco de Wells e o QA referente ao bem-estar não apresentaram diferença significativa. Já na FS, somente o QA não demonstrou diferença significativa. Ambas as terapias apresentaram um comportamento semelhante. Em relação ao GI, todas as variáveis apresentaram diferenças significativas de análise intragrupo na FA, enquanto que na FS somente QA referente à mobilidade não variou significativamente. A comparação de variação intergrupo não apresentou diferença estatística. CONCLUSÃO: Conclui-se que ambas as intervenções resultaram em melhorias significativas na capacidade funcional para ambos os grupos, sem haver um tratamento superior ao outro. Portanto, a aplicação deste protocolo é viável e exequível, confirmando a possibilidade de realização de ambos os protocolos nessa população num posterior estudo longitudinal.
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    O Single Leg Bridge Test avalia a capacidade de resistência dos músculos flexores do joelho?
    (2023-12-06) Roberti, Lucas de Souza; Baroni, Bruno Manfredini; Franke, Rodrigo de Azevedo; Departamento de Fisioterapia
    Objetivo: O principal objetivo foi investigar a correlação entre a pontuação no Teste de Ponte em Uma Perna (SLBT) e a capacidade de resistência dos músculos flexores do joelho, conforme mensurado. Secundariamente, nosso objetivo foi investigar a correlação do índice de simetria dos membros (LSI) encontrado no SLBT e no teste de resistência dos flexores do joelho. Delineamento: Estudo transversal. Local: Laboratório universitário. Participantes: Quarenta homens saudáveis e fisicamente ativos. Principais desfechos: Correlação entre as pontuações no SLBT e a capacidade de resistência dos flexores do joelho, avaliada por meio de um protocolo isocinético composto por 30 contrações máximas concêntricas dos flexores do joelho a 120°/s. Resultados: A pontuação no SLBT (27±7 repetições) não apresentou correlação significativa com a capacidade de resistência dos flexores do joelho fornecida pelo pico de torque isocinético (52±9%) ou trabalho (57±9%). Da mesma forma, o LSI encontrado no SLBT (99±12%) não apresentou correlação significativa com os valores de LSI encontrados no teste de resistência dos flexores do joelho (107±26% e 102±18%). Conclusão: O SLBT não avalia a capacidade de resistência dos músculos flexores do joelho.
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    Análise cinemática da marcha e função cognitiva em tarefas simples e tarefas duplas em indivíduos com doenças pulmonares
    (2023-12-05) Benedetti, Ramon da Silva; Cechetti, Fernanda; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: A marcha é uma das tarefas motoras que sofre maiores alterações e impacto funcional em indivíduos com patologias cardíacas e neurológicas. Estas alterações podem ser acentuadas quando em conjunto a tarefas duplas que podem causar dispersão da atenção em tarefas concorrentes. Portanto, este estudo tem como objetivo geral avaliar os aspectos cinemáticos da marcha e a função cognitiva durante tarefas simples e tarefas duplas em indivíduos com patologias pulmonares obstrutivas e restritivas. Métodos: Estudo de caráter comparativo e abordagem transversal em que 22 indivíduos com doenças pulmonares obstrutivas e restritivas compareceram ao Centro de Reabilitação Pulmonar do Pavilhão Pereira Filho, no Complexo Hospitalar Santa Casa, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, para realizarem atividades de simples tarefa cognitivas (subtração e leitura no celular) e motora (marcha), seguidas das atividades de dupla tarefa, ou seja associando as tarefas cognitivas com a realização da marcha (marcha + subtração e marcha + leitura no celular). Para analisar variáveis cinemáticas da marcha foi utilizado um Equipamento Medidor Inercial com Acelerômetro e Giroscópio BAIOBIT (Marca Rivelo by BTS Bioengeneering, Milão, Itália) e as medidas analisadas na marcha foram: velocidade, cadência, simetria, propulsão, comprimento do passo, comprimento da passada, tempo do passo, tempo da fase de apoio duplo, tempo da fase de apoio simples e tempo da fase de balanço. Resultados: Na população analisada observou-se que parâmetros da marcha como velocidade, cadência e fase de balanço apresentam diminuição dos valores e apresentam aumento da fase de apoio e duplo apoio, ocasionando piora de desempenho funcional da marcha quando associados a tarefas cognitivas. Também foi observado diminuição do desempenho cognitivo quando associada a marcha. Tanto os déficits dos parâmetros cinemáticos da marcha quanto os déficits cognitivos foram observados maiores impactos na tarefa de leitura no celular. Conclusões: Demonstrou-se que indivíduos com doenças pulmonares apresentam déficit nos parâmetros cinemáticos da marcha e no aspecto cognitivo durante tarefas duplas em comparação a realização de tarefas simples
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    Exploring the impact of desire-to-void and lower urinary tract symptoms (LUTS) on dual-task performance in aging women: a cross-sectional study
    (2023-12-04) Romio, Fernanda Kruger; Stigger, Felipe de Souza; Aldabe, Daniela; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: Mulheres idosas com incontinência urinária (IU) têm maior risco de cair do que mulheres idosas sem IU. A IU pode interferir na marcha cortical fornecendo distração atencional e aumentando o custo cognitivo (CC) durante a caminhada. Objetivos: O objetivo geral deste estudo é estabelecer se o desejo de urinar influencia o desempenho de tarefas funcionais em situações de dupla-tarefa. Os objetivos são: (1) avaliar a diferença no desempenho de dupla tarefa entre duas condições experimentais: sem desejo de urinar e com desejo de urinar; e (2) determinar se existe correlação entre os STUI e desempenho de dupla-tarefa durante a marcha em idosas. Material e métodos: Este estudo caracteriza se como um estudo observacional transversal. Mulheres acima de 60 anos foram convidadas a participar do presente estudo através de anúncios públicos na comunidade. As participantes foram solicitadas a realizar o teste “Timed up and go” (TUG) associado à duas tarefas secundárias: uma motora, o teste de Transferência de Moedas (TM), e uma cognitiva, o teste de Fluência Verbal Fonética (FVF). Ainda, essas condições foram realizadas em duas condições de desejo miccional: (1) nenhum desejo (bexiga vazia); e (2) desejo miccional (bexiga cheia). O grau de IU foi avaliado através do International Consultaion on Incontinence Questionnaire: Short Form (ICQIS- SF). Para comparar o custo cognitivo durante as diferentes condições experimentais, foi utilizada análise de variância de medidas repetidas (ANOVA). Para avaliar a correlação entre ICIQ e DTE foi utilizada a correlação de Kendall. Resultados e conclusões: Participaram deste estudo 42 mulheres (72.90 ± 5.81 anos) com graus variáveis de IU: nenhuma incontinência (n=13), incontinência leve (n=10), moderada (n=13) e grave (n=6). Nossos resultados confirmam que experimentar uma sensação de bexiga cheia ao caminhar impacta negativamente o desempenho da marcha em mulheres idosas. O desejo miccional durante a caminhada proporcionou um maior custo cognitivo quando comparado com condições de bexiga vazia (p<0,01). Não houve correlação significativa entre os dados apresentados pelo ICIQ e a performance do TUG em nenhuma das condições experimentais. Manter uma marcha consistente e estável e evitar quedas requer recursos cognitivos e processos de pensamento conscientes. Com tarefas adicionais, o desempenho funcional da marcha diminui, indicando um custo cognitivo da dupla tarefa (motora ou cognitiva) e um custo cognitivo adicional da sensação de bexiga cheia. Isso significa que lidar com a sensação de bexiga cheia pode ser uma fonte de desvio de atenção. Dessa forma pode concluir-se que o desejo miccional impacta negativamente o desempenho da caminhada em dupla tarefa em mulheres idosas indiferente do grau de IU.
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    Prevalência de sintomas musculoesqueléticos e seus fatores associados em trabalhadores não assistenciais de um hospital de Porto Alegre
    (2023-12-05) Demetrio, Diego Dal Carobo; Lemos, Adriana Torres de; Departamento de Fisioterapia
    Objetivo: Investigar a prevalência de sintomas musculoesqueléticos (SME) e seus fatores associados em trabalhadores não assistenciais de um hospital em Porto Alegre. Métodos: Estudo transversal, com amostra voluntária de trabalhadores não assistenciais. Para descrição do perfil dos participantes, foi aplicada anamnese, desenvolvida pelos autores, com informações sobre dados sociodemográficos e ocupacionais. Para avaliação da prevalência de SME utilizou o Questionário Nórdico de Sintomas Musculoesqueléticos (QNSM), sendo considerada a dor nos últimos 12 meses (sim ou não) em cada região corporal. O estresse ocupacional foi medido pelo Job Stress Scale (JSS), enquanto o Job Factors Questionnaire (JFQ) foi empregado para analisar a percepção dos trabalhadores sobre fatores de risco ergonômicos, sendo ambos resultados apresentados por seus valores médios . Recorreu-se à análise descritiva para delineamento do perfil da amostra, ao teste Qui-quadrado, para verificar associação entre a ocorrência de dor e variáveis categóricas e ao teste T de Student para as variáveis estresse e risco ergonômico percebido. Resultados: O estudo contou com a participação de 124 trabalhadores de setores não assistenciais.. Do total, 62,9% relataram SME no último ano, com as regiões lombar (35,5%), ombro (27,4%) e pescoço (26,6%) sendo as mais afetadas. Os SME que levaram ao afastamento ocorreram principalmente na região lombar (7,3%). O maior risco ergonômico percebido, com média estatisticamente significativa, foi verificado para o grupo com SME na região lombar. Para as regiões de ombros e cervical, verificou-se percepção de maior risco ergonômico, maior demanda psicológica do trabalho e menor apoio social no grupo com SME nessas regiões, com diferenças significativas.. Conclusão: As ocorrências de SME nas regiões lombar, cervical e de ombros estão relacionadas à percepção de maior risco ergonômico e estresse ocupacional
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    Qualidade de vida no trabalho e sintomas musculoesqueléticos em baristas: um estudo descritivo
    (2023-12-05) Silveira, Isabela Col Debella; Lemos, Adriana Torres de; Silva, Marcelo Faria; Departamento de Fisioterapia
    Objetivo: identificar e descrever a ocorrência de sintomas musculoesqueléticos (SME), a qualidade de vida (QV) no trabalho e o estresse ocupacional em baristas de Porto Alegre e região metropolitana. Método: Estudo de delineamento transversal realizado em uma etapa de autoaplicação dos seguintes questionários: (1) anamnese; (2) Job Stress Scale (JSS); (3) Quality of Working Life Questionnaire (QWLQ-bref); (4) Job Factors Questionnaire (JFQ); (5) Questionário Nórdico. Resultados: a análise identificou o perfil sociodemográfico da população de baristas como majoritariamente feminina, solteira e com média de idade de 26 anos. As maiores ocorrências de SME foram nos membros superiores e coluna lombar. A avaliação da QV foi relacionada em todos os escores de forma significativa, exceto na relação da QV psicológica com o apoio social. Conclusão: Cotovelos, punhos, mãos e coluna lombar foram identificados como as áreas com maior prevalência de sintomas musculoesqueléticos, sendo que o desconforto na coluna lombar foi apontado como a principal causa de ausências no trabalho. A qualidade de vida mostrou-se associada ao estresse em todos os domínios estudados, e a qualidade de vida profissional revelou associação com o risco ocupacional.
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    High Intensity Functional Exercises Associated or not with Cognitive Stimulation Improves Cognition and Physical Performance in Older Adults
    (2023-12-04) Teza, Enzo Albani Rossoni; Lemos, Adriana Torres de; Stigger, Felipe de Souza; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: o envelhecimento é um processo não patológico; no entanto, pode ser acompanhado por uma variedade de disfunções musculoesqueléticas e cognitivas resultantes principalmente de fatores modificáveis, afetando a qualidade de vida e independência de pessoas idosas. Estudos indicam que exercícios físicos associados a desafios cognitivos, podem ter um impacto positivo no desempenho físico e na função cognitiva em idosos. Objetivo: investigar os efeitos de um programa regular de exercícios funcionais de alta intensidade associado à estimulação cognitiva no desempenho cognitivo e físico de indivíduos idosos. Métodos: este estudo é um ensaio clínico randomizado controlado. 96 homens e mulheres residentes da comunidade foram randomicamente designados para um programa de exercícios funcionais de alta intensidade com base no Programa Hife, com 50% dos exercícios físicos associados a uma tarefa cognitiva ou para o mesmo programa, mas sem o componente da tarefa cognitiva. Ambos os grupos realizaram duas sessões por semana de treinamento em grupo e exercícios progressivos de força e equilíbrio durante um período de 16 semanas. Questionários e testes físicos foram aplicados no início e após 16 semanas de intervenção. Resultados: ambos os grupos apresentaram melhorias clinicamente significativas na cognição e no desempenho físico em condições de simples e dupla tarefa (P < 0.05). Apenas o grupo de treinamento em dupla tarefa obteve melhores resultados em relação ao custo cognitivo ao realizar testes motores em condições de dupla tarefa (P < 0.05). Não foram encontradas interações grupo-tempo, exceto para a confiança no equilíbrio em ambos os grupos de intervenção (P < 0.05). Conclusões: a adição de uma tarefa cognitiva simultânea ao treinamento funcional de alta intensidade não oferece maiores benefícios quando comparada a realização de um programa de exercícios funcionais de alta intensidade com base no Programa Hife em adultos mais velhos residentes na comunidade.
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    Percepção de dor em mulheres com Síndrome de dor Patelofemoral após iniciar um treinamento de força muscular: um ensaio clínico aleatorizado
    (2022-12-09) Kauri, Natalha Blanco; Baroni, Bruno Manfredini; Silveira, Lucas Severo; Departamento de Fisioterapia
    INTRODUÇÃO: Treinamento de resistência tem se mostrado uma boa estratégia para uma reabilitação eficaz em indivíduos com Síndrome da Dor Patelofemoral (SDPF). No entanto, por medo da dor, os pacientes com SDPF demonstram receio de iniciar o treinamento de resistência. O objetivo deste estudo é investigar se mulheres com SDFP que iniciam o treinamento de força apresentam aumentos significativos nos níveis de dor até 48 horas após a primeira sessão de treinamento. METODOLOGIA: 20 participantes foram dispostas aleatoriamente em dois grupos com volumes de treinamento diferentes para a primeira sessão de treinamento. As participantes do G1 realizaram uma série para cada exercício (volume total = 5 séries), enquanto os participantes do G3 realizaram três séries para cada exercício (volume total = 15 séries). Os seguintes exercícios resistidos foram realizados de maneira unilateralmente: extensão de joelhos na cadeira extensora, extensão de joelhos e quadril no leg press, agachamento afundo, rotação externa de quadril com resistência elástica e abdução de quadril com resistência elástica. A escala numérica de dor foi utilizada para verificar o nível de dor dos participantes antes do primeiro treinamento, imediatamente após o primeiro treinamento e 24h e 48h após o primeiro treinamento. RESULTADOS: Não houve interação (p=0,481) ou diferença significativa entre os grupos (p=0,699) para dor no joelho. Um efeito temporal significativo (p<0,001) foi observado e a análise post-hoc revelou que os participantes de ambos os grupos apresentaram níveis mais altos de dor no joelho 24h após o exercício e imediatamente após o exercício (p<0,001 para ambos) em comparação com a linha de base. 50% das participantes do G1 e 30% das participantes do G3 tiveram apenas uma resposta trivial para dor no joelho enquanto uma minoria das participantes do G1 (10%) e do G3 (20%) apresentaram alta resposta para dor no joelho. CONCLUSÃO: Mulheres com SDPF toleram o início dos treinamentos de força sem a exacerbação significativa dos sintomas de dor, tornando assim a opção por iniciar o tratamento com o treinamento de força segura e confiável.
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    Avaliação dos conhecimentos sobre cuidados paliativos dos alunos de graduação da UFCSPA
    (2022-12-06) Wochnicki , Gabriela Ramos; Rodrigues, Rayane da Silva; Moussalle, Luciane Dalcanale; Departamento de Fisioterapia
    O objetivo da pesquisa foi avaliar o nível de conhecimentos em cuidados paliativos dos alunos de graduação, assim como investigar o seu interesse e se consideram importante a implementação dessa temática em seus cursos. A coleta de dados foi realizada por um questionário online composto por 20 questões sobre cuidados paliativos com três alternativas de resposta: verdadeiro, falso ou “não sei”. Foi solicitado informações acerca do perfil do estudante, o contato prévio com o tema, sua percepção de conhecimento e a importância do ensino de cuidados paliativos. A amostra foi composta por 209 alunos que aceitaram participar do estudo, sendo a maioria mulheres e com média de idade de 22,9±5,0 anos. Destes, 71% relataram que tiveram contato com a temática, sendo a maioria em disciplinas da graduação. Quanto à avaliação sobre os conhecimentos, a média total de acertos no questionário foi de 85,2±12,8%. A grande maioria considera importante incluir conteúdos curriculares sobre cuidados paliativos no plano de estudos do seu curso. O estudo apontou lacunas no ensino de cuidados paliativos, ainda que a população analisada tenha demonstrado conhecimentos básicos acerca do tema, interesse e reconheça sua importância.
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    O exercício aeróbio reduz o estresse oxidativo de ratos diabéticos com insuficiência cardíaca
    (2022-12-07) Minozzo, Willian Defendi; Lago, Pedro Dal; Ferreira, Janaína Barcellos; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: Pacientes com IC apresentam significativa resistência à insulina, o que aumenta o risco de desenvolver DM2 e consequentemente maior morbimortalidade nessa população. O EA é uma estratégia terapêutica benéfica para o tratamento de limitações funcionais na IC e DM2. Objetivos: Analisar os efeitos do EA sobre biomarcadores de estresse oxidativo em ratos diabéticos com insuficiência cardíaca. Métodos: Foram utilizados ratos Wistar machos (~150g) divididos em grupos experimentais: grupo sedentário (DM2+IC+SED n=11) e o grupo exercício aeróbio (DM2+IC+EA n=12). A DM2 foi induzida através de dieta hiperlipídica e, submetida a uma injeção intraperitoneal de Streptozotocina. A indução do infarto deu-se através da cirurgia de ligadura da artéria coronária descendente esquerda. O protocolo de EA foi realizado em uma esteira específica para ratos de baixa a moderada intensidade com 50 a 70% do VO2max, duração de 1h/dia, 5 dias por semana. Ambos protocolos tiveram duração de 8 semanas, 5 vezes por semana. Para avaliar os marcadores de estresse oxidativo foi utilizado espectrofotômetro. Resultados: Houve diminuição nos níveis de TBARS no plasma no grupo EA (p<0,001). Os níveis de GSH aumentaram no VE no grupo EA (p=0,001) e houve aumento significativo na CAT no VE e plasma no grupo EA em comparação ao grupo SED (p<0,001). Conclusão: Este estudo experimental mostrou que o EA realizado de maneira contínua 5 vezes por semana durante 2 meses, modula alterações celulares através da melhora da resposta antioxidante em ratos diabéticos infartados.
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    Efeitos do treinamento de força sobre fatores cardiometabólicos em Indivíduos com Síndrome Metabólica: revisão integrativa
    (2022-12-05) Franzmann, Vinícius Smaniotto; Lago, Pedro Dal; Dorneles, Gilson Pires; Departamento de Fisioterapia
    Introdução: Síndrome Metabólica se caracteriza como um conjunto específico de alterações cardiometabólicas (diabetes mellitus tipo II, hipertensão arterial, dislipidemia e obesidade) que predispõem ao aumento do risco de doenças cardiovasculares. Entre as opções de tratamento não-farmacológico destaca-se o treinamento de força devido ao seu impacto sobre as alterações previamente descritas. Objetivo: Avaliar o potencial do treinamento de força sobre fatores de risco cardiometabólicos de pacientes com Síndrome Metabólica. Metodologia: Foi conduzida uma revisão integrativa utilizando três bases de dados (Medline/PubMed, SciElo e Lilacs). Para cada uma delas, realizaram-se buscas utilizando-se dos mesmos descritores. Após a busca inicial dos artigos, estes passaram por uma seleção minuciosa dos revisores em consonância com os critérios de inclusão. Resultados: 210 artigos foram encontrados, destes 13 foram incluídos. Tendo um número total de 476 indivíduos analisados, somando todos os estudos analisados. Doze dos treze estudos avaliados encontraram desfechos favoráveis em ao menos um dos fatores de risco ao expor os indivíduos com SM ao treinamento resistido, tendo a obesidade sendo o componente com maior resposta à intervenção. Conclusão: Os estudos descritos na presente revisão indicam a eficácia do treinamento de força para redução do percentual de gordura/circunferência de cintura, melhora do lipidograma, diminuição da resistência à insulina e da pressão arterial .
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    Somatosensory disruptions in Parkinson’s disease and its implications on functional mobility
    (2022-12-05) Mabilia, Vinícius Horn Vieira; Pagnussat, Aline de Souza; Schifino, Giulia Palermo; Departamento de Fisioterapia
    A literatura tem mostrado que a Doença de Parkinson (DP) pode afetar negativamente o sistema somatossensorial que está envolvido no controle postural. No entanto, a questão de saber se as deficiências sensoriais podem ou não levar a deficiências motoras permanece sem resposta. Para abordar esta questão, o presente estudo visa comparar a sensibilidade do pé e a mobilidade funcional dos indivíduos com e sem DP. O design do estudo é transversal, onde há 50 indivíduos (36 PD/14 grupo saudável). Para analisar sensibilidade plantar, utilizamos estesiômetros; para analisar mobilidade funcional, teste de Timed Up And Go (TUG) e escalas clínicas; para entender estadiamento, escala de Hoen & Yarh(H&Y), compromentimento motor (UPDRS – III), e escala de congelamento (FOG-q). No presente estudo, encontramos uma diferença na sensibilidade do pé entre os indivíduos com DP e os controles saudáveis emparelhados por idade e sexo. Também encontramos correlações entre a sensibilidade do pé e o tempo TUG, de tal forma que, quanto pior for a sensibilidade do pé, mais longo será o tempo TUG. Contudo, encontramos correlações fracas entre sensibilidade e escala UPDRS- III, escala de (FOG- q); não encontramos correlações entre tempo de diagnóstico e sensibilidade do pé das pessoas com DP, bem como escala de H&Y e sensibilidade do pé das pessoas com DP. O fator inovador do presente estudo foi comparar a sensibilidade do pé DP com o grupo saudável em vários pontos, e não apenas na planta do pé, mas também em regiões como tornozelo, dorso e lateral do pé. Além disso, correlacionou-se com uma avaliação da mobilidade funcional e a escala clínica da doença. Tais descobertas podem ter implicações clínicas relevantes quando percebemos a importância do tornozelo e de todo o pé para o controle postural e as possíveis influências que as alterações de sensibilidade têm sobre as resposta sensoriais obtidas durante a tarefa de mobilidade funcional.