PPGPAT - Dissertações

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    Anormalidades genéticas identificadas entre pacientes encaminhadas para avaliação por amenorreia secundária
    (2023-06-29) Besson, Marina da Rocha; Rosa, Rafael Fabiano Machado; Zen, Paulo Ricardo Gazzola; Nunes, Maurício Rouvel; Programa de Pós-Graduação em Patologia
    O objetivo da pesquisa é verificar a frequência e os tipos de anormalidades genéticas identificadas em pacientes encaminhadas por AS a um Serviço de Genética Clínica de referência do Sul do Brasil.
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    Potencial Evocado Miogênico Vestibular e Eletrococleografia em Pacientes com Vertigem Posicional Paroxística Benigna
    (2020) Rossetto, Ana Paula; Zen, Paulo Ricardo Gazzola; Sleifer, Pricila; Programa de Pós-Graduação em Patologia
    Introdução: A Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) é considerada a causa mais frequente de vertigem atribuída a uma disfunção vestibular. O Potencial Evocado Miogênico Vestibular (VEMP) e a Eletrococleografia (ECochG) são exames complementares da avaliação otoneurológica que apresentam diversas características favoráveis à sua utilização, pois avaliam estruturas específicas do sistema vestibular. Objetivos: Analisar e associar as respostas do Potencial Evocado Miogênico Vestibular Cervical (cVEMP) e da ECochG em pacientes com diagnóstico VPPB. Material e Métodos: Estudo transversal, com intervenção diagnóstica por meio da audiometria tonal liminar, cVEMP, ECochG, onde foram avaliados indivíduos com diagnóstico de VPPB. Resultados: No procedimento cVEMP, as médias das latências de P13 e N23 foram 16,9 ms e 23,7 ms na OD e, 17,0 ms e 24,0 ms na OE, respectivamente. A média do índice de assimetria foi de 19,3%. Na testagem da ECochG, 21 (91,30%) indivíduos apresentaram alterações. Conclusão: Na associação da ECochG com a VPPB, os resultados evidenciaram relevância estatística, diferentemente dos resultados do cVEMP associados com a VPPB. No entanto, cabe ressaltar que verificou-se nas análises individuais e qualitativas, presença de alterações nos achados do cVEMP.
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    Covid-19 em pacientes com câncer: monitorização prospectiva dos pacientes em tratamento oncológico com radioterapia em uma instituição privada do Sul do Brasil
    (2023-09-25) Alves, Denise Ferreira Silva; Dornelles, Daniela Rosa; Programa de Pós-Graduação em Patologia
    Introdução: A pandemia do COVID-19 espalhou-se rapidamente por todos os continentes e se tornou uma ameaça invisível. Os pacientes idosos e/ou com várias comorbidades pareciam ser o grupo de maior risco, propensos a desenvolver quadros infecciosos graves e potencialmente fatais. Nesse cenário, a associação de que pacientes imunocomprometidos, como os pacientes oncológicos, também faziam parte do grupo de maior risco era inerente. O impacto sobre a qualidade de vida (QV) dos pacientes oncológicos que tiveram que permanecer em tratamento radioterápico durante a pandemia foi estimado no presente estudo. Objetivos: Avaliar a QV dos pacientes submetidos a tratamento radioterápico durante a pandemia do COVID- 19 em um hospital privado no Sul do Brasil, no período entre setembro de 2020 a setembro de 2021. Material e Métodos: Estudo de coorte prospectivo constituído na aplicação semanal, durante o tratamento radioterápico, de questionários de QV do EORTC QLQ-C30 incluindo perguntas sobre dados demográficos e preocupações sobre a pandemia, através de contato telefônico. Resultados: Cento e quarenta e um pacientes participaram do estudo. A maioria era do sexo feminino (69,5%), com idade média de 61 anos. Os sítios de tratamento mais comuns foram mama (51%) e próstata (19%). A duração da maioria dos tratamentos foi de 3 a 5 semanas (73,77%). Apenas 6 pacientes testaram positivo para COVID-19 (4,26%). O escore médio da QV global foi de 77,95 e o escore médio do funcionamento emocional foi de 87,53. Conclusão: Os pacientes oncológicos que precisaram manter tratamento radioterápico durante a pandemia tiveram uma baixa taxa de infecção por covid19 e mantiveram uma boa qualidade de vida, com baixo impacto emocional durante o período do tratamento.
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    Hipocitratúria como biomarcador de acidose tubular renal em pacientes com doença de Sjögren
    (2023) Coradin, Rafael; Keitel, Elizete; Goldani, João Carlos; Lopes, Maria Lúcia Lemos; Programa de Pós-Graduação em Patologia
    Introdução: A Doença de Sjögren (DS), como vem sendo chamada a Síndrome de Sjögren primária, é uma doença inflamatória crônica imunomediada, que pode ou não estar associada a outras doenças reumatológicas imunomediadas. Afeta principalmente tecidos epiteliais, sobretudo glândulas salivares e lacrimais além de manifestações extra glandulares, como pulmão, sistema nervoso e rins. A principal manifestação renal é a nefrite túbulo-intersticial (NTI) podendo se apresentar clinicamente como acidose tubular renal (ATR), entre outras manifestações. Há muito se busca um biomarcador para o diagnóstico de ATR e o citrato urinário pode ser um biomarcador precoce neste grupo de pacientes. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar se a hipocitratúria é um biomarcador preditor de ATR em uma amostra de pacientes com DS em um hospital terciário do Sul do Brasil, bem como descrever as características sociodemográficas da população estudada. Material e Métodos: Foram incluídos todos os pacientes com DS que cumpriram os critérios de inclusão participantes do ambulatório de Reumatologia da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Dados demográficos, relativos à DS bem como dados sorológicos e urinários foram obtidos. Os pacientes que apresentaram pH urinário persistentemente acima de 5,5 foram submetidos ao teste de acidificação da urina com furosemida e fludrocortisona. Resultados: Foram incluídos 42 pacientes, sendo 95,2% do sexo feminino, com uma mediana de idade de 61,73 anos. A prevalência de ATR distal completa foi de 4,88%. Vinte e oito pacientes foram submetidos ao teste de acidificação da urina, sendo que dois não acidificaram. Cinco pacientes apresentaram hipocitratúria, sendo que dois desses pacientes apresentaram ATR distal completa. A associação entre a hipocitratúria e a ATR foi estatisticamente significativa (p< 0,012) com uma sensibilidade de 100%, especificidade de 91,2% e acurácia de 91,7. O valor preditivo positivo foi de 40% e o valor preditivo negativo foi de 100%. Conclusão: A amostra de pacientes com Doença de Sjögren foi na sua maioria de mulheres brancas, na quinta década de vida e de baixa renda. A prevalência de ATR na população estudada foi de 4,88%. A hipocitratúria teve alta sensibilidade e acurácia no diagnóstico de ATR. Na avaliação do comprometimento renal, uma paciente apresentava insuficiência renal crônica e cinco pacientes proteinúria maior que 0,5g/24h
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    Morbimortalidade Durante a Internação de Pós- Operatório Imediato do Transplante Renal
    (2023-03-31) Dal Magro, Priscila Sartoretto; Keitel, Elizete; Programa de Pós-Graduação em Patologia
    Introdução: O transplante renal (TR) tem eficácia e menor custo no tratamento da doença renal terminal. É realizado em pacientes com múltiplas comorbidades, sendo o período perioperatório desafiador. Objetivos: Avaliar a morbimortalidade do pós-operatório imediato do transplante renal em um hospital terciário; avaliar se o Índice de Comorbidades de Charlson (CCI) foi associado a complicações graves pela classificação de Clavien - Dindo. Métodos: Estudo de coorte prospectivo em uma amostra de 230 pacientes adultos que realizaram TR entre setembro de 2020 e março de 2022. Resultados: Dos 230 pacientes,135 eram homens, a média de idade foi 49.212.7 anos, apresentavam sobrepeso 38.3%; obesidade 20.4%; e 96.52% dos transplantes foram de doador falecido; intercorrências no transoperatório ocorreram em 10.9% dos pacientes, a mais frequente foi sangramento com necessidade de hemocomponentes. Dificuldade de via aérea foi a intercorrência anestésica mais comum; dos 11 pacientes com dificuldade de via aérea, 7 tinham sobrepeso e 4 eram obesos (p=0.020); a complicação clínica mais frequente no pós-operatório foi a necessidade de hemodiálise (57.8%), seguida por infecção (21.7%); onze (4.7%) pacientes do estudo tiveram infecção viral por COVID -19 nos 30 dias de acompanhamento; complicações vasculares ocorreram em 11.3%, sendo o hematoma a mais frequente; ocorreram 6 complicações urológicas (3.5%), e a mais comum foi fístula urinária; a reintervenção cirúrgica ocorreu em 12.6% dos pacientes; a taxa de óbito em 30 dias foi de 1.7%; o tempo mediano de internação foi de 16.3±7.8 dias; o CCI não foi associado a complicações graves, somente à presença de insuficiência cardíaca no pré-operatório. Conclusão: As complicações anestésicas foram baixas, o sangramento no transoperatório e dificuldade de via aérea foram as mais frequentes; o retardo do funcionamento do enxerto foi elevado, seguido pela infecção bacteriana; as complicações cirúrgicas mais comuns foram vasculares; o CCI não mostrou associação as complicações graves
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    Tomografia Computadorizada no diagnóstico de comorbidades relacionadas ao tabagismo em estudos de rastreamento de câncer de pulmão no Brasil
    (2023-01-09) Mattos, Juliane Nascimento de; Hochhegge, Bruno; Programa de Pós-Graduação em Patologia
    Introdução: O rastreamento de câncer de pulmão, por meio de tomografia computadorizada de tórax (TC) é essencial para o diagnóstico precoce do câncer de pulmão e de outras comorbidades relacionadas ao tabagismo. No entanto, as comorbidades não são identificadas de forma correta durante os estudos de rastreamento (pouco realizados em países em desenvolvimento). Nesse sentido, identificar essas comorbidades durante esses estudos em países em desenvolvimento é essencial. Objetivos: Avaliar e quantificar a prevalência de seis comorbidades relacionadas ao tabagismo (sarcopenia, calcificação da artéria coronária (CAC), enfisema pulmonar, anormalidade intersticial e esteatose hepática). Material e Métodos: Nesse estudo retrospectivo, foram avaliadas TC de baixa dose (n=775) de pacientes submetidos ao rastreamento de câncer de pulmão em um hospital terciário entre os anos de 2016 e 2020. Um grupo controle pareado por idade e sexo foi obtido para comparação (n=370). Foram analisados de forma quantitativa através de um software, a presença das seis comorbidades. O teste t e o teste Qui-quadrado foram usados para avaliar as diferenças entre esses valores. Coeficientes de correlação interclasse (ICCs) e concordância do inter-observador também foram calculados. p <0,05 foram considerados significativos. Resultados: Uma ou mais comorbidades foram identificadas em 86,6% dos pacientes e em 40% dos controles. A osteoporose esteve presente em 44,2% dos pacientes e em 24,8% dos controles. Novos diagnósticos de doenças cardiovasculares, enfisema e osteoporose foram realizados. O coeficiente kappa para calcificação da artéria coronária foi de 0,906 (p<0,001). ICCs para medidas de fígado, baço e densidade óssea foram 0,88, 0,93 e 0,96, respectivamente (p<0,001). Conclusão: Os dados adquiridos durante o estudo de rastreamento de câncer de pulmão utilizando a TC de baixa dose, identificaram as seis comorbidades tabaco-relacionadas. Nesse sentido, a TC em estudos de rastreamento, facilita o diagnóstico de comorbidades em países em desenvolvimento, fornecendo oportunidades para sua prevenção e tratamento
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    Câncer de pele após transplante cardíaco: uma revisão sistemática
    (2023-07-06) Aguzzoli, Nathalia Hoffmann Guarda; Bonamigo, Renan Rangel; Programa de Pós-Graduação em Patologia
    Introdução: Um amplo espectro de doenças cutâneas afeta os pacientes receptores de transplantes de órgãos sólidos, visto que os mesmos necessitam de terapia imunossupressora de longo prazo para prevenir a rejeição do órgão transplantado. Dentre as complicações cutâneas mais prevalentes no seguimento clínico desses pacientes, encontra-se o câncer de pele. Objetivos: Verificar a frequência de câncer de pele em pacientes transplantados cardíacos a partir de dados da literatura. Através de uma revisão de literatura, avaliar a frequência de câncer de pele não melanoma, melanoma e sarcoma de Kaposi em pacientes transplantados cardíacos. Como objetivos secundários, avaliar possíveis fatores clínicos e medicamentosos associados ao câncer de pele em pacientes transplantados cardíacos. Avaliar a qualidade dos artigos e a metodologia utilizada nos trabalhos existentes na literatura. Organizar os dados encontrados com base na literatura a fim de oferecer estratégias e equidade em cuidados dermatológicos para essa população específica de pacientes. Material e Métodos: realizada revisão sistemática da literatura, a busca compreensiva da literatura foi efetuada utilizando as plataformas do PubMed, EMBASE e Scopus. Resultados: Um total de 2589 artigos foram inicialmente encontrados na literatura. Realizados uma primeira seleção lendo os títulos dos artigos e em seguida a segunda seleção, lendo títulos e resumos, após essas duas etapas, 2123 artigos foram excluídos. Identificamos 175 artigos repetidos. Ao final, 291 artigos foram lidos na íntegra e de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, 43 artigos foram incluídos nessa revisão sistemática. Conclusão: Pacientes transplantados cardíacos apresentam alta frequência de câncer de pele e que chegamos no momento de analisar exclusivamente a população de transplantados cardíacos, especificamente focando no desfecho câncer de pele. Mais estudos são necessários para entender a complexidade da terapia imunossupressora específica desses pacientes e a interação com os fatores de risco individuais para o desenvolvimento de câncer de pele. Este estudo reforça que os dermatologistas desempenham um importante papel no seguimento a curto e longo prazo dos pacientes transplantados cardíacos. Essa população de pacientes merece cuidados contínuos do médico dermatologista, visto que essa prática clínica multidisciplinar pode alterar a morbimortalidade e a qualidade de vida após o transplante cardíaco. Assim, a atuação conjunta entre os cardiologistas especialistas em transplante cardíaco e os dermatologistas é uma ação crucial e essencial no atendimento a essa população
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    Suscetibilidade à neuropatia periférica por Talidomida: avaliação da prevalência de polimorfismos entre variantes genéticas SERPINB2 e PKNOX1 em pacientes com Eritema Nodoso Hansênico
    (2024-01-29) Perazzoli , Simone; Bonamigo, Renan Rangel; Vianna, Fernanda Sales Luiz; Programa de Pós-Graduação em Patologia
    Introdução: O Eritema Nodoso Hansênico (ENH) é uma resposta imune humoral ao Mycobacterium leprae, e caracteriza-se por nódulos eritematosos associados ou não a sintomas sistêmicos. O principal medicamento utilizado, no Brasil, para tratar o ENH é a talidomida, no entanto a medicação possui efeitos adversos importantes, como neuropatia periférica (NP). É escasso o conhecimento quanto ao perfil do paciente com hanseníase de maior risco para desenvolver NP por talidomida, sendo possível a influência de fatores clínicos e genéticos. Variantes genéticas dos genes SERPINB2 e PKNOX1 já foram implicadas com a predisposição para desenvolvimento de NP por talidomida em outros contextos clínicos, como mieloma múltiplo, quimioterapia por taxanos e doença inflamatória intestinal pediátrica. Objetivos: Avaliar a prevalência de polimorfismos entre variantes genéticas SERPINB2 e PKNOX1 em pacientes com ENH. Material e Métodos: Estudo transversal incluindo pacientes com diagnóstico de ENH. Foram avaliadas as variantes genéticas SERPINB2 e PKNOX1, variáveis clínicas relacionadas à doença e a ocorrência de NP em usuários de talidomida com os polimorfismos genéticos. Resultados: Foram avaliados 47 pacientes; o polimorfismo rs6103 SERPINB2 teve uma frequência de 66% do alelo C e 34% o alelo G; o polimorfismo rs2839629 do PKNOX1 apresentou uma frequência de 75% para o alelo A e 25% para o alelo G. Os que apresentaram neuropatia tiveram maior frequência dos genótipos homozigoto e heterozigoto C (85% e 77,3% respectivamente) para o polimorfismo rs6103 (SERPINB2) e dos genótipos homo e heterozigoto A (84% e 80%, respectivamente) para o polimorfismo rs2839629 (PKNOX1). Essas diferenças não foram estatisticamente significativas. Conclusão: De acordo com o presente estudo, muitos pacientes com ENH possuem polimorfismos que podem aumentar a suscetibilidade à NP relacionada à talidomida. É provável que fatores genéticos sejam importantes no desenvolvimento desta complicação em pacientes portadores de hanseníase
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    Impactos da pandemia de COVID-19 no Estadiamento Clínico e na vivência de mulheres com Câncer de Mama
    (2023-05-12) Fritsch, Thais Zilles; Bica, Claudia Giuliano; Alves, Rafael José Vargas; Programa de Pós-Graduação em Patologia
    Introdução: Um grande impacto na saúde pública foi evidenciado pela diminuição na procura por mamografias de rastreamento, com consequente efeito no diagnóstico precoce do câncer de mama logo nos primeiros meses de pandemia. Objetivo: Analisar o impacto da pandemia de COVID-19 no diagnóstico clínico de mulheres com câncer de mama e explorar o enfrentamento do câncer. Material e Métodos: Trata-se de um estudo misto retrospectivo transversal e exploratório com análise de conteúdo realizado em duas etapas no Hospital Santa Rita de Porto Alegre. A primeira realizada com banco de dados de procedimentos cirúrgicos da mama no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2020. Em seguida, realizou-se entrevistas com 10 pacientes diagnosticadas em 2020 com estadiamento clínico avançado. Resultados: Foram avaliados 1.733 procedimentos entre os anos de 2019 e 2020. Dentre esses, 491 (49,2%) diagnosticaram câncer de mama em 2019 e 335 (45,5%) em 2020. Quando comparamos os anos de 2019 e 2020 não encontramos diferença significativa no estadiamento clínico ou no fenótipo tumoral. No entanto, observamos diferença na frequência de Histologias Lobulares, Grau histológico 2 e da neoadjuvancia como escolha de primeiro tratamento para o ano pandêmico. Das 52 mulheres elegíveis para as entrevistas, 10 foram entrevistadas, as quais relataram desafios e mudanças nas rotinas e fluxos hospitalares desde o diagnóstico até o tratamento. A principal preocupação permeou o medo da morte pela infecção de COVID-19, e deste modo, os cuidados durante o tratamento foram ainda mais intensificados. Conclusão: Na comparação pré e pandemia não evidenciamos diferença significativa no estadiamento clínico. Apesar da instabilidade mundial gerada pela pandemia, as mulheres sobreviveram e enfrentaram o câncer respeitando e se adequando em cada processo, sem serem infectadas pelo vírus. Mostrando, assim, o sucesso da equipe na prevenção de riscos e do esforço das pacientes e de seus familiares na manutenção da saúde mesmo em momentos de desafios para que o atendimento a paciente com câncer de mama seja mais efetivo.
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    Avaliação de Marcadores de Prognóstico no Melanoma
    (2022) Azevedo, Munique Mendonça; Bica, Claudia Giuliano
    Introdução: O melanoma é altamente metastático, representando a causa mais comum de morte por câncer de pele em escala global. Sua classificação e prognostico são definidos pelo sistema de estadiamento da AJCC, o qual não é suficiente para acessar o risco de mortalidade para cada paciente individualmente devido ao caráter heterogêneo da doença, o que garante a busca por novos biomarcadores. Objetivos: Avaliar o estado-da-arte no que diz respeito à biomarcadores de prognóstico no melanoma, bem como analisar a associação entre a neoplasia e os seguintes marcadores: DNA livre circulante (cfDNA), citocinas inflamatórias e polimorfismo Ala16Val do gene SOD2 que codifica a enzima antioxidante superóxido dismutase dependente de manganês (MnSOD). Material e Métodos: Primeiramente, foi realizada uma revisão sistemática da literatura no que se refere a marcadores genéticos e epigenéticos com valor prognóstico no melanoma. Também, foram realizados dois estudos caso-controle onde foram incluídos pacientes com melanoma do Hospital Santa Rita e indivíduos saudáveis. No primeiro, foi realizada a quantificação dos níveis de cfDNA no plasma de casos e controles por meio do Kit Quant-iTTM PicoGreen® dsDNA (Invitrogen) e posterior leitura da fluorescência em fluorômetro. Para avaliar o status inflamatório dos indivíduos, a concentração de citocinas inflamatórias (IL-1, IL-6, TNFα, INFy and IL-10) foi medida. No segundo estudo, foi avaliada a associação entre o melanoma e o polimorfismo Ala16Val do gene SOD2 através da genotipagem de pacientes com melanoma e indivíduos saudáveis. Para tanto, um fragmento do gene SOD2 contendo a região do polimorfismo foi amplificado com primers específicos seguido de clivagem com a enzima de restrição Hae III. Resultados: No artigo científico I, o texto completo de 25 artigos foi avaliado. A análise do perfil de microRNA e a expressão de mRNA associada ao status mutacional dos genes BRAF e NRAS foram as abordagens mais frequentes. No artigo II, níveis elevados de cfDNA e citocinas pró-inflamatórias foram observados nos pacientes com melanoma quando comparados aos controles. Por outro lado, os casos apresentaram níveis reduzidos da citocina anti-inflamatória interleucina 10 em relação aos indivíduos saudáveis. Após a excisão do tumor primário, houve redução significativa da concentração de cfDNA no sangue dos pacientes. Quanto ao artigo III, foi reportada a associação entre o polimorfismo da MnSOD e o risco de melanoma, a qual é influenciada por sexo e idade. Conclusão: Apesar de muito conhecimento ter sido acumulado no que se refere aos marcadores no melanoma, nenhum se mostrou eficiente para detectar o potencial de progressão da doença ainda em seus estágios iniciais. A implementação de biomarcadores sanguíneos pouco invasivos durante o acompanhamento clínico para identificar pacientes em alto risco de metástases é fundamental para melhorar o desfecho dos pacientes com melanoma.
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    Avaliação das Margens Cirúrgicas no Carcinoma Ductal in situ da Mama e o Prognóstico das Pacientes após Tratamento Cirúrgico
    (2016) Schwengber, Indira Dini; Zettler, Cláudio Galleano; Paganini, Cassio Fernando
    Introdução: O carcinoma ductal in situ (CDIS) é uma forma não-invasiva de câncer de mama, representando cerca de 20% das neoplasias diagnosticadas através do rastreamento mamográfico e sua incidência vem aumentando. Mas o tratamento cirúrgico e pós-cirúrgico desta patologia ainda é um assunto em discussão. Objetivos: Determinar a relação entre a extensão das margens cirúrgicas, as características biológicas e as taxas de recorrência local (RL) do CDIS após cirurgia mamária. Material e Métodos: Foi realizada uma coorte retrospectiva a partir da análise dos prontuários das pacientes com diagnóstico de CDIS, que foram submetidas à cirurgia conservadora da mama ou mastectomia, no período de 2000 a 2013, tratadas em um centro de mastologia no sul do Brasil. Critério de inclusão: pacientes com diagnóstico de carcinoma ductal in situ puro. Critério de exclusão: pacientes com CDIS associado à componente invasor e àquelas com dados incompletos no prontuário. Resultados: Das 80 pacientes selecionadas, 21 tinham dados incompletos nos prontuários, restando 59 pacientes para o estudo. A mediana de idade foi de 51 anos (variando entre 34 e 83 anos). A incidência de recidiva local após tratamento de CDIS foi de 6,8%. Não houve associação estatisticamente significativa entre a margem cirúrgica final e a ocorrência de recidiva (p = 0,357). Conclusão: No nosso serviço, a incidência de recidiva local após tratamento de CDIS foi de 6,8%, dado maior do que os 3% descritos na literatura. Isso nos estimula a estudar mais e pesquisar novas maneiras de melhorar o tratamento dessa doença para que os riscos de recidiva sejam mínimos. O CDIS não representa um risco de vida, pois é uma doença local sem envolvimento regional. No entanto, sendo um precursor imediato do câncer de mama invasor, seu diagnóstico e tratamento necessitam uma abordagem adequada e multidisciplinar, já que a recorrência pode ser como um carcinoma invasor.
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    Alterações cutâneas gestacionais e os seus fatores de risco: estudo transversal com pacientes puérperas
    (2017) Hoefel, Isadora da Rosa; Bonamigo, Renan Rangel; Weber, Magda Blessmann
    Introdução: A gravidez é um fenômeno que influencia, virtualmente, todos os sistemas maternos, provocando alterações hormonais, metabólicas, imunológicas e vasculares. A pele é um órgão muito acometido por tais modificações e, atualmente, existem poucos estudos sobre alterações cutâneas durante a gestação em nosso meio. Objetivos: determinar a prevalência de alterações cutâneas durante a gestação e correlacionar essas alterações com variáveis específicas. Material e Métodos: foi realizado um estudo transversal com 1284 puérperas. Através de um questionário foram coletados dados relativos `as alterações cutâneas durante a gestação de pacientes internadas na maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, nos períodos entre maio a agosto de 2013, e junho a setembro de 2016. Resultados: O surgimento ou piora de estrias foi relatado por 49,5% (n=633) das pacientes, e teve associação estatisticamente significativa com a primiparidade, a presença de estrias prévias `a gestação e o ganho de peso superior a 21kg. Manchas faciais foram referidas por 33,9 % (n=434) e associou-se com a história familiar de manchas no rosto (p<0.001), a multiparidade (p<0.001) e o uso de fotoprotetor diário (p<0.001). A ocorrência ou piora de acne durante a gestação foi descrita por 35,7% (n=456) das pacientes e foi associada à primiparidade (p<0.001) e aos fototipos de Fitzpatrick IV e V. Alterações capilares ocorreram em 44,5% (n=569) e também associaram-se com a primiparidade (p=0,029). Conclusão: Alterações cutâneas são muito prevalentes durante a gestação. Embora muitas sejam consideradas fisiológicas e comuns, podem gerar grande desconforto `as pacientes. Assim, é importante conhecer essas modificações e entender possíveis fatores de risco associados. Entre os principais, a primiparidade parece ser o mais importante dos fatores de risco para o desenvolvimento de alterações cutâneas durante e gestação, com exceção das manchas faciais.
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    Resposta Patológica Completa e Razão Neutrófilo-Linfócito em câncer de mama: uma análise retrospectiva no cenário neoadjuvante
    (2023-09-21) Bonetti, Giovana Diniz de Oliveira; Bica, Claudia Giuliano; Alves, Rafael José Vargas
    Introdução: O atual cenário do câncer de mama demanda novas soluções para diagnóstico e acompanhamento. A Razão Neutrófilo-Linfócito (RNL) tem sido estudada como um biomarcador para predição de prognóstico em tumores sólidos. Devido à facilidade de obtenção desses valores a partir de um hemograma, a RNL pode ser uma útil ferramenta na conduta clínica. Objetivos: Analisar a relação entre a RNL e a Resposta Patológica Completa (RPC) em pacientes com câncer de mama ductal, submetidas à quimioterapia neoadjuvante e cirurgia entre 2017 e 2019 na instituição hospitalar de referência (n=1.230). Material e Métodos: Foi realizado um estudo transversal retrospectivo com dados provenientes de registros médicos e resultados laboratoriais. Com a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, obtivemos uma amostra final de 114 pacientes. Resultados: A área sob a curva (ROC) não apresentou área estatisticamente significativa (AUC=0,546), com IC95%=0,417-0,676. Não foi possível observar relação entre RNL e RPC (p=0,631), de forma que RNL não se comporta como um bom biomarcador de RPC nessa população. Com relação ao padrão de RNL para os diferentes subtipos histológicos, não foi encontrada alteração estatisticamente significativa entre os subtipos (p=0,929). Conclusão: A RNL não se comportou como um bom biomarcador de RPC nessa população, no entanto, nossos resultados abrem a possibilidade de futuros estudos sobre os subtipos histológicos e sua relação com RNL e RPC, considerando a heterogeneidade do câncer de mama
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    Análise da Disponibilidade de Diagnósticos Laboratoriais e Tratamentos em Micologia em Países em Desenvolvimento: Continente Africano e Leste Europeu
    (2023-04-14) Driemeyer, Cândida; Pasqualotto, Alessandro Comarú
    Introdução: As doenças fúngicas representam um desafio diagnóstico e terapêutico, especialmente em países em desenvolvimento. A epidemiologia das infecções fúngicas foi descrita em muitos países do continente africano e do leste europeu, mas a disponibilidade de drogas antifúngicas e ferramentas diagnósticas em micologia médica nessas regiões era desconhecida. Objetivos: Descrever a capacidade diagnóstica e terapêutica no tratamento de pessoas com infecções fúngicas no continente africano e no leste europeu e analisar cada um dos centros respondedores, classificando-os de acordo com a European Confederation of Medical Mycology Excellence Centre Initiative, principalmente sobre o potencial de atingir ou não o estágio mínimo da classificação, chamado Blue Status. Materiais e Métodos: Foi realizada uma pesquisa online através da plataforma clincalsurveys.com destinada a profissionais e a pesquisadores do continente africano e do leste europeu, com perguntas específicas sobre as características do serviço de saúde, perfil de pacientes atendidos e a disponibilidade de drogas e testes diagnósticos para doenças fúngicas. As respostas foram analisadas utilizando o software SPSS 27. Resultados: Em relação ao continente africano, recebemos 40 respostas provenientes de 21 países diferentes. Apenas cinco instituições (12,5%) localizadas em Camarões, Quênia, Nigéria, Sudão e Uganda potencialmente preenchiam os requisitos mínimos para o Blue Status. Testes de suscetibilidade estavam disponíveis em 30% das instituições e detecção de antígeno de Aspergillus spp. em 47,5%. O acesso a medicamentos como voriconazol e posaconazol (disponível para 35,0% e 5,0% das instituições, respectivamente) foi muito limitado. Em relação ao leste europeu, 31 instituições responderam ao questionário. Dessas, 48,4% potencialmente preenchiam os requisitos mínimos para o Blue Status e estavam localizadas na Rússia, Grécia, Croácia, República Tcheca, Hungria, Sérvia, Eslováquia e Eslovênia. Testes sorológicos estavam disponíveis principalmente para espécies de Aspergillus (80,6%). Flucitosina estava disponível para apenas 29% dos centros participantes. Conclusão: As regiões tem enormes lacunas no acesso a diagnósticos e a tratamentos em doenças fúngicas. Esforços unidos e direcionados são mandatórios para enfrentar os crescentes desafios da micologia médica e melhorar ainda mais os recursos de diagnóstico e tratamento.
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    Neuromonitoramento intraoperatório em tireoidectomia: uma revisão sistemática e meta-análise
    (2022-03-11) Ferreira, Claurio Roncuni; Zettler, Claudio Galleano; Watte, Guilherme
    OBJETIVO: Comparar os resultados de neuromonitoramento intraoperatório (IONM) vs identificação visual do nervo laríngeo recorrente (RLN) em pacientes submetidos à tireoidectomia. MÉTODO: MEDLINE e EMBASE foram pesquisados até 27 de abril de 2021 para incluir estudos randomizados e não randomizados controlados que compararam o IONM vs a identificação visual do RLN em pacientes submetidos à tireoidectomia. De cada artigo, foram extraídas as paralisias temporárias e definitivas do NLR por grupo. De cada artigo foram extraídos o período de estudo, número de nervos em risco (NAR), paralisia temporária e definitiva do RLN por grupo. Quaisquer divergências foram resolvidas por consenso. A Odds Ratio (OR) da IONM vs identificação visual foi extraído de cada estudo para calcular as medições combinadas para paralisia temporária e definitiva de RLN por grupo. RESULTADOS: A busca na literatura rendeu 1.484 estudos e 8 preencheram os critérios de inclusão com um total de 10.260 pacientes. Houve uma diferença significativa na paralisia temporária de RLN entre os grupos com um favorecimento do grupo IONM (OR, 0,57; IC 95%: 0,40, 0,83; I 2 = 74,4%; p = 0,002). Em relação à paralisia RLN definitiva, houve uma diferença significativa entre IONM vs identificação visual favorecendo IONM (OR, 0,41; IC 95%: 0,29, 0,57; I 2 = 0,0%; p = 0,488). CONCLUSÃO: O uso de IONM pode reduzir a paralisia temporária e definitiva do RLN da tireoidectomia
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    Crioterapia do couro cabeludo durante a quimioterapia em câncer de mama: avaliação da percepção das pacientes sobre alopecia
    (2021-06-30) Silva, Poliana Rodrigues; Rosa, Daniela Dornelles
    Introdução: O câncer é um problema de saúde pública, no Brasil e, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais comum em mulheres. A quimioterapia é um dos tratamentos mais comumente realizados, sendo a alopecia um evento adverso muito comum, com impacto negativo na qualidade de vida das pacientes. Objetivos: Este estudo tem por objetivo avaliar a qualidade de vida de pacientes com câncer de mama submetidas a crioterapia capilar durante quimioterapia e descrever dados de densidade capilar avaliados por tricoscopia. Material e Métodos: Estudo piloto de coorte prospectivo em que foram incluídas 27 pacientes com diagnóstico de câncer de mama (média de idade 46 anos) de um único centro do Brasil, submetidas a crioterapia capilar. Foram aplicados questionários de qualidade de vida (QoL; EORTC QLQ-C30) e de satisfação com a autoimagem ao início e ao fim do tratamento, além de coleta de dados de alopecia. Uma comparação entre pacientes tratadas com (11) ou sem (16) antraciclinas foi realizada a fim de avaliar a influência deste tratamento na alopecia. A tricoscopia digital foi realizada em 3 momentos: no início, antes do segundo ciclo de quimioterapia e ao final do tratamento. Todas as análises de tricoscopia foram realizadas utilizando o equipamento Fotofinder®. Resultados: Não houve diferença nas médias dos escores de QoL ou de satisfação com imagem corporal na comparação entre pacientes que apresentaram perda de cabelo < 50% com aquelas com perdas > 50%. Os desfechos de QoL global e da subescala funcional do EORTC QLQ-C30, além da imagem corporal, foram melhores nas pacientes que utilizaram quimioterapia com antraciclinas. A densidade capilar descrita na tricoscopia demonstrou redução máxima de até 16,3%, sendo o principal local de perda a região frontal. Conclusões: Os resultados deste estudo demonstraram que não houve melhora na qualidade de vida das pacientes com menor grau de alopecia durante o tratamento quimioterápico quando submetidas a crioterapia capilar. O uso de escalas validadas para esse fim podem ser úteis para uma melhor avaliação de qualidade de vida nesta população.
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    O tempo de espera na lista de transplante renal
    (2022-08-08) Ramos, Lisianara Acosta; Keitel, Elizete; Neumann, Jorge
    Introdução: O transplante renal é o tratamento de substituição da função renal de melhor custo-benefício. O objetivo deste estudo foi analisar a lista de espera para transplante renal de acordo com a reatividade contra painel calculada (cPRA) e seus desfechos em um hospital terciário. Resultados: A média de idade foi de 45,39 18,22 anos, sem diferença entre os grupos de cPRA (p=0,328). O sexo masculino foi o predominante (61,2%), porém a proporção foi diminuindo linearmente com o aumento do cPRA (p<0,001). A distribuição de pacientes conforme os painéis foram: 0% (n = 390), 1% - 49% (n = 517), 50% - 84% (n = 269) e ≥ 85% (n = 226). O transplante foi realizado em 85,5% da amostra com uma mediana de 8 meses (IC 95%: 6,9 - 9,1) em lista. Houve diferença significativa na comparação da curva de tempo de espera por cPRA (Log Rank = 188,0 p<0,001). O cPRA ≥ 85% teve uma mediana de tempo até o transplante de 36 meses (IC 95%: 28,1 – 43,9), significativamente maior que os demais grupos. O cPRA ≥85% associou-se significativamente com a proporção status de ativos e óbito em lista de espera (p=0,004). Nos pacientes submetidos ao transplante não observamos diferença na sobrevida do enxerto e do paciente entre os diferentes cPRAs. Conclusão: O tempo de espera até o transplante renal foi significativamente maior em pacientes com cPRA ≥ 85%, no entanto a sobrevida do enxerto e do paciente foi similar nos diferentes grupos de cPRA. Palavras-chave: Tempo de espera em lista, Transplante Renal, anticorpos anti-HLA, cPRA Pacientes e métodos: Foram incluídos 1.640 pacientes que estavam em lista de espera entre 2015 e 2019. Para a análise, foram comparados tempo de espera de acordo com a cPRA. Para presença de anticorpos anti-HLA foi considerada a intensidade média de fluorescência (MFI) acima de 1000.
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    Ausência da proteína Nek1 aumenta a instabilidade genômica e o recrutamento da proteína 53BP1 em células de glioblastoma
    (2023-02-28) Argenti, Marco Raabe; Moura, Dinara Jaqueline
    Introdução: Gliomas são neoplasias de células gliais que compreendem a maioria dos tumores primários do SNC, sendo o glioblastoma multiforme (GB) o tipo maligno mais comum, representando 48% entre os tumores malignos do SNC. Os GB são agressivos e têm um prognóstico ruim, mesmo com a tríade de tratamento: ressecção cirúrgica, radioterapia e quimioterapia com temozolomida (TMZ), tendo uma sobrevida média baixa de em torno de 14,6 meses. A busca por novos alvos moleculares e estratégias terapêuticas é fundamental. A proteína Nek1 é importante na resposta a danos no DNA, pois interage com proteínas envolvidas nas vias de reparo, apoptose e regulação de ciclo celular, tais como a 53BP1; estudos recentes têm apontado seu envolvimento na quimiorresistência e progressão tumoral. A Nek1, por ser uma proteína com funções cruciais na estabilidade genética através de diversos mecanismos, possui inúmeras rotas bioquímicas que podem ser afetadas na sua presença, ausência ou variação de expressão. Sua interação com proteínas como Ku80, ATR/ATM, Chk1, VHL, MRE11, MSH6 e Rad54 são exemplos de como a Nek1 mostra-se relevante na manutenção da homeostasia genética, envolvendo mecanismos de estabilização de forquilhas de replicação, parada de ciclo, reparo de DNA e outras funções associadas ao microambiente celular. A 53BP1 é outra proteína chave deste estudo, possuindo um papel diretamente relacionado com outra estrutura conhecida no contexto tumoral, a proteína BRCA1. Seu envolvimento sinérgico com a BRCA1 dá-se através da regulação e direcionamento às vias de HR e NHEJ nas primeiras etapas após a sinalização de dano. Objetivos: Analisar a genotoxicidade utilizando o teste de micronúcleo em linhagens com a proteína Nek1 Knockout (Nek1-KO) durante um protocolo clínico simulado, após tratamento com TMZ e o radiomimético zeocina, assim como avaliar a relação da ausência da proteína Nek1 no recrutamento da proteína 53BP1, utilizando uma linhagem com a proteína 53BP1 truncada fluorescente. Metodología: As células (Nek1-WT e Nek1-KO) foram tratadas com TMZ e zeocina por 7 dias, após o tratamento foram lavadas e incubadas com citocalasina B por 36h, fixadas e coradas para avaliação da formação de micronúcleos. O recrutamento da proteína 53BP1 também foi avaliado nas linhagens Nek1-WT e Nek1-KO, por microscopia de fluorescência; após tratamentos, imagens foram adquiridas por 24h no InCell Analyzer 2200 e a contagem de foci da 53BP1 foi mensurada. Resultados e Conclusão: Os resultados indicam um aumento de genotoxicidade na linhagem Nek1-KO, indicando um envolvimento desta proteína na manutenção da estabilidade genômica. Adicionalmente, foi possível observar uma diminuição na resolução de quebras duplas, pela marcação mais persistente da proteína 53BP1 na linhagem sem a proteína Nek1 (U87-KO), sugerindo uma relação da proteína Nek1 no recrutamento de outras proteínas envolvidas no reparo de quebras duplas.
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    Avaliação do tempo decorrido desde o diagnóstico de câncer de mama até o início do tratamento em pacientes brasileiras: Um sub estudo do projeto “AMAZONA III – Avaliação prospectiva da Casuística de Câncer de Mama em Instituições de Saúde Brasileiras”
    (2020-10-28) Maschmann, Raíra Mesquita; Rosa, Daniela Dornelles
    Introdução: Câncer de mama é a principal causa de morte em mulheres brasileiras e, frequentemente, pergunta-se se os atrasos para início do tratamento contribuem para piores desfechos. Mesmo sem consenso definitivo no intervalo ideal para o tratamento iniciar, estudos mostram que atrasos para iniciar tratamento estão associados a aumento na mortalidade. Ainda, no Brasil, a lei 12.732/2012, indica que é direito do paciente oncológico iniciar tratamento em até sessenta dias do diagnóstico. Objetivos: Descrever o intervalo de tempo entre diagnóstico até início do tratamento para câncer de mama e comparar entre os diferentes sistemas de saúde e regiões do Brasil. Pacientes e Métodos: Sub análise do estudo AMAZONA III. Análise do intervalo entre diagnóstico e tratamento apresentada em mediana em dias foi realizada comparando sistemas público e privado em diferentes estratificações: de acordo com o tipo de tratamento recebido, estágio clínico e região de origem da participante. Resultados: Das 2374 pacientes avaliadas, 59,7% delas receberam cirurgia como primeiro tratamento, seguidas por 38.9% que receberam quimioterapia neoadjuvante. Cirurgia foi o primeiro tratamento indicado para pacientes diagnosticados com estágios I e II e quimioterapia neoadjuvante foi a primeira opção para mulheres em estágio III. A mediana de dias para o tratamento iniciar foi significantemente maior no sistema público quando comparado ao privado (60 vs 34 dias). Notou-se intervalo significantemente menor para início do tratamento de mulheres em estágio III (48 dias) quando comparado a estágios I e II (63 e 59 dias, respectivamente) no sistema público. Conclusão: Para aproximadamente 60% das mulheres brasileiras, o tratamento para câncer de mama iniciou dentro de 60 dias do diagnóstico. Ainda permanece necessário identificar as razões para tamanha diferença no intervalo identificado entre sistemas público e privado.
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    Avaliação da toxicidade cutâneo-mucosa associada ao tratamento oncológico com terapias-alvo
    (2022-11-09) Recuero, Júlia Kanaan; Bonamigo, Renan Rangel
    Introdução: Vivemos atualmente um período de incessante atualização terapêutica, principalmente nos tratamentos oncológicos. Vários novos medicamentos foram usados e testados e os efeitos adversos relacionados estão sendo constantemente notados. Muitos desses novos medicamentos, como as terapias alvo, refletem um índice significativo de manifestações cutâneas associadas ainda pouco analisadas em nosso segmento. Objetivos: descrever as manifestações dermatológicas associadas ao uso da terapia alvo. Materiais e Métodos: Foi feita uma seleção de agosto de 2019 a agosto de 2021 de pacientes maiores de 18 anos em uso das terapias supracitadas no Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre que apresentaram toxicidade cutânea durante o tratamento. Coletaram-se dados clínicos e epidemiológicos, bem como foi realizada análise descritiva, classificando as reações e graduando as mesmas, além de descrever o, tempo de desenvolvimento do evento adverso e outros desfechos. O seguimento foi feito por pelo menos um ano após o diagnóstico, observando padrões de reações. Resultados: Um total de 25 pacientes foram inicialmente selecionados e 21 pacientes foram incluídos no estudo. Destes, 13 pacientes apresentavam câncer de cólon ou reto, 4 de pulmão, 3 de fígado e 1 de pele. Mais de um evento adverso ocorreu em nove pacientes (42%) aumentando para um total de 34 reações em 21 pacientes. Os medicamentos mais utilizados foram cetuximab (n=12), gefitinib (n=3), regorafenib (n=2) e sorafenib (n=2). As reações cutâneas mais comuns observadas foram erupção acneiforme (n=11, 52%), seguida de xerose (n=4, 19%), alterações ungueais (n=3, 14%) e síndrome mão-pé (n=3, 14). %). Os pacientes com erupções acneiformes eram mais jovens do que os pacientes com outros tipos de reações cutâneas (p=0,016). Conclusões: A erupção acneiforme é a mais comum das toxicidades por terapias direcionadas, e os pacientes afetados são mais jovens do que aqueles afetados por outras reações.