Fonoaudiologia - TCC
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Item Acesso à assistência fonoaudiológica para pessoas com afasia progressiva primária no sul do Brasil(2023-11-27) Silveira, Darla Isabel da; Beber, Bárbara Costa; Departamento de FonoaudiologiaIntrodução: A afasia progressiva primária (APP) é um conjunto de manifestações neurodegenerativas decorrentes de atrofia em áreas perisilvianas do hemisfério esquerdo que afetam a linguagem, causando um prejuízo gradual e progressivo da mesma, mas sem afetar outros domínios cognitivos. A doença pode ser dividida em variante não fluente, semântica ou logopênica, porém, mesmo que exista essa classificação, 1/3 das pessoas com APP apresentam quadros clínicos em que as variantes coexistem. É uma doença com baixa frequência, o que impacta em dificuldades para chegar em um diagnóstico adequado, sendo comumente confundida com outras doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer. Além disso, até o momento atual, não existem tratamentos farmacológicos que possam curar ou impedir o avanço da APP, sendo a terapia fonoaudiológica o principal meio de intervenção. No entanto, existem poucos registros na literatura sobre como os pacientes com APP são orientados após diagnóstico e como ocorrem os processos de acesso ao serviço fonoaudiológico quando são encaminhados para o mesmo. Objetivo: Investigar o acesso aos serviços de fonoaudiologia por pessoas com APP, bem como a satisfação desses indivíduos com esses serviços em um hospital de referência no sul do Brasil. Metodologia: Este foi um estudo transversal exploratório, quanti e qualitativo, com base em uma série de casos. Os participantes foram selecionados a partir dos prontuários de serviços de neurologia de uma cidade do sul do Brasil. Um questionário semiestruturado foi aplicado aos familiares dos participantes a fim de coletar dados sociodemográficos e informações sobre o acesso a serviços de fonoaudiologia, como características do encaminhamento, se houve acesso ao serviço, quanto tempo demorou para conseguir acessar o serviço, entre outras. Resultados: Foram incluídas no estudo 10 pessoas com APP. Apenas dois participantes não foram encaminhados para fonoaudiologia. Dos 8 participantes que foram encaminhados, 7 haviam recebido algum tipo de atendimento fonoaudiológico até o momento da pesquisa. As características de encaminhamento, acesso a serviços fonoaudiológicos e características das intervenções recebidas são discutidos neste estudo considerando o contexto sociocultural dos participantes. Conclusão: A maioria das pessoas com APP são encaminhadas para o serviço de fonoaudiologia, mas existem dificuldades, principalmente relacionadas, ao escasso número de vagas disponíveis no sistema público de saúde para realização do tratamento fonoaudiológico para com este público. É relatado ainda, uma dificuldade para encontrar profissionais da fonoaudiologia na área de reabilitação de linguagem em adultos e idosos, além de profissionais fonoaudiólogos e médicos mais informados sobre a APP.Item Análise das experiências de homens trans no acesso a serviços de atenção primária em saúde no SUS(2023-12-18) Dornelles, Makelly Todeschini; Almeida, Alexandre do Nascimento; Oliveira, Fabiana de; Departamento de FonoaudiologiaO acesso à saúde é um direito que deve ser assegurado pelo Estado, incluindo homens trans, pessoas que não se identificam com o gênero feminino que lhes foi designado ao nascimento. Este estudo qualitativo, de cunho exploratório-descritivo, teve como objetivo analisar as experiências de homens trans no acesso a serviços de atenção primária no Sistema Único de Saúde (SUS). Participaram da pesquisa 11 homens trans, maiores de 18 anos, que tiveram experiência no acesso a serviços de atenção primária em saúde. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas individuais após a aplicação de um breve questionário sociodemográfico. Para a análise dos dados, foi utilizada a Análise Temática reflexiva, a qual identificou os seguintes temas: potencialidades e desafios, serviços generificados, identidade e formação profissional. Este estudo pode contribuir para a compreensão das vivências e percepções de homens trans em relação ao acesso à atenção primária em saúde no Brasil, bem como colaborar para a disseminação desta discussão na FonoaudiologiaItem Análise do conhecimento de professores quanto à inclusão de alunos com deficiência auditiva(2023-10-11) Morais, Julia Artigas Forrati; Menegotto, Isabela Hoffmeister; Departamento de FonoaudiologiaObjetivos: Analisar o conhecimento de professores da rede de ensino pública acerca da inclusão de alunos com deficiência auditiva e verificar o uso de estratégias e ferramentas de auxílio auditivo no ambiente escolar. Método: Para a coleta de dados utilizado foi um questionário online com 15 perguntas ao total. Foram consideradas 33 respostas advindas de professores que atuam em escolas estaduais de ensino fundamental na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Resultados: Os dados coletados revelaram que grande parte dos professores nunca ministrou aulas para alunos com deficiência auditiva. Além disso, destacou-se a escassez de capacitações e orientações sobre a temática para os professores da rede pública. Quanto ao conhecimento dos educadores sobre os dispositivos tecnológicos e ferramentas de auxílio auditivo no ambiente escolar, o estudo evidenciou o baixo conhecimento por parte deste grupo. Conclusão: Faz-se necessária a capacitação de professores para o atendimento escolar de deficientes auditivos na rede estadual de ensino visando a inclusão efetiva desses alunosItem Associação entre perda auditiva e demência: Revisão integrativa(2022) Janisch, Gabriela Liscano; Soldera, Cristina Loureiro Chaves ; Departamento de FonoaudiologiaA perda auditiva relacionada à idade pode estar associada ao aumento do declínio cognitivo e ao aumento do risco de desenvolver demência. O presente estudo buscou verificar a associação entre a perda auditiva não tratada e a demência, e se a primeira seria um preditor para a segunda. A revisão integrativa de literatura resultou em uma amostra de 14 artigos. Foi identificada a associação entre perda auditiva e demência, mas não constatou-se a perda auditiva como preditor de demência.Item Autopercepção das habilidades comunicativas de idosos institucionalizados: estudo transversal(2023-11-27) Lacerda, Giulia Lopes; Beber, Bárbara Costa; Departamento de FonoaudiologiaINTRODUÇÃO: O período de senescência provoca diversas alterações no organismo do indivíduo ao longo dos anos. Com o aumento da longevidade, mais famílias tem optado pela institucionalização do idoso, a qual gera mudanças de rotina, convívio e hábitos, podendo influenciar em sua sociabilidade. Tendo em vista a construção do sujeito a partir da linguagem, modificações nos sistemas envolvidos neste processo trazem dificuldades para a comunicação. OBJETIVO: Este estudo visa avaliar a autopercepção de idosos residentes em Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI) frente às alterações fisiológicas e sociais ocasionadas pelo processo de senescência com relação às habilidades comunicativas, além de analisar a percepção dos residentes quanto à atuação do fonoaudiólogo dentro deste meio. MÉTODO: Estudo transversal no qual foram incluídos indivíduos com idade superior a 60 anos e atuais residentes de ILPIs. Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos dos participantes e aplicado o questionário de dificuldades comunicativas da Bateria Montreal de Avaliação da Comunicação Breve – versão abreviada – (Bateria MAC Breve). RESULTADOS: A amostra incluiu 15 idosos. Aproximadamente metade da amostra percebeu mudanças na sua comunicação com o envelhecimento. Apesar disso, a maioria dos participantes apresentou autopercepção positiva em relação à expressão e compreensão da comunicação. Houve associação significativa entre o parâmetro de expressão da comunicação e o gênero dos participantes. CONCLUSÃO: Os idosos estudados perceberam alterações na sua própria comunicação em decorrência do envelhecimento, mas não as consideraram negativas. O estudo encontrou relação entre sexo e autopercepção da comunicação, assim como pouco contato dos idosos de ILPIs com o profissional fonoaudiólogo, além de evidenciar a necessidade de ampliação em estudos sobre a autopercepção da comunicação na população idosa.Item Autopercepção de sequelas cognitivas em indivíduos pós-COVID-19(2023-07-18) Alves, Emily Veiga; Beber, Bárbara Costa; Departamento de FonoaudiologiaIntrodução: A COVID-19 é uma infecção, primariamente respiratória, causada pelo vírus SARS-CoV-2, mas que também pode atingir o Sistema Nervoso Central, ocasionando danos neuropsicológicos. Há estudos descrevendo os déficits cognitivos pós-COVID, mas é importante conhecer esse desfecho em populações com diferentes características sociais, biológicas e culturais. Objetivo: avaliar a autopercepção de sequelas cognitivas em indivíduos pós-COVID-19 e identificar se há uma possível relação entre o desfecho da autopercepção dos participantes e dados sociodemográficos e clínicos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado através de um questionário online na plataforma Google Forms, no qual foram identificados dados sociodemográficos, dados de saúde geral, manifestações clínicas da COVID-19 e a autopercepção dos domínios cognitivos de memória, atenção, linguagem e funções executivas pós-COVID-19. Resultados: A amostra final foi composta por 137 participantes e foi possível identificar que memória e atenção foram os domínios com maior impressão de piora pós-COVID-19, seguidos por funções executivas e linguagem. Além disso, identificou-se que ser do gênero feminino pode estar relacionado com uma pior autopercepção de todas as funções cognitivas pós-COVID-19 e que ter depressão ou outras doenças psiquiátricas e obesidade podem afetar significativamente pelo menos metade dos domínios cognitivos avaliados. Conclusão: Este trabalho apontou para uma piora cognitiva pós-COVID-19 dos participantes.Item Avaliação da pressão de estruturas orais em crianças respiradoras orais com e sem hábitos orais deletérios(2023-11-27) Cristofoli, Bárbara Giordani; Berbert, Monalise Costa Batista; Maahs, Marcia Angelica Peter; Departamento de FonoaudiologiaObjetivo: Descrever e comparar os achados de valores de pressão das estruturas orais em crianças respiradoras orais com e sem a presença de hábitos orais deletérios. Método: Estudo transversal quantitativo com avaliação da pressão das estruturas orais em crianças respiradoras orais. Por meio do Iowa Oral Performance Instrument (IOPI) avaliou-se a pressão máxima do ápice lingual em contração voluntária máxima (PAL) e durante a deglutição de saliva (DEG), pressão labial máxima (LAB) e pressão máxima das bochechas (BOC); seguindo três repetições para cada prova. As medidas de pressão foram comparadas à presença ou à ausência de hábitos orais deletérios, sendo eles: bruxismo, onicofagia, uso de mamadeira, uso de chupeta e chupar ou roer objetos; de acordo com dados referidos na anamnese. Os resultados obtidos foram analisados a partir do teste Shapiro-Wilk, teste de Friedman com correção de Bonferroni e teste Mann-Whitney, considerando p<=0,05. Resultados: Foram avaliados 27 participantes, com média de idade de 9 anos (dp=2,3), sendo 40,7% do sexo masculino. Identificou-se correlação significativa dos valores de pressão com o aumento da idade, assim como com o sexo masculino. Não houve diferença significativa nos valores de pressão das estruturas estudadas quanto à presença de hábitos orais deletérios, nem quanto à presença de obstrução ou de alergia respiratória. Conclusão: Não houve diferença, quanto a pressão das estruturas orais, entre em respiradores orais com e sem a presença de hábitos orais deletérios.Item Avaliação do desenvolviemnto global e da funcionalidade de comunicação de crianças com alterações de linguagem praticantes de equoterapia(2023-11-30) Scotti, Emanuelle Baldassari; Vidor, Deisi Cristina Gollo Marques; Departamento de FonoaudiologiaObjetivo: descrever o processo de avaliação do desenvolvimento global e da funcionalidade da comunicação de crianças com alteração de linguagem praticantes de equoterapia. Métodos: estudo transversal, descritivo, com amostra constituída por conveniência. Foram incluídos praticantes de equoterapia que possuíssem alteração de linguagem. A avaliação foi composta por anamnese, observação do praticante durante a sessão de equoterapia e aplicação dos protocolos DENVER II e o Sistema de Classificação da Função de Comunicação (CFCS). Resultados: Foram incluídos 6 praticantes, (4 TEA, 1 Síndrome de West e 1 PC), com queixas de alteração na linguagem e comunicação. Pode-se perceber um atraso global e acentuado no desenvolvimento dos praticantes com possibilidade de discrepâncias no desempenho entre as diferentes áreas. Quanto à funcionalidade da comunicação estabeleceram-se diferentes perfis que se mostraram independentes de sexo, idade e diagnóstico clínico, com prevalência de indivíduos não verbais, com pouca eficácia em sua comunicação e na maioria das vezes restrita a pessoas conhecidas. Conclusão: A partir da descrição do processo de avaliação do desenvolvimento global e da funcionalidade da comunicação de crianças com alteração de linguagem praticantes de equoterapia, pode-se construir um perfil dos praticantes atendidos no serviço, contribuindo para a pesquisa fonoaudiológica na área, e traçar novos desafios para a inserção na Fonoaudiologia na prática da EquoterapiaItem Caracterização da demanda fonoaudiológica em serviços de saúde: uma revisão integrativa(2023-11-30) Saldanha, Sheila de Souza; Oliveira, Fabiana de; Departamento de FonoaudiologiaConhecer as formas de caracterização e da demanda para atendimento fonoaudiológico e quem são as pessoas que necessitam desta terapia nos serviços de saúde são importantes estratégias para contribuir no planejamento de políticas públicas. A atuação da Fonoaudiologia na Rede de Atenção em Saúde contribui para prevenção, promoção e educação na área da saúde. O objetivo deste estudo foi analisar as publicações que abordem sobre a demanda fonoaudiológica nos serviços de saúde brasileiros. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, a partir de bases de dados (Portal Capes, BVSALUT e SCIELO), nos anos de 2013 a 2023, em língua portuguesa. Como resultados, foram identificados ao final das etapas da pesquisa quatro artigos elegíveis pelos critérios estabelecidos. Nos artigos estudados as demandas ocorrem com maior prevalência de crianças do sexo masculino, de idade pré-escolar e escolar. As principais queixas verificadas foram na área da linguagem, o que condiz com os estudos da área. Nos artigos analisados a inserção do profissional nos serviços do SUS se mostrou nos mais diversos níveis de complexidade e formas de atuação. Contudo devido ao número reduzido de publicações é necessário novas pesquisas a fim de auxiliar em políticas públicas para melhor acesso a população no atendimento fonoaudiológico.Item Comunicação e educação do aluno surdo no ensino remoto segundo professores(2023-12-01) Ferreira, Luciana de Castilhos; Boscolo, Cibele Cristina; Departamento de FonoaudiologiaIntrodução: No início do ano de 2020, o mundo se deparou com o surto de COVID-19, uma nova doença infecciosa originada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Para o impedimento de contaminação pública, todos os locais, inclusive as escolas tiveram de fechar, implementando o Ensino Remoto Emergencial, sendo esta uma alternativa temporária para suprir a necessidade de dar continuidade ao processo educacional. Objetivo: Avaliar a opinião dos professores acerca dos aspectos educativos e comunicativos do aluno com surdez durante o ensino à distância. Métodos: Estudo observacional analítico transversal realizado em uma escola especial para surdos no Sul do Brasil. Participaram os professores com experiência prévia no ensino presencial e atuação no ensino remoto, os quais responderam a um questionário de modo presencial com agendamento prévio na instituição de ensino. Resultados: Participaram do estudo cinco indivíduos, sendo quatro do sexo feminino e um do sexo masculino, sendo todos ouvintes e capacitados em LIBRAS. Sobre as dificuldades encontradas no ensino remoto, observou-se a falta de recursos para acesso à internet, que acabou por prejudicar a comunicação e, consequentemente, a aprendizagem dos alunos. Também foi verificado um baixo desempenho geral dos alunos no ensino remoto comparado ao ensino presencial. Conclusão: A comunicação entre aluno e professor apresentou lacunas e de caráter precário em razão dos obstáculos da referida modalidade de ensino, acarretando numa aprendizagem insuficiente. Foi revelada a insatisfação dos professores com relação ao ERE, os quais o caracterizam com insuficiente, principalmente para as pessoas com surdezItem Conhecimento de profissionais da saúde sobre a atuação fonoaudiológica em ambiente hospitalar(2022-12-15) Martins, Ketlin Ferreira; Barbosa, Lisiane De Rosa; Rech, Rafaela Soares; Departamento de FonoaudiologiaIntrodução: A atuação fonoaudiológica no atendimento hospitalar visa prevenir, avaliar, habilitar e reabilitar as funções do sistema estomatognático e garantir saúde para o indivíduo hospitalizado. Métodos: Estudo transversal conduzido através de um questionário online na plataforma REDcap com amostragem por conveniência realizado com profissionais da saúde que trabalham em ambiente hospitalar. Resultados: Participaram do estudo 39 diferentes profissionais. O estado dos participantes mais frequente foi o Rio Grande do Sul 37 (94,9%), sendo que 26 (66,7%) são oriundos da capital do estado. A maioria é do sexo feminino 27 (69,2%). A profissão mais frequente foi a Enfermagem 13 (33,3%) e a carga horária mais prevalente é em período integral 26 (66,7%). A área de atuação fonoaudiológica mais reconhecida foi a disfagia 34 (87,2%). Observa-se a associação significativa entre a presença de fonoaudiólogo na equipe e a carga horária semanal de trabalho bem como entre a atuação em equipe multidisciplinar e o conhecimento dos profissionais sobre a atuação fonoaudiológica nos hospitais. Conclusão: O conhecimento dos profissionais da área da saúde sobre a fonoaudiologia ainda é restrito. A atuação interdisciplinar em ambiente hospitalar precisa ser incentivada, assim como a atuação do fonoaudiólogo precisa ser promovida. A participação de profissionais da saúde em pesquisas científicas é fundamental para que se possa gerar evidências para uma prática segura e devidamente embasadaItem Demanda fonoaudiológica de crianças e adolescentes atendidos em um ambulatório de especialidades do sul do país.(2023-11-28) Griep, Bruna; Rech, Rafaela Soares; Dias-Schütz, Fernanda; Departamento de FonoaudiologiaA fonoaudiologia como uma das profissões que compõem o quadro do Sistema Único de Saúde (SUS), necessita de estudos epidemiológicos acerca das suas demandas. Assim, poderá reforçar a construção de políticas públicas efetivas e assegurar a inclusão do fonoaudiólogo nos planos de governo para a saúde pública. Dessa forma, esse estudo objetivou caracterizar a demanda de atendimentos fonoaudiológicos na Equipe Especializada em Saúde da Criança e do Adolescente da região Norte/Eixo Baltazar (EESCA Assis Brasil/NEB), no município de Porto Alegre/RS. Trata-se de um estudo transversal realizado a partir da análise de dados eletrônicos de crianças e adolescentes (0 a 18 anos incompletos), atendidas no período de 2018 a 2023 pela EESCA Assis Brasil/NEB. Foram coletados dados de: data de nascimento, sexo, cor, origem do encaminhamento, tempo entre o encaminhamento, acolhimento e a primeira consulta, idade na primeira consulta com o fonoaudiólogo, queixa inicial referida e área fonoaudiológica correspondente à queixa inicial. Dos 84 prontuários analisados, 49 (58,3%) envolviam crianças do sexo masculino, 62 (73,8%) usuários de cor branca e 40 (47,6%) crianças em idade escolar, de 6 a 15 anos. A queixa inicial predominante foi de trocas na fala em 39 (46,4%) usuários, com área fonoaudiológica de linguagem e fala em 75 (89,3%) prontuários analisados. O tempo de espera para o encaminhamento foi maior que dois anos em 26 (31%) prontuários analisados. Portanto, foi possível identificar o perfil dos usuários atendidos pelo local estudado, que concorda com outros estudos realizados na área.Item Dificuldades alimentares em crianças com fissura labiopalatina(2021-12-16) Leites, Leticia Silva; Cardoso, Maria Cristina de Almeida Freitas; Departamento de FonoaudiologiaObjetivo: Identificar e descrever dificuldades e hábitos alimentares em crianças com fissura labiopalatina. Métodos: Estudo observacional, transversal e quantitativo através de registro recordatório. O banco de dados foi composto por respostas dos responsáveis de 16 crianças com idades entre 2 e 13 anos, participantes do projeto de extensão universitária “Fissuras Labiopalatinas”. Os dados foram obtidos através da aplicação e comparação de um questionário recordatório sobre o processo e histórico alimentar das crianças e da Escala Brasileira de Alimentação Infantil. Resultados: A amostra foi composta em sua maioria por crianças do gênero feminino, com média de idade de 6 anos e 4 meses. O tipo de fissura predominante foi de fissura transforame unilateral demonstrando diferença significativa das demais. As maiores dificuldades de deglutição encontradas foram o refluxo nasal, tosse e dificuldades alimentares para sugar, mastigar e engolir. Os alimentos preferidos foram predominantemente do tipo carboidratos, seguido das proteínas. Não foram identificadas correlações entre os dados do questionário e o score bruto da Escala Brasileira de Alimentação Infantil. Conclusão: Foram identificados sinais e sintomas compatíveis com transtorno da deglutição, que embora tenham diminuído com a realização de cirurgias de correção e o aumento da idade, ainda se fazem presente em parte da amostra. Além disso, foi possível identificar dificuldades de mastigação. Ficou evidente que as preferências e padrões alimentares de parte das crianças tiveram influência familiar.Item Diminuição da mordida aberta anterior e abandono de chupeta em crianças respiradoras orais(2022-12-14) Silva, Karine Baptista da; Maahs, Marcia Angelica Peter; Rech, Rafaela Soares; Departamento de FonoaudiologiaA má oclusão é considerada um problema de saúde pública devido a sua alta prevalência. Dentre as más oclusões, a mordida aberta anterior (MAA) é uma das mais prevalentes na infância e compromete significativamente a estética e a funcionalidade orofacial. É de etiologia multifatorial por fatores genéticos e/ou ambientais, e na infância é muito relacionada a hábitos de sucção de chupeta e/ou digital e a respiração oral. A intervenção deve ser o mais precoce possível, visando a estética e a funcionalidade orofacial adequadas, como a respiração nasal que é favorecida com a regressão da MAA, pois esta leva a um melhor vedamento labial. O objetivo deste estudo foi relatar características de uma série de casos de crianças respiradoras orais que tiveram a diminuição da MAA por abandono da chupeta durante a fase de dentadura decídua. O estudo foi transversal de análise de base dos dados antes e após o abandono de chupeta de 5 indivíduos do sexo masculino, respiradores orais em fase de dentadura decídua, que apresentavam MAA e idade entre 3 anos e 2 meses na primeira e 4 anos e 6 meses na última avaliação. Após o abandono da chupeta em um período que variou de 1 a 8 meses, ocorreu a melhora espontânea da MAA em 5 crianças respiradoras orais na fase de dentadura decídua. Somente na criança que não possuía obstrução significativa de vias aéreas, ocorreu o fechamento completo da MAA, em apenas 3 meses e 1 semana depois de não praticar mais o hábito.Item Estratégias terapêuticas não medicamentosas para a cinetose: uma revisão sistemática(2023-11-28) Büttenbender, Carolina; Soldera, Cristina Loureiro Chaves; Cunha, Maira da; Departamento de FonoaudiologiaIntrodução: A cinetose é desencadeada quando o indivíduo se submete a movimentos passivos, podendo haver o aparecimento de sintomas como mal-estar, náuseas, sonolência, êmese, fraqueza e tontura. Dentre os tratamentos há os medicamentosos e os não medicamentosos, sendo o segundo o alvo de estudo da presente revisão sistemática. Objetivo: Fornecer evidências científicas a respeito das diferentes estratégias não medicamentosas para o tratamento da cinetose. Métodos: Foram consultadas as bases de dados eletrônicas Pubmed e Embase, finalizando a pesquisa no dia 11 de março de 2023. Foram selecionados estudos originais, publicados a partir de 2008, sendo ensaios clínicos realizados em humanos, nas línguas portuguesa, inglesa, alemã ou espanhola e com nível de evidência científica A. Resultados: Foram selecionados 21 artigos após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão da presente revisão sistemática. As principais estratégias terapêuticas verificadas foram: um visor transparente, estimulação vestibular galvânica, respiração diafragmática, estímulos sensoriais, realidade virtual e goma de mascar. Levando em consideração todos os artigos incluídos, o menor número de participantes foi de 15 pessoas e o maior número (em uma fase) foi de 93 pessoas; já em relação ao gênero, obtivemos amostras variadas, sendo mais homens do que mulheres; também, com relação às idades dos participantes, obtivemos média de idade mínima de 18,6 anos e máxima de 39,49 anos. Conclusão: Constatou-se benefício no tratamento da cinetose com a redução dos sintomas em todas as estratégias terapêuticas encontradas na presente revisão.Item Evolução clínica auto reportada pelos pais de crianças que adaptaram ao recurso da válvula de fala(2022-12-14) Agostini, Luiza; Rech, Rafaela Soares; Miranda, Vanessa Souza Gigoski de; Departamento de FonoaudiologiaFUNDAMENTOS: A traqueostomia é preconizada na população pediátrica nos distúrbios de vias aéreas superiores e a sua indicação pode auxiliar no processo de desmame ventilatório, além de reduzir a internação hospitalar, a incidência de distúrbios respiratórios e de lesões pulmonares. Nestes casos, um dos recursos disponíveis é a válvula de fala, que influencia na biomecânica da deglutição, contribui no processo do desmame ventilatório e da decanulação, reduz o tempo de internação hospitalar, restaura a pressão sub glótica, promove a fonação e melhora a comunicação. Este estudo objetiva descrever o quadro clínico das crianças traqueostomizadas antes e após a adaptação da válvula de fala, através da percepção dos pais. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo com amostragem por conveniência através de pesquisa online via REDCap. Participaram deste estudo pais de crianças traqueostomizadas ou decanuladas de até 6 anos e 11 meses. Análises descritivas foram realizadas. RESULTADOS: No total, participaram 96 pais de crianças traqueostomizadas, das quais 26 adaptaram a válvula de fala. Os pais relataram melhora no quadro de disfagia, na vocalização da criança e redução no número de aspirações endotraqueais. Além disso, descreveram melhora do quadro clínico geral da criança em 22 (84%) dos casos. CONCLUSÃO: Quando indicada, a adaptação da válvula de fala melhora a deglutição e facilita a produção normal da fonação. Assim, o dispositivo pode auxiliar na prevenção de pneumonia aspirativa e complicações nutricionais, assim como auxiliar no desenvolvimento da fala das crianças traqueostomizadas.Item Importância da Intervenção Interdisciplinar Precoce em Criança com Hábitos Orais Deletérios e Má Oclusão(2023-11-23) Souza, Patrick Marcondes Leao de; Maahs, Marcia Angelica Peter; Oliveira, Fabiana de; Departamento de FonoaudiologiaHábitos orais deletérios (HOD), como o uso de chupeta e/ou de mamadeira, assim como fatores obstrutivos nasais, como hipertrofia adenoamigdaliana e más oclusões estão entre as causas de respiração oral (RO). Porém, o hábito de respirar pela boca também pode ser um HOD, e a RO também pode ser causa de más oclusões, podendo levar a outros problema funcionais, como de fala, mastigação e deglutição, além de estéticos, que interferem nos aspectos psicossociais. Dentre as más oclusões mais relacionadas a RO e a HOD estão a mordida aberta anterior (MAA), e a mordida cruzada posterior (MCP), que se não forem tratadas precocemente, interferem no crescimento e desenvolvimento craniofacial adequados e nas funções do sistema estomatognático (SE). O objetivo deste estudo foi descrever os benefícios da intervenção interdisciplinar precoce pela otorrinolaringologia, ortodontia e fonoaudiologia em criança com HOD e má oclusão. Trata-se de um relato de caso de criança, do sexo feminino declarada negra pela mãe, inicialmente com 2 anos e 3 meses e queixa de respiração oral, ronco e "baba" noturna. Fazia uso de chupeta e mamadeira e apresentava hipertrofia adenoamigdaliana, sobressaliência aumentada e relação de caninos de Classe II, MAA e distúrbio miofuncional orofacial e cervical associado a má oclusão, além de frênulo lingual curto, anteriorizado e delgado e mastigação preferencial do lado direito. O tratamento consistiu de fonoterapia pré e pós adenoidectomia e ocorreu pelo sistema único de saúde (SUS), levando a melhora das queixas iniciais, adequação dos aspectos funcionais, remoção dos HOD e auto-correção da MAA. Numa segunda fase, já com 5 anos e 9 meses necessitou de intervenção ortodôntica, pois os segundos molares decíduos do lado direito erupcionaram cruzados levando a uma assimetria facial com desvio mandibular para este lado. Este procedimento foi realizado com aparatologia ortodôntica não contemplada pelo SUS. Concomitantemente, reiniciou a terapia fonoaudiológica devido a distúrbio miofuncional orofacial associado a MCP e a recidiva da mastigação preferencial do lado direito. A MCP foi corrigida e obteve-se a melhora das alterações funcionais e da assimetria facial. Os resultados demonstram a importância da intervenção interdisciplinar precoce no tratamento da respiração oral e demais alterações funcionais juntamente com o abandono dos hábitos de chupeta e mamadeira, que levou a correção da MAA, sem uso de aparatologia ortodôntica. Além disso, a correção ortodôntica da MCP com aparatologia simples, contribuiu com a melhora da assimetria facial e dos aspectos funcionais, favorecendo a um crescimento e desenvolvimento craniofacial adequados, minimizando a necessidade de tratamento ortodôntico mais complexo no futuro. Salientase a necessidade de inserção do tratamento ortodôntico pelo SUS, visando a saúde integral do indivíduo.Item Incidência de mordida aberta e cruzada anteriores e variáveis associadas em crianças até 4 anos em um serviço de atenção primária: estudo longitudinal(2022-11-21) Santos, Renata Vieira; Maahs, Marcia Angelica; Rech, Rafaela Soares; Departamento de FonoaudiologiaO objetivo deste estudo foi determinar a incidência de mordida aberta e mordida cruzada anteriores em crianças até 4 anos e sua associação com as variáveis demográficas, socioeconômicas, ambientais, psicológicas maternas, nutricionais dietéticas, saúde bucal e hábitos orais deletérios infantis. Foi um estudo de coorte retrospectivo conduzido em 12 Unidades Básicas de Saúde e 272 crianças que tinham todos os dentes decíduos erupcionados fizeram parte da amostra. A presença de mordida aberta e cruzada anteriores foram avaliadas com base nos critérios de Foster e Hamilton. A variável de hábitos orais deletérios infantis foi questionada aos responsáveis, e as demais foram coletadas por meio dos prontuários e de questionários. Foram realizadas análises descritivas, sendo a diferença das médias calculadas pelo teste t de Student e a diferença das medianas pelo teste U Wilcoxon-Mann-Whitney, assim como associações foram estimadas pelo teste Qui-Quadrado e pelo teste exato de Fisher. O sexo masculino ocorreu em 50,37% da amostra, a incidência de má oclusão foi 45,95%, sendo 87,2% mordida aberta anterior e 12,8% mordida cruzada anterior, com maior incidência em crianças com mais de 36 meses, bem como no grupo que não foi amamentado e no que utilizava regularmente a chupeta. As variáveis categóricas idade da criança, ansiedade materna, amamentação e uso de chupeta mantiveram-se significativamente associadas com a incidência destas más oclusões. Concluiu-se que tais variáveis e suas associações podem ser prevenidas a nível de atenção primária à saúde.Item Informações do seguimento fonoaudiológico em lactentes cardiopatas após alta hospitalar(2022-08-08) Gheno, Lucimara Lehmen; Oliveira, Fabiana de; Barbosa, Lisiane De Rosa; Departamento de FonoaudiologiaObjetivo: Descrever a ocorrência do seguimento fonoaudiológico em lactentes cardiopatas, após alta de um hospital pediátrico de referência no Rio Grande do Sul (RS). Metodologia: Estudo longitudinal de caráter quantitativo e qualitativo. Participaram lactentes com cardiopatia congênita assistidos em um hospital pediátrico do RS e que tiveram acompanhamento fonoaudiológico durante a internação. Foi realizada coleta de dados de prontuários e contato telefônico para aplicação de um questionário. Resultados: Amostra composta por 18 pacientes com indicação para seguimento fonoaudiológico após alta hospitalar. O serviço de fonoaudiologia do município foi buscado por 88,9% dos participantes. No momento da entrevista, 56,6% estavam realizando atendimento e 18,8% não haviam sido chamados para iniciarem o atendimento. Quanto à rede de serviço de atendimento, 9 participantes procuraram o serviço do SUS, 3 procuraram serviços particulares e 1 procurou o serviço por convênio. Conclusão: O seguimento fonoaudiológico ocorreu para uma parte dos participantes em seus municípios de origem. Alguns participantes não conseguiram atendimento no serviço de fonoaudiologia e outros participantes optaram por não dar continuidade ao acompanhamento.Item Instrumento de Avaliação Fonológica: Evidências de Fidedignidade(2022-10-24) Alves, Giovana Sopezack; Ribas, Letícia Pacheco; Departamento de FonoaudiologiaObjetivo: Apresentar evidências de fidedignidade intra e interavaliadores, e de consistência interna, dos escores do Instrumento de Avaliação Fonológica, a fim de que possa ser considerado fidedigno e válido para a utilização na prática clínica. Método: Foram analisados 179 áudios dos registros de fala do instrumento, cuja coleta foi realizada a partir da sua aplicação no período de 5 meses em crianças na faixa etária dos cinco aos oito anos e 11 meses. Três juízes especialistas transcreveram no software a produção de fala de cada criança, o qual gerou relatórios de desempenho. Os dados de fala de cada criança foram comparados entre esses avaliadores, treinados e experientes em transcrição fonética, para verificar a concordância dos escores do instrumento. Para a análise da fidedignidade, foi verificada a consistência interna pelo Alpha de Cronbach e a confiabilidade intra e interavaliadores por meio do Coeficiente de Correlação Intraclasse. Resultados: O Instrumento de Avaliação Fonológica apresentou evidências de alta consistência interna, com escores indicando excelente fidedignidade para avaliação dos fonemas do Português Brasileiro, como também uma adequada concordância entre os juízes acerca dos escores do instrumento. Conclusão: O instrumento apresentou evidências robustas de fidedignidade, sendo uma opção confiável e segura para ser utilizado em pesquisas brasileiras e na prática clínica para avaliar o sistema fonológico de crianças brasileiras.
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