Fonoaudiologia - TCC

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    Monitoramento Audiológico em crianças e adolescentes com Leucemia
    (2024-11-19) Maraninchi, Fernanda Marrocco; Boscolo, Cibele Cristina; Gregory, Letícia; Fonoaudiologia
    Objetivo: Analisar os exames audiológicos de crianças e adolescentes com leucemia durante e após o tratamento oncológico com quimioterapia. Metodologia: Estudo retrospectivo de caráter descritivo, utilizou-se métodos quantitativos para a análise de dados provenientes dos exames audiológicos. Fizeram parte da amostra crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos, com diagnóstico de leucemia, com tratamento realizado com quimioterapia já concluído há mais de 6 meses, e avaliação audiológica completa. Foram analisados os exames de audiometria tonal liminar, audiometria vocal, medidas de imitanciometria e emissões otoacústicas evocadas transientes e produtos por distorção realizados durante e após o tratamento, bem como os achados na anamnese. Resultados: Participaram do estudo nove crianças, de ambos os sexos, com média de idade de 11,3 anos. Todos apresentaram resultados dentro do padrão de normalidade nos exames realizados durante a quimioterapia. Após a finalização do tratamento, observou-se aumento da média dos limiares na audiometria tonal liminar nas frequências agudas em ambas as orelhas e emissões otoacústicas transientes e produtos por distorção ausentes bilateralmente em duas crianças. Houve diferença na associação entre idade e ocorrência de alteração auditiva. Conclusão: Foram observadas alterações auditivas em três crianças após a finalização do tratamento quimioterápico, sendo duas perdas auditivas do tipo condutiva e uma do tipo neurossensorial.
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    Parâmetros acústicos da deglutição de adultos e idosos: estudo transversal
    (2024-11-21) Vieira, Danielli Pires; Rech, Rafaela Soares; Olsen, Virgílio da Rocha; Fonoaudiologia
    Introdução: A análise acústica é um recurso promissor para qualificar a avaliação clínica da deglutição e torná-la mais objetiva. Objetivo: Comparar os parâmetros acústicos da deglutição obtidos a partir da captação de sons pela ausculta cervical digital em adultos e idosos. Métodos: Estudo transversal com amostra de indivíduos com 18 anos ou mais, disfágicos encaminhados para a videofluoroscopia da deglutição e indivíduos com deglutição normal ou funcional. Os participantes foram estratificados em 6 grupos de acordo com a idade e a presença da disfagia. Na captação acústica foi utilizado um estetoscópio acoplado a um amplificador, que foi posicionado sobre a borda lateral da traqueia imediatamente inferior à cartilagem cricóide. O instrumento registrou os sons durante a ingestão das consistências: líquido fino, pastosa e sólida. Os dados foram analisados através do software R e a análise acústica foi realizada pelo programa Python. Resultados: A amostra foi composta por 408 participantes com um total de 2057 deglutições. Nas análises, observaram-se diferenças entre todos os grupos e os parâmetros significativos foram: duração (p=0,007), magnitude (p<0.001), fase (p<0.001), espectro (p<0.001) e recorrência (p<0.001). Ressalta-se que os grupos de adultos sem disfagia apresentaram melhores condições de saúde em comparação aos grupos de idosos com disfagia. Conclusão: Observam-se diferenças significativas nos parâmetros acústicos da deglutição entre os grupos, evidenciando a influência da idade tanto na deglutição normal quanto na disfagia. Destaca-se a relevância de identificar as particularidades entre os diferentes grupos etários e de estabelecer as especificidades dos parâmetros acústicos da deglutição. Espera-se que esses parâmetros possam aprimorar a prática clínica fonoaudiológica, contribuindo para intervenções mais precisas e eficazes.
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    Associação entre a utilização de medicamentos de uso contínuo e a Disfagia Orofaríngea
    (2024-11-19) Araújo, Mariana Costa; Rech, Rafaela Soares; Fonoaudiologia
    INTRODUÇÃO: A Disfagia Orofaríngea (DO) pode ter origem medicamentosa, a qual pode ocasionar efeitos adversos na deglutição. OBJETIVO: Estimar a prevalência de DO e identificar quais são as classes de medicamentos que têm maior probabilidade de estarem associadas a prevalência de DO. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com indivíduos maiores de 18 anos, com e sem queixas de deglutição. Foi realizada uma entrevista inicial e, após, a avaliação da deglutição com o Protocolo Fonoaudiológico de Avaliação do Risco para Disfagia (PARD), classificando os participantes como saudáveis ou disfágicos. A análise dos dados foi realizada através de Regressão de Poisson com variância robusta com nível de significância de 95%. RESULTADOS: Analisou-se 420 indivíduos saudáveis e disfágicos. Na análise dos dados, utilizou-se as variáveis sexo, histórico de câncer, histórico de Acidente Vascular Encefálico (AVE), diagnóstico de doença neurodegenerativa, autopercepção de sensação de boca seca e todas as classes de medicamentos. As classes de medicamentos para sistema cardiovascular [RP=1,208 (1,092-1,337)] e para órgãos dos sentidos [RP=1,629 (1,284-2,068)] apresentaram resultados estatisticamente significativos, assim como a autopercepção de sensação de boca seca muitas vezes [RP=1,283 (1,102-1,494)] ou muito frequentemente [RP=1,267 (1,082-1,484)]. CONCLUSÃO: Algumas classes de medicamentos manifestaram diferença significativa quando relacionadas ao aumento da prevalência de DO. Mais estudos que abordem a temática são necessários, a fim de capacitar a equipe multiprofissional sobre a utilização de medicamentos de uso contínuo e a sua relação com a condição.
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    Reabilitação vestibular em adultos com sintomas de cinetose
    (2024-11-21) Luiz, Juliana dos Santos; Soldera, Cristina Loureiro Chaves; Ribeiro, Marlise de Castro; Fonoaudiologia
    Objetivo: Verificar a eficácia da reabilitação vestibular (RV) em adultos com sintomas de cinetose. Métodos: Estudo quantitativo experimental composto por uma amostra de conveniência com indivíduos entre 18 e 40 anos de idade com sintomas de cinetose. Os indivíduos foram avaliados a partir de questionários e avaliação do equilíbrio corporal por meio do Teste de Organização Sensorial (TOS), realizado com a Posturografia Dinâmica Foam-Laser (PDFL). O programa de Reabilitação Vestibular (RV) foi aplicado e baseado no protocolo abreviado de Cawthorne e Cooksey. Resultados: A maioria dos participantes da amostra relatou início dos sintomas ainda na infância. O enjoo/vômito foi o sintoma mais prevalente. O carro foi o meio de transporte mais citado como desencadeador dos sintomas. A maioria relatou sintomas ao se exporem a brinquedos em parques de diversão. Houve redução significativa na pesquisa com a EVA (Escala Visual Analógica). Ao Dizziness Handicap Inventory (DHI), houve redução significativa nos domínios físicos, emocionais e no escote total. À PDFL, em relação aos sistemas avaliados, houve aumento significativo no desempenho dos sistemas somatossensorial e vestibular. Houve associação significativa com a prática de exercício físico e a melhora no sistema somatossensorial. Houve associação significativa do início dos sintomas na adolescência e a redução nos domínios emocionais e no escore total do DHI. Houve associação significativa em relação ao início dos sintomas na adolescência e a redução da EVA. Conclusão: verificou-se que a reabilitação vestibular é eficaz em adultos com sintomas de cinetose
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    Métodos de avaliação da disartria em pacientes com esclerose múltipla: Uma revisão sistemática
    (2024-11-18) Souza, Samara Kwiecinski Teles de; Ribeiro, Marlise de Castro; Vidor, Deisi Cristina Gollo Marques; Fonoaudiologia
    Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica com impacto significativo na qualidade de vida devido a complicações subestimadas, como os distúrbios da fala e da voz, mais especificamente, a disartria. Este estudo visa revisar sistematicamente a literatura sobre métodos de avaliação da disartria mais utilizados em pacientes com EM. Métodos: A pesquisa foi realizada em bases de dados eletrônicas, incluindo Medline, LILACS, EMBASE e Cochrane Library, utilizando descritores como "esclerose múltipla", "disartria", e "diagnóstico." Foram incluídos estudos observacionais sem restrições de idioma ou período que apresentassem métodos de avaliação da disartria em pacientes com EM; e excluindo estudos duplicados ou com dados incompletos. Resultados: Das 1159 referências iniciais, 35 artigos atenderam aos critérios de elegibilidade e foram analisados na íntegra, destacando os métodos utilizados na avaliação da disartria em pacientes com EM. Foi verificado que dos 35 artigos analisados, 77,14% utilizaram métodos de análise perceptivo auditivo, 17,14% de análise acústica e 5,72% de outros métodos. Conclusão: A avaliação da disartria na esclerose múltipla requer uma abordagem integrada que combine métodos perceptivo-auditivos e medidas objetivas, como análise acústica e avaliação dos movimentos. Essa diversidade de procedimentos permite identificar com precisão as dificuldades de fala, melhorando o diagnóstico e o monitoramento da progressão da doença.
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    Correlação entre fluência verbal e esclerose múltipla: um estudo piloto
    (2024-11-22) Gomes, Thamyris de Oliveira; Ribeiro, Marlise de Castro; Beber, Barbara da Costa; Fonoaudiologia
    A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crônica do Sistema Nervoso Central (SNC), caracterizada pela perda de funções sensoriais e motoras devido à desmielinização. Além dessas manifestações, a EM pode provocar comprometimentos cognitivos que afetam funções como atenção, memória e velocidade de processamento. A fluência verbal é uma ferramenta neuropsicológica utilizada para avaliar funções executivas, englobando aspectos de memória, linguagem e planejamento. Este estudo teve como objetivo investigar associações entre diferentes tarefas de fluência verbal e variáveis clínicas e sociodemográficas em indivíduos com EM. Foi realizado um estudo transversal, quantitativo e exploratório, envolvendo a aplicação de um questionário sociodemográfico, triagem cognitiva (MoCA) e avaliações de fluência verbal. A amostra contou com 16 participantes, predominantemente mulheres (68,8%), com média de idade de 41,31 anos. A amostra apresentou desempenho médio de 23 pontos no MoCA. Nas avaliações de fluência verbal, a média da fluência semântica foi de 19 palavras, fluência fonêmica de 34 palavras, fluência de verbos foram aproximadamente 11 elucidações enquanto na fluência livre a média foi de 22 elucidações. Foram observadas correlações significativas de determinadas tarefas de fluência verbal com a gravidade da incapacidade (EDSS) e a função cognitiva geral (MoCA). As associações encontradas entre as fluências verbais e as variáveis clínicas analisadas reforçam a importância do acompanhamento constante das funções executivas para a manutenção do acompanhamento e melhora na qualidade de vida dos indivíduos com esclerose múltipla, além de reforçar a necessidade de mais estudos na área com a população da pesquisa a fim de ampliar a qualidade dos atendimentos e incluir um atendimento precoce focado nas funções executivas.
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    Relação entre prática de atividades físicas e a perda auditiva em adultos e idosos - revisão integrativa.
    (2025-11-19) Beux, Eduardo Kunz; Soldera, Cristina Loureiro Chaves; Departamento de Fonoaudiologia
    Introdução: A prática de atividades físicas é um fator preventivo para diversos problemas de saúde, trazendo benefícios para saúde e qualidade de vida. Considerando a importância da audição em variados aspectos do ser humano, a perda auditiva pode trazer dificuldades ao longo da vida, sendo os idosos o grupo mais afetado, causando isolamento social, uma piora na comunicação e dificultando relacionamentos interpessoais. Objetivo: Verificar se há relação entre a prática de atividades físicas e perda auditiva em adultos e idosos. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa de literatura, de Junho a Setembro de 2024, utilizando as bases de dados PubMed, LILACS e SciELO. Critérios de Seleção: foram incluídos nesta revisão: artigos originais publicados nos últimos 10 anos, nas línguas portuguesa, inglesa ou espanhola; de acesso gratuito; pesquisas realizadas em humanos e que discutam a relação de atividades físicas e perda auditiva. Foram excluídos artigos de revisão de literatura; editoriais; capítulos de livros; artigos repetidos nas bases de dados e estudos que abordassem doenças associadas. Resultados: Dez artigos foram incluídos na revisão final, sendo que destes, 30% evidenciou associação entre a prática de atividades físicas e melhores resultados nas avaliações auditivas, com menos prevalência de perda auditiva. 60% dos estudos demonstraram que a perda auditiva pode estar relacionada a menores índices de prática de atividade física ou menores níveis de condição física. Conclusão: Foi encontrada relações controversas, sendo elas uma relação entre a prática de atividade física como meio de prevenção para perda auditiva devido a melhora da saúde geral e além disso, uma relação com a perda auditiva afetando negativamente as práticas de atividades físicas.
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    Atuação da fonoaudiologia e fisioterapia na reabilitação vestibular
    (2024-11-19) Iaruchewski, Nicole Ferreira da Silva; Soldera, Cristina Loureiro Chaves; Husch, Hermann Heinrich; Departamento de Fonoaudiologia
    Introdução: A Reabilitação Vestibular (RV) é uma abordagem multidisciplinar eficaz para tratar disfunções do sistema vestibular, como tontura, vertigens e desequilíbrio, auxiliando na restauração da qualidade de vida. O estudo teve como objetivo verificar a atuação de fonoaudiólogos e fisioterapeutas na reabilitação vestibular. Métodos: É um estudo transversal observacional realizado entre março e agosto de 2024, com a participação de 46 profissionais, sendo 23 fisioterapeutas e 23 fonoaudiólogos, que responderam a um questionário eletrônico. Resultados: A amostra apresentou predominância de mulheres (82,3%) e a média de idade dos participantes foi de 38,6 anos. Houve associação significativa no tempo de atuação entre os fonoaudiólogos e mais de dez anos e fisioterapeutas até 5 anos (p=0,032). Acerca da presença da temática da RV em disciplinas, houve associação significativa entre a fonoaudiologia e a presença (p=0,001). Houve associação de fonoaudiólogos e encaminhamentos médicos e fisioterapeutas com busca espontânea (p=0,001). Em relação a quantidade de sessões houve associação entre fonoaudiólogos em 4 a doze sessões (p<0,001), e fisioterapeutas maior que doze (p=0,047). Conclusão: O tempo de atuação e a formação dos fonoaudiólogos na reabilitação vestibular é mais frequente em comparação aos fisioterapeutas, Os fonoaudiólogos recebem mais encaminhamentos médicos, os fisioterapeutas recebem mais busca espontânea. Os fonoaudiólogos estão associados ao tempo de quatro a doze sessões, enquanto os fisioterapeutas estão associados ao tempo maior do que 12 sessões.
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    Informações do seguimento fonoaudiológico em lactentes cardiopatas após alta hospitalar
    (2022-08-08) Gheno, Lucimara Lehmen; Oliveira, Fabiana de; Barbosa, Lisiane De Rosa; Departamento de Fonoaudiologia
    Objetivo: Descrever a ocorrência do seguimento fonoaudiológico em lactentes cardiopatas, após alta de um hospital pediátrico de referência no Rio Grande do Sul (RS). Metodologia: Estudo longitudinal de caráter quantitativo e qualitativo. Participaram lactentes com cardiopatia congênita assistidos em um hospital pediátrico do RS e que tiveram acompanhamento fonoaudiológico durante a internação. Foi realizada coleta de dados de prontuários e contato telefônico para aplicação de um questionário. Resultados: Amostra composta por 18 pacientes com indicação para seguimento fonoaudiológico após alta hospitalar. O serviço de fonoaudiologia do município foi buscado por 88,9% dos participantes. No momento da entrevista, 56,6% estavam realizando atendimento e 18,8% não haviam sido chamados para iniciarem o atendimento. Quanto à rede de serviço de atendimento, 9 participantes procuraram o serviço do SUS, 3 procuraram serviços particulares e 1 procurou o serviço por convênio. Conclusão: O seguimento fonoaudiológico ocorreu para uma parte dos participantes em seus municípios de origem. Alguns participantes não conseguiram atendimento no serviço de fonoaudiologia e outros participantes optaram por não dar continuidade ao acompanhamento.
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    Avaliação da pressão de estruturas orais em crianças respiradoras orais com e sem hábitos orais deletérios
    (2023-11-27) Cristofoli, Bárbara Giordani; Berbert, Monalise Costa Batista; Maahs, Marcia Angelica Peter; Departamento de Fonoaudiologia
    Objetivo: Descrever e comparar os achados de valores de pressão das estruturas orais em crianças respiradoras orais com e sem a presença de hábitos orais deletérios. Método: Estudo transversal quantitativo com avaliação da pressão das estruturas orais em crianças respiradoras orais. Por meio do Iowa Oral Performance Instrument (IOPI) avaliou-se a pressão máxima do ápice lingual em contração voluntária máxima (PAL) e durante a deglutição de saliva (DEG), pressão labial máxima (LAB) e pressão máxima das bochechas (BOC); seguindo três repetições para cada prova. As medidas de pressão foram comparadas à presença ou à ausência de hábitos orais deletérios, sendo eles: bruxismo, onicofagia, uso de mamadeira, uso de chupeta e chupar ou roer objetos; de acordo com dados referidos na anamnese. Os resultados obtidos foram analisados a partir do teste Shapiro-Wilk, teste de Friedman com correção de Bonferroni e teste Mann-Whitney, considerando p<=0,05. Resultados: Foram avaliados 27 participantes, com média de idade de 9 anos (dp=2,3), sendo 40,7% do sexo masculino. Identificou-se correlação significativa dos valores de pressão com o aumento da idade, assim como com o sexo masculino. Não houve diferença significativa nos valores de pressão das estruturas estudadas quanto à presença de hábitos orais deletérios, nem quanto à presença de obstrução ou de alergia respiratória. Conclusão: Não houve diferença, quanto a pressão das estruturas orais, entre em respiradores orais com e sem a presença de hábitos orais deletérios.
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    Uso de Tecnologia de Informação e Comunicação na Reabilitação Fonoaudiológica em Linguagem Infantil
    (2023-01-19) Nunes, Patrícia dos Santos; Vidor, Deisi Cristina Gollo Marques; Departamento de Fonoaudiologia
    A Fonoaudiologia é o ramo da saúde que trabalha nas diferentes áreas da comunicação humana. Na área da linguagem infantil, o fonoaudiólogo se utiliza de diferentes recursos terapêuticos como forma de intervenção. Com o avanço tecnológico e a utilização cada vez mais frequente de dispositivos digitais as possibilidades terapêuticas ampliam. Assim, buscou-se averiguar de que forma os fonoaudiólogos fazem uso das TICs nas suas intervenções e como acompanham este uso por parte dos pacientes e da família quando da indicação destas ferramentas para complementação do trabalho terapêutico realizado no consultório. Foi investigado, ainda, os impactos que a pandemia de COVID-19 pode ter causado na utilização destas tecnologias no cenário pesquisado. Tratou-se de um estudo de campo, com caráter exploratório e descritivo, com análises quantitativa e qualitativa. O público-alvo foi composto por 34 profissionais fonoaudiólogos que atuam na avaliação e terapia de alterações na área de linguagem infantil. O estudo verificou o aumento quantitativo a partir da pandemia, porém o uso destas ferramentas nem sempre é acompanhado de uma criteriosa seleção e avaliação qualitativa das reais potencialidades destes recursos para atingimento dos objetivos terapêuticos propostos
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    Avaliação do desenvolviemnto global e da funcionalidade de comunicação de crianças com alterações de linguagem praticantes de equoterapia
    (2023-11-30) Scotti, Emanuelle Baldassari; Vidor, Deisi Cristina Gollo Marques; Departamento de Fonoaudiologia
    Objetivo: descrever o processo de avaliação do desenvolvimento global e da funcionalidade da comunicação de crianças com alteração de linguagem praticantes de equoterapia. Métodos: estudo transversal, descritivo, com amostra constituída por conveniência. Foram incluídos praticantes de equoterapia que possuíssem alteração de linguagem. A avaliação foi composta por anamnese, observação do praticante durante a sessão de equoterapia e aplicação dos protocolos DENVER II e o Sistema de Classificação da Função de Comunicação (CFCS). Resultados: Foram incluídos 6 praticantes, (4 TEA, 1 Síndrome de West e 1 PC), com queixas de alteração na linguagem e comunicação. Pode-se perceber um atraso global e acentuado no desenvolvimento dos praticantes com possibilidade de discrepâncias no desempenho entre as diferentes áreas. Quanto à funcionalidade da comunicação estabeleceram-se diferentes perfis que se mostraram independentes de sexo, idade e diagnóstico clínico, com prevalência de indivíduos não verbais, com pouca eficácia em sua comunicação e na maioria das vezes restrita a pessoas conhecidas. Conclusão: A partir da descrição do processo de avaliação do desenvolvimento global e da funcionalidade da comunicação de crianças com alteração de linguagem praticantes de equoterapia, pode-se construir um perfil dos praticantes atendidos no serviço, contribuindo para a pesquisa fonoaudiológica na área, e traçar novos desafios para a inserção na Fonoaudiologia na prática da Equoterapia
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    Relatos de ex-tabagistas: motivos de uso e cessação do tabaco
    (2022-11-25) Silva, Antoniela Vitória Cabral da; Bonamigo, Andrea Wander; Departamento de Fonoaudiologia
    Objetivo: identificar quais razões levaram os participantes a iniciar e cessar o uso do cigarro, analisar quais alterações perceberam na sua saúde durante ou após o período fazendo uso do tabaco e analisar a opinião dos participantes acerca dos prejuízos econômicos causados pelo uso do cigarro. Métodos: A pesquisa foi realizada de forma online via Google Forms utilizando o método “bola de neve”. O critério de inclusão foi ter sido tabagista e já ter abandonado o vício. Foram excluídas do estudo pessoas que ainda façam uso do tabaco ou que nunca foram tabagistas. O formulário consistia em perguntas cujos conteúdos abrangeram: motivos que os levaram a iniciar e cessar o uso do tabaco, número de cigarros consumidos diariamente/semanalmente, se houve alterações na saúde e, caso sim, quais foram e se o valor da carteira de cigarro foi ou não um dos motivos para cessação do vício. Resultados: o principal motivo apontado por 50,19% dos participantes para início do uso de cigarro foi o convívio social com família e amigos fumantes, ocasionando o fácil acesso ao cigarro, antigamente, em eventos sociais. 42,26% dos participantes afirmaram ter abandonado por questões de saúde, 14,34% por questão de gravidez (própria e/ou na família) e 6,41% abandonaram por questões de inclusão social. Conclusão: Os resultados encontrados apontam a importância da criação de mais estratégias e ações de combate ao uso do cigarro que apresentem a importância do abandono precoce tanto para a saúde e economia pessoal quanto pública
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    Ocorrências de distúrbios de paladar e olfato em adultos pós-covid-19 de um centro de reabilitação
    (2022-12-14) Rodrigues, Gabriella Ribeiro; Cardoso, Maria Cristina de Almeida Freitas; Departamento de Fonoaudiologia
    Objetivo: Verificar a ocorrência dos distúrbios de paladar e olfato em adultos pósCOVID19 de um centro de reabilitação, bem como, a análise do impacto na alimentação e/ou na deglutição. Método: Trata-se de um estudo observacional, transversal de caráter quantitativo, realizado a partir de questionário. A análise estatística considerou significativos os resultados cujo p-valor = <0.05. Resultados: Os usuários do serviço de saúde foram contatados e ao aceitarem participar deste estudo, responderam ao questionário. A prevalência geral desta amostra foi da ocorrência de anosmia e de ageusia. Estes sintomas apresentaram associação significativa com a autopercepção de perda de peso e dificuldades de diferenciar sabores e como um limitador para a deglutição durante e após a fase aguda da doença, sendo relatada a presença de tosses, episódios de pigarros e demora em engolir alimentos, assim como da sensação de alimento parado na garganta. Conclusão: As alterações de olfato e paladar verificadas impactaram na deglutição dos indivíduos acometidos, comprometendo a biomecânica da deglutição. Os sinais e sintomas de disfagia orofaríngea apareceram como um limitador durante e após a fase aguda da doença, ainda não sendo clara a duração ou permanência desses sintomas.
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    Validação de Protocolo de Avaliação Fonológica Infantil (PAFI-Digital)
    (2023-11-27) Oliveira, Giovanna Ketlen Lisboa; Vidor, Deisi Cristina Gollo Marques; Departamento de Fonoaudiologia
    Objetivo: realizar a validação convergente do Protocolo de Avaliação Fonológica Infantil (PAFI-Digital), além de medir a satisfação dos usuários/pacientes, quanto à eficácia e ao engajamento do software. Método: Estudo de campo transversal com coleta de dados, a partir da utilização do instrumento PAFI-Digital. Sua aplicação se dá por meio de um teste de nomeação de figuras, o qual é apresentado às crianças para eliciação na tela do computador. Para dar conta dos objetivos propostos, a pesquisa foi dividida em três fases, a primeira se dá pela comparação do PAFI-Digital com o protocolo Avaliação Fonológica da Criança (AFC), considerado padrão ouro; a segunda fase compara o PAFI-Digital com a opinião de Juízes e, por fim, a terceira fase avalia a satisfação dos usuários/pacientes com a utilização do protocolo, em comparação com o AFC. Resultados: A comparação entre o PAFI-Digital e o AFC foi avaliada por meio do Teste Kappa e resultou em uma concordância forte; já a concordância entre os juízes e os protocolos foi moderada, indicando falta de preparo dos professores em detectar alterações de fala em seus alunos. A análise da opinião dos alunos submetidos à avaliação fonológica pelos dois protocolos revelou preferência pelo PAFI-Digital, com altos índices de satisfação e eficácia de acordo com os critérios avaliados. Conclusão: De acordo com os resultados, o PAFI-Digital pode ser considerado um protocolo de triagem eficaz que irá auxiliar de maneira fidedigna na detecção de transtornos da fala
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    Análise das experiências de homens trans no acesso a serviços de atenção primária em saúde no SUS
    (2023-12-18) Dornelles, Makelly Todeschini; Almeida, Alexandre do Nascimento; Oliveira, Fabiana de; Departamento de Fonoaudiologia
    O acesso à saúde é um direito que deve ser assegurado pelo Estado, incluindo homens trans, pessoas que não se identificam com o gênero feminino que lhes foi designado ao nascimento. Este estudo qualitativo, de cunho exploratório-descritivo, teve como objetivo analisar as experiências de homens trans no acesso a serviços de atenção primária no Sistema Único de Saúde (SUS). Participaram da pesquisa 11 homens trans, maiores de 18 anos, que tiveram experiência no acesso a serviços de atenção primária em saúde. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas individuais após a aplicação de um breve questionário sociodemográfico. Para a análise dos dados, foi utilizada a Análise Temática reflexiva, a qual identificou os seguintes temas: potencialidades e desafios, serviços generificados, identidade e formação profissional. Este estudo pode contribuir para a compreensão das vivências e percepções de homens trans em relação ao acesso à atenção primária em saúde no Brasil, bem como colaborar para a disseminação desta discussão na Fonoaudiologia
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    Autopercepção das habilidades comunicativas de idosos institucionalizados: estudo transversal
    (2023-11-27) Lacerda, Giulia Lopes; Beber, Bárbara Costa; Departamento de Fonoaudiologia
    INTRODUÇÃO: O período de senescência provoca diversas alterações no organismo do indivíduo ao longo dos anos. Com o aumento da longevidade, mais famílias tem optado pela institucionalização do idoso, a qual gera mudanças de rotina, convívio e hábitos, podendo influenciar em sua sociabilidade. Tendo em vista a construção do sujeito a partir da linguagem, modificações nos sistemas envolvidos neste processo trazem dificuldades para a comunicação. OBJETIVO: Este estudo visa avaliar a autopercepção de idosos residentes em Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI) frente às alterações fisiológicas e sociais ocasionadas pelo processo de senescência com relação às habilidades comunicativas, além de analisar a percepção dos residentes quanto à atuação do fonoaudiólogo dentro deste meio. MÉTODO: Estudo transversal no qual foram incluídos indivíduos com idade superior a 60 anos e atuais residentes de ILPIs. Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos dos participantes e aplicado o questionário de dificuldades comunicativas da Bateria Montreal de Avaliação da Comunicação Breve – versão abreviada – (Bateria MAC Breve). RESULTADOS: A amostra incluiu 15 idosos. Aproximadamente metade da amostra percebeu mudanças na sua comunicação com o envelhecimento. Apesar disso, a maioria dos participantes apresentou autopercepção positiva em relação à expressão e compreensão da comunicação. Houve associação significativa entre o parâmetro de expressão da comunicação e o gênero dos participantes. CONCLUSÃO: Os idosos estudados perceberam alterações na sua própria comunicação em decorrência do envelhecimento, mas não as consideraram negativas. O estudo encontrou relação entre sexo e autopercepção da comunicação, assim como pouco contato dos idosos de ILPIs com o profissional fonoaudiólogo, além de evidenciar a necessidade de ampliação em estudos sobre a autopercepção da comunicação na população idosa.
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    Acesso à assistência fonoaudiológica para pessoas com afasia progressiva primária no sul do Brasil
    (2023-11-27) Silveira, Darla Isabel da; Beber, Bárbara Costa; Departamento de Fonoaudiologia
    Introdução: A afasia progressiva primária (APP) é um conjunto de manifestações neurodegenerativas decorrentes de atrofia em áreas perisilvianas do hemisfério esquerdo que afetam a linguagem, causando um prejuízo gradual e progressivo da mesma, mas sem afetar outros domínios cognitivos. A doença pode ser dividida em variante não fluente, semântica ou logopênica, porém, mesmo que exista essa classificação, 1/3 das pessoas com APP apresentam quadros clínicos em que as variantes coexistem. É uma doença com baixa frequência, o que impacta em dificuldades para chegar em um diagnóstico adequado, sendo comumente confundida com outras doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer. Além disso, até o momento atual, não existem tratamentos farmacológicos que possam curar ou impedir o avanço da APP, sendo a terapia fonoaudiológica o principal meio de intervenção. No entanto, existem poucos registros na literatura sobre como os pacientes com APP são orientados após diagnóstico e como ocorrem os processos de acesso ao serviço fonoaudiológico quando são encaminhados para o mesmo. Objetivo: Investigar o acesso aos serviços de fonoaudiologia por pessoas com APP, bem como a satisfação desses indivíduos com esses serviços em um hospital de referência no sul do Brasil. Metodologia: Este foi um estudo transversal exploratório, quanti e qualitativo, com base em uma série de casos. Os participantes foram selecionados a partir dos prontuários de serviços de neurologia de uma cidade do sul do Brasil. Um questionário semiestruturado foi aplicado aos familiares dos participantes a fim de coletar dados sociodemográficos e informações sobre o acesso a serviços de fonoaudiologia, como características do encaminhamento, se houve acesso ao serviço, quanto tempo demorou para conseguir acessar o serviço, entre outras. Resultados: Foram incluídas no estudo 10 pessoas com APP. Apenas dois participantes não foram encaminhados para fonoaudiologia. Dos 8 participantes que foram encaminhados, 7 haviam recebido algum tipo de atendimento fonoaudiológico até o momento da pesquisa. As características de encaminhamento, acesso a serviços fonoaudiológicos e características das intervenções recebidas são discutidos neste estudo considerando o contexto sociocultural dos participantes. Conclusão: A maioria das pessoas com APP são encaminhadas para o serviço de fonoaudiologia, mas existem dificuldades, principalmente relacionadas, ao escasso número de vagas disponíveis no sistema público de saúde para realização do tratamento fonoaudiológico para com este público. É relatado ainda, uma dificuldade para encontrar profissionais da fonoaudiologia na área de reabilitação de linguagem em adultos e idosos, além de profissionais fonoaudiólogos e médicos mais informados sobre a APP.
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    Relação entre nível de tensão muscular e fadiga vocal em mulheres com Disfonia por Tensão Muscular.
    (2023-01-18) Paz, André Vinícius Contri; Cassol, Mauriceia; Lemos, Isadora de Oliveira; Departamento de Fonoaudiologia
    Objetivo: Avaliar a relação entre o nível de tensão da musculatura extrínseca da laringe e o índice de fadiga vocal e as correlações com seus fatores em mulheres com diagnóstico de Disfonia por tensão muscular (DTM). Método: 44 mulheres voluntárias com diagnóstico de DTM, com idades entre 19 e 55 anos, foram recrutadas a partir de um banco de dados de um ambulatório de voz pertencente a um serviço de otorrinolaringologia de um complexo hospitalar. Foram coletados dados sobre profissão e todas as participantes foram avaliadas com os instrumentos Índice de Fadiga Vocal (IFV) e Laryngeal Palpatory Scale (LPS). Resultados: As participantes que fazem uso profissional da voz apresentaram maior pontuação no fator 3 do IFV (recuperação após repouso vocal). Houve correlação positiva entre os escores do IFV total, do fator 2 do IFV (dor e desconforto físico associado à voz) e idade das participantes com o escore do LPS. Conclusão: O uso profissional da voz está associado com melhor recuperação após repouso vocal e a presença de maior frequência de fadiga vocal, de sintomas de desconforto físico associado à voz e o aumento da idade estão relacionadas com maior tensão na musculatura extrínseca da laringe em mulheres com DTM
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    Investigação de possíveis alterações auditivas em pacientes com talassemia: uma revisão integrativa da literatura.
    (2023-11-30) Collatto, Vitória de Moraes Staub; Boscolo, Cibele Cristina; Departamento de Fonoaudiologia
    Introdução: A Talassemia é uma hemoglobinopatia genética que afeta cerca de 3% da população mundial. Por se tornarem dependentes de transfusões de sangue regulares durante a vida toda, esses pacientes possuem uma sobrecarga crônica de ferro, o que causa notável morbidade e mortalidade nesses pacientes. Sendo assim, há o uso de quelantes orais para controle da sobrecarga de ferro. Objetivo: investigar, na literatura, a incidência de problemas auditivos causados devido a doença genética, Talassemia e ao uso de medicamentos quelantes. Estratégia de pesquisa: Esta revisão foi direcionada pela pergunta norteadora: “Quais as possíveis alterações auditivas em pacientes com talassemia?”. A busca de seus estudos ocorreu nas plataformas PubMed, SciELO, Google Acadêmico e Science Research. Critérios de seleção: Foram incluídos artigos científicos que se encontravam no banco de dados, que apresentavam pacientes com perda auditiva significativa após diagnóstico de Talassemia, podendo estar vinculado, ou não, ao tratamento e publicados nos idiomas inglês, espanhol ou português de maneira gratuita. Delimitou-se como critério de tempo os últimos dez anos, utilizando artigos publicados entre 2013 e 2023. Foram excluídos estudos repetidos ou duplicados nas bases de dados, artigos de revisão e aqueles que não possuíam disponibilidade de acesso gratuito. Resultado: : Identificados 8.719 artigos nas bases de dados e após a aplicação dos critérios de seleção retirou-se os títulos e resumos inadequados, restando 15 artigos para leitura completa, onde oito foram incluídos. Os estudos apontaram a ototoxicidade causada pelos dois principais medicamentos utilizados para a quelação do ferro no tratamento da talassemia, como uma das causas de perda auditiva. Principalmente perda auditiva sensório-neural, mas também perda auditiva condutiva. Três artigos mencionaram o zumbido como uma característica presente em uma grande porcentagem dos pacientes do estudo. Conclusão: Os indivíduos portadores da doença genética Talassemia apresentam PA (perda auditiva) neurossensorial, sem definição se a PA está ligada ao tratamento de quelação de ferro, porém ocorrendo em uma grande quantidade de pacientes, principalmente relatada após o uso dos medicamentos: Deferasirox, Deferiprona e Desferroxamina, sendo o último, o medicamento mais usado. Outros sintomas otológicos também podem ser observados, como zumbido.