PPGCR - Dissertações
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Navegando PPGCR - Dissertações por Autor "Baroni, Bruno Manfredini"
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Item Adequação nutricional de nadadores de elite ao longo da temporada competitiva(2016) Montenegro, Karina Romeu; Baroni, Bruno Manfredini; Schneider, Cláudia DornellesA natação é um esporte com necessidades energéticas elevadas e com recomendações específicas de macronutrientes para cada fase de treinamento a fim de garantir a saúde e a máxima adaptação ao treinamento físico de atletas. Objetivos: identificar se nadadores competitivos apresentam consumo energético e de macronutrientes adequados às demandas específicas de cada fase do treinamento ao longo de uma temporada esportiva. Métodos: Estudo de coorte prospectivo realizado de janeiro a agosto de 2015 (32 semanas; 2 macrociclos; 4 fases de treinamento por macrociclo) em um clube de natação competitiva. Em cada fase de treinamento foram analisados o consumo alimentar, por meio de recordatório habitual de um dia, e o gasto energético, por meio de análise da planilha de treinamento. Também foi analisada ao longo da temporada a composição corporal (massa corporal, estatura e dobras cutâneas). Os dados foram comparados entre as fases de treinamento, enquanto a adequação do consumo de energia e macronutrientes foi avaliada em cada fase de treinamento. Resultados: Participaram do estudo 18 nadadores de elite, 56% homens, 20,0±2,5 anos, todos com experiência em natação há pelo menos 10 anos. Foi observado que as mulheres gastam mais energia do que ingerem em todas as fases de treinamento (p<0,02), e os homens em 50% das fases (p<0,01). Na maioria das avaliações (78%), os atletas não alteraram o seu padrão de consumo de carboidratos e proteínas; e em nenhuma avaliação houve alteração significativa do consumo de lipídios e energia ao longo da temporada (p>0,05). Comparado às recomendações para cada fase de treinamento, os atletas consumiram maior quantidade de proteína em 73% das avaliações, menor de carboidrato em 76% das avaliações e menor de lipídios em 69% das avaliações. Homens e mulheres reduziram significativamente o percentual de gordura corporal (p=0,04; p=0,03) e somatório de dobras cutâneas (p=0,01; p=0,01) ao longo da temporada, ao passo que a massa muscular foi mantida para ambos (p>0,05). Conclusões: Esse foi o primeiro estudo longitudinal a avaliar a inadequação nutricional de nadadores competitivos em diferentes fases de treinamento. Os atletas não atingiram as recomendações nutricionais preconizadas para cada fase de treinamento nos dois macrociclos. A inadequação observada entre os atletas em relação ao déficit energético bem como em relação ao consumo de carboidrato pode prejudicar o desempenho.Item Descrição da amplitude de movimento articular, força muscular e funcionalidade de pacientes em pós-operatório tardio de artroplastia total de quadril(2016) Lopes, Bruna de Moraes; Silva, Marcelo Faria; Baroni, Bruno ManfrediniA cirurgia de artroplastia total de quadril (ATQ) visa promover alívio dos sintomas dolorosos, melhorar o déficit de imobilidade da articulação e a funcionalidade dos pacientes. Apesar da melhora dos sintomas, evidências apontam para a persistência de alterações funcionais no período pósoperatório. Diante da importância da amplitude de movimento articular (ADM) e da força muscular (FM) para a funcionalidade do indivíduo, o objetivo do presente estudo foi comparar o grau de funcionalidade, a ADM e a FM de pacientes submetidos à artroplastia total de quadril (GATQ) com a de um grupo controle (GC). Foi realizado um estudo transversal de caráter descritivo e comparativo, no qual foram avaliados 23 indivíduos no GATQ (13 homens, 10 mulheres) e 23 no GC (10 homens, 13 mulheres). O grau de funcionalidade dos indivíduos foi quantificado através do questionário Harris Hip Score (HHS) e do teste Timed Up and Go (TUG). A dor foi mensurada no início e no final da avaliação, através de uma escala visual analógica (EVA). Para mensurar a ADM de flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna (RI) e rotação externa (RE), foi realizada uma medida para cada movimento em cada membro inferior, utilizando um flexímetro pendular. A avaliação da FM de flexores, extensores, abdutores e adutores de quadril foi realizada de forma isométrica em um dinamômetro isocinético. Os membros inferiores tiveram sua ordem para a mensuração randomizada, através de um aplicativo para celular (Randomizers - www.random.org). Para tratamento estatístico dos dados, utilizou-se o programa estatístico SPSS for Windows (versão 17.0), realizou-se o teste de Mann-Whitney na análise comparativa entre grupos das características da amostra, avaliação do HHS e escores do TUG. Para as variáveis ADM e FM foi utilizado uma one-way ANOVA, seguida de post-hoc LSD, para comparação entre os quatro membros avaliados. Adotou-se um nível de significância de 0.05. Como resultados o membro inferior acometido (MIA) do GATQ apresentou redução (p<0.05) na ADM quando comparado ao membro inferior não acometido (MINA) do mesmo grupo e, quando comparado ao grupo controle. Na comparação entre os membros não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas apenas para o movimento de extensão. Foram observadas diferenças com menor torque muscular no MIA quando comparado ao MINA, e ao grupo controle. Os indivíduos com artroplastia total de quadril apresentaram pontuações de dor significativamente maiores (p<0.05) quando comparados ao grupo controle, e não foram encontradas diferenças entre os momentos pré e pós-avaliação em ambos os grupos. O nível de funcionalidade do GATQ mostrou redução estatisticamente significativa em comparação ao GC, através de valores menores no escore do questionário HHS e valores elevados no tempo de realização do teste TUG. Os achados deste estudo permitem concluir que pacientes submetidos à ATQ unilateral demonstram redução da capacidade funcional, bem como apresentam diminuição na amplitude de movimento e na força muscular em ambos os membros quando comparados com um grupo controle.Item Desempenho funcional em pacientes com sintomatologia unilateral de impacto femoroacetabular(2015) Boff, Jaqueline Fontana; Silva, Marcelo Faria; Baroni, Bruno ManfrediniO Impacto Fêmoroacetabular (IFA) têm sido associado a importantes limitações físicas nos pacientes acometidos, podendo ocorrer perda da amplitude de movimento (ADM), diminuição do nível de funcionalidade e alterações de força muscular. O déficit de força muscular em pacientes com patologias degenerativas pode piorar a sintomatologia e acelerar o processo de limitação física. Estudos que avaliam a força muscular em pacientes com IFA ainda são escassos na literatura, havendo poucas evidências sobre o desempenho dos grupos musculares do quadril de pacientes com IFA. Assim, o objetivo do presente trabalho foi verificar o desempenho muscular dinâmico dos flexores, extensores, adutores, abdutores, rotadores internos e externos do quadril em pacientes com sintomatologia unilateral de IFA, bem como compará-los com o membro assintomático e com um grupo de sujeitos controle. Foram avaliados 25 pacientes no grupo IFA e 25 indivíduos no grupo controle. O desempenho muscular foi avaliado utilizando um dinamômetro isocinético (Biodex System 4 ProTM, Biodex Medical Systems, New York, USA), com os testes no modo concêntrico-concêntrico, totalizando três contrações máximas a uma velocidade angular de 60 /s para cada grupo muscular. Para melhor caracterizar os pacientes, foram mensuradas as ADM de flexão, abdução, rotação interna e externa, além do score do questionário International Hip Outcome Tool/33 (iHOT) para avaliar o nível de funcionalidade. Como resultado, foram observadas diferenças com menor torque muscular apresentado para todos os grupos musculares do grupo IFA, tanto no membro sintomático quanto no membro assintomático quando comparados com o grupo controle. As ADM mensuradas foram significativamente menores, comparando o membro sintomático do grupo IFA com o membro assintomático e com o grupo controle. O nível de funcionalidade apresentou-se significativamente menor nos indivíduos com IFA. Os achados deste estudo permitem concluir que pacientes com sintomatologia unilateral de IFA apresentam diminuição de força muscular em ambos os membros comparados com um grupo controle em todos os grupos musculares do quadril avaliados. Além disso, também apresentaram menor ADM no membro sintomático e menor nível de funcionalidade.Item Desvendando as lesões na elite do futebol feminino brasileiro: um estudo de coorte prospectivo(2023) Gasparin, Gabriela Bissani; Baroni, Bruno ManfrediniO objetivo deste estudo foi examinar prospectivamente os padrões de lesões no futebol feminino de elite no Brasil. Foram coletados dados referentes a quatro clubes participantes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro sobre as lesões, tempo de exposição em jogos e sessões de treinamento.Item Efeito agudo da laserterapia de baixa potência na dor e na capacidade funcional de doentes renais crônicos em hemodiálise: ensaio clínico randomizado(2016) Baldissera, Gabriela Leivas; Plentz, Rodrigo Della Méa; Baroni, Bruno ManfrediniIntrodução: A laserterapia de baixa potência (LBP) tem sido usada com sucesso na atenuação da fadiga muscular e na recuperação muscular pós-exercício em pacientes saudáveis e atletas, apresentando-se como uma estratégia não invasiva e não farmacológica para melhorar o desempenho no exercício. Há poucas evidencias em pacientes com patologias clínicas e nenhum estudo aplicando a LBP em doentes renais. Nesse sentido, torna-se importante estudar os efeitos agudos da LBP nessa população específica Objetivo: objetivo deste estudo foi avaliar o efeito agudo da LBP na dor e na capacidade funcional de doentes renais crônicos em hemodiálise. Metodologia: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, onde dezesseis pacientes foram recrutados e randomizados em dois grupos, 8 no grupo intervenção (GI) e 8 no grupo placebo (GP). Foi realizada aplicação da LBP (multidiodo cluster, 850 nm, 200 mW, 30 J em cada ponto, 30 segundos cada aplicação) de maneira ativa e placebo em 8 pontos (dois pontos em reto femoral, dois pontos em vasto lateral, dois pontos em vasto medial e dois pontos em gastrocnêmios) antes da avaliação da capacidade funcional através do teste de caminhada de 6 minutos (TC6min). Foram avaliadas a dor em membros inferiores através da escala visual analógica e a percepção subjetiva de esforço pela Escala de BORG (ambos avaliados pré aplicação da LBP e após a realização do TC6min). O nível de atividade física através do questionário IPAQ foi avaliado no momento em que os pacientes foram recrutados para o estudo. Resultados: Observou-se que após o TC6min a dor referida pelos pacientes foi menor no GI quando comparada com o GP (p = 0,004), assim como a percepção subjetiva de esforço (p < 0,001). A distância percorrida pelos pacientes do GI quando comparada com o GP foi maior (p = 0,006). Também foi possível observar uma forte correlação entre a distância percorrida no TC6min e o questionário IPAQ (r = 0,836 e p < 0,001). Conclusão: Concluímos que a aplicação da LBP, seguindo os parâmetros utilizados na literatura, possui um efeito protetor sobre a dor e a percepção subjetiva de esforço em DRC em hemodiálise.Item Efeito da fotobiomodulação associada ao treinamento de força em homens idosos: um ensaio clínico randomizado duplo-cego placebo-controlado(2018) Fritsch, Carolina Gassen; Baroni, Bruno ManfrediniIntrodução: A terapia de fotobiomodulação tem demonstrado capacidade de aumentar o desempenho físico e otimizar a recuperação pós exercício. Além disto, quando associada ao treinamento de força, tem demonstrado melhoras nos ganhos induzidos pelo exercício na população jovem. Entretanto, este efeito na população idosa permanece incerto. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi de investigar o efeito da associação ao treinamento de força em idosos saudáveis na força e na massa muscular dos extensores de joelho e na capacidade funcional de homens idosos. Metodologia: Foi realizado um ensaio clínico randomizado duplo-cego placebocontrolado. Homens idosos saudáveis (idade 60-80 anos) realizaram 12 semanas de treinamento de força (2x/semana) com aplicação de fotobiomodulação placebo (n = 13) ou ativa (n = 11) no quadríceps (850nm, 30J por ponto, 8 pontos por membro) antes de cada sessão. Os seguintes testes foram realizados antes e depois da intervenção: teste de uma repetição máxima (1 RM) dos exercícios “leg press” e extensão de joelhos, pico de torque concêntrico e isométrico, espessura muscular dos músculos reto femoral (RF) e vasto lateral (VL), teste “timed up-and-go” (TUG) e teste de sentar e levantar da cadeira (TSL). Resultados: Houve melhoras significativas em todas as variáveis para ambos os grupos após a intervenção (p < 0,05), com exceção da espessura muscular do RF para o grupo placebo (p = 0,09). Tamanhos de efeito grandes (ES > 0,8) foram encontrados para 1 RM de “leg press” e extensão de joelhos e TSL para ambos os grupos, assim como para o teste TUG para o grupo fotobiomodulação ativa. Pico de torque isocinético para ambos os grupos e o teste TUG para o grupo placebo apresentaram tamanhos de efeito moderados (ES > 0,5). Pico de torque isométrico e espessuras musculares obtiveram pequenos tamanhos de efeito (ES > 0,2). A análise de inferência baseada em magnitude não demonstrou nenhuma vantagem da terapia ativa em relação à placebo. Conclusão: A aplicação de fotobiomodulação com os parâmetros utilizados no presente estudo não proporciona efeitos adicionais aos ganhos de força, massa muscular e capacidade funcional gerados pelo treinamento de força em idosos saudáveis.Item Efeito de técnicas fisioterapêuticas articulares sobre a espessura da musculatura paravertebral e no limiar de dor a pressão de indivíduos assintomáticos com disfunção lombar: um ensaio clínico randomizado(2015) Angellos, Rodrigo Fagundes; Silva, Marcelo Faria; Baroni, Bruno ManfrediniIntrodução. A disfunção biomecânica intervertebral é uma condição que altera a função dos tecidos do sistema musculoesquelético. Tem sido proposto que essa disfunção atua sobre a função da musculatura paravertebral, gerando uma hiperatividade, que é caracterizada por um aumento anormal de tensão e contrações sustentadas, e assim, alterando o movimento intervertebral. Para tratar essas disfunções, principalmente com relação às articulações, os Fisioterapeutas Osteopatas podem utilizar diversas técnicas e recursos, dentre elas, se destacam as manipulações de alta velocidade e baixa amplitude (AVBA) e as técnicas de energia muscular (EM). Objetivos. Comparar as respostas da musculatura paravertebral lombar com relação a sua espessura e limiar de dor a pressão nos diferentes momentos de avaliação pré e após à aplicação das técnicas articulares de AVBA e de EM em indivíduos com disfunção lombar. Métodos. O estudo trata-se de um ensaio clinico randomizado, duplo-cego, sham-controlado. A amostra foi composta por 60 indivíduos assintomáticos que apresentavam disfunção intervertebral em uma ou mais vértebras da coluna lombar. Os indivíduos foram randomizados em três grupos de acordo com a intervenção proposta: AVBA (manipulação em alta velocidade e baixa amplitude), EM (técnica de energia muscular) e sham (técnica simulada). A espessura do músculo multífido lombar foi mensurada por meio de ultrassonografia, enquanto o limiar de dor a pressão (LDP) foi medido por meio de um algômetro digital. Essas medidas, foram feitas nos momentos pré intervenção, pós intervenção, 15min a intervenção e 48 horas após a intervenção. A normalidade dos dados foi verificada através do teste de Shapiro-Wilk, a análise de variância para medidas repetidas com dois fatores mistos foi realizada para identificar efeitos de interação entre os fatores (grupo e momento). Resultados. O Grupo EM apresentou diferença estatisticamente significativa quando comparada ao Grupo Sham, demonstrando um aumento da espessura em todos os momentos avaliados, esta diferença foi mais acentuada quando comparado o momento pré tratamento e 48 horas após intervenção. Com relação aos dados do LDP o Grupo AVBA apresentou diferença estatisticamente significativa em L4 no momento Pós-imediato em relação ao pré tratamento e no pós 48h em L1 e L3 em comparação ao Grupo Sham. Conclusão. Com base nos resultados, a técnica de EM tende a ter um maior efeito na espessura muscular, enquanto a técnica de AVBA demonstrou se capaz de influenciar no limiar de dor a pressão das vértebras lombares.Item Efeitos da laserterapia de baixa potência na reabilitação de atletas com lesão muscular de isquiotibiais: um ensaio controlado randomizado(2019) Medeiros, Diulian Muniz; Baroni, Bruno ManfrediniEstudos em modelos animais demonstraram efeitos positivos da Laser terapia de baixa potência (LBP) na cicatrização de tecidos após lesões musculares. No entanto, não existem ensaios clínicos randomizados que analisem o papel da LBP durante a reabilitação de lesões por estiramento de isquiotibiais (LEI’s) em humanos. Os objetivos do presente estudo foi avaliar os efeitos da LBP na reabilitação funcional após LEI em atletas amadores. Atletas do sexo masculino (18-40 anos de idade) que sofreram LEI foram randomizados em grupo LBP ou grupo placebo. Todos os pacientes realizaram o mesmo programa de reabilitação baseado em evidências até que preenchessem os critérios específicos para retornar ao esporte. Eles foram tratados com LBP (comprimento de onda: 850 nm; dose de energia: 90 Joules) ou placebo imediatamente após cada sessão de reabilitação. O desfecho primário foi o tempo para retornar ao esporte. Os desfechos secundários foram o número de sessões de reabilitação, flexibilidade e força dos isquiotibiais. A flexibilidade e a força foram medidas através de testes clínicos usando um aplicativo para smartphone e um dinamômetro manual, respectivamente. Vinte e quatro atletas iniciaram a reabilitação e 22 (11 por grupo) completaram o cronograma do estudo. Os participantes dos grupos LBP e placebo apresentaram idade, massa corporal, estatura, características da lesão e níveis basais de flexibilidade e força de isquiotibiais semelhantes. Os dois grupos aumentaram a flexibilidade e a força de forma similar ao longo do programa de reabilitação. O tempo de retorno ao esporte foi o mesmo para atletas tratados com LBP (23 ± 9 dias) e placebo (24 ± 13 dias). Concluímos que a LBP, conforme utilizada neste estudo, não otimizou a reabilitação funcional após LEI em atletas amadores tratados com um programa de exercícios baseados em evidências.Item Efeitos de um programa de treinamento excêntrico utilizando o exercício nórdico de isquiotibiais sobre fatores de risco de lesão muscular em indivíduos saudáveis(2016) Alvares, João Breno de Araujo Ribeiro; Baroni, Bruno ManfrediniO estiramento dos músculos isquiotibiais está entre as lesões mais comuns relacionadas aos esportes. O principal mecanismo de lesão envolve contrações excêntricas desse grupo muscular durante a corrida de alta velocidade e outros movimentos balísticos, como o chute. Assim, o exercício excêntrico tem baseado os programas de prevenção para estiramentos dos isquiotibiais, e estudos têm demonstrado que programas envolvendo o Exercício Nórdico de Isquiotibiais (ENI) são capazes de reduzir a incidência de lesões em atletas de diferentes modalidades e níveis competitivos. No entanto, as adaptações decorrentes de um programa de ENI sobre outros fatores de risco para os isquiotibiais permanecem obscuras. Portanto, o objetivo desse estudo foi verificar os efeitos do treinamento excêntrico baseado unicamente no ENI em múltiplos fatores de risco relacionados ao estiramento muscular. Vinte jovens adultos saudáveis foram divididos em dois grupos: Grupo Treinamento (GT) e Grupo Controle (GC). O GT participou de um programa de treinamento com o ENI durante quatro semanas, enquanto o CG não recebeu nenhuma intervenção no período. Avaliou-se a força, a flexibilidade, a altura de saltos verticais e a arquitetura muscular para avaliar o efeito do treinamento sobre fatores de risco para a lesão de isquiotibiais. O GC não apresentou mudanças significativas (p>0.05) nas avaliações realizadas. O grupo treinamento apresentou aumentos no pico de torque isométrico (9%, p=0.04) e excêntrico (13%, p=0.01), assim como no trabalho excêntrico (18%, p<0.01) dos flexores de joelho. Houve aumentos também na razão de torque funcional (13%, p<0.01) e no salto contramovimento (8%, p=0.01). Além disso, houve incremento no comprimento do fascículo do bíceps femoral cabeça longa (22%, p<0.01) decorrente do programa de ENI. Estes resultados evidenciam que um curto período de treinamento com ENI pode levar a mudanças na estrutura e na função musculares relacionadas à prevenção das lesões dos isquiotibiais, fornecendo suporte à inclusão deste exercício na pré-temporada das equipes esportivas.Item Exercícios anaeróbios em realidade virtual: efeitos físicos e cognitivos(2017) Machado, Andréa Guedes; Oliveira Júnior, Alcyr Alves de; Baroni, Bruno ManfrediniO objetivo deste estudo é comparar os efeitos cognitivos (memória, aprendizagem, atenção e ansiedade) e físicos (força e massa muscular) de um programa de treino físico real e um de treino virtual. Foram selecionados 21 participantes, alocados em três grupos. O primeiro grupo realizava treino físico real (GR), o segundo treino virtual imersivo (GV) e o terceiro grupo era controle (GC). Todos os participantes foram avaliados com o MEEM e MOCA (avaliação global), RAVLT (aprendizagem verbal), RBMT (memória), TMT (atenção), Dígitos (memória de trabalho) e IDATE (ansiedade) na avaliação cognitiva, pré e pós treino. Para avaliar força foi utilizado o Biodex, a massa muscular um aparelho de ecografia portátil. Os treinos foram realizados duas vezes na semana, pelo período de oito semanas, com quatro tipos de exercício para membro inferior. Os resultados mostraram que houve melhora geral da memória no GR, mais especificamente, na atenção, na memória de trabalho, na memória verbal, na flexibilidade mental e no processo de aprendizagem verbal e visual. O GV manteve seus escores, sem mudanças, exceto na memória prospectiva, em que houve um declínio. O GC apresentou melhora no aprendizado verbal, mas decaiu seu escore da memória (memória visual e prospectiva). Os resultados da avaliação física apontam para ganho de massa muscular no GR e GV. Não houve ganho de força em nenhum dos grupos. Concluímos que o exercício físico traz benefícios para ganhos cognitivos e de massa muscular, e que a realidade virtual é uma boa ferramenta para a área da reabilitação.Item Prevenção de lesões no futebol feminino brasileiro: uma pesquisa sobre percepções e práticas nos clubes de elite(2023-10-05) Vianna, Karoline Baptista; Baroni, Bruno Manfredini; Programa de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoObjetivos: Descrever as atuais percepções e práticas relacionadas à prevenção de lesões em clubes de elite de futebol feminino no Brasil. Desenho do estudo: Estudo observacional transversal. Ambiente de pesquisa: Pesquisa online. Participantes: Fisioterapeutas de 32 clubes de elite de futebol feminino brasileiro. Principais medidas de resultado: Questionário estruturado. Resultados: Os fisioterapeutas elencaram “retorno ao esporte após lesão”, “carga de trabalho muito alta”, “lesão prévia”, “sono/repouso inadequados” e “déficit de força/potência muscular “como os cinco principais fatores de risco de lesão. “Seguir os critérios de retorno ao esporte após lesão” foi quase unanimemente classificado como uma estratégia preventiva muito importante. A percepção em relação ao nível de importância de outras estratégias preventivas foi mais divergente. Pelo menos dois terços dos clubes adotaram as seguintes avaliações para triagem de risco de lesão: “avaliação da composição corporal”, “avaliação da amplitude de movimento articular”, “testes de salto vertical”, “testes de equilíbrio dinâmico”, “testes de salto horizontal”, “testes de capacidade aeróbica” e “teste de descida do degrau ou agachamento em uma perna”. A maioria dos clubes aplicou intervenções baseadas em exercícios de múltiplos componentes para prevenção de lesões. Além disso, “seguir os critérios de retorno ao esporte após lesão”, ‘monitoramento da carga interna de trabalho”, “uso de modalidades de recuperação pós-exercício”, “avaliações de fatores de risco na pré-temporada” e “uso de bandagem rígida” foram estratégias de prevenção usadas por pelo menos três quartos dos clubes participantes. Conclusão: Este estudo proporcionou insights sem precedentes sobre as percepções e práticas de prevenção de lesões implementadas nos clubes de elite do futebol feminino.Item Reabilitação da lesão muscular dos isquiotibiais: percepções e práticas dos fisioterapeutas que atuam em clubes de elite do futebol brasileiro(2022-12-22) Valente, Henrique Gonçalves; Baroni, Bruno Manfredini; Programa de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoIntrodução: A lesão por estiramento dos isquiotibiais (hamstring strain injury - HSI) é a lesão sem contato mais prevalente no futebol profissional masculino. Apesar do entendimento das HSI e seu processo de reabilitação ter avançado substancialmente nas últimas décadas, ainda não se sabe como as HSIs são manejadas por fisioterapeutas que vivenciam o “mundo real” do futebol profissional. Objetivo: Descrever as percepções e práticas de fisioterapeutas de clubes de futebol brasileiros de elite sobre o manejo de atletas com HSI. Métodos: Fisioterapeutas que atuaram em clubes de futebol de elite, Campeonato Brasileiro Série A (20 clubes) e Série B (20 clubes) na temporada de 2021, foram convidados a responder uma pesquisa online. Resultados: Responderam ao questionário 62 fisioterapeutas. Atuaram em 35 dos 40 clubes potenciais para este estudo (87,5% de representatividade), sendo 17 clubes atuantes na Série A e 18 na Série B. Apesar da heterogeneidade de escolhas quanto às práticas de avaliação, quase todos os entrevistados utilizam exames de imagem, adotam escalas de classificação das lesões, e avaliam aspectos relacionados à dor, amplitude de movimento, força muscular, estado funcional e psicológico de atletas com HSI. Os programas de reabilitação são geralmente divididos em 3-4 fases. Agentes eletrofísicos, terapia manual, alongamentos, exercícios de fortalecimento, exercícios de estabilização lombopélvica e exercícios que mimetizam as demandas funcionais do futebol são utilizados pela maioria dos entrevistados. A força muscular foi o critério de retorno ao esporte mais relatado. Conclusão: O presente estudo permitiu que a comunidade fisioterapêutica esportiva conhecesse as abordagens usualmente adotadas no manejo de atletas com HSI que jogam em clubes de futebol de elite brasileiros.Item Recovery no futebol: revisão sistemática da literatura e percepção de atletas profissionais(2022) Michel, Rafael Cristane; Baroni, Bruno ManfrediniEstratégias de recuperação pós-exercício, ou estratégias de “recovery”, fazem parte da rotina de atletas e clubes de futebol de ambos os sexos e de diferentes níveis de participação. Diante da popularização da Prática Baseada em Evidência (PBE), chama atenção o fato de não existir uma revisão sistemática acerca da eficácia destas estratégias aplicadas especificamente no contexto no futebol. Além disso, apesar de os valores do paciente constituírem um dos pilares da PBE, a percepção dos atletas acerca das estratégias comumente utilizadas no futebol permanece inexplorada. Diante deste cenário, a presente dissertação contempla dois estudos. O estudo 1 teve por objetivo revisar de maneira sistemática a evidência disponível acerca das intervenções fisioterapêuticas utilizadas para recovery em atletas de futebol. Dois pesquisadores realizaram buscas independentes nas bases de dados PubMed, CENTRAL, Scielo e Pedro utilizando combinações de termos relacionados ao tema. De um total de 2.925 estudos identificados nas buscas, 25 atenderam aos critérios de seleção e foram incluídos na revisão. Vinte e três destes estudos (92%) apresentaram escore menor ou igual a 6 na escala PeDRO, sugerindo alto risco de viés. Ao todo, 429 atletas participaram dos estudos, sendo a maioria atletas profissionais do sexo masculino. Recuperação ativa, imersão em água fria e roupas de compressão foram as intervenções mais investigadas. Outras intervenções (como foam rolling, plataforma vibratória e imersão de contraste) foram avaliadas por apenas um ou dois estudos. A revisão descreve os efeitos destas e outras intervenções sobre parâmetros relacionados à performance física, percepção de recuperação e biomarcadores. Em síntese, apesar de alguns recursos apresentarem resultados promissores sobre determinados desfechos, não há evidência suficiente para destacar um recurso fisioterapêutico capaz de atuar simultaneamente sobre os aspectos de recuperação relacionados à performance, percepção e biomarcadores. O estudo 2 teve por objetivo descrever a percepção de atletas profissionais sobre a eficácia das estratégias comumente adotadas no meio do futebol. Ao todo, 100 atletas profissionais de futebol masculino da 1ª à 4ª divisão do Campeonato Brasileiro responderam a um questionário online. Imersão em água fria (88% de aprovação), suplementos nutricionais (71%), massagem (66%), alongamento (64%) e recuperação ativa (60%) foram as 5 principais estratégias classificadas. Após a realização dos dois estudos desta dissertação, conclui-se que: (1) a literatura acerca dos efeitos das intervenções fisioterapêuticas utilizadas para recovery no futebol é composta, em sua maioria, por estudos com elevado risco de viés; (2) apesar de algumas intervenções terem se mostrado benéficas sobre alguns desfechos relacionados à recuperação, parece não haver um recurso capaz de otimizar simultaneamente a recuperação da performance, percepção e biomarcadores; e (3) os atletas profissionais do sexo masculino têm confiança na efetividade de algumas, mas não todas, estratégias de recovery comumente aplicadas no contexto do futebol. Considerando a inconsistência da literatura, conhecer as crenças e preferências dos jogadores pode ser crucial para melhorar a adesão e aumentar as chances de sucesso das estratégias de recovery escolhidas pelos profissionais de saúde.Item Relação dose-resposta do treinamento resistido de membros inferiores para o tratamento de mulheres com dor patelofemoral: uma revisão sistemática e meta-regressão(2022) Oliveira, Nathalia Trevisol de; Baroni, Bruno ManfrediniA dor patelofemoral (DPF) é uma condição clínica muito prevalente, especialmente em mulheres entre 18-40 anos. É caracterizada por dor na região da patela, principalmente durante atividades diárias como caminhar, agachar, subir e descer degraus, ajoelhar-se. O treinamento de resistência de membros inferiores é uma das principais ferramentas no tratamento da DPF, no entanto, o volume de treinamento (ou seja, a quantidade de exercício) ideal e/ou necessário para que se atinjam os benefícios clínicos permanece sem resposta na literatura. Objetivo: Examinar o efeito dose-resposta do volume de treinamento resistido de membros inferiores em mulheres com DPF. Métodos: Revisão sistemática com meta-regressão. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que utilizaram programas de treinamento resistido para membro inferiores em mulheres com diagnóstico de DPF. Os bancos de dados PEDro, PubMed, SPORTDiscus e Web of Science foram pesquisados desde o início até abril de 2022. Uma meta-análise avaliou o efeito do treinamento de resistência na dor (escala visual analógica ou escala numérica de dor) e função autorreferida (Anterior Knee Escala de Dor). As análises de meta- regressão univariável avaliaram a associação do efeito da diferença média após o treinamento de resistência com a idade dos pacientes, dor e função basal e nove variáveis relacionadas ao volume do treinamento de resistência. Resultados: Doze estudos (423 pacientes) foram incluídos. As intervenções resultaram em uma redução de 3,4 pontos (IC 95%: -3,9 a -2,8) na dor e um aumento de 12,5 pontos (IC 95%: 9,5 a 15,6) na função. Conclusão: O treinamento resistido de membros inferiores resulta em melhorias significativas na dor e na função autorreferida em mulheres com DPF. Programas com 2-3 sessões semanais foram associados a maiores reduções na dor. Programas com maior número de séries foram associados a maiores melhorias na função, com as melhores respostas com 17 a 27 séries por sessão três vezes por semana.