PPGCR - Dissertações
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando PPGCR - Dissertações por Data de Publicação
Agora exibindo 1 - 20 de 198
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Análise dos fatores determinantes da capacidade funcional de idosos residentes na comunidade(2012) Boggio, Elenice da Silveira Bissigo; Rosa, Luis Henrique Telles da; Faria, MarceloO envelhecimento populacional brasileiro é uma realidade e provoca novas demandas na área da saúde do idoso. Neste contexto, saúde não significa mais a ausência de doenças e, sim, a manutenção da capacidade funcional. Objetivos: Verificar o grau de independência funcional de idosos residentes em uma área adscrita da vila do IAPI (Instituto de Assistência e Previdência dos Industriários) em Porto Alegre e correlacionar o grau de independência funcional com variáveis demográficas, de saúde e de apoio social. Métodos: Se trata de um estudo transversal, de base populacional, em que os dados foram obtidos através de visitas domiciliares. A amostra foi avaliada com as escalas de Katz e Lawton, e o nível de atividade física, pelo IPAQ – versão 6. Os dados foram analisados pelo SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 17.0, por meio de análises bivariada e multivariada pela Regressão de Poisson hierárquica. Resultados: Foram entrevistados 401 idosos, sendo que 66,3 % classificados como independentes nas atividades básicas e instrumentais de vida diária (ABVDs e AIVDs). Os fatores associados à independência funcional foram: ocupação (RP= 1,18), idade (RP=0,97), ser ativo ou muito ativo fisicamente (IPAQ) (RP=6,86) e participar de grupos de apoio (RP=1,21). A depressão associou-se negativamente com a independência funcional (RP= 0,77). Conclusões: O estudo mostrou que a independência funcional esteve relacionada a: ter menos idade, ter atividade remunerada, participar em grupos de convivência e ser ativo fisicamente.Item Maturidade visomotora e funções executivas de crianças em idade escolar(2013) Oliveira, Ana Luisa Silva de; Reppold, Caroline Tozzi; Lukrafka, Janice LuisaA Neurociência Cognitiva é o campo de estudo que vincula o cérebro e outros aspectos do sistema nervoso ao processamento cognitivo e, por fim, ao comportamento. A relação de dois importantes construtos na neuropsicologia cognitiva foi abordada nesta pesquisa: a maturidade visomotora (MV) e as funções executivas (FEs). A MV é uma complexa função integrativa que compreende tanto a percepção como a expressão motora desta percepção, e indica que estão sujeitas a um processo de maturação neurológica. Já as FEs, consistem em um conjunto de habilidades cognitivas que, de forma articulada, permitem ao indivíduo a organização de tarefas como designar metas, avaliar a eficiência e a adequação do comportamento de acordo com as situações, abandonar estratégias impróprias em prol de outras mais eficientes ou convenientes, e, ainda, resolver problemas. Os instrumentos validados cujas características psicométricas podem ser consideradas suficientes para sua cautelosa utilização na avaliação dos construtos supracitados são, respectivamente, Teste Gestáltico Visomotor de Bender – Sistema de Pontuação Gradual (B-SPG) e Teste Wisconsin de Classificação de Cartas(WCST). Objetivo: Investigar a relação entre os escores dos testes B-SPG e WCST. Foram incluídas no estudo 85 crianças hígidas, de 7 a 10 anos de idade. Os instrumentos utilizados foram o B-SPG, o WCST, o Teste Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (para avaliação de critério de exclusão) e as Figuras Complexas de Rey. Os dados foram coletados em escolas públicas de Porto Alegre e analisados por meio de procedimentos estatísticos descritivos e inferenciais. Para averiguação do tipo de distribuição dos dados foi realizado o Teste Kolmogorov-Smirnov. Para a análise de correlação entre os escores dos testes foi realizada a Correlação de Pearson, para dados com distribuição normal e/ou a Correlação de Spearmam para o caso anormalidade dos dados. O nível de significância adotado foi de 5%, sendo, portanto, considerados estatisticamente significativos valores de p≤0,050. Os resultados foram discutidos à luz das teorias neuropsicológicas e desenvolvimentais. Resultados:A correlação entre a medida do B-SPG e os escores totais do WCST foi negativa e significativa, sugerindo que quanto maior o estado maturacional das FEs, menor será o número de erros ou distorções das figuras no Teste de Bender. As variáveis Tipo de Cópia (p<0,001), Cópia Total (p<0,001) e Memória Total (p<0,001), que compõem o Teste de Reyapresentaram significância estatística quando correlacionadas ao escore total do B-SPG. Discussão:Os resultados foram discutidos com o intuito de estudar o desenvolvimento das habilidades visomotoras e das FEs de crianças em idade escolar e buscar evidências de relação entre os instrumentos que compuseram a bateria neuropsicológica.Conclusão:Em vista de não terem sido encontrados estudos que relacionassem os testes B-SPG e WCST para avaliação dos construtos MV e FEs, respectivamente, a presente pesquisa apresenta caráter de ineditismo e aponta para a importância de novos estudos serem realizados, com a perspectiva de ampliarem o leque a respeito desse assunto.Item Estudo da distribuição de pressão plantar, alinhamento dos joelhos e arco plantar na osteoartrite de joelho(2013) Kiefer, Tiago; Silva, Marcelo Faria; Rosa, Luis Henrique Telles daOs objetivos deste estudo são: a) descrever os tipos de arco longitudinal medial dos pés; b) descrever o alinhamento frontal dos joelhos; c) bem como comparar a distribuição do pico de pressão plantar de sujeitos com diferentes graus de Osteoartrite de Joelho (OAJ) e sem OAJ. Foram avaliados 29 pessoas divididas em 3 grupos (Controle, OAJ grau 2 e OAJ graus 3 e 4) para as seguintes variáveis: pico de pressão plantar e arco longitudinal medial por meio da baropodometria (Novel gmbh – Sistema EMED X/R, Alemanha), alinhamento frontal do joelho por meio do ângulo quadricipital e através do método de fotogrametria digital, amplitude de movimento via fleximetro (Sanny – Modelo Fl6010, Brasil) e dor momentânea nas articulações dos membros inferiores, via escala visual analógica. Todos os pacientes com OAJ foram classificados de acordo com o raio-x e conforme a escala de Kelgren-Lawrance. Esta investigação teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Parecer 11-828). Foram utilizadas análises estatísticas descritiva e comparativa (KruskalWallis e ANOVA- One way) através do software SPSS (Social Package for Social Sciences) for Windows versão 18.0. Encontrou-se um predomínio de joelhos varo nos 3 grupos (Controle: 42,9%, OAJ grau 2: 52,9% e OAJ graus 3 e 4: 65%), de pés cavos no grupo controle (45,4%) e OAJ grau 2 (50%), bem como de pés planos na OAJ graus 3 e 4 (50%). Na comparação intra-grupo do pico de pressão plantar observou-se que o antepé foi a região com maiores valores em relação as demais áreas dos pés e nos 3 grupos em estudo. Já na comparação entre grupos do pico de pressão plantar, evidenciou-se que os sujeitos com OAJ graus 3 e 4 apresentam menores valores no retropé (275,65 ± 48,25) em relação ao grupo controle (331,13±70,68) e menores valores no antepé (392,64 ± 91,50) em relação ao grupo OAJ grau 2 (490,30 ± 98,71). Por fim conclui-se que os indivíduos com OAJ mais acentuada demonstraram uma alteração no padrão de pressão plantar. Tais alterações devem ser observadas com cuidado pelos fisioterapeutas, afim de minimizar a lesão já existente no membro inferior. Nesse sentido a avaliação da pressão plantar se mostrou um método relevante para avaliação das cargas impostas ao membro inferior na OAJ, tendo ainda a necessidade de mais investigações para esclarecer estas relações.Item A capacidade física como preditor do risco de internação hospitalar de idosos(2013) Santos, Fernanda Cecília dos; Rosa, Luis Henrique Telles da; Silva, Marcelo FariaINTRODUÇÃO: O envelhecimento da população é uma tendência mundial e exige reorganização de ordem política, econômica e social, em especial na área da saúde, pois essa população necessita intensamente de cuidados em saúde. A avaliação do risco de internação hospitalar propõe encontrar indicadores preditivos da intensa utilização dos recursos de saúde por idosos. Entretanto, variáveis de capacidade física ainda não foram correlacionadas com o risco de internação hospitalar em idosos. OBJETIVO: Analisar a associação entre a capacidade física e o risco de internação hospitalar de idosos. MÉTODOS: O estudo realizado foi epidemiológico, transversal e analítico. A amostra de idosos foi selecionada aleatoriamente de uma das Equipes de Saúde da Família da Vila do IAPI, bairro Passo d` Areia, município de Porto Alegre. Foram utilizados os seguintes instrumentos: questionários para obtenção dos dados demográficos e epidemiológicos, questionário de avaliação do risco de internação hospitalar de Boult, teste de Sentar e Levantar de Rikli e Jones para a avaliação da força de membros inferiores, Teste de Sentar e Alcançar de Rikli e Jones para a avaliação da flexibilidade, Dinamometria de Preensão Palmar para avaliar a força de membros superiores, Escala de Equilíbrio de Berg para a avaliação de Equilíbrio. Os dados foram analisados utilizando-se o SPSS, versão 17.0. Para fins de comparação, com os parâmetros da capacidade física, o risco de internação hospitalar foi ajustado em dois grupos: baixo-médio e médio alto-alto. Foram realizados os testes de normalidade de Kolmogorov-Smirnov e Levene e realizada a análise multivariada de regressão de Poisson a fim de controlar os fatores de confusão e avaliar fatores independentemente associados com o risco de internação hospitalar médio alto-alto. O critério para entrada da variável no modelo foi apresentar um valor p<0,20 na análise bivariada. O nível de significância adotado foi de p≤ 0,05. RESULTADOS: As variáveis físicas que permaneceram associadas ao risco de internação hospitalar médio alto-alto foram as de força de membros inferiores (RP = 1,78; IC 95% = 1,04-3,04) e flexibilidade (RP = 2,13; IC 95% = 1,28-3,56) CONCLUSÃO: Houve uma correlação negativa entre os baixos níveis de força de membro inferior e de flexibilidade com um risco médio alto-alto de internação hospitalar. O risco de internação hospitalar médio alto-alto aumenta em 78% quando existe alteração de força de membro inferior e em 113% quando ocorre alteração de flexibilidade.Item Mensuração de sintomas de ansiedade e de depressão pré e pós-fonoterapia em pacientes com alterações vocais(2013) Martinez, Chenia Caldeira; Cassol, MauriceiaEstudos na literatura descrevem a interrelação entre a produção da voz e o estado emocional. Em oposição, existem poucos estudos clínicos que analisem os sintomas de ansiedade e de depressão em pacientes disfônicos. O objetivo deste estudo foi mensurar a qualidade vocal e os sintomas de ansiedade e de depressão pré e pós-fonoterapia em pacientes com disfonia. Trata-se de um ensaio clínico não controlado que avaliou pacientes disfônicos em um Ambulatório de Fonoaudiologia de um Hospital do sul do Brasil. A análise estatística foi realizada por meio de estatística descritiva e pelos testes Mann-Whitney, Wilcoxon e Correlação de Pearson, assumindo-se nível de significância máximo de 5% (p≤0,05), pelo Programa SPSS 16.0. Todos os pacientes foram avaliados por um otorrinolaringologista para diagnóstico de alteração laríngea previamente. A análise perceptivo-auditiva da voz (Escala GRBASI) e a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) foram os instrumentos utilizados por este estudo nos períodos pré e pós-fonoterapia. Referente à fonoterapia, foram utilizados os seguintes métodos terapêuticos: atividades de orientação, psicodinâmica e treinamento vocal, com o uso de técnicas e exercícios com intuito de favorecer o uso satisfatório da voz e da comunicação humana. Estas intervenções terapêuticas foram adaptadas e customizadas à personalidade e à condição clínica do paciente. Dos 68 pacientes incluídos, não houve perdas ou exclusões. Destes, 23 (33,82%) eram homens, com idade média de 49 anos (desvio padrão de 19,14). O número de sessões de fonoterapia variou conforme o caso, apresentando média de 10,31 (desvio padrão de 5,32). A prevalência dos sintomas de ansiedade foi de 39,7% em mulheres e 14,7% em homens. Quanto aos sintomas de depressão, obteve-se 20,59% em mulheres e 11,76% em homens. As comparações entre encaminhamento psicológico ou psiquiátrico e idade evidenciaram significância estatística (p=0,02), demonstrando que jovens foram mais referenciados às especialidades por suspeita de serem casos clínicos em potencial. As comparações entre parâmetros vocais e escores da HADS nos períodos pré e pós-fonoterapia apresentaram diferença estatisticamente significativa em todos os parâmetros, indicando que a fonoterapia melhora a qualidade vocal e reduz os sintomas de ansiedade e de depressão. Atribui-se a redução destes sintomas aos efeitos do encaminhamento à Psicologia e Psiquiatria, ao relaxamento e motivação promovidos pelas técnicas da fonoterapia e à mudança do comportamento do paciente frente aos cuidados de saúde. Os achados indicam elevado número de disfônicos com sintomas de ansiedade e depressão, com melhora da qualidade vocal e redução destes sintomas após fonoterapia da voz. Destaca-se a necessidade de realização de ensaios controlados na área e a importância de intervenções interdisciplinares, principalmente entre profissionais da voz, Psicologia e Psiquiatria, para o atendimento completo do indivíduo com disfoniaItem O uso de uma órtese para a reeducação da marcha hemiparética com Genu Recurvatum: efeitos sobre a distribuição das pressões plantares(2013) Cardoso, Éder Kröeff; Rosa, Luis Henrique Telles da; Silva, Marcelo FariaMais da metade de pacientes com hemiparesia crônica pós Acidente Vascular Encefálico pode desenvolver o problema do genu recurvatum. A incorporação de um novo dispositivo ortótico para facilitar a reeducação da marcha pode contribuir no processo de reabilitação desse perfil de paciente. Neste trabalho, comparou-se o comportamento da distribuição do pico de pressão plantar antes e após o treinamento com uma nova órtese para reeducação da marcha. Ela foi elaborada com o objetivo de promover melhor alinhamento biomecânico, bem como estímulo proprioceptivo de forma a facilitar a ação dos grupos musculares flexores de joelho; facilitando o padrão de ativação contrário ao que ocorre durante o genu recurvatum. Trata-se de um estudo quase-experimental do tipo antes e depois com doze pacientes adultos hemiparéticos que apresentavam genu recurvatum na marcha. Realizaram-se registros de baropodometria dinâmica em três momentos: sem a órtese, utilizando a órtese e após dez sessões de treinamento da marcha com auxílio da órtese. Os picos de pressão plantar nas regiões do retropé, mediopé, antepé e dedos foram comparados nos diversos momentos do estudo. O comportamento da pressão plantar sobre o retropé do lado parético demonstrou menor pico de pressão sem a órtese, assim como ao utilizá-la sem prévio treinamento. No entanto, após dez sessões de reeducação da marcha com a órtese, a redistribuição das pressões plantares evidenciou maior simetria na fase de apoio, principalmente pela diminuição da pressão sobre o antepé no lado parético. Concluiu-se que apenas o uso da órtese, sem um período de treinamento, não foi capaz de modificar o padrão de distribuição da pressão plantar. Somente após dez sessões de reeducação da marcha com a órtese, o aumento do pico de pressão sobre retropé, associado à diminuição da pressão sobre o antepé no lado acometido configuram um padrão de distribuição plantar mais simétrico e próximo do normal.Item Verificação da eficácia do uso de tubos de ressonância na terapia vocal com indivíduos idosos(2013) Santos, Sabrina Braga dos; Cassol, MauriceiaIntrodução: O crescimento do número de idosos torna cada vez mais necessária abordagens específicas que possibilitem conduzir as alterações do envelhecimento. Dentre essas alterações está o envelhecimento vocal que ocasiona mudanças na comunicação e por efeito deste fato interfere nas atividades de vida diária do idoso. Objetivo: Verificar a eficácia do uso da técnica “tubos de ressonância” em um grupo de indivíduos idosos com queixas de alterações respiratórias e vocais. Métodos: A amostra foi composta por residentes de uma instituição de longa permanência para idosos, divididos igualmente entre grupo de pesquisa (G1) e grupo de controle (G2). Foram incluídos na pesquisa 42 idosos, dos quais 30 do sexo feminino, na faixa etária entre 62 e 93 anos de idade. Foi aplicado um inventário sociodemográfico seguido da espirometria e da gravação das vozes antes e depois da intervenção. O G1 participou de 6 sessões com a técnica “tubos de ressonância” e o G2 participou de 6 oficinas temáticas sobre saúde vocal. As vozes gravadas foram analisadas segundo critérios da escala GRBASI. Resultados: O grupo G1 obteve melhora estatisticamente significativa enquanto o grupo controle G2 não obteve mudança vocal significativa. A avaliação espirometrica obteve melhor desempenho dos participantes após a terapia no G1 e pior desempenho dos mesmos no G2. Conclusão: A técnica finlandesa de tubos de ressonância apresentou eficácia na terapia junto aos indivíduos idosos com sintomas de envelhecimento vocal, auxiliando nos padrões de comunicação e respiração.Item Efeitos de implantes de células-tronco sobre o desempenho de ratos em um modelo de doença de Alzheimer(2013) Bertuzzi, Leticia Domingues; Oliveira Júnior, Alcyr Alves de; Cassol, MauriceiaAtualmente, a doença de Alzheimer é a mais prevalente enfermidade neurodegenerativa associada ao envelhecimento e à disfuncionalidade no sistema nervoso central. Caracteriza-se clinicamente pelo progressivo prejuízo das funções cognitivas, em especial, pela perda da memória. No entanto, outras funções como a atenção, orientação, capacidade de planejamento e organização de ideias também ficam comprometidas, levando à inabilidade de viver independente. Esses prejuízos resultam de alterações estruturais e funcionais de várias áreas do córtex cerebral. Evidências neuropatológicas da doença de Alzheimer incluem a presença de placas peptídicas de proteína βAmilóide associadas a redes de neurofibrilamentos em corpos celulares no prosencéfalo basal e nas vias colinérgicas neocorticais. O tratamento farmacológico atual não é curativo, mas paliativo. Assim, pesquisas sobre implantes de células-tronco surgem como uma perspectiva promissora para o tratamento curativo de doenças do sistema nervoso central. Tendo isso em vista, o presente estudo propôs investigar o efeito de implantes de célulastronco oriundas da polpa dental de dente decíduo humano, de tecido adiposo humano e tecido renal de camundongos sobre o comportamento de ratos com lesões no núcleo basal magnocelular, em um modelo de doença de Alzheimer. Para o estudo, foram utilizados ratos Wistar, machos, adultos. À exceção do grupo controle, todos os animais receberam infusões unilaterais de AMPA para a lesão do núcleo basal magnocelular. Transcorridos 21 dias das cirurgias para a lesão, os animais receberam os implantes de células-tronco. Após a recuperação, os roedores foram avaliados nos testes do campo aberto, labirinto em T-Elevado e reconhecimento de objetos. Exames imunohistológicos foram realizados, a fim de comprovar a lesão e o comportamento das células-tronco implantadas. Os resultados evidenciaram que animais implantados com células-tronco de tecido adiposo humano e dentina humana obtiveram melhora no desempenho comportamental quando comparados ao grupo lesão.Item Efeitos do huperzine-A sobre o desempenho de memória e comportamento exploratório de ratos em um modelo de doença de Alzheimer(2013) Ourique, Anna Aracy Barcelos; Oliveira Júnior, Alcyr Alves deA doença de Alzheimer (dA) é uma patologia neurodegenerativa, progressiva que, até o momento, não tem perspectiva de cura. O tratamento atual concentra-se na administração de fármacos com ação inibidora da acetilcolinesterase. O uso concomitante de fármacos com ação antioxidante, tem se mostrado uma estratégia promissora. Estudos recentes sugerem que o Huperzine-A (Hup-A) representa esta classe de drogas com potente ação inibitória da acetilcolinesterase, associado a efeito neuroprotetor e grande potencial para o tratamento da dA. O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos do Hup-A em um modelo animal de dA caracterizado pela depleção de neurônios do núcleo basal magnocelular (NBM). Assim, ratos Wistar machos foram submetidos a cirurgias estereotáxicas para produção de lesões do NBM através de infusões de AMPA ( -amino-3-hydroxy-5methyl-4-isoxazole-propionate). Os animais foram distribuídos em 4 grupos : sham+salina, sham+Hup-A, lesão+salina lesão+Hup-A. Após 21 dias de recuperação pós-cirurgia de lesão, os grupos sham+salina e lesão+salina receberam injeção de solução salina e os animais dos grupos sham+Hup-A e lesão+Hup-A, receberam injeção intraperitoneal de Hup-A (0,2mg/Kg). Trinta minutos após a injeção foram submetidos ao campo aberto (CA) para avaliar a atividade motora, exploração e habituação; logo após passaram pelo teste de reconhecimento de objetos (RO) para avaliação da memória de reconhecimento, seguido pelo teste do labirinto em T-elevado (LTE), para avaliar o desempenho da memória emocional. Os resultados indicaram que o grupo lesão+Hup-A teve mais deambulação CA que os grupos sham+salina e sham+Hup-A. Não ocorreram diferenças significativas entre os grupos no teste de RO. No LTE, foi observado que os animais do grupo lesão+Hup-A retornavam ao braço fechado em tempo menor que o grupo sham+salina. Após os testes comportamentais, os animais foram sacrificados e os cérebros imunoistologicamente examinados para localização da lesão colinérgica. Os resultados observados sugerem que o Hup-A tem potencial influência sobre a memória e comportamento exploratório neste modelo.Item Avaliação da capacidade de exercício, força muscular respiratória e periférica, e qualidade de vida de crianças e adolescentes transplantadas renais e com síndrome nefrótica(2013) Thomazi, Carolina Pacheco de Freitas; Lukrafka, Janice LuisaA Insuficiência Renal Crônica (IRC) gera repercussões metabólicas, cardiovasculares, musculoesqueléticas e, ainda, emocionais. O transplante renal propicia maior sobrevida às crianças e adolescentes que sofrem de IRC. Entretanto, pacientes pediátricos transplantados renais devido à IRC, podem apresentar, mesmo após o transplante, alterações na capacidade de exercício, na força muscular (FM)periférica e respiratória, e na qualidade de vida (QLV). Já a Síndrome Nefrótica (SN) é caracterizada por proteinúria associada à presença de hipoalbuminemia e edema. As alterações nestes pacientes estão relacionadas à fase aguda, sendo que grande parte delas respondem satisfatoriamente ao tratamento clínico com corticoterapia, apresentando remissão da proteinúria e, consequentemente reduzindo as complicações como a IRC. Atualmente, a literatura encontrada acerca da população de crianças e adolescentes transplantadas renais, ou naquelas com SN apresentase heterogênea em sua metodologia, não sendo conclusivos em relação às alterações da capacidade de exercício, FM e QLV. Desta forma, justifica-se a. necessidade de um estudo para avaliar a influência dessas doenças nas variáveis. em questão. Portanto, a presente pesquisa teve como objetivo primário avaliar a. capacidade de exercício submáximo, a FM periférica e respiratória, e a QLV de. pacientes pediátricos transplantados renais e, ainda, compará-las a pacientes com. diagnóstico de SN. Além disso, correlacionar as variáveis em questão. Foram avaliados pacientes com idades entre sete e 18 anos, acompanhados no Ambulatório de Nefrologia do Hospital da Criança Santo Antônio, submetidos ao transplante renal (grupo Tx), e crianças com diagnóstico de SN (grupo SN). As crianças realizaram o Teste de Caminhada de 6 minutos, TC6' (para avaliação da capacidade de exercício), a manuovacuometria (para obtenção das pressões inspiratória e expiratória máximas, Pimáx e Pemáx), dinamometria isocinética e o teste de preensão palmar (para avaliação da força muscular periférica), e ainda responderam ao questionário de qualidade de vida PedsQLTM 4.0 (para avaliação da. QLV). No TC6' o grupo Tx percorreu em média 83,5% da distância predita no referido teste, e o grupo SN 79,1%. Os pacientes transplantados atingiram 77,1% do valor predito da Pimáx e o grupo SN 78,3%. Na Pemáx o grupo Tx obteve 65,8% do predito e o grupo SN 70,6%. Ambos os grupos apresentaram redução significativa destas variáveis em relação aos valores preditos (p<0,001), porém não diferiram entre si, somente na QLV, no qual os pacientes do grupo Tx obtiveram valores significativamente reduzidos (p=0,041) quando comparados ao grupo SN (72,2% vs.79,2%). O TC6' associou-se positivamente e significativamente com a Pemáx em ambos os grupos (Tx: r=0,561 p<0,001; SN: r= 0,471 p=0,015). Além disso, no grupo. Tx encontramos correlações entre TC6' e FM periférica de extensão de joelho (r=0,434 p=0,019). Concluímos que pacientes pediátricos transplantados renais, e com SN apresentaram redução da capacidade de exercício e da FM respiratória, mas não diferiram significativamente entre si . Ainda, as análises associativas indicam que quanto maior a FM periférica e Pemáx, melhor será a capacidade de exercício. Além disso, mostra-se a importância da realização de mais estudos afim de avaliar as alterações físicas, psicológicas e funcionais nesta população.Item Classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde para doentes renais crônicos em hemodiálise(2013) Giacomazzi, Cristiane Mecca; Plentz, Rodrigo Della MéaA Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) é um modelo que pertence à “família” de classificações internacionais da Organização Mundial de Saúde (OMS), foi proposta em 1991 e, sua utilização vem sendo estimulada por essa organização em todos os Sistemas de atenção a Saúde. No Brasil, seu uso pelo sistema único de saúde (SUS) ainda não foi totalmente implantada apesar da existência de orientações nesse sentido pelo Ministério da Saúde. Entre as dificuldades relatadas aparecem principalmente a extensão das categorias de classificação, que são aproximadamente 1500, e a falta de orientações quanto ao processo de ligação entre as avaliações clínicas e funcionais realizadas nos pacientes e a CIF. Nesse sentido o uso de “Core Sets” ou “itens essenciais” da CIF é um facilitador na sua utilização, no entanto, existem poucos Core Sets desenvolvidos ou adaptados à realidade brasileira. Portanto foi objetivo desse trabalho a realização da adaptação brasileira do Core Set proposto por Tsutsui e colaboradores (2009) para doentes renais crônicos em tratamento dialítico. Trata-se de um trabalho metodológico composto por duas etapas: 1- Revisão da literatura para identificar os Core Sets existentes na literatura nacional e adaptados à realidade brasileira; 2- Adaptação para o Brasil do Core Set proposto do Tsutsui e colaboradores (2009) para doentes renais crônicos. Como resultado da revisão da literatura foram encontrados 12 estudos sobre Core set da CIF publicados no Brasil, principalmente da região sudeste. Os temas publicados foram: fibromialgia, Aids, LER/DORT, diabetes mellitus, acidente vascular encefálico, paralisia cerebral, lombalgia, câncer de cabeça e pescoço, e doença de Parkinson. Para isso foram avaliados 12 pacientes com DRC em tratamento de hemodiálise e após procedeu-se a classificação segundo a CIF que resultaram nas seguintes categorias: Estruturas do corpo (nove), Funções do Corpo (dezessete), Atividades e Participação (dezessete), Fatores Ambientais (quinze). O estudo realizado possibilitou a adaptação para o Brasil do Core Set para pacientes com Doença Renal Crônica.Item Capacidade de exercício em crianças e adolescentes com cardiopatia congênita cianótica corrigida(2013) Feltez, Gabriela; Lukrafka, Janice Luisa; Pellanda, Lucia CamposA cardiopatia congênita atinge cerca de 8/1000 nascidos vivos no mundo. As alterações hemodinâmicas advindas da doença, associadas à insegurança dos familiares em permitir a realização de exercício, são responsáveis pela reduzida capacidade de exercício, determinando consequentemente um prejuízo na qualidade de vida. Objetivos: avaliar a capacidade de exercício em crianças e adolescentes com cardiopatia congênita cianótica corrigida. Secundariamente, avaliar a força muscular respiratória, os níveis séricos de peptídeo natriurético tipo B (BNP) e a função cardíaca bem como a possível associação entre estas variáveis. Métodos: Trata-se de um estudo transversal que avaliou 48 crianças e adolescentes de seis a 18 anos provenientes do ambulatório do Instituto de Cardiologia/Fundação Universitária de Cardiologia. Os pacientes realizaram teste de caminhada de seis minutos-TC6, avaliação das pressões inspiratória e expiratória máximas, dosagem sérica do peptídeo natriurético tipo B e ecocardiografia. Resultados: A média de idade foi de 13,3±4,1 anos e a cardiopatia mais prevalente foi a tetralogia de Fallot 54,2%, seguida da transposição de grandes vasos 16,7%. A média da distância percorrida no TC6‟ foi de 452,7±73,2 metros, valores significativamente abaixo (69%) do predito (p<0,001). A pressão inspiratória máxima foi acima do predito (111,4%) com média de 58,2±22,3 (p=0,56), e a média da pressão expiratória máxima foi de 63,2±23,3 cmH2O, significativamente abaixo (63%) do predito (p<0,001). Cinquenta por cento da amostra era eutrófica e 37,5% apresentaram sobrepeso/obesidade. O peptídeo natriurético tipo B foi elevado em todos os pacientes, sendo a mediana de 2087,17 (502,54 a 4768,05). A mediana da fração de ejeção ventricular foi de 65,9 (41 a 100). Não houve correlação entre o teste de caminhada de seis minutos e a fração de ejeção ventricular esquerda (r= -0,05; p= 0,72), a força muscular inspiratória (r= 0,03; p= 0,81), a força muscular expiratória (r= 0,09; p= 0,05) e o BNP (r= - 0,04; p= 0,77). Conclusão: Crianças e adolescentes com cardiopatia congênita cianótica demonstraram menor capacidade de exercício e força muscular expiratória. Não foram encontradas associações entre a capacidade de exercício, força muscular respiratória, peptídeo natriurético tipo B e fração de ejeção ventricular esquerda.Item Fortalecimento na terapia orientada à tarefa na função do membro superior em indivíduos com hemiparesia crônica: ensaio clínico randomizado(2013) Silva, Paulo Sérgio Bazile da; Pagnussat, Aline de SouzaA Terapia orientada à tarefa (TOT) vem sendo utilizada na reabilitação de indivíduos com hemiparesia crônica pós AVC com bons resultados, no entanto, não há um consenso sobre a utilização de exercícios de fortalecimento de carga em protocolos de TOT. O presente trabalho teve por objetivo, verificar os efeitos da carga na TOT, na função do membro superior de indivíduos com hemiparesia crônica pós AVC. Dessa forma, realizamos um estudo clínico randomizado, com avaliador “cego” quanto aos grupos experimentais. Vinte indivíduos com hemiparesia crônica incluídos e alocados de forma aleatória em dois grupos de intervenção: grupo TOT que realizou terapia orientada à tarefa sem carga e grupo TOT ST que realizou terapia orientada à tarefa com carga. As sessões foram de aproximadamente 30 minutos, 2 vezes por semana, ao longo de seis semanas totalizando 12 sessões. Como desfecho primário utilizamos o The Upper Extremity Performance Test (TEMPA). Os desfechos secundários foram força de flexores de ombro e de preensão, amplitude de movimento ativo de ombro, recuperação motora (Escala de Fugl-Meyer) e qualidade de tônus muscular (Escala de Ashworth modificada). As medidas foram realizadas antes do início do tratamento e depois de seis semanas de intervenção. Os resultados de ambos os grupos apresentaram melhoras nas atividades funcionais após treinamento, todavia o grupo TOT ST apresentou variação significativamente maior nos escores referentes a pontuação total em tarefas unilaterais (p=0,041) bem como nos aspectos relacionados à qualidade dos movimentos bilaterais (p=.0,049). Ainda no grupo TOT ST obtivemos ganho superior nos parâmetros de força muscular dos flexores de ombro (p=0,001), força de preensão manual (p=0,05), atividades de vida diária (p=0,015), Fugl-Meyer (p=0,001) quando comparados ao grupo TOT. Ambos os grupos não apresentaram alterações no tônus muscular. Com base nesses resultados pode-se afirmar que o treino orientado à tarefa quando realizado conjuntamente com treino de força é mais efetivo para a reabilitação de indivíduos com hemiparesia crônica pós AVC do que o treino orientado à tarefa sem carga.Item Efeitos do treinamento aeróbio prévio ao infarto do miocárdio na densidade celular e na imunorreatividade da proteína ácida fibrilar glial na amígdala medial póstero-dorsal de ratos com insuficiência cardíaca(2013) Salazar, Ana Paula da Silva; Rasia Filho, Alberto Antonio; Pagnussat, Aline de SouzaEstudos prévios têm demonstrado que o exercício aeróbio tem efeitos neuroprotetores enquanto o infarto do miocárdio (IM) e a insuficiência cardíaca (IC) podem causar morte neuronal e gliose reativa na amígdala como um todo. O núcleo póstero-dorsal da amígdala medial (MePD) está envolvido com reflexos cardiovasculares, no controle central da resposta simpática/parassimpática. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos do exercício prévio ao IM/IC na densidade de células neuronais e gliais e na imunorreatividade da proteína ácida fibrilar glial (GFAP-ir) no MePD de ratos machos adultos. Os grupos estudados foram: (1) controle não-manipulado (Cont), (2) ratos sedentários submetidos à cirurgia fictícia de IM (Sed Sham), (3) ratos sedentários submetidos à oclusão cirúrgica da artéria coronária esquerda (Sed IC), (4) ratos submetidos a treinamento aeróbio (corrida em esteira adaptada por 20 min, 3 vezes/semana ao longo de 4 semanas) e à cirurgia sham (T Sham), e (5) ratos também treinados submetidos ao IM (T IC). Os ratos apresentaram melhora significativa do desempenho físico, observados por meio do incremento do tempo e da velocidade no teste de esforço, realizado antes e após o protocolo de treinamento. Os ratos infartados apresentaram área de lesão média de, aproximadamente, 40% da parede do ventrículo esquerdo. Após 5 semanas da indução da IC pelo IM, o número de neurônios e células gliais no MePD foi estimado utilizando a técnica de estereologia por fracionador óptico e a GFAP-ir foi quantificada por densitometria óptica. Os resultados foram obtidos a partir da coluna medial do MePD (MePDm), que apresenta grande quantidade de células densamente agrupadas, no lado direito e esquerdo, ao longo dos aspectos rostral e caudal do MePD. Os resultados mostraram efeito de lateralização hemisférica sobre a densidade de neurônios (maior no MePD direita), mas não houve diferença significativa na avaliação das densidades tanto neuronais e gliais (p> 0,1). Por outro lado, a GFAP-ir regional revelou uma interação significativa entre lateralidade hemisférica e condição experimental, onde o grupo Sed IC apresentou aumento da expressão de GFAP no MePD à esquerda em comparação com o grupo Cont e o Sed Sham (p <0,01). Os presentes dados não evidenciaram modificação na densidade celular após treinamento prévio e/ou IM/IC no MePD, mas indicam uma possível reestruturação no citoesqueleto astrocitário após IM/IC.Item Avaliação da capacidade de exercício, força muscular, função pulmonar e qualidade de vida de crianças e adolescentes transplantados renais(2013) Frantzeski, Michelle Hagi; Lukrafka, Janice Luisa; Garcia, Clotilde DruckO transplante renal é a melhor opção de tratamento da doença renal crônica terminal. Entretanto, as sequelas da doença prévia e da terapia medicamentosa utilizada após o procedimento parecem causar prejuízos na capacidade funcional e na qualidade de vida de crianças e adolescentes submetidas a esta terapia. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a capacidade de exercício, a força muscular periférica e respiratória, a função pulmonar e a qualidade de vida de crianças e adolescentes submetidos ao transplante renal. Foi realizado um estudo transversal com pacientes entre seis e 18 anos em acompanhamento no ambulatório de nefrologia pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio. Os pacientes foram submetidos ao Teste de Caminhada dos Seis Minutos (TC6), à dinamometria isocinética e de preensão palmar, à medida das pressões respiratórias máximas, à espirometria e responderam o questionário de qualidade de vida Pediatric Quality of Life Inventory (PedsQL). Foram avaliados 47 pacientes com idade 13.1 ± 2.7 anos e mediana de tempo de transplante de 34 meses. Os pacientes apresentaram distância percorrida no TC6 e valores de pressões respiratórias máximas significativamente menores que os valores previstos (p<0.001). A força dos principais grupos musculares avaliados (flexores de cotovelo 90º e extensores de joelho 120º) foi respectivamente 21.6 ± 10.9 N-m/s e 72.9 ± 29.2 N-m/s. Os valores espirométricos não demonstraram prejuízo da função pulmonar. Os escores do (PedsQL) revelaram comprometimento da qualidade de vida sendo a dimensão escolar a mais afetada. Concluímos que a capacidade de exercício e as pressões respiratórias estão diminuídas e a qualidade de vida está prejudicada nos pacientes pediátricos após o transplante renal.Item Efeitos de duas intervenções em professores com queixas vocais: ensaio clínico randomizado(2013) Anhaia, Tanise Cristaldo; Cassol, MauriceiaIntrodução: Diferentes abordagens terapêuticas têm sido utilizadas para prevenir e reduzir distúrbios vocais em professores, os quais são os profissionais da voz que apresentam maior predisposição a desenvolver alterações na voz. Objetivo: Comparar os efeitos da terapia manual perilaríngea e do treinamento vocal em professores com queixas vocais. Métodos: Participaram 42 professores universitários, estes foram randomizados para um dos grupos: massagem manual perilaríngea (G1) e treinamento vocal (G2). As intervenções foram avaliadas por meio da autopercepção vocal, relato de sintoma vocal, avaliação da tensão, análises perceptivo auditiva e acústica da voz. Os testes utilizados para comparação intragrupo e intergrupo foram, respectivamente, Wilcoxon e U de Mann-Whitney. Resultados: Os sintomas vocais mais referidos foram sensação de secura na garganta e rouquidão antes (66,6%, 40,4%,respectivamente) e após (30,9%, 14,2%, respectivamente) as intervenções. Não existiu diferença entre os grupos quanto ao escore total e aos escores parciais do PPAV. O G1 apresentou diferença intragrupo (valor de p=0,006) para a autopercepção da dor, e manteve o número de participantes com grau moderado de disfonia, porém reduziu com relação ao grau discreto (70%), aumentando a porcentagem de sujeitos com grau normal (25%). O G2 manteve os resultados da análise perceptiva auditiva após a intervenção. Os parâmetros acústicos não apresentaram diferença entre os grupos. Conclusão: As duas intervenções contribuíram para melhorar o bem-estar e a qualidade vocal dos participantes, cabendo ao profissional Fonoaudiólogo decidir qual utilizará, observando as queixas e a demanda vocal do professor. TC=3123.Item Efeito do peso em membros inferiores na marcha de indivíduos com ataxia espinocerebelar III (SCA3)(2014) Eltz, Giovana Duarte; Rieder, Carlos Roberto de MelloIntrodução: A utilização de peso na região distal dos membros inferiores (MI) melhora o equilíbrio estático, antecipatório e reativo, assim como a coordenação da marcha e tremor cerebelar de pacientes com ataxia. O objetivo deste estudo foi avaliar a marcha de indivíduos com ataxia espinocerebelar tipo 3 (SCA3) com o emprego de peso nos membros inferiores. Métodos: Trata-se de um estudo quase experimental, onde a investigação foi realizada com 25 sujeitos com diagnóstico de doença SCA3 (doença de Machado Joseph) com ataxia na marcha. Para serem incluídos os indivíduos deveriam ter entre 25 e 65 anos, diagnóstico de SCA3 confirmada molecularmente e deambulantes. Foram excluídos os indivíduos que necessitavam de auxilio de dispositivos para marcha (muletas, cadeira de rodas, órteses), que tenham a pontuação ≥ 4 no item da marcha na Escala para Avaliação e Graduação de Ataxia (SARA) ou incapazes de deambular por mais de 10 m. Todos pacientes foram avaliados nas seguintes condições: marcha sem intervenção de peso, caneleira placebo (42 g), com peso de 0,5 kg e 1 kg. Os pacientes foram avaliados quanto aspectos da ataxia da marcha por meio dos itens 1, 2, 3 e 8 da escala de SARA. A avaliação cinemática da marcha foi feita por meio da colocação de um cinto com o acelerômetro e giroscópio (Free4Act system – PROTOCOL WalkL5 Ver. 1.6 durante uma caminhada por 10 m), avaliando velocidade, cadência, comprimento do passo, duração da passada, fase de apoio, fase de balanço, duração de duplo apoio e de apoio simples e as oscilações do tronco em relação à flexão e extensão, flexão lateral e rotações. Ao final das avaliações os participantes foram questionados, qual a preferência deles em relação as caneleira utilizadas para deambulação. As frequências absolutas e em percentual foram calculadas para as variáveis qualitativas bem como média e desvio-padrão para as quantitativas. Para a comparação dos grupos, utilizou-se um modelo de equações generalizadas GEE (Generalized Estimating Equations) que permite comparar mais de dois grupos considerando a correlação existente entre as observações do mesmo paciente. Para as comparações duas a duas, utilizou-se a correção de Bonferroni. O nível de significância adotado foi 5%. As análises foram procedidas no software SPSS versão 18. Resultados: Na pontuação da SARA, comparação entre as caneleiras, tivemos uma diminuição da pontuação com a utilização dos pesos de 0,5 kg e 1 kg. Na avaliação da impressão dos pacientes 80% dos mesmos referiram beneficio com uso de caneleira com algum peso. A velocidade e cadência da marcha apresentaram redução significativa com utilização de caneleiras. Os demais itens do ciclo da marcha não tiveram diferença estatística. Conclusão: A adição de peso na região distal dos membros inferiores melhorou a graduação da SARA, diminuiu a velocidade e a cadência da marcha, ficando com parâmetros mais próximos da normalidade. Além disso, os indivíduos relataram melhora para deambular logo após a colocação dos pesos. A utilização de caneleiras em pacientes com SCA3 traz benefício no distúrbio atáxico apresentado por estes indivíduos.Item Análise do controle postural estático em diferentes condições visuais e durante teste de dupla tarefa em idosas com e sem histórico de quedas(2014) Ribeiro, Joane Severo; Rosa, Luis Henrique Telles da; Silva, Marcelo FariaNo Brasil, dados preliminares do censo demográfico de 2010 evidenciaram o alargamento do topo da pirâmide etária, junto a isso vem a preocupação com a qualidade de vida dessa população. Visto que o processo de envelhecimento tem associado a ele alterações fisiológicas, que podem predispor tal população a quedas, o presente estudo analisa e compara o controle postural de mulheres idosas com e sem histórico de quedas, em diferentes condições visuais e durante teste de dupla tarefa cognitiva e visual. Trata-se de um estudo transversal realizado com 30 mulheres idosas 67±6 anos, divididas em dois grupos: grupo 1 que sofreram ao menos uma queda no último ano e grupo 2 que não caíram no último ano. A análise do controle postural foi realizada utilizando-se uma plataforma de força para a obtenção dos dados referentes ao centro de pressão (COP) e um sistema de cinemetria para a obtenção dos dados de centro de massa (CM). As idosas foram avaliadas nas situações: olhos abertos, olhos abertos com supressão da visão de 50%, olhos fechados e teste de dupla tarefa stroop color. Os dados foram analisados utilizando-se o programa estatístico SPSS 13.0. A normalidade foi verificada através do teste de Shapiro-Wilk e após, realizado teste t de Student para dados paramétricos e U de Mann Whitney para dados não paramétricos. Os resultados apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre idosas com e sem relato de quedas nas situações de olhos abertos com supressão da visão em 50% (p<0,05 nas variáveis CMml e CMvel ; p<0,01 para CMelp ), e com olhos fechados (p<0,05 nas variáveis COPml, CMml, COPelp, CMvel ; p<0,01 para CMelp). Na situação de execução de dupla os resultados apresentaram diferença estatística significativa (p<0,01 para todas as variáveis; exceto COPvel ). Concluiu-se que as mulheres idosas com relato de pelo menos uma queda no último ano apresentaram um pior desempenho do controle postural estático com redução da capacidade visual. Tal desempenho é agravado quando as idosas necessitam realizar tarefas concomitantes (teste de dupla tarefa stroop color) sugerindo um maior risco de queda nessa situação.Item Avaliação proprioceptiva na Doença de Parkinson(2014) Artigas, Nathalie Ribeiro; Rieder, Carlos Roberto de MelloEstudos sugerem a existência de alterações na propriocepção de indivíduos com Doença de Parkinson (DP) e que a mesma esteja associada com a instabilidade postural presente nestes. Porém, existem poucos estudos avaliando a propriocepção cinético-postural dos membros inferiores desta população e qual sua relação com os sintomas motores presentes na DP. O objetivo deste estudo foi verificar a existência de alterações proprioceptivas em indivíduos com DP e a relação destas com os déficits motores, instabilidade postural, gravidade da doença e capacidade cognitiva. Trata-se de um estudo com delineamento transversal controlado, que avaliou pacientes com DP e comparou com pacientes saudáveis pareados por idade e sexo. A análise estatística foi realizada por meio de estatística descritiva e pelos testes Wilcoxon, Mann-Whitney, Kruskall-Wallis e Correlação de Spearman, assumindo-se nível de significância máximo de 5% (p≤0,05), pelo Programa SPSS 18.0. Utilizou-se o Montreal Cognitive Assessment (MoCA) para avaliação do estado mental, o estado funcional foi mensurado através da Unified Parkinsons Diseasae Rating Scale (UPDRS), a instabilidade postural pelo Pull Test e análise estabilométrica e o estadiamento da doença pela escala de Hohen & Yahr. A propriocepção cinético-postural foi avaliada utilizando-se o equipamento Biodex® Multi-JointSystem 4 Pro, onde foi verificado a capacidade de atingir os ângulos alvo de 45º e 75º de flexão de joelhos, sem auxílio da visão, e então foi registrada uma média dos erros angulares. Foram incluídos um total de 40 indivíduos no estudo, sendo 20 no grupo com DP (PG) e 20 no grupo controle (CG). Os grupos não diferiram significativamente quanto a cognição e escolaridade. Verificou-se que pacientes com DP apresentaram maiores erros angulares nas avaliações proprioceptivas do que indivíduos do CG (p=0,002). As oscilações do centro de pressão foram maiores nos indivíduos com DP em relação aos controles (p=0,002).. As alterações proprioceptivas estavam associadas com pior desempenho na avaliação cognitiva, com a presença de tremor como sintoma dominante e pior estado funcional no UPDRS. Os achados indicam a presença de alterações na propriocepção em indivíduos com DP e sua associação com prejuízos motores e cognitivos. A partir dos resultados do presente estudo, sugere-se que no processo de reabilitação dos indivíduos com DP sejam consideradas as alterações proprioceptivas.Item Efeitos de uma interferência auditiva no foco atencional e no desempenho de testes de leitura e de escrita(2014) Fernandes, Renata Adams; Oliveira Júnior, Alcyr Alves de; Vidor, Deisi Cristina Gollo MarquesIntrodução: O funcionamento do processo atencional durante o desenvolvimento é fundamental para a aquisição da linguagem. Níveis de ruído intenso costumam justificar a incapacidade de estudantes manterem o foco atencional. Objetivo Geral: Investigar os efeitos de diferentes níveis de ruído sobre atividades de escrita e leitura e sobre a capacidade de manutenção de atenção em estudantes. Métodos: A amostra foi composta por 162 estudantes entre o 3º e o 5º ano escolar que foram separados aleatoriamente em três grupos de acordo com a escolaridade: grupo controle (GC), experimental A (GEA) e experimental B (GEB). Os três grupos foram submetidos aos testes de Atenção Concentrada – AC, teste Avaliação de Leitura e de Palavras Isoladas e ao subteste de Escrita sob Ditado do International Dyslexia Test. Os grupos GEA e GEB foram submetidos aos testes em ambiente ruidoso com intensidade avaliada por meio de decibelímetro como 20 dB para o GEA e 40 dB para o grupo GEB. Os resultados foram analisados estatisticamente aplicando o teste de Kruskal-Wallis e o teste de correlação de Spearman com nível de significância adotado de 5%. Resultados: Os dados indicam que quanto maior o escore no teste de atenção, menor foi o tempo gasto em leitura e do número de erros no ditado. Em relação à influência do ruído sobre o foco atencional e o desempenho de leitura e escrita, verificou-se que nos três anos de escolaridade não houve interferência do ruído de 20 dB. Já nos três anos expostos ao ruído de 40 dB verificou-se um decréscimo nos escores do teste de atenção e um aumento de erros no teste de ditado. Comparando os níveis de escolaridade, no teste de leitura, o 4º ano diminuiu no tempo de leitura conforme a exposição ao ruído enquanto os sujeitos dos 3º e 5º ano gastaram mais tempo de leitura. Conclusão: Os resultados sugerem que a interferência auditiva (ruído) é capaz de influenciar a capacidade de foco de atenção em especial em níveis de ruído mais intenso (40 dB) bem como o desempenho de leitura e de escrita. Foi observado também que não houve influência do nível de escolaridade sobre os efeitos distratores do ruído. Quanto maior o ruído, maior a interferência na execução dos testes independente dos níveis entre 3º, 4º e 5º ano de escolaridade.