PPGCR - Dissertações

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    Tradução e adaptação transcultural da Stroke Rehabilitation Assessment of Movement (STREAM) para o português brasileiro
    (2024-07-17) Santos, Mylena Vargas Tonet dos; Pagnussat, Aline de Souza; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Introdução: Os métodos de avaliação pós Acidente Vascular Cerebral (AVC) são importantes para identificar o comprometimento do paciente, guiar a reabilitação e mensurar a eficácia do tratamento proposto. A Stroke Rehabilitation Assessment of Movement (STREAM) é um instrumento de medição utilizado para avaliar quantitativamente a coordenação, mobilidade funcional e amplitude de movimento após a ocorrência do AVC, mas ainda não é validado para o português brasileiro, por este motivo se faz necessário seguir o processo de tradução e adaptação transcultural utilizando uma metodologia específica, respeitando as equivalências conceituais, idiomáticas, semânticas e culturais. Objetivo: Realizar a tradução e adaptação transcultural da Stroke Rehabilitation Assmessment of Movement para o português brasileiro. Métodos: Trata-se de uma pesquisa metodológica de tradução e adaptação transcultural. Resultados: Foi compartilhado o banco de dados de todas as etapas para o comitê de especialistas, onde foram sugeridas as alterações, e então foi elaborada a versão pré-final do instrumento traduzido. A porcentagem de concordância de clareza e compreensão foi realizada por 45 fisioterapeutas para se chegar a versão final. Conclusão: Os achados deste estudo indicam os passos para a tradução e adaptação transcultural da Stroke Rehabilitation Assessment of Movement (STREAM) para o português brasileiro.
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    Influência da cognição na reabilitação vestibular de idosos com tontura crônica
    (2023-09) Lucas, Amanda; Beber, Bárbara Costa; Soldera, Cristina Loureiro Chaves; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    INTRODUÇÃO: O sistema vestibular é responsável pela manutenção do equilíbrio corporal e, assim como a cognição, tem sua função afetada pelo envelhecimento. A Reabilitação Vestibular é um método terapêutico que visa restabelecer o equilíbrio e minimizar ou até mesmo excluir as queixas de tontura, sendo eficaz para devolver a autonomia dos pacientes que aderem ao tratamento. No entanto, pouco se sabe sobre como a cognição dos indivíduos influencia no benefício que pode ser obtido com a Reabilitação Vestibular. OBJETIVOS: verificar a relação entre o perfil cognitivo e o efeito da reabilitação vestibular em pacientes idosos com queixa de tontura crônica. MÉTODOS: Nove pacientes idosos com queixa de tontura crônica foram submetidos a uma sessão de avaliação cognitiva, de equilíbrio e de autopercepção dos efeitos tontura, seguida de três sessões semanais de Reabilitação Vestibular e uma sessão de reavaliação. Os participantes foram avaliados previamente com o Exame Cognitivo de Addenbrooke, posturografia foam-laser e Dizziness Handicap Inventory (DHI) e, após a intervenção, reavaliados com nova posturografia e reaplicação do DHI. RESULTADOS: houve alteração significativa no aumento da média total da posturografia pós intervenção e na média dos testes que avaliam a participação do Sistema Vestibular no equilíbrio, bem como melhora significativa na autopercepção dos sintomas nos aspectos físico, funcional e emocional. Foi possível estabelecer uma relação entre melhores escores prévios para a função executiva de fluência verbal e uma melhora na percepção do impacto do sintoma da tontura. CONCLUSÃO: este estudo concluiu que três semanas de reabilitação vestibular utilizando protocolo de exercícios personalizados propicia melhora do equilíbrio corporal de idosos com tontura crônica, bem como melhora da percepção do sintoma, além de demonstrar que a cognição, mais especificamente a função executiva de fluência verbal, correlaciona-se com a capacidade de ganho na Reabilitação Vestibular
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    Ingestão Alimentar de Pacientes com Manifestações Clínicas de Distúrbio Comportamental do Sono REM
    (2023-09-15) Bertocchi, Cristina; Rieder, Carlos Roberto de Mello; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Introdução: O distúrbio comportamental do sono REM (DCSREM ou RBD) é uma parassonia, considerado como um estágio prodrômico e de alto risco para o desenvolvimento de alfa-sinucleinopatias como a doença de Parkinson (DP). Vários estudos avaliaram dieta em pacientes com DP, no entanto, estudos relacionando a ingestão alimentar e o RBD na fase prodrômica da DP são escassos. O objetivo do nosso estudo foi avaliar a ingestão alimentar de pacientes com manifestações clínicas do distúrbio comportamental do sono REM. Métodos: Estudo transversal. Para diagnóstico, de modo a compor o grupo RBD, indivíduos que foram triados positivos no RBD1Q (REM Sleep Behavior Disorder Single-Question Screen) foram reavaliados através do Questionário de Triagem do Transtorno Comportamental do Sono REM versão brasileira (RBDSQ-BR) e avaliados por neurologista que confirmou o diagnóstico clínico de RBD. Os pacientes do grupo DP foram triados positivos pelo contato telefônico para o Questionário de Tanner e posteriormente avaliados pelo neurologista que confirmou o diagnóstico usando os Critérios do Banco de Cérebro do Reino Unido. Para o grupo controle, foram selecionados participantes que triaram negativo no teste RBD1Q e Questionário de Tanner. Para avaliação da ingestão alimentar, foi aplicado o método Food Consumer Register, desenvolvido por Willet et al., que consiste no registro alimentar de três dias alternados da semana, incluindo um dia de fim de semana. Resultados: A amostra foi composta por 105 indivíduos, após algumas perdas, totalizando 91 pacientes, sendo classificados em 34 controles (37,4%) com média de idade de 75,1 anos; 35 RBD (38,5%) com média de 70,9 anos; e 22 DP (24,2%) com média de 79,2 anos. Na avaliação nutricional, encontramos que tanto os pacientes do grupo RBD como os com DP consumiam menos fibras do que o grupo controle (p=0,047). Para o consumo de ácidos graxos polinsaturados, o grupo controle apresentava percentuais médios significativamente maiores do que os dos demais grupos e o grupo DP apresentava os menores percentuais médios (p=0,045). Conclusão: O presente estudo mostrou que o consumo de fibras no grupo RBD foi semelhante ao do grupo DP e que ambos diferem do grupo controle. O presente estudo mostrou evidências que indivíduos com RBD apresentam padrão alimentar diferente dos indivíduos sem RBD e que esse padrão se assemelha aos dos pacientes com DP
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    A eletroestimulação neuromuscular é viável e beneficia a reabilitação da disfagia radioinduzida? Um estudo piloto
    (2024-04-24) Korspalski, Fernanda Tormen; Macaganan, Fabricio Edler; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Introdução: A radioterapia é um recurso comum no manejo do câncer de cabeça e pescoço (CCP) que produz, independentemente dos eventuais procedimentos cirúrgicos e dos diferentes tipos de fármacos utilizados no tratamento destas neoplasias, disfunções estomatognáticas que muito frequentemente evoluem para a disfagia. A típica alteração fisiopatológica observada nos tecidos irradiados é do tipo fibrosante e acomete majoritariamente estruturas musculares. Normalmente, irradiações na região faríngea evoluem para déficits na habilidade motora reduzindo, entre outras funções, a deglutição. Além disso, alterações sensoriais podem ocorrer em paralelo e agravar as disfunções. A reabilitação da disfagia radioinduzida pode ser complexa e, muitas vezes, demanda do uso de diferentes técnicas associadas ao processo convencional. Entre as possíveis ferramentas para auxiliar nesse processo está a eletroestimulação neuromuscular (EENM). Considerada uma técnica não invasiva, é baseada no uso de correntes elétricas que visam estimular a neuroplasticidade cerebral e o recrutamento muscular. Já há relatos positivos do uso da EENM para o tratamento da disfagia, mas não existe consenso na literatura quando se trata de pacientes com CCP que evoluem com disfagia radioinduzida. A escassez de informações sólidas para esse cenário clínico, torna pertinente a elaboração de pesquisas que visem aumentar o conhecimento a respeito da viabilidade e efetividade desta técnica de eletroterapia. Este protocolo de pesquisa foi estruturado para dirimir dúvidas e possíveis falhas terapêuticas através de um estudo piloto. Objetivo: Avaliar a viabilidade e descrever os achados preliminares do uso da EENM na reabilitação da disfagia radioinduzida como primeiro passo antes de realizar um ensaio clínico randomizado no futuro. Método: Trata-se de um estudo piloto conforme previsto pelo Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT), que incluiu 12 participantes distribuídos em dois grupo: grupo controle (GC), submetido a reabilitação de deglutição com terapia fonoaudiológica convencional, e grupo intervenção (GI) que recebeu EENM associada à terapia fonoaudiológica padrão. Todos os pacientes foram submetidos à videofluoroscopia da deglutição pré e pós protocolo para análise comparativa preliminar dos resultados. Resultados: Foram identificadas falhas relacionadas à redução do acesso à marcação dos exames de avaliação objetiva durante o andamento da pesquisa e a frequente dificuldade de deslocamento dos pacientes até o local de coleta, que reduziram nossa capacidade de recrutar voluntários e viabilizar a logística das avaliações. Em relação ao protocolo de EENM, o parâmetro de tempo off demonstrou problemas, sendo considerado demasiadamente curto em alguns casos. Ainda assim, foi observada redução significativa nos níveis de penetração/aspiração laringotraqueal no GI ao término do protocolo de reabilitação (p-valor 0,031). Na comparação entre grupos, não foi observado resultado significativo, porém uma maior taxa do GI demonstrou melhora em relação ao aumento de ingestão por via oral e redução da gravidade da disfagia. Conclusão: O protocolo de EENM proposto neste estudo é viável, e a observação de certos benefícios justificam prosseguir para um ensaio clínico definitivo. Contudo, tanto os procedimentos de recrutamento quanto os métodos de avaliação precisam ser revistos para restringir eventuais problemas logísticos num estudo de maior porte amostral.
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    Fisioterapia pélvica remota versus presencial na qualidade de vida de idosas com incontinência urinária: ensaio clínico
    (2024-07-01) Schlöttgen, Júlia; Rosa, Luís Henrique Telles da; Rosa, Patrícia Viana da; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Introdução: Incontinência urinária é uma importante questão de saúde que aumenta sua prevalência com a idade, especialmente em mulheres. Nessa população, a qualidade de vida tem sido reconhecida como um importante desfecho. A fisioterapia pélvica é geralmente recomendada como a primeira linha de tratamento. Além da modalidade presencial, a fisioterapia pélvica online surge como alternativa de tratamento. Objetivos: Comparar o efeito da fisioterapia pélvica online e presencial na qualidade de vida de idosas com incontinência urinária. Métodos: As 25 participantes foram distribuídas no grupo presencial (n=10) e no grupo online (n=15). Todos os componentes do programa de fisioterapia pélvica foram idênticos nos dois grupos. O protocolo consistiu em treinamento muscular do assoalho pélvico e terapia comportamental, com uma sessão semanal individual com a fisioterapeuta por semana, durante 12 semanas. As participantes foram avaliadas antes do início do tratamento, após 6 semanas e após 12 semanas, via ligação telefônica. O desfecho principal foi qualidade de vida, medida através do questionario International Consultation on Incontinence Modular Questionnaire on Female Lower Urinary Tract Symptoms. Resultados: Os dois grupos apresentaram melhoras na qualidade de vida, e essa melhora foi especialmente relevante no grupo online. Conclusão: Nossos achados sugerem que idosas com incontinência urinária podem ser manejadas de maneira efetiva com fisioterapia pélvica online, com melhoria na qualidade de vida.
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    Atuação Fonoaudiológica em Voz em um Ambulatório de Ensino vinculado ao SUS
    (2023-12-04) Braga, Letícia de Oliveira; Cassol, Mauriceia; Martinez, Chenia Caldeira; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Objetivos: Este estudo acompanhou a relação entre os parâmetros envolvidos na qualidade vocal e o diagnóstico laríngeo em usuários com disfonia, bem como analisou os desfechos clínicos da fonoterapia da voz. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo e de um relato de caso. O local de avaliação e tratamento foi o Ambulatório de Fonoterapia da Voz, vinculado ao Serviço de Otorrinolaringologia, pertencente ao Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, o qual presta assistência à população pelo SUS. A amostra deste estudo foi por conveniência, totalizando 65 usuários na faixa etária de 20 a 77 anos, no período de 2018 a 2023. Foram analisados os dados de caracterização da amostra e clínicos coletados por meio de prontuários e dos protocolos aplicados. Os métodos e técnicas vocais utilizados foram empregados conforme terapia vocal tradicional, com frequência média de 12 sessões para cada usuário com 30 minutos de duração. Resultados: Do total de usuários, foram 40 (61,5%) do sexo feminino, com média de idade de 54 anos e desvio padrão de 14,9, e 15 (23,1%) dos indivíduos eram profissionais da voz. Houve predomínio do quadro de disfonias funcionais secundárias. Na avaliação global da voz, os usuários apresentaram tempo máximo de fonação abaixo do esperado para a faixa etária e sexo, relação s/z acima de 1.2, tipo respiratório alto e postura corporal alterada. Observou-se diferença estatisticamente significativa no período pós-intervenção fonoaudiológica nas variáveis de tempo máximo de fonação (TMF), padrão respiratório, relação s/z e postura corporal. Houve melhora estatisticamente significativa no grau geral de desvio vocal avaliado pela escala GRBASI, mostrando melhora no grau de disfonia intenso para leve. Nos escores do IDV-10, dos 34 indivíduos reavaliados, obteve-se melhora na autopercepção vocal, obtendo-se uma média final em torno de 8.5 pontos. Conclusão: Foi possível identificar mudança em diversos aspectos clínicos fonoaudiológicos, como melhora na qualidade vocal, na autopercepção da desvantagem vocal, no padrão respiratório, nos tempos máximos de fonação e nos aspectos posturais associados ao uso vocal, indicando desfechos favoráveis na reabilitação vocal dos usuários acompanhados. Estes achados destacam a importância e relevância clínica e científica de um ambulatório de fonoterapia da voz no SUS.
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    Fatores preditivos para falha do cateter nasal de alto fluxo em pacientes com bronquiolite viral aguda admitidos na unidade de terapia intensiva pediátrica
    (2023-12-21) Westphal, Patrick Jacobsen; Teixeira, Cassiano; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    INTRODUÇÃO: A bronquiolite viral aguda (BVA) é a infecção mais comum do trato respiratório em lactentes, é uma das principais causas de hospitalização nos primeiros 12 meses de vida. Nesse contexto, o emprego do cateter nasal de alto fluxo (CNAF) em pediatria tem emergido como uma prática frequente para recuperação da insuficiência respiratória. JUSTIFICATIVA E OBJETIVO: Considerando a escassez de estudos que confirmem a utilização do CNAF em diferentes graus da gravidade da BVA, o presente estudo tem como objetivo identificar fatores preditivos para falha na instalação do cateter nasal de alto fluxo em crianças com diagnóstico de BVA menores de 24 meses admitidos na unidade de terapia intensiva pediátrica. METODOLOGIA: Estudo de coorte retrospectivo unicêntrico com lactantes menores de 24 meses com BVA admitidos na UTI Pediátrica. O desfecho primário foi a falha no tratamento, definida como a transição para ventilação invasiva ou não invasiva. Variáveis analisadas incluíram idade, gênero, peso, parâmetros do CNAF, sinais vitais, fatores de risco, comorbidades, exame de imagem, tempo de uso do cateter, tempo de internação e desfecho clínico. A gravidade da BVA foi avaliada pela Escala de WoodDownes, e o estado funcional pela Functional Status Scale. Essas ferramentas foram aplicadas por fisioterapeutas treinados. RESULTADOS: 162 lactentes com BVA utilizaram CNAF, 17,28% tiveram falha no tratamento. Diferenças significativas entre grupo falha (GF) e sucesso (GS) incluíram idade (p=0,001), peso (p=0,002), gravidade da bronquiolite (p=0,004), fluxo inicial do CNAF (p=0,001) e tempo de uso (p=0,000). Valores de corte para fluxo inicial (≤12 L/min), peso (≤ 5kg) e Wood-Downes (≥ 9 pontos) foram determinados por curvas ROC. O fluxo inicial ≤12 L/min é mais preditivo para falha (AUC=0,71, IC 95%: 0,61-0,84, p=0,001). Análise multivariada indicou que peso foi um fator protetor (RR=0,87, IC95%: 0,78-0,98), tempo de uso reduziu o risco de falha (RR=0,49, IC95%: 0,38-0,64, p=0,000) e Wood-Downes não foi significativo (RR=1,04, IC95% 0,95-1,14, p=0,427). Idade foi excluída devido à alta correlação. Peso explicou 84,7% da variação no fluxo inicial. CONCLUSÃO: Os fatores de risco para a falha da terapia da CNAF em pacientes com bronquiolite incluem idade mais jovem, consequentemente baixo peso e baixo fluxo inicial ofertado. Além disso, se um paciente requerer um escalonamento no suporte respiratório, é mais provável que isso ocorra logo após o início do CNAF
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    Pesquisa sobre condutas fisioterapêuticas na escoliose idiopática do adolescente
    (2024-06-23) Blauth, Rodrigo Laner; Silva, Marcelo Faria; Araújo, Francisco Xavier de; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Introdução: A escoliose é um desvio da coluna no plano frontal de 10º ou mais (ângulo de Cobb), associado a rotação dos corpos vertebrais. 80% são casos de escoliose idiopática (EI). Na escoliose idiopática do adolescente (EIA), a Scoliosis Research Society (SRS) sugere órtese acima de 25º e a cirurgia acima 45º de ângulo de Cobb. Objetivo: Conhecer quais as condutas propostas pelos fisioterapeutas brasileiros na EIA. Materiais e Métodos: Estudo transversal com fisioterapeutas brasileiros atuantes na área de Ortopedia. Estes responderam um questionário elaborado, via google forms, sobre as condutas fisioterapêuticas, o objetivo do profissional e de seu paciente com a fisioterapia. Resultados: Com 65 participantes, destes 42 (64,6%) com formação específica para o tratamento de escoliose (FETE) e 23 (36,4) sem FETE. Os fisioterapeutas com FETE foram mais assertivos em comparação aos fisioterapeutas sem FETE na indicação de órtese nas EIA com ângulos entre 26º e 45º (p=0,008) e na não indicação de avaliação cirúrgica entre 26º a 45º de ângulo de Cobb (p=0,002). O objetivo principal do fisioterapeuta foi evitar a progressão do ângulo de Cobb e talvez reduzi-lo (96,9%) e o principal objetivo do paciente é evitar cirurgia (92,3%). Discussão: Fisioterapeutas com FETE parece ser a escolha mais assertiva para o tratamento da EIA. Conclusão: O controle radiológico, educação das AVDs, correção postural e programa específicos de exercícios para escoliose foram as condutas mais escolhidas e estão de acordo com consenso da International Society on Scoliosis Orthopedic and Rehabilitation Treatment (SOSORT).
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    Estruturação de Programas de Treinamento Multicomponente para a Capacidade Funcional de Idosos Frágeis: Revisão Sistemática
    (2020-09-03) Costa, Filipe Langlois; Rosa, Luis Henrique Telles da; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Introdução: O treinamento multicomponente é a modalidade terapêutica mais indicada para idosos frágeis, capaz de reverter o grau de fragilidade embora não exista uma diretriz orientando a melhor forma de estruturar um programa de exercícios multicomponente (PEMC). Objetivos: Revisar de forma sistemática os efeitos de PEMC sobre a capacidade funcional (CF) em idosos frágeis e comparar a estruturação dos protocolos de treinamento. Métodos: Revisão sistemática (PROSPERO CRD42020162781) entre novembro e dezembro de 2019. As buscas ocorreram nas bases de dados Cochrane (CENTRAL), PubMed (MEDLINE), BVS (LILACS), PEDro, ScienceDirect, Scopus, SPORTDiscus (EBSCO) e Web of Science. Os critérios de inclusão foram ensaio clínico randomizado, idosos com definição de fragilidade, submetidos a treinamento multicomponente com no mínimo 3 componentes, com desfecho, primário ou secundário, na CF. Dois revisores independentes realizaram as buscas e extraíram os dados, contatando os autores quando necessário. Resultados: A estratégia de busca identificou 2652 artigos, excluindo 714 duplicatas e 1912 na leitura de título e resumo, por não preencherem os critérios de elegibilidade. Para a leitura completa restaram 26 artigos, e 21 foram excluídos, restando 5 artigos para estudo e análise dos protocolos. Os resultados heterogêneos impossibilitaram a metanálise, inclusive a avaliação por subgrupos. Os protocolos dos estudos analisados estão direcionados principalmente para melhora da capacidade física, contemplando o treinamento de função com uma intervenção pobre e limitada a poucos exercícios. Conclusão: Os protocolos de treinamento das intervenções baseadas em exercício estão bastante focados nos aspectos físicos da CF deixando os aspectos cognitivo, emocional e social de lado. O ganho de funcionalidade para atividades básicas, instrumentais e avançadas, ABVD, AIVD e AAVD, respectivamente, através do treinamento funcional para atividades diárias precisa ser melhorado nos próximos estudos para que idosos frágeis possam ter maiores níveis de autonomia, independência e interação social.
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    Eletroestimulação de corpo inteiro em indivíduos obesos: uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados
    (2024-01-24) Karina, Segatto; Schardong, Jociane; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    A obesidade é classificada como uma doença crônica que apresenta diversos fatores de risco associados. A eletroestimulação de corpo inteiro (EECI) trata-se de uma tecnologia capaz de ativar diversos grupos musculares de maneira sincronizada e surgiu como alternativa para indivíduos que são incapazes ou que não se sentem motivados para realizar o exercício convencional. Para tanto, este estudo teve como objetivo revisar sistematicamente com metanálise o efeito da EECI sobre os desfechos composição corporal, força muscular de quadríceps, capacidade funcional, força de preensão palmar e marcadores cardiometabólicos em indivíduos obesos. Esta revisão incluiu três comparadores, sendo controle, placebo e exercícios resistidos. Cinco bases de dados foram pesquisadas e 10 ensaios clínicos randomizados (ECR’s) forma incluídos. Os resultados indicaram que a EECI aumenta a capacidade funcional quando avaliada pelo teste de caminhada de seis minutos (TC6M) em indivíduos obesos no comparador placebo. A EECI, quando comparada ao controle, também parece reduzir o porcentual de gordura e os níveis de colesterol e aumentar a força muscular de quadríceps e de preensão palmar, sem alterações para outros desfechos. Conclui-se que a EECI aplicada em indivíduos obesos pode melhorar a capacidade funcional e a força de preensão palmar. Os efeitos sobre a força muscular de quadríceps parecem promissores, porém precisam ser melhor investigados, assim como os efeitos sobre a composição corporal e sobre marcadores cardiometabólicos
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    Associação entre Fatores Psicossociais e a Presença de Dor Crônica e Incapacidade no Ombro em Praticantes de CrossFit®: um estudo caso-controle
    (2023-02-15) Reis, Sérgio Joaquim Bittencourt dos Santos; Silva, Marcelo Faria; Ribeiro, Daniel Cury; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Introdução: A dor no ombro afeta indivíduos de todas as idades, sedentários, bem como atletas amadores e de alta performance. A dor no ombro é comum em praticantes de modalidades como: CrossFit®, Levantamento de Peso Olímpico e Powerlifting. A prevalência de dor no ombro nesses praticantes é de 41,6% e 93% dos atletas de Weighlifting e Powerlifting apresentam dor no ombro persistente, sendo o ombro uma das três regiões com maior índice de lesão. Aspectos psicossociais podem influenciar na apresentação clínica das disfunções do ombro. Estudos recentes sugerem que fatores psicossociais contribuem para a presença de dor e incapacidade em não atletas com dor crônica no ombro. Porém, de acordo com o nosso conhecimento, não existem estudos investigando essas associações em praticantes de CrossFit®. Por isso, há uma grande necessidade de entender se fatores psicossociais estão associados com a presença de dor crônica e incapacidade no ombro de indivíduos que praticam esse esporte. Objetivo: Avaliar se fatores psicossociais estão associados à presença de dor e incapacidade em praticantes de CrossFit® com dor crônica no ombro. Métodos: Neste estudo caso-controle, incluímos 345 indivíduos, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 60 anos, praticantes de CrossFit ® há pelo menos 6 meses que tiveram dor no ombro nos últimos 12 meses. As variáveis demográficas categóricas foram apresentadas em frequências absoluta e relativa e as contínuas (idade, peso, altura, IMC) em média e desvio padrão (DP). As variáveis simétricas (cinesiofobia, crenças de evitação do medo e intensidade da dor) foram expressas em média e DP, enquanto as assimétricas (incapacidade do ombro e autoeficácia) em mediana e intervalo interquartil (IQR). Foram calculadas as estimativas brutas e ajustadas para razão de chance, com intervalo de confiança de 95%, para os possíveis fatores associados à dor crônica através do modelo de regressão logística. As covariáveis de ajuste foram idade, sexo, uso de ansiolítico e/ou antidepressivo e tratamento fisioterapêutico para dor no ombro. As correlações feitas entre as escalas foram verificadas pelo coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: Houve associação entre cinesiofobia (OR=1.15, 95% IC), crenças de evitação do medo nas atividades físicas (OR=1.98, 95% IC), a presença de dor crônica no ombro e maior tempo de CrossFit® (OR=1.80, 95% IC). Conclusão: Fatores psicossociais como cinesiofobia, crenças de evitação do medo nas atividades físicas e tempo de Crossfit® estão associados a dor crônica no ombro em praticantes de CrossFit®. A cinesiofobia aumenta o risco de praticantes de CrossFit® terem dor crônica no ombro em 15%
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    Consumo alimentar, composição corporal e parâmetros neuromusculares em jovens atletas de futebol
    (2023-12-15) Barros, Juliano Marques de; Schneider, Cláudia Dornelles; Pinto, Camila; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Objetivo: Comparar consumo alimentar, composição corporal e parâmetros neuromusculares de jovens atletas de futebol em dois momentos distintos da temporada competitiva e investigar se há correlação entre esses resultados. Métodos: Registros alimentar (3 dias), composição corporal (DXA), salto vertical (CMJ) e pico de torque (PT) dos extensores do joelho (KE) de 27 jovens atletas do sexo masculino (14,7 ± 1,0 anos), em dois momentos da temporada. Resultados: A ingestão de energia (p=0,395), carboidratos (p=0,229), proteínas (p=0,128) e lipídios (p=0,218) não diferiram entre os momentos da temporada. No entanto, estavam significativamente abaixo das recomendações nutricionais (p<0,001), exceto para lipídios (p<0,001). O PT dos KE e o CMJ apresentaram correlação positiva significativa com massa magra total e de membros inferiores, em ambos os momentos (p<0,001). Conclusão: Não identificamos mudanças na ingestão de energia e macronutrientes durante a temporada competitiva. Os indivíduos não atenderam às recomendações nutricionais e a amostra pode ter experimentado um déficit energético. Atletas com maior massa magra total e de membros inferiores apresentaram maior potência e PT. Recomendamos que a educação nutricional seja fornecida aos jovens atletas desde cedo e continue ao longo da adolescência, para que assim possamos melhorar o desempenho esportivo e estimular uma prática alimentar saudável.
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    Funcionalidade de Pacientes com COVID-19 Internados em Unidade de Terapia Intensiva
    (2023) Catelli, Amanda Marques; Plentz, Rodrigo Della Méa; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Introdução: No ano de 2019 o mundo foi impactado pela pandemia do COVID19, doença que pode acarretar insuficiência respiratória com necessidade de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e ventilação mecânica invasiva (VMI), períodos prolongados de restrição ao leito e perda de força muscular. Objetivo: avaliar a funcionalidade e a força muscular de pacientes com COVID-19 internados em unidade de terapia intensiva e relacioná-los com os desfechos ventilação mecânica invasiva e tempo de internação em UTI e hospitalar. Métodos: trata-se de um estudo de coorte retrospectivo sendo a amostra composta por conveniência por pacientes internados na UTI entre março de 2020 e maio de 2021 com COVID-19. O desfecho primário do estudo foi a funcionalidade e os secundários foram força muscular, tempo de ventilação mecânica invasiva e tempo de internação. A funcionalidade em UTI foi avaliada pela escala PERME e a força muscular pela escala Medical Research Council. A coleta de dados foi realizada por meio do prontuário eletrônico, no período de janeiro de 2022 a março de 2022. Resultados: 143 pacientes foram incluídos na amostra, a maioria sexo masculino (60,14%) e com média de idade de 54 anos. A funcionalidade e a força muscular apresentaram melhora na alta da UTI quando comparada à admissão (p=0,000). Em relação a correlações, quanto maior tempo de internação em UTI, maior tempo em VMI (p=0,000; rs=0,856) e maior tempo de internação hospitalar (p=0,000; rs=0,819). A funcionalidade foi menor conforme maior o tempo em VMI (p=0,005; rs=-0,322) e tempo de internação hospitalar (p=0,023; rs=-0,19). Conclusão: a funcionalidade de pacientes COVID-19 internados em UTI tem relação direta com a força muscular, tempo de uso de ventilação mecânica invasiva e tempo de internação hospitalar.
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    Prevenção de lesões no futebol feminino brasileiro: uma pesquisa sobre percepções e práticas nos clubes de elite
    (2023-10-05) Vianna, Karoline Baptista; Baroni, Bruno Manfredini; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Objetivos: Descrever as atuais percepções e práticas relacionadas à prevenção de lesões em clubes de elite de futebol feminino no Brasil. Desenho do estudo: Estudo observacional transversal. Ambiente de pesquisa: Pesquisa online. Participantes: Fisioterapeutas de 32 clubes de elite de futebol feminino brasileiro. Principais medidas de resultado: Questionário estruturado. Resultados: Os fisioterapeutas elencaram “retorno ao esporte após lesão”, “carga de trabalho muito alta”, “lesão prévia”, “sono/repouso inadequados” e “déficit de força/potência muscular “como os cinco principais fatores de risco de lesão. “Seguir os critérios de retorno ao esporte após lesão” foi quase unanimemente classificado como uma estratégia preventiva muito importante. A percepção em relação ao nível de importância de outras estratégias preventivas foi mais divergente. Pelo menos dois terços dos clubes adotaram as seguintes avaliações para triagem de risco de lesão: “avaliação da composição corporal”, “avaliação da amplitude de movimento articular”, “testes de salto vertical”, “testes de equilíbrio dinâmico”, “testes de salto horizontal”, “testes de capacidade aeróbica” e “teste de descida do degrau ou agachamento em uma perna”. A maioria dos clubes aplicou intervenções baseadas em exercícios de múltiplos componentes para prevenção de lesões. Além disso, “seguir os critérios de retorno ao esporte após lesão”, ‘monitoramento da carga interna de trabalho”, “uso de modalidades de recuperação pós-exercício”, “avaliações de fatores de risco na pré-temporada” e “uso de bandagem rígida” foram estratégias de prevenção usadas por pelo menos três quartos dos clubes participantes. Conclusão: Este estudo proporcionou insights sem precedentes sobre as percepções e práticas de prevenção de lesões implementadas nos clubes de elite do futebol feminino.
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    Impacto de um projeto social na promoção da segurança alimentar e nutricional de idosos da comunidade: um estudo qualitativo
    (2022-07-14) Guahnón, Marina Petrasi; Buss, Caroline; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
    O conceito de segurança alimentar vai além do acesso aos alimentos, engloba questões referentes à qualidade sanitária, biológica e nutricional, bem como à dimensão econômica e sociocultural dos alimentos. Projetos sociais em saúde podem contribuir para a promoção de segurança alimentar e nutricional entre a população, especificamente entre os idosos. Este estudo buscou verificar, por meio de uma análise qualitativa, o impacto de um projeto social na promoção da segurança alimentar e nutricional de idosos de duas comunidades de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Foram entrevistados 18 idosos e, após a análise temática das falas, foram definidos 3 grandes blocos temáticos: saúde e participação no projeto, participação no projeto durante período de pandemia e impacto do projeto na Segurança Alimentar e Nutricional. Em geral, os idosos demonstraram não estar satisfeitos com sua condição de segurança alimentar e nutricional, uma vez que sua situação de vulnerabilidade social foi agravada pela pandemia de Covid-19. De acordo com os relatos, projetos sociais na área da alimentação e saúde contribuem para a redução da insegurança alimentar e vulnerabilidade social na terceira idade
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    Avaliação da disponibilidade energética em praticantes de crossfit®
    (2023-12-12) Cohen, Tayani Palma; Schneider, Cláudia Dornelles; Nunes, Ramiro Barcos; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    OBJETIVO: Avaliar a disponibilidade energética de praticantes de CrossFit®. MÉTODOS: Estudo transversal com praticantes de CrossFit® na cidade de Porto Alegre, RS, Brasil. A amostra foi recrutada por conveniência, de forma nãoaleatória, e a coleta de dados ocorreu entre maio e setembro de 2022. Foram incluídos homens e mulheres maiores de 18 anos, que praticassem CrossFit® há pelo menos 3 meses, com frequência mínima de três treinos/semana. Foram avaliados (a) o consumo alimentar (valor energético total (VET), kcal), através de registro alimentar de três dias, calculado no software Dietbox®; (b) a composição corporal (massa magra (MM), kg), através de bioimpedância elétrica; e (c) o gasto energético com exercício (GEE), a partir da média de 3 sessões de treino, considerando duas faixas de intensidade dos equivalentes metabólicos (MET). A disponibilidade energética (DE), para cada faixa de intensidade, foi calculada subtraindo o gasto energético com exercício (GEE; kcal) do valor energético total (kcal), e então dividindo o valor obtido pela massa magra (MM; kg). Valores abaixo de 30 kcal/kg MM foram considerados como baixa disponibilidade energética, valores entre 30 e 45 kcal/kg MM disponibilidade energética insuficiente, e valores acima de 45 kcal/kg MM disponibilidade energética adequada. RESULTADOS: Foram incluídos 19 homens (33,1 ± 8,6 anos; 83,7 ± 11,2 kg, 176,6 ± 7,8 cm, duração de 40 ± 2,3 min/treino, e GEE entre 222,8 ± 26,5 e 350,3 ± 41,8 kcal/treino) e 26 mulheres (32,2 ± 7,6 anos; 68,3 ± 11,8 kg; 163,6 ± 5,6 cm, duração de 39 ± 1,4 min/treino, e GEE entre 177,9 ± 27,0 e 280,2 ± 43,0 kcal/treino) praticantes de CrossFit®. A prevalência de baixa DE foi de 8,9% do total da amostra (3,9% mulheres e 15,8% homens) quando considerada a menor faixa de intensidade de exercício. Quando foi considerada maior intensidade do exercício, e maior o GEE, a prevalência de baixa DE foi 28,9% da amostra total (23,1% mulheres e 36,8% homens). A prevalência de DE insuficiente foi 71,1% da amostra total (76,9% mulheres e 63,2% homens) quando o cálculo de GEE utilizou valores inferiores de MET, e 57,8% da amostra total (65,4% mulheres e 47,4% homens) quando o cálculo do GEE foi baseado em valores de MET mais elevados. A prevalência de disponibilidade energética adequada foi 20% da amostra total (19,2% mulheres e 21,0% homens) quando o cálculo de GEE utilizou valores inferiores de MET, e 13,3% da amostra total (11,5% mulheres e 15,8% homens) quando o cálculo do GEE foi baseado em valores de MET mais elevados. CONCLUSÃO: A maior parte da amostra possuía disponibilidade energética insuficiente ou baixa, o que a médio prazo pode estar associado com maior índice de lesões, perda significativa de desempenho esportivo, alterações imunológicas, dentre outras.
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    Viabilidade, Segurança e Confiabilidade de Uma Avaliação Online Utilizando um Teste Funcional em Adultos Mais Velhos Com e Sem Doença de Parkinson
    (2022-12-22) Figueiredo, Caroline Santos; Pagnussat, Aline de Souza; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    O uso da tecnologia ampliou o acesso à saúde, principalmente para indivíduos que residem longe dos grandes centros ou possuem dificuldades de deslocamento. Para indivíduos idosos ou que estão entrando nessa faixa, é necessário um acompanhamento médico, principalmente nos casos em que é necessário um monitoramento de sintomas que podem ser agravados com o passar do tempo, particularmente em condições degenerativas, como na doença de Parkinson (DP). Com o aumento da longevidade e das doenças relacionadas à idade que exigem um monitoramento, soluções como a telessaúde devem ser colocadas em prática quando o formato presencial não for possível. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi verificar a viabilidade, a segurança e a confiabilidade de uma avaliação online utilizando o Teste de Sentar e Levantar Cinco Vezes (TSLCV) em adultos mais velhos com e sem DP. Também foram investigadas as barreiras encontradas pelos participantes e pelo avaliador na teleavaliação. Esse foi um estudo transversal, onde os indivíduos foram avaliados de forma remota através de videoconferência. Foi desenvolvido um guideline OMPEPE (na sigla em inglês: Objective; Materials; Position-Start; Execution; Position-End; Environment) a fim de padronizar e garantir o entendimento de todas as etapas necessárias para a execução do TSLCV, o qual é um teste físico que requer a transferência da posição sentada para ortostase. As avaliações foram gravadas e reavaliadas após 1 ano para verificar a confiabilidade intra e inter-examinador. Para avaliar a viabilidade, os participantes e o examinador responderam um questionário online sobre autopercepção logo após a teleavaliação. Foram avaliados 29 indivíduos, 12 no grupo Parkinson e 17 no grupo de adultos mais velhos, com média de idade de 69,0 e 67,6 anos, respectivamente. Os resultados provenientes do questionário e da ausência de efeitos adversos mostraram que a teleavaliação, a partir de um teste físico, mostrou-se viável e segura para adultos mais velhos com e sem DP. O TSLCV realizado de forma online apresentou uma excelente confiabilidade intra e inter-examinador (ICC > 0.90). O guideline OMPEPE englobou instruções específicas para garantir a melhor condução da teleavaliação, podendo auxiliar de forma importante a sua realização por profissionais da saúde e pesquisas remotas em saúde. Dessa forma, o presente estudo apoia a realização de avaliações de forma online utilizando uma avaliação física nessa população e incentiva o uso do guideline OMPEPE para guiar profissionais de saúde, padronizar o teste e orientar da melhor forma adultos mais velhos com ou sem DP. Ainda que apresentem desafios a serem superados, como dificuldades no uso de dispositivos eletrônicos pela população incluída e atrasos da conexão com a internet, é importante que sejam realizados mais estudos utilizando a avaliação online em diferentes populações, tendo em vista o aumento na longevidade e no uso da tecnologia.
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    Tecnologias inovadoras e disruptivas para prescrever, incentivar e avaliar a prática de exercício físico
    (2023-11-14) Loro, Fernanda Laís; Lago, Pedro Dal; Ferreira, Janaína Barcellos
    Introdução: A inatividade física e o sedentarismo são responsáveis por 9% de todas as mortes no mundo, totalizando 5,3 milhões de pessoas por ano, representando grande impacto social e econômico. É urgente, portanto, criar ações estratégicas para promover atividade física a fim de melhorar o engajamento e a aderência à prática da atividade física. Uma estratégia relevante para a prática de exercício segura e na zona alvo adequada, é o uso do biofeedback da frequência cardíaca (FC) através de sensores vestíveis de baixo custo. Objetivo geral: Projetar, desenvolver e validar um sistema de biofeedback, com sensores vestíveis de FC para o monitoramento e a prescrição da intensidade de exercício físico durante sua realização. Método: Este é um estudo transversal piloto e exploratório. Na primeira fase, realizouse o desenvolvimento do biossensor de pulso de baixo custo, utilizando a tecnologia de fotopletismografia, para medida da FC que foi testado em 20 indivíduos, idade de 20 a 60 anos, aparentemente saudáveis e sem contraindicação para a realização de exercício físico. Para testar e validar o sensor, os sujeitos realizaram o “Incremental Shuttle Walk Test (ISWT)” utilizando o frequencímetro Polar H10, referência para medida da FC, e o protótipo do biossensor vestível. A FC foi monitorada 3 minutos em repouso, durante todo tempo de realização do teste e 3 minutos no período de recuperação logo após a finalização do teste. As fases dois e três estão em desenvolvimento. Resultados: Esta dissertação é composta por dois artigos científicos: 1) Artigo de protocolo submetido ao periódico “Trials” (FI = 2,5) com o seguinte título “Innovative and Disruptive Technologies to Prescribe, Encourage and Evaluate Physical Exercise in Healthy Adults: A Protocol of Exploratory Study Followed by a Noninferiority, Investigator-Blinded Randomized Clinical Trial”. Neste artigo descrevemos detalhadamente as fases do estudo incluído a fase1 (desenvolvimento do sensor), fase 2 (teste do sensor em ambiente controlado) e a fase 3 que é um ensaio clinico randomizado para testar e implementar o uso do sensor em ambiente não controlado; 2) Artigo de validação do sensor a ser submetido ao periódico “Journal of Medical International Research (JMIR, FI = 7,4)”, com o seguinte título: “Validation of a wearable biosensor prototype for measuring heart rate to prescribe physical activity: a transversal exploratory pilot study.” O sensor desenvolvido apresentou excelente concordância para FC de repouso, FC média do teste e FC de recuperação com a referência para medida da FC (Polar H10). Considerações finais: Por fim, com o protótipo válido e confiável para medida da FC no repouso, durante o teste e na recuperação, espera-se ser possível fazer a conexão com a aplicação gamificada que está sendo desenvolvida para auxiliar na prescrição adequada da intensidade do exercício, melhorar o engajamento durante a prática de atividade física e reduzir os níveis de sedentarismo trazendo os seus benefícios para saúde da população
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    Estimulação elétrica na cabeça e pescoço é segura para portadores de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis?
    (2023) Olixewski, Marcela Pinheiro; Macagnan, Fabricio Edler
    Introdução: Diferentes disfunções neuromusculoesqueléticas que afetam a região de cabeça e pescoço são tratados com eletroestimulação (EE). Porém, este procedimento é contraindicado para portadores de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEIs) devido ao risco de interferência com os dispositivos. Objetivo: Avaliar a segurança de dois diferentes modos de EE aplicadas na região da cabeça e pescoço de portadores de DCEIs. Metodologia: Neste estudo transversal foram incluídos 22 voluntários (59 ± 15.4 anos; 73% homens) do ambulatório de eletrofisiologia do Instituto de Cardiologia-Fundação Universitária de Cardiologia de Porto Alegre. O funcionamento dos DCEIs foi verificado por telemetria durante e imediatamente após a aplicação da EE com Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) e a Functional Electric Stimulation (FES) aplicadas, respectivamente, próxima da ATM e da região submandibular. Resultados: O tempo de implante foi bem variado (1.7991.146 dias), a maioria dos dispositivos (73%) eram marcapasso e 27% cardiodesfibrilador implantável (CDI). Todos com eletrodos bipolares, predominantemente no endocárdio (91%), com modo atrioventricular bipolar em 77% dos voluntários e ventricular bipolar em 23%. A EE com TENS e FES não produziu alterações significativas na FC, no traçado eletrocardiográfico e nenhuma interferência eletromagnética foi identificada nos dados da telemetria. Conclusão: Este é o maior estudo que avaliou a segurança da EE na região da cabeça e pescoço de portadores de DECIs. Nossos achados reforçam evidências prévias e trazem uma perspectiva bem mais favorável para o emprego dessa ferramenta, pois com a inserção dos nossos achados a incidência proporcional de interferência passou de 25% para 7%.
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    Associação entre a Disfagia Orofaríngea e a Frequência de Exacerbações na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
    (2017) Fávero, Samara Regina; Cardoso, Maria Cristina de Almeida Freitas
    As doenças respiratórias crônicas representam um dos maiores problemas de saúde pública, pois interferem na capacidade física gerando grande impacto socioeconômico e na qualidade de vida e atualmente estão entre as principais causas de internação hospitalar. Pacientes com alterações respiratórias podem apresentar risco para aspiração, uma vez que a modificação no padrão respiratório pode alterar a sincronia entre a respiração e a deglutição, fundamental para a proteção da via aérea inferior. A coordenação entre a respiração e a deglutição é de suma importância para os pacientes acometidos com DPOC, pois os episódios de aspiração traqueal decorrentes dos transtornos da deglutição podem levar a uma exacerbação da doença, complicando para o quadro clínico. Pacientes que apresentam duas ou mais exacerbações no último ano ou uma que demandou internação hospitalar são definidos como fenótipo exacerbador. O objetivo da pesquisa foi verificar a ocorrência de associação entre a Disfagia Orofaríngea e a frequência de exacerbações na DPOC. Métodos: Estudo transversal analítico para o qual foram recrutados pacientes com DPOC em estado estável que realizavam acompanhamento ambulatorial no serviço de pneumologia do Hospital Pavilhão Pereira Filho. Pacientes com diagnóstico de DPOC pelos critérios do GOLD (VEF1/CVF <0,7 pós-broncodilatador) que aceitaram participar da pesquisa, responderam a um questionário de auto avaliação para risco de disfagia, realizaram uma avaliação clínica e uma avaliação instrumental, por meio do exame de Videofluoroscopia da deglutição. A aprovação deu-se sob parecer no 1.541.638. Resultados: Vinte e sete pacientes com diagnóstico de DPOC responderam o questionário de auto avaliação do risco de disfagia e realizaram a avaliação clínica da deglutição. Dezoito (66,7%) pacientes foram submetidos à avaliação instrumental por meio do Exame de Videofluoroscopia da deglutição. A média de idade dos pacientes avaliados foi de 62,7 anos sendo a maioria mulheres (63%) e mais da metade dos pacientes (70,4%) apresentaram fenótipo exacerbador. Observou-se associação significativa (p=0,039) entre os pacientes com diagnóstico de disfagia e o número de exacerbações no último ano. Conclusão: A presença da disfagia deve ser considerada naqueles pacientes que experimentam exacerbações agudas recorrentes da DPOC. As características da deglutição nessa população com fenótipo exacerbador necessitam de maiores esclarecimentos para diminuir o número de exacerbações de DPOC proporcionando uma melhor qualidade de vida.