PPGCR - Dissertações

Navegar

Submissões Recentes

Agora exibindo 1 - 20 de 186
  • Item
    Estruturação de Programas de Treinamento Multicomponente para a Capacidade Funcional de Idosos Frágeis: Revisão Sistemática
    (2020-09-03) Costa, Filipe Langlois; Rosa, Luis Henrique Telles da; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Introdução: O treinamento multicomponente é a modalidade terapêutica mais indicada para idosos frágeis, capaz de reverter o grau de fragilidade embora não exista uma diretriz orientando a melhor forma de estruturar um programa de exercícios multicomponente (PEMC). Objetivos: Revisar de forma sistemática os efeitos de PEMC sobre a capacidade funcional (CF) em idosos frágeis e comparar a estruturação dos protocolos de treinamento. Métodos: Revisão sistemática (PROSPERO CRD42020162781) entre novembro e dezembro de 2019. As buscas ocorreram nas bases de dados Cochrane (CENTRAL), PubMed (MEDLINE), BVS (LILACS), PEDro, ScienceDirect, Scopus, SPORTDiscus (EBSCO) e Web of Science. Os critérios de inclusão foram ensaio clínico randomizado, idosos com definição de fragilidade, submetidos a treinamento multicomponente com no mínimo 3 componentes, com desfecho, primário ou secundário, na CF. Dois revisores independentes realizaram as buscas e extraíram os dados, contatando os autores quando necessário. Resultados: A estratégia de busca identificou 2652 artigos, excluindo 714 duplicatas e 1912 na leitura de título e resumo, por não preencherem os critérios de elegibilidade. Para a leitura completa restaram 26 artigos, e 21 foram excluídos, restando 5 artigos para estudo e análise dos protocolos. Os resultados heterogêneos impossibilitaram a metanálise, inclusive a avaliação por subgrupos. Os protocolos dos estudos analisados estão direcionados principalmente para melhora da capacidade física, contemplando o treinamento de função com uma intervenção pobre e limitada a poucos exercícios. Conclusão: Os protocolos de treinamento das intervenções baseadas em exercício estão bastante focados nos aspectos físicos da CF deixando os aspectos cognitivo, emocional e social de lado. O ganho de funcionalidade para atividades básicas, instrumentais e avançadas, ABVD, AIVD e AAVD, respectivamente, através do treinamento funcional para atividades diárias precisa ser melhorado nos próximos estudos para que idosos frágeis possam ter maiores níveis de autonomia, independência e interação social.
  • Item
    Eletroestimulação de corpo inteiro em indivíduos obesos: uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados
    (2024-01-24) Karina, Segatto; Schardong, Jociane; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    A obesidade é classificada como uma doença crônica que apresenta diversos fatores de risco associados. A eletroestimulação de corpo inteiro (EECI) trata-se de uma tecnologia capaz de ativar diversos grupos musculares de maneira sincronizada e surgiu como alternativa para indivíduos que são incapazes ou que não se sentem motivados para realizar o exercício convencional. Para tanto, este estudo teve como objetivo revisar sistematicamente com metanálise o efeito da EECI sobre os desfechos composição corporal, força muscular de quadríceps, capacidade funcional, força de preensão palmar e marcadores cardiometabólicos em indivíduos obesos. Esta revisão incluiu três comparadores, sendo controle, placebo e exercícios resistidos. Cinco bases de dados foram pesquisadas e 10 ensaios clínicos randomizados (ECR’s) forma incluídos. Os resultados indicaram que a EECI aumenta a capacidade funcional quando avaliada pelo teste de caminhada de seis minutos (TC6M) em indivíduos obesos no comparador placebo. A EECI, quando comparada ao controle, também parece reduzir o porcentual de gordura e os níveis de colesterol e aumentar a força muscular de quadríceps e de preensão palmar, sem alterações para outros desfechos. Conclui-se que a EECI aplicada em indivíduos obesos pode melhorar a capacidade funcional e a força de preensão palmar. Os efeitos sobre a força muscular de quadríceps parecem promissores, porém precisam ser melhor investigados, assim como os efeitos sobre a composição corporal e sobre marcadores cardiometabólicos
  • Item
    Associação entre Fatores Psicossociais e a Presença de Dor Crônica e Incapacidade no Ombro em Praticantes de CrossFit®: um estudo caso-controle
    (2023-02-15) Reis, Sérgio Joaquim Bittencourt dos Santos; Silva, Marcelo Faria; Ribeiro, Daniel Cury; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Introdução: A dor no ombro afeta indivíduos de todas as idades, sedentários, bem como atletas amadores e de alta performance. A dor no ombro é comum em praticantes de modalidades como: CrossFit®, Levantamento de Peso Olímpico e Powerlifting. A prevalência de dor no ombro nesses praticantes é de 41,6% e 93% dos atletas de Weighlifting e Powerlifting apresentam dor no ombro persistente, sendo o ombro uma das três regiões com maior índice de lesão. Aspectos psicossociais podem influenciar na apresentação clínica das disfunções do ombro. Estudos recentes sugerem que fatores psicossociais contribuem para a presença de dor e incapacidade em não atletas com dor crônica no ombro. Porém, de acordo com o nosso conhecimento, não existem estudos investigando essas associações em praticantes de CrossFit®. Por isso, há uma grande necessidade de entender se fatores psicossociais estão associados com a presença de dor crônica e incapacidade no ombro de indivíduos que praticam esse esporte. Objetivo: Avaliar se fatores psicossociais estão associados à presença de dor e incapacidade em praticantes de CrossFit® com dor crônica no ombro. Métodos: Neste estudo caso-controle, incluímos 345 indivíduos, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 60 anos, praticantes de CrossFit ® há pelo menos 6 meses que tiveram dor no ombro nos últimos 12 meses. As variáveis demográficas categóricas foram apresentadas em frequências absoluta e relativa e as contínuas (idade, peso, altura, IMC) em média e desvio padrão (DP). As variáveis simétricas (cinesiofobia, crenças de evitação do medo e intensidade da dor) foram expressas em média e DP, enquanto as assimétricas (incapacidade do ombro e autoeficácia) em mediana e intervalo interquartil (IQR). Foram calculadas as estimativas brutas e ajustadas para razão de chance, com intervalo de confiança de 95%, para os possíveis fatores associados à dor crônica através do modelo de regressão logística. As covariáveis de ajuste foram idade, sexo, uso de ansiolítico e/ou antidepressivo e tratamento fisioterapêutico para dor no ombro. As correlações feitas entre as escalas foram verificadas pelo coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: Houve associação entre cinesiofobia (OR=1.15, 95% IC), crenças de evitação do medo nas atividades físicas (OR=1.98, 95% IC), a presença de dor crônica no ombro e maior tempo de CrossFit® (OR=1.80, 95% IC). Conclusão: Fatores psicossociais como cinesiofobia, crenças de evitação do medo nas atividades físicas e tempo de Crossfit® estão associados a dor crônica no ombro em praticantes de CrossFit®. A cinesiofobia aumenta o risco de praticantes de CrossFit® terem dor crônica no ombro em 15%
  • Item
    Consumo alimentar, composição corporal e parâmetros neuromusculares em jovens atletas de futebol
    (2023-12-15) Barros, Juliano Marques de; Schneider, Cláudia Dornelles; Pinto, Camila; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Objetivo: Comparar consumo alimentar, composição corporal e parâmetros neuromusculares de jovens atletas de futebol em dois momentos distintos da temporada competitiva e investigar se há correlação entre esses resultados. Métodos: Registros alimentar (3 dias), composição corporal (DXA), salto vertical (CMJ) e pico de torque (PT) dos extensores do joelho (KE) de 27 jovens atletas do sexo masculino (14,7 ± 1,0 anos), em dois momentos da temporada. Resultados: A ingestão de energia (p=0,395), carboidratos (p=0,229), proteínas (p=0,128) e lipídios (p=0,218) não diferiram entre os momentos da temporada. No entanto, estavam significativamente abaixo das recomendações nutricionais (p<0,001), exceto para lipídios (p<0,001). O PT dos KE e o CMJ apresentaram correlação positiva significativa com massa magra total e de membros inferiores, em ambos os momentos (p<0,001). Conclusão: Não identificamos mudanças na ingestão de energia e macronutrientes durante a temporada competitiva. Os indivíduos não atenderam às recomendações nutricionais e a amostra pode ter experimentado um déficit energético. Atletas com maior massa magra total e de membros inferiores apresentaram maior potência e PT. Recomendamos que a educação nutricional seja fornecida aos jovens atletas desde cedo e continue ao longo da adolescência, para que assim possamos melhorar o desempenho esportivo e estimular uma prática alimentar saudável.
  • Item
    Funcionalidade de Pacientes com COVID-19 Internados em Unidade de Terapia Intensiva
    (2023) Catelli, Amanda Marques; Plentz, Rodrigo Della Méa; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Introdução: No ano de 2019 o mundo foi impactado pela pandemia do COVID19, doença que pode acarretar insuficiência respiratória com necessidade de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e ventilação mecânica invasiva (VMI), períodos prolongados de restrição ao leito e perda de força muscular. Objetivo: avaliar a funcionalidade e a força muscular de pacientes com COVID-19 internados em unidade de terapia intensiva e relacioná-los com os desfechos ventilação mecânica invasiva e tempo de internação em UTI e hospitalar. Métodos: trata-se de um estudo de coorte retrospectivo sendo a amostra composta por conveniência por pacientes internados na UTI entre março de 2020 e maio de 2021 com COVID-19. O desfecho primário do estudo foi a funcionalidade e os secundários foram força muscular, tempo de ventilação mecânica invasiva e tempo de internação. A funcionalidade em UTI foi avaliada pela escala PERME e a força muscular pela escala Medical Research Council. A coleta de dados foi realizada por meio do prontuário eletrônico, no período de janeiro de 2022 a março de 2022. Resultados: 143 pacientes foram incluídos na amostra, a maioria sexo masculino (60,14%) e com média de idade de 54 anos. A funcionalidade e a força muscular apresentaram melhora na alta da UTI quando comparada à admissão (p=0,000). Em relação a correlações, quanto maior tempo de internação em UTI, maior tempo em VMI (p=0,000; rs=0,856) e maior tempo de internação hospitalar (p=0,000; rs=0,819). A funcionalidade foi menor conforme maior o tempo em VMI (p=0,005; rs=-0,322) e tempo de internação hospitalar (p=0,023; rs=-0,19). Conclusão: a funcionalidade de pacientes COVID-19 internados em UTI tem relação direta com a força muscular, tempo de uso de ventilação mecânica invasiva e tempo de internação hospitalar.
  • Item
    Prevenção de lesões no futebol feminino brasileiro: uma pesquisa sobre percepções e práticas nos clubes de elite
    (2023-10-05) Vianna, Karoline Baptista; Baroni, Bruno Manfredini; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    Objetivos: Descrever as atuais percepções e práticas relacionadas à prevenção de lesões em clubes de elite de futebol feminino no Brasil. Desenho do estudo: Estudo observacional transversal. Ambiente de pesquisa: Pesquisa online. Participantes: Fisioterapeutas de 32 clubes de elite de futebol feminino brasileiro. Principais medidas de resultado: Questionário estruturado. Resultados: Os fisioterapeutas elencaram “retorno ao esporte após lesão”, “carga de trabalho muito alta”, “lesão prévia”, “sono/repouso inadequados” e “déficit de força/potência muscular “como os cinco principais fatores de risco de lesão. “Seguir os critérios de retorno ao esporte após lesão” foi quase unanimemente classificado como uma estratégia preventiva muito importante. A percepção em relação ao nível de importância de outras estratégias preventivas foi mais divergente. Pelo menos dois terços dos clubes adotaram as seguintes avaliações para triagem de risco de lesão: “avaliação da composição corporal”, “avaliação da amplitude de movimento articular”, “testes de salto vertical”, “testes de equilíbrio dinâmico”, “testes de salto horizontal”, “testes de capacidade aeróbica” e “teste de descida do degrau ou agachamento em uma perna”. A maioria dos clubes aplicou intervenções baseadas em exercícios de múltiplos componentes para prevenção de lesões. Além disso, “seguir os critérios de retorno ao esporte após lesão”, ‘monitoramento da carga interna de trabalho”, “uso de modalidades de recuperação pós-exercício”, “avaliações de fatores de risco na pré-temporada” e “uso de bandagem rígida” foram estratégias de prevenção usadas por pelo menos três quartos dos clubes participantes. Conclusão: Este estudo proporcionou insights sem precedentes sobre as percepções e práticas de prevenção de lesões implementadas nos clubes de elite do futebol feminino.
  • Item
    Impacto de um projeto social na promoção da segurança alimentar e nutricional de idosos da comunidade: um estudo qualitativo
    (2022-07-14) Guahnón, Marina Petrasi; Buss, Caroline; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
    O conceito de segurança alimentar vai além do acesso aos alimentos, engloba questões referentes à qualidade sanitária, biológica e nutricional, bem como à dimensão econômica e sociocultural dos alimentos. Projetos sociais em saúde podem contribuir para a promoção de segurança alimentar e nutricional entre a população, especificamente entre os idosos. Este estudo buscou verificar, por meio de uma análise qualitativa, o impacto de um projeto social na promoção da segurança alimentar e nutricional de idosos de duas comunidades de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Foram entrevistados 18 idosos e, após a análise temática das falas, foram definidos 3 grandes blocos temáticos: saúde e participação no projeto, participação no projeto durante período de pandemia e impacto do projeto na Segurança Alimentar e Nutricional. Em geral, os idosos demonstraram não estar satisfeitos com sua condição de segurança alimentar e nutricional, uma vez que sua situação de vulnerabilidade social foi agravada pela pandemia de Covid-19. De acordo com os relatos, projetos sociais na área da alimentação e saúde contribuem para a redução da insegurança alimentar e vulnerabilidade social na terceira idade
  • Item
    Avaliação da disponibilidade energética em praticantes de crossfit®
    (2023-12-12) Cohen, Tayani Palma; Schneider, Cláudia Dornelles; Nunes, Ramiro Barcos; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    OBJETIVO: Avaliar a disponibilidade energética de praticantes de CrossFit®. MÉTODOS: Estudo transversal com praticantes de CrossFit® na cidade de Porto Alegre, RS, Brasil. A amostra foi recrutada por conveniência, de forma nãoaleatória, e a coleta de dados ocorreu entre maio e setembro de 2022. Foram incluídos homens e mulheres maiores de 18 anos, que praticassem CrossFit® há pelo menos 3 meses, com frequência mínima de três treinos/semana. Foram avaliados (a) o consumo alimentar (valor energético total (VET), kcal), através de registro alimentar de três dias, calculado no software Dietbox®; (b) a composição corporal (massa magra (MM), kg), através de bioimpedância elétrica; e (c) o gasto energético com exercício (GEE), a partir da média de 3 sessões de treino, considerando duas faixas de intensidade dos equivalentes metabólicos (MET). A disponibilidade energética (DE), para cada faixa de intensidade, foi calculada subtraindo o gasto energético com exercício (GEE; kcal) do valor energético total (kcal), e então dividindo o valor obtido pela massa magra (MM; kg). Valores abaixo de 30 kcal/kg MM foram considerados como baixa disponibilidade energética, valores entre 30 e 45 kcal/kg MM disponibilidade energética insuficiente, e valores acima de 45 kcal/kg MM disponibilidade energética adequada. RESULTADOS: Foram incluídos 19 homens (33,1 ± 8,6 anos; 83,7 ± 11,2 kg, 176,6 ± 7,8 cm, duração de 40 ± 2,3 min/treino, e GEE entre 222,8 ± 26,5 e 350,3 ± 41,8 kcal/treino) e 26 mulheres (32,2 ± 7,6 anos; 68,3 ± 11,8 kg; 163,6 ± 5,6 cm, duração de 39 ± 1,4 min/treino, e GEE entre 177,9 ± 27,0 e 280,2 ± 43,0 kcal/treino) praticantes de CrossFit®. A prevalência de baixa DE foi de 8,9% do total da amostra (3,9% mulheres e 15,8% homens) quando considerada a menor faixa de intensidade de exercício. Quando foi considerada maior intensidade do exercício, e maior o GEE, a prevalência de baixa DE foi 28,9% da amostra total (23,1% mulheres e 36,8% homens). A prevalência de DE insuficiente foi 71,1% da amostra total (76,9% mulheres e 63,2% homens) quando o cálculo de GEE utilizou valores inferiores de MET, e 57,8% da amostra total (65,4% mulheres e 47,4% homens) quando o cálculo do GEE foi baseado em valores de MET mais elevados. A prevalência de disponibilidade energética adequada foi 20% da amostra total (19,2% mulheres e 21,0% homens) quando o cálculo de GEE utilizou valores inferiores de MET, e 13,3% da amostra total (11,5% mulheres e 15,8% homens) quando o cálculo do GEE foi baseado em valores de MET mais elevados. CONCLUSÃO: A maior parte da amostra possuía disponibilidade energética insuficiente ou baixa, o que a médio prazo pode estar associado com maior índice de lesões, perda significativa de desempenho esportivo, alterações imunológicas, dentre outras.
  • Item
    Viabilidade, Segurança e Confiabilidade de Uma Avaliação Online Utilizando um Teste Funcional em Adultos Mais Velhos Com e Sem Doença de Parkinson
    (2022-12-22) Figueiredo, Caroline Santos; Pagnussat, Aline de Souza; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
    O uso da tecnologia ampliou o acesso à saúde, principalmente para indivíduos que residem longe dos grandes centros ou possuem dificuldades de deslocamento. Para indivíduos idosos ou que estão entrando nessa faixa, é necessário um acompanhamento médico, principalmente nos casos em que é necessário um monitoramento de sintomas que podem ser agravados com o passar do tempo, particularmente em condições degenerativas, como na doença de Parkinson (DP). Com o aumento da longevidade e das doenças relacionadas à idade que exigem um monitoramento, soluções como a telessaúde devem ser colocadas em prática quando o formato presencial não for possível. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi verificar a viabilidade, a segurança e a confiabilidade de uma avaliação online utilizando o Teste de Sentar e Levantar Cinco Vezes (TSLCV) em adultos mais velhos com e sem DP. Também foram investigadas as barreiras encontradas pelos participantes e pelo avaliador na teleavaliação. Esse foi um estudo transversal, onde os indivíduos foram avaliados de forma remota através de videoconferência. Foi desenvolvido um guideline OMPEPE (na sigla em inglês: Objective; Materials; Position-Start; Execution; Position-End; Environment) a fim de padronizar e garantir o entendimento de todas as etapas necessárias para a execução do TSLCV, o qual é um teste físico que requer a transferência da posição sentada para ortostase. As avaliações foram gravadas e reavaliadas após 1 ano para verificar a confiabilidade intra e inter-examinador. Para avaliar a viabilidade, os participantes e o examinador responderam um questionário online sobre autopercepção logo após a teleavaliação. Foram avaliados 29 indivíduos, 12 no grupo Parkinson e 17 no grupo de adultos mais velhos, com média de idade de 69,0 e 67,6 anos, respectivamente. Os resultados provenientes do questionário e da ausência de efeitos adversos mostraram que a teleavaliação, a partir de um teste físico, mostrou-se viável e segura para adultos mais velhos com e sem DP. O TSLCV realizado de forma online apresentou uma excelente confiabilidade intra e inter-examinador (ICC > 0.90). O guideline OMPEPE englobou instruções específicas para garantir a melhor condução da teleavaliação, podendo auxiliar de forma importante a sua realização por profissionais da saúde e pesquisas remotas em saúde. Dessa forma, o presente estudo apoia a realização de avaliações de forma online utilizando uma avaliação física nessa população e incentiva o uso do guideline OMPEPE para guiar profissionais de saúde, padronizar o teste e orientar da melhor forma adultos mais velhos com ou sem DP. Ainda que apresentem desafios a serem superados, como dificuldades no uso de dispositivos eletrônicos pela população incluída e atrasos da conexão com a internet, é importante que sejam realizados mais estudos utilizando a avaliação online em diferentes populações, tendo em vista o aumento na longevidade e no uso da tecnologia.
  • Item
    Tecnologias inovadoras e disruptivas para prescrever, incentivar e avaliar a prática de exercício físico
    (2023-11-14) Loro, Fernanda Laís; Lago, Pedro Dal; Ferreira, Janaína Barcellos
    Introdução: A inatividade física e o sedentarismo são responsáveis por 9% de todas as mortes no mundo, totalizando 5,3 milhões de pessoas por ano, representando grande impacto social e econômico. É urgente, portanto, criar ações estratégicas para promover atividade física a fim de melhorar o engajamento e a aderência à prática da atividade física. Uma estratégia relevante para a prática de exercício segura e na zona alvo adequada, é o uso do biofeedback da frequência cardíaca (FC) através de sensores vestíveis de baixo custo. Objetivo geral: Projetar, desenvolver e validar um sistema de biofeedback, com sensores vestíveis de FC para o monitoramento e a prescrição da intensidade de exercício físico durante sua realização. Método: Este é um estudo transversal piloto e exploratório. Na primeira fase, realizouse o desenvolvimento do biossensor de pulso de baixo custo, utilizando a tecnologia de fotopletismografia, para medida da FC que foi testado em 20 indivíduos, idade de 20 a 60 anos, aparentemente saudáveis e sem contraindicação para a realização de exercício físico. Para testar e validar o sensor, os sujeitos realizaram o “Incremental Shuttle Walk Test (ISWT)” utilizando o frequencímetro Polar H10, referência para medida da FC, e o protótipo do biossensor vestível. A FC foi monitorada 3 minutos em repouso, durante todo tempo de realização do teste e 3 minutos no período de recuperação logo após a finalização do teste. As fases dois e três estão em desenvolvimento. Resultados: Esta dissertação é composta por dois artigos científicos: 1) Artigo de protocolo submetido ao periódico “Trials” (FI = 2,5) com o seguinte título “Innovative and Disruptive Technologies to Prescribe, Encourage and Evaluate Physical Exercise in Healthy Adults: A Protocol of Exploratory Study Followed by a Noninferiority, Investigator-Blinded Randomized Clinical Trial”. Neste artigo descrevemos detalhadamente as fases do estudo incluído a fase1 (desenvolvimento do sensor), fase 2 (teste do sensor em ambiente controlado) e a fase 3 que é um ensaio clinico randomizado para testar e implementar o uso do sensor em ambiente não controlado; 2) Artigo de validação do sensor a ser submetido ao periódico “Journal of Medical International Research (JMIR, FI = 7,4)”, com o seguinte título: “Validation of a wearable biosensor prototype for measuring heart rate to prescribe physical activity: a transversal exploratory pilot study.” O sensor desenvolvido apresentou excelente concordância para FC de repouso, FC média do teste e FC de recuperação com a referência para medida da FC (Polar H10). Considerações finais: Por fim, com o protótipo válido e confiável para medida da FC no repouso, durante o teste e na recuperação, espera-se ser possível fazer a conexão com a aplicação gamificada que está sendo desenvolvida para auxiliar na prescrição adequada da intensidade do exercício, melhorar o engajamento durante a prática de atividade física e reduzir os níveis de sedentarismo trazendo os seus benefícios para saúde da população
  • Item
    Estimulação elétrica na cabeça e pescoço é segura para portadores de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis?
    (2023) Olixewski, Marcela Pinheiro; Macagnan, Fabricio Edler
    Introdução: Diferentes disfunções neuromusculoesqueléticas que afetam a região de cabeça e pescoço são tratados com eletroestimulação (EE). Porém, este procedimento é contraindicado para portadores de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEIs) devido ao risco de interferência com os dispositivos. Objetivo: Avaliar a segurança de dois diferentes modos de EE aplicadas na região da cabeça e pescoço de portadores de DCEIs. Metodologia: Neste estudo transversal foram incluídos 22 voluntários (59 ± 15.4 anos; 73% homens) do ambulatório de eletrofisiologia do Instituto de Cardiologia-Fundação Universitária de Cardiologia de Porto Alegre. O funcionamento dos DCEIs foi verificado por telemetria durante e imediatamente após a aplicação da EE com Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation (TENS) e a Functional Electric Stimulation (FES) aplicadas, respectivamente, próxima da ATM e da região submandibular. Resultados: O tempo de implante foi bem variado (1.7991.146 dias), a maioria dos dispositivos (73%) eram marcapasso e 27% cardiodesfibrilador implantável (CDI). Todos com eletrodos bipolares, predominantemente no endocárdio (91%), com modo atrioventricular bipolar em 77% dos voluntários e ventricular bipolar em 23%. A EE com TENS e FES não produziu alterações significativas na FC, no traçado eletrocardiográfico e nenhuma interferência eletromagnética foi identificada nos dados da telemetria. Conclusão: Este é o maior estudo que avaliou a segurança da EE na região da cabeça e pescoço de portadores de DECIs. Nossos achados reforçam evidências prévias e trazem uma perspectiva bem mais favorável para o emprego dessa ferramenta, pois com a inserção dos nossos achados a incidência proporcional de interferência passou de 25% para 7%.
  • Item
    Associação entre a Disfagia Orofaríngea e a Frequência de Exacerbações na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
    (2017) Fávero, Samara Regina; Cardoso, Maria Cristina de Almeida Freitas
    As doenças respiratórias crônicas representam um dos maiores problemas de saúde pública, pois interferem na capacidade física gerando grande impacto socioeconômico e na qualidade de vida e atualmente estão entre as principais causas de internação hospitalar. Pacientes com alterações respiratórias podem apresentar risco para aspiração, uma vez que a modificação no padrão respiratório pode alterar a sincronia entre a respiração e a deglutição, fundamental para a proteção da via aérea inferior. A coordenação entre a respiração e a deglutição é de suma importância para os pacientes acometidos com DPOC, pois os episódios de aspiração traqueal decorrentes dos transtornos da deglutição podem levar a uma exacerbação da doença, complicando para o quadro clínico. Pacientes que apresentam duas ou mais exacerbações no último ano ou uma que demandou internação hospitalar são definidos como fenótipo exacerbador. O objetivo da pesquisa foi verificar a ocorrência de associação entre a Disfagia Orofaríngea e a frequência de exacerbações na DPOC. Métodos: Estudo transversal analítico para o qual foram recrutados pacientes com DPOC em estado estável que realizavam acompanhamento ambulatorial no serviço de pneumologia do Hospital Pavilhão Pereira Filho. Pacientes com diagnóstico de DPOC pelos critérios do GOLD (VEF1/CVF <0,7 pós-broncodilatador) que aceitaram participar da pesquisa, responderam a um questionário de auto avaliação para risco de disfagia, realizaram uma avaliação clínica e uma avaliação instrumental, por meio do exame de Videofluoroscopia da deglutição. A aprovação deu-se sob parecer no 1.541.638. Resultados: Vinte e sete pacientes com diagnóstico de DPOC responderam o questionário de auto avaliação do risco de disfagia e realizaram a avaliação clínica da deglutição. Dezoito (66,7%) pacientes foram submetidos à avaliação instrumental por meio do Exame de Videofluoroscopia da deglutição. A média de idade dos pacientes avaliados foi de 62,7 anos sendo a maioria mulheres (63%) e mais da metade dos pacientes (70,4%) apresentaram fenótipo exacerbador. Observou-se associação significativa (p=0,039) entre os pacientes com diagnóstico de disfagia e o número de exacerbações no último ano. Conclusão: A presença da disfagia deve ser considerada naqueles pacientes que experimentam exacerbações agudas recorrentes da DPOC. As características da deglutição nessa população com fenótipo exacerbador necessitam de maiores esclarecimentos para diminuir o número de exacerbações de DPOC proporcionando uma melhor qualidade de vida.
  • Item
    Estimulação Elétrica Neuromuscular Diafragmática em pacientes com Insuficiência Cardíaca: ensaio clínico não controlado
    (2016) Leão, Bruna Müller; Plentz, Rodrigo Della Méa; Macagnan, Fabrício Edler
    Fundamento: A insuficiência cardíaca (IC) é a consequência final de todas as doenças que acometem o coração. O diafragma é o principal músculo da respiração e o primeiro a ser debilitado com a IC e que compromete diretamente na qualidade de vida, morbidade e mortalidade. Objetivo: Analisar os efeitos da estimulação elétrica neuromuscular (EENM) diafragmática em pacientes com IC sobre a força muscular respiratória e a espessura do diafragma. Métodos: Ensaio clínico não controlado, foram selecionados sete pacientes portadores de IC descompensada, New York Heart Association (NYHA) II, III e IV. Terapia com a EENM diafragmática com corrente pulsada bifásica e simétrica, frequência de 80Hz, largura de pulso de 0,4ms, rampa de 1s, tempo on de 1s, descida de 2s e tempo off de 1s, duas vezes ao dia, por cinco dias ou até a alta hospitalar. Foram avaliados antes da primeira e após a última sessão de EENM diafragmática através da manovacuometria para verificação da pressão inspiratória máxima (PImax) e pressão expiratória máxima (PEmax), e através da ultrassonografia do diafragma para avaliar a espessura diafragmática. Resultados: Dos sete pacientes incluídos, quatro (57%) eram homens, com idade de 62±15,1 anos, NYHA, quatro (57%) na CF II, dois na CF III (29%) e um (14%) na CF IV. Houve aumento da PImax pré 84,4 ± 40,2cmH2O e pós 109,9 ± 43,9cmH2O (p=0,01) e a PEmax pré 71,9 ± 23,3cmH2O e pós 84,3 ± 34,4cmH2O (p=0,03). Conclusão: A EENM diafragmática em pacientes com IC mostrou-se efetivo acarretando melhora na força da musculatura respiratória.
  • Item
    Análise da Musculatura Paravertebral em Indivíduos com Doença de Parkinson Leve a Moderada: um Estudo Transversal
    (2022-04-07) Mattos, Brenda Tubelo Pereira de; Cechetti, Fernanda; Martinez, Flávia Gomes
    A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa, progressiva e crônica, causadora de uma série de sintomas motores que prejudicam diretamente as atividades de vida diária dos indivíduos acometidos por esta patologia, como por exemplo a instabilidade postural. Compreender o controle postural através de uma avaliação profunda dos principais músculos envolvidos neste processo é de suma importância para os pesquisadores da área e profissionais que lidam diretamente com esta população. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a musculatura paravertebral de indivíduos com doença de Parkinson leve a moderada em relação à sua composição e força muscular quando comparado a idosos saudáveis. Este estudo avaliou 16 sujeitos, sendo 8 no grupo com DP leve a moderada e8 idosos saudáveis. Os indivíduos com DP foram avaliados pela Escala Modificada Hoehn & Yahr (H&Y), pela Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson exame motor (UPDRS III) e pelo Questionário da Doença de Parkinson (PDQ-39). Além destas avaliações, os dois grupos foram avaliados por meio do Timed Up and Go Test (TUG), Medidas de Ultrassom (US) da musculatura paravertebral, Teste de Força Máxima dos extensores de coluna através do Dinamômetro Isocinético e Eletromiografia (EMG) dos músculos paravertebrais. Os resultados revelaram que o grupo de indivíduos com DP apresentam menor produção de força na musculatura paravertebral quando comparados ao grupo de idosos saudáveis. Estas diferenças foram significativas na fase inicial de extensão de tronco (RTD Early), no Pico de Torque (PT) e na capacidade de produzir força rapidamente(RTD pico). Entretanto, não foram encontradas diferenças significativas na EMG e na US. Com estes resultados, conclui-se que indivíduos com doença de Parkinson leve a moderada, apresentam valores significativamente menores na produção inicial e manutenção da força em relação aos idosos saudáveis, mesmo sem apresentar danos aparentes quanto à composição muscular dos músculos paravertebrais. Demonstrando que estes valores podem interferir negativamente no controle postural, uma característica típica da DP.
  • Item
    Variabilidade da frequência cardíaca em pacientes com estenose aórtica grave e risco de complicações pós-intervenção
    (2016) Ribeiro, Gustavo dos Santos; Karsten, Marlus; Lago, Pedro Dal
    Introdução: Estenose aórtica (EAo) é caracterizada pela degeneração do anel valvar. A cirurgia de substituição da valva aórtica (sAVR) é indicada para pacientes com EAo grave sintomática. Para casos com risco cirúrgico proibitivo, o implante transcateter de valva aórtica (TAVI) é uma alternativa segura e efetiva. Reconhecidamente, as doenças cardiovasculares estão associadas à disfunção autonômica. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC), definida pela oscilação entre intervalos RR (iRR), por meio dos seus índices, é considerada o método que melhor avalia a influência do sistema nervoso na atividade cronotrópica cardíaca. Pode-se, assim, inferir a condição pré-intervenção e avaliar sua influência nos desfechos pós- procedimento. No entanto, dispositivos que registram os iRR são susceptíveis à interferências. Diferentes métodos são sugeridos para identificar e corrigir estes artefatos, assim como selecionar dados para posterior análise. Objetivos: (a) avaliar se a análise da VFC sofre influência das técnicas de identificação e correção de artefatos, bem como dos métodos de seleção dos iRR em registros de curta duração; (b) caracterizar a VFC de pacientes com EAo grave, investigar sua relação com complicações pós-intervenção e verificar se distingue pacientes com indicação à sAVR e TAVI. Métodos: 30 pacientes com EAo grave e 14 sujeitos saudáveis foram avaliados na posição supina por 10 minutos para registro dos iRR (Polar RS800cx). Os dados foram transferidos ao software Polar ProTrainer e convertidos em texto para inspeção visual. Os artefatos foram identificados por técnicas que aplicam diferenças superiores a 20% entre dados adjacentes, três desvios-padrões e valores fora da curva de normalidade. A correção foi realizada por exclusão e interpolação (prévia, adjacente, linear e polinomial). Os iRR foram analisados a partir dos 256 pontos mais estáveis e dos cinco minutos finais do registro. Os índices iRR médio, SDNN, RMSSD, pNN50, TINN, índice triangular, SD1, SD2, ApEn, SampEn, DFA-α1, DFA-α2, potência total, bandas AF, BF e razão BF/AF foram calculados no software HRV Analysis Kubios e analisados estatisticamente no GraphPAD Prism (p<0,05). Resultados: Observou-se baixa concordância entre os algoritmos de detecção (k≤0,4), os métodos de correção não diferiram (p=0,95) e as técnicas selecionaram um conjunto de iRR diferentes (p<0,01). Contudo, não houve influência nos índices da VFC, exceto na ApEn (p<0,05). Em relação à caracterização, os pacientes com EAo grave indicados ao TAVI apresentaram maior risco cirúrgico e atenuação da atividade simpática (banda BF normalizada e razão BF/AF). Constatou-se correlação moderada do diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo com atividade vagal (RMSSD, AF e SD1) e variabilidade total (SDNN, TINN e índice triangular). O gradiente de pressão e a velocidade do jato se correlacionaram positivamente com TINN e negativamente com SampEn. Não houve associação da VFC com desfechos pós-intervenção. Conclusão: A função autonômica de pacientes com EAo grave é semelhante entre os indicados à sAVR e TAVI. A VFC não foi efetiva em estratificar risco de complicações pós-intervenção. Em análises de curta duração, a análise da VFC parece não ser influenciada pelas técnicas de correção dos artefatos ou pelos métodos de seleção dos iRR. Identificou-se baixa concordância entre as técnicas de identificação dos artefatos.
  • Item
    Análise da Ativação Muscular Através da Eletromiografia Durante Manuseios do Tratamento Neuroevolutivo (Conceito Bobath) em Indivíduos com Paralisia Cerebral Grave
    (2020-12-16) Paludo, Tatiane; Cechetti, Fernanda
    A quadriparesia espástica é a forma mais grave de paralisia cerebral (PC), em que todos os membros são afetados. Os indivíduos apresentam importante comprometimento no controle motor e de tronco, além de limitações funcionais. Existem diversas abordagens na reabilitação motora de indivíduos com paralisia cerebral, uma das mais utilizadas mundialmente é o Conceito Bobath ou Tratamento Neuroevolutivo. O objetivo deste estudo foi verificar através da eletromiografia a ativação muscular durante alguns manuseios do Conceito Bobath em indivíduos com paralisia cerebral grave. Métodos: Ensaio clínico transversal controlado, quantitativo. Os indivíduos foram avaliados através da eletromiografia para análise da ativação muscular de eretor da espinha (longuíssimo), glúteo médio, reto abdominal e multífido durante diferentes manuseios do Conceito Bobath. Resultados: Foram avaliados 59 indivíduos, sendo 39 com paralisia cerebral quadriparética espástica (GMFCS IV-V) e 20 indivíduos com desenvolvimento motor típico (grupo controle). Os grupos apresentaram homogeneidade de idade e gênero. Identificou-se diferença significativa na ativação dos músculos: eretor da espinha, glúteo médio, reto abdominal e multífido, nos 6 manuseios propostos neste estudo, sendo eles: side-sitting para ajoelhado; decúbito dorsal para decúbito lateral no solo, decúbito ventral para decúbito lateral no rolo, “sentado a cavalo” no rolo, sedestação no rolo com membros inferiores para frente, estímulo proprioceptivo em sedestação na bola suíça. Conclusão: Ao se comparar os manuseios entre si, identificou-se que glúteo médio e multífido foram os músculos mais ativados nos manuseios side-sitting para ajoelhado e em sedestação na bola suíça. Porém, os resultados demostram que todos os manuseios do Conceito Bobath analisados nesta pesquisa foram eficazes para a ativação muscular de eretor da espinha (longuíssimo), glúteo médio, reto abdominal e multífido em indivíduos com quadriparesia espástica grave.
  • Item
    Efeitos da cânula nasal de alto fluxo comparado com oxigenoterapia convencional após cirurgia cardíaca: uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos randomizados
    (2023-07-06) Prusch, Júlia Schoenfeld; Lago, Pedro Dal
    Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo, sendo no Brasil responsável por quase um terço das mortes anuais. Quando necessário o tratamento precisa ser cirúrgico, no qual apresenta risco de desenvolver complicações pulmonares no pós-operatório, como hipoxemia e alterações na mecânica ventilatória, precisando do uso de dispositivos de oxigenoterapia para corrigir essa hipoxemia e evitar complicações maiores. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados que avalie os efeitos do cânula nasal de alto fluxo (CNAF) comparado a oxigenoterapia convencional em indivíduos após cirurgia cardíaca na taxa de reintubação, sensação de dispneia, conforto e tolerância da terapia, tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e hospitalar, assim como mortalidade. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados com metanálise, nas bases de dados PubMed, EMBASE, The Cochrane Library, e PEDro, com registro na plataforma PROSPERO. Resultados: Foram incluídos oito estudos, não sendo observado diferença na taxa de reintubação, sensação de dispneia, mortalidade, conforto e tolerância e no tempo de permanência de internação na unidade de terapia intensiva e hospitalar. Conclusão: Não houve superioridade do CNAF frente a oxigenoterapia convencional quando utilizados em indivíduos após cirurgia cardíaca
  • Item
    Tutorial de Ausculta Cervical: validação de conteúdo
    (2023-08-16) Menzen, Liliane; Cardoso, Maria Cristina de Almeida Freitas
    Introdução: Os transtornos de deglutição, ou seja, a disfagia pode resultar em aspiração e problemas respiratórios. Assim o processo de avaliação clínica da disfagia necessita ser complementado através da verificação da ausculta cervical e oximetria de pulso e, de maneira complementar través da videofluoroscopia e/ou nasoendoscopia da deglutição. A ausculta cervical é um procedimento de fácil execução e não invasivo capaz de quantificar as características acústicas da deglutição como duração, frequência e intensidade, através da análise acústica, por coleta via instrumentos de amplificação, como: estetoscópio, microfone, acelerômetro, sonnar dopler e estetoscópio digital. Objetivo: verificar a concordância entre avaliadores de um tutorial com uma proposta de treinamento para a realização da ausculta cervical. Método: estudo conceitual de validade de conteúdo, constituído por um artigo de revisão sistemática da literatura e outro, original, da análise de conteúdo. A revisão sistemática da literatura elegeu-se 36 artigos para leitura na íntegra. O tutorial foi submetido à avaliação de profissionais fonoaudiólogos especialistas na área, que aceitaram participar do estudo, para análise do conteúdo. Para avaliação do grau de concordância utilizou-se o Índice de Validade de Conteúdo (IVC). Resultados: oito artigos foram considerados para análise da literatura. Doze fonoaudiólogos da região sul e sudeste do país aceitaram participar do estudo, sua maioria com formação acadêmica de pósgraduação. O IVC mínimo do estudo foi de 83,3%. Conclusão: os dados da literatura sobre a ausculta cervical mostram que há potencial para aumentar a precisão da triagem e detecção precoce do risco de disfagia. O tutorial apresenta conceitos da avaliação clínica da deglutição e da ausculta cervical, explorando as características acústicas dos sons auscultados, a identificação dos equipamentos de amplificação sonora disponíveis na literatura e utilizados na sua realização, assim como, no posicionamento do equipamento na região cervical e da demonstração da aplicação da técnica, tendo uma duração de oito minutos.
  • Item
    Efeitos de Duas Modalidades de Telerreabilitação sobre Funcionalidade em Pacientes com Síndrome Pós-COVID-19: um Ensaio Clínico Randomizado
    (2023-10-10) Duarte, Carolina; Rosa, Luis Henrique Telles da
    Introdução: A pandemia causada pelo Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV2) ou COVID-19 causou efeitos da doença a longo prazo em alguns pacientes, conhecida como Síndrome pós-COVID-19. Quadros crônicos como fadiga, mal-estar pós-esforço, dispneia, cefaleia, incapacidade de realizar tarefas físicas, estresse, depressão, irritabilidade, insônia, confusão e frustração são alguns dos inúmeros sintomas da SPC. É importante uma reabilitação continuada desses pacientes, a fim de evitar um possível agravamento dessas sequelas. O tratamento amplamente recomendado é a reabilitação funcional envolvendo exercícios aeróbicos, resistidos e funcionais para melhorar a capacidade de realizar as atividades de vida diária. Entre as estratégias da Fisioterapia, a telerreabilitação (TR) pode contribuir no cuidado de pacientes com Síndrome pós-COVID-19 (SPC) possibilitando alguns acompanhamentos a longo prazo. Objetivos: Verificar o efeito de duas modalidades de TR sobre funcionalidade, força muscular e qualidade de vida, além de avaliar a percepção dos pacientes quanto à usabilidade e satisfação com a TR. Métodos: Os 24 participantes foram randomizados aleatoriamente em grupo síncrono (GS; n=12) e assíncrono (GA; n=12). As sessões de TR foram realizadas durante 6 semanas via smartphone. Ambos os grupos seguiram um programa de exercícios respiratórios, aeróbicos, fortalecimento e alongamentos. Resultados das modalidades de TR foram comparadas antes e após intervenções, mensurando funcionalidade (PCFS), força funcional de membros inferiores (STS-5R), qualidade de vida (SF-12), dispneia (mMRC), força de preensão palmar, manovacuometria (PIMáx,PEMáx), pico expiratório máximo e satisfação percebida. Resultados e discussão: Houve melhora estatisticamente significativa nos dois grupos em PCFS, mMRC dispneia e PCS-12, com pequeno tamanho de efeito entre eles. A TR do GA se mostrou eficaz na força de preensão palmar. A força muscular respiratória melhorou significativamente no GS, tanto PEMáx como Peak flow. GS mostraram maior satisfação com o tratamento nos domínios interação e confiabilidade. Observamos melhora na força muscular e mobilidade de membros inferiores nos dois grupos. GS teve melhores resultados nos testes de força respiratória. Uma possibilidade é esse grupo ter compreendido melhor os exercícios, questionando a literacia dos participantes do GA em relação aos exercícios respiratórios. No entanto, o GA teve uma melhora na força de preensão palmar indicando uma alta taxa de adesão ao programa. Ambas as modalidades de TR foram eficazes na SPC. O GS teve menor taxa de abandono, provavelmente pela maior interação com o profissional. Conclusão: Nenhuma das duas modalidades mostrou-se superior em todas as variáveis analisadas, são necessários mais estudos para uma comprovação melhor dos efeitos destas modalidades.
  • Item
    Análise do efeito da terapia de alto fluxo em pacientes hipercápnicos dependentes de suplementação de oxigênio. Um estudo transversal.
    (2023-05-12) Silva, Vanessa Gonçalves da; Lago, Pedro Dal
    Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) tem sido uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo. Sua forma de apresentação varia em pacientes hipoxêmicos com ou sem hipercapnia, sendo a insuficiência respiratória hipercápnica uma condição associada a um risco aumentado de desfechos desfavoráveis para este grupo. Baseado na necessidade de utilização da oxigenoterapia por pacientes com DPOC e hipercápnicos, estudos sobre forma de administração de oxigênio precisam ser desenvolvidos visando a forma mais segura deadministrar a oxigenoterapia sem prejuízo ao paciente no que diz respeito à piora da retenção de CO2 em decorrência do uso indiscriminado de oxigênio. Objetivo: Avaliar se o uso de oxigenoterapia por cânula nasal de alto fluxo (CNAF) produz alterações gasométricas consideráveis na pressão parcial de dióxido de carbono (pCO2) em indivíduos DPOC hipercápnicos e dependentes de suplementação de oxigênio. Métodos: Foram incluídos no estudo pacientes com DPOC e hipercápnicos que utilizam a forma convencional de administração de oxigênio por cateter nasal (CN), óculos nasal (ON) ou máscara de Hudson (MH) e CNAF. Foram coletados dados de gênero, idade, pO2 inicial e final após 24h, pCO2 inicial e final após 24h, pH inicial e final após 24h (uso de ON, MH e CNAF). O estudo foi composto por um grupo denominado alto fluxo que fez uso do CNAF durante o período da internação e um grupo denominado oxigenoterapia convencional que utilizou somente as formas convencionais de oxigenoterapia (ON e MH), sendo os dados gasométricos avaliados em ambos os grupos na admissão no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e vinte e quatro horas após. O desfecho principal foi a pCO2 avaliada pré e pós oxigenioterapia por meio da gasometria arterial. Resultados: A amostra estudada foi de 52 pacientes sendo 26 homens e 26 mulheres com idade média de 72 anos. Na amostra, as principais comorbidades predominantes foram a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a diabetes mellitus (DM) com maior incidência nos pacientes do grupo alto fluxo. A pO2 apresentou diferença significativa entre os grupos, visto que no grupo alto fluxo a pO2 foi aproximadamente 22 mmHg mais alta que no grupo oxigenoterapia convencional (85,8 ± 15,7; 107,7 ± 30,7; p= 0,004). Já com relação à análise da pCO2 após 24h da admissão, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos (48,8 ± 9,9). Conclusão: o uso do CNAF não reduziu a pCO2 em pacientes com DPOC e hipercápnicos que necessitam de suplementação de oxigênio, no entanto, seu efeito sobre os desfechos clínicos ainda permanece incerto, pois ainda não existem muitos estudos acerca dos desfechos a longo prazo.