PPGPAT - Teses
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Navegando PPGPAT - Teses por Autor "Bica, Claudia Giuliano"
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Item Avaliação de Biomarcadores Prognósticos em Câncer de Esôfago.(2021-09-24) Santos, Aniúsca Vieira dos; Bica, Claudia Giuliano; Alves, Rafael José VargasIntrodução: A elevada incidência mundial de câncer de esôfago, e a manutenção das baixas porcentagens de sobrevida global dos pacientes, estimulam estudos sobre potenciais biomarcadores prognósticos. Pesquisas têm sido realizadas sobre o papel das enzimas antioxidantes no processo carcinogênico, como a Superóxido Dismutase 2 (SOD2) e em especial o polimorfismo Val16Ala de SOD2, mas seu impacto prognóstico no câncer de esôfago não foi estabelecido. Estudos também avaliaram a associação entre a infecção por Papilomavírus Humano (HPV), principalmente HPV16, e a expressão da proteína supressora de tumor p16, com correlações divergentes destes com a progressão da doença. Objetivos: Investigar SOD2, HPV16, e p16 como potenciais biomarcadores prognósticos em câncer de esôfago. Metodologia: Artigo I - revisão sistemática sobre o polimorfismo Val16Ala de SOD2 e a associação com o prognóstico de pacientes com câncer. Artigo II - Análise dos genótipos do polimorfismo Val16Ala e a expressão imunohistoquímica de SOD2 no câncer de esôfago, e sua associação com a sobrevida global. Artigo III - Associação entre infecção por HPV16 e a expressão imunohistoquímica de p16 no câncer de esôfago, e sua correlação com a sobrevida. Resultados: Artigo I - Foram identificadas evidências na literatura da associação entre o polimorfismo Val16Ala (alelo Ala), e o prognóstico de pacientes com câncer. Artigo II - Polimorfismo Val16Ala foi associado ao risco de câncer de esôfago (RR 2.18, 95%CI 1.23-3.86), mas não a sobrevida dos pacientes (P=0.53). A baixa expressão de SOD2 foi associada a menor sobrevida (HR, 0.41; 95% CI, 0.22-0.79). Artigo III - Não houve associação de HPV16 e p16 com a sobrevida dos pacientes com câncer de esôfago (P=0.56). Conclusão: Na investigação de biomarcadores para câncer de esôfago, destacamos o polimorfismo Val16Ala-SOD2 (modelo AA vs AV+VV) associado ao maior risco dessa neoplasia, e os resultados promissores da expressão imunohistoquímica de SOD2 como biomarcador prognóstico.Item Câncer de mama e derrame pleural neoplásico: características morfológicas e marcadores tumorais(2016) Santos, Giovana Tavares dos; Bica, Claudia Giuliano; Prolla, João Carlos; Introíni, Gisele OrlandiIntrodução: Cerca de 20% das pacientes com câncer de mama, mesmo em estágio inicial, desenvolverão a doença metastática e 90% das mortes por essa neoplasia decorrem de complicações oriundas de sua disseminação. Dessa forma, identificar características biológicas relacionadas à agressividade do câncer de mama metastático e ao prognóstico das pacientes faz-se necessário. Objetivos: Investigar marcadores tumorais no derrame pleural neoplásico de pacientes com câncer de mama metastático, relacionando ao prognóstico das pacientes. Metodologia: estudo de coorte histórica, onde foram inseridos pacientes com derrame pleural neoplásico e história de câncer de mama. Para cada um dos 4 trabalhos realizados (Artigos I, II, III e Apêndice 1), foi necessário recorrer a metodologias que envolveram a análise morfológica e a expressão de marcadores tumorais. Resultados: No Artigo I, intitulado “Impact of Her-2 overexpressed on survival of patients with metastatic breast cancer”, evidenciamos alteração na expressão do painel imuno-histoquímico do câncer de mama metastático, quando comparado ao tumor primário, e que a super-expressão de Her-2 na metástase pleural representa mau prognóstico para as pacientes com câncer de mama avançado. No Artigo II, intitulado “Impact of Cell Arrangement of Pleural Effusion in Survival of Patients with Breast Cancer”, verificamos que o derrame pleural neoplásico com células isoladas está associado a prognóstico desfavorável. No Artigo III, descrevemos uma técnica de distensão citológica, que apresenta como vantagem, uma melhor distribuição das células com interesse diagnóstico. No apêndice 1, apresentamos a descrição do padrão esferoide, através da microscopia eletrônica de transmissão. Conclusão: A heterogeneidade intra-tumoral, conforme observamos nos tumores estudados, referente à forma de organização celular, a proliferação, capacidade de metastatizar, sensibilidade a drogas, dependência de sinais de crescimento, são características importantes nas neoplasias, além da forma de interação de subclones geneticamente distintos durante esta evolução desse tumor, sugerindo uma grande importância em conhecer as características biológicas da metástase, permitindo sua aplicação na medicina personalizada.Item Estudo de biomarcadores e da enzima superóxido dismutase 2 na resistência ao tamoxifeno adjuvante em pacientes com câncer de mama luminal(Wagner Wessfll, 2020) Dal Berto, Maiquidieli; Bica, Claudia Giuliano; Alves, Rafael José VargasIntrodução: O carcinoma mamário é uma doença complexa e heterogênea, com subtipos biológicos distintos, e devido à incidência e mortalidade é considerada um grave problema de saúde. Novas metodologias estão permitindo estratificar e classificar o câncer de mama de acordo com a expressão proteica e genômica, estabelecendo assim assinaturas genéticas em relação à possibilidade de resposta a terapia. Essa medicina personalizada é baseada na compreensão da carcinogênese molecular, farmacocinética, farmacogenômica, e nas diferenças genéticas de cada indivíduo. Aproximadamente 70% dos diagnósticos são do subtipo Luminal, devido a expressão de receptores de estrogênio ou/e receptores de progesterona. Pacientes com esse perfil recebem terapia anti-estrogênio, sendo o tamoxifeno (TMX) o fármaco de primeira linha mais utilizado para o tratamento. No entanto, aproximadamente 30% dos pacientes com câncer de mama desenvolvem resistência a terapia com o TMX, levando à recidiva da doença e consequentemente ao aumento da mortalidade. Objetivos: Elucidar processos biológicos envolvidos na resistência ao TMX e buscar possíveis biomarcadores preditores de recorrência nas pacientes com câncer de mama em uso do TMX adjuvante. Material e Métodos: No estudo 1 foi realizado uma revisão de escopo limitada aos trabalhos publicados nos últimos 5 anos para encontrar estudos clínicos que investigassem biomarcadores envolvidos na resposta ao TMX. Uma análise in silico foi realizada em conjunto, para avaliar a inter-relação entre marcadores selecionados e o envolvimento com processos biológicos. O estudo 2 foi um estudo de coorte retrospectivo de pacientes com câncer de mama luminal que usaram TMX adjuvante e tiveram um acompanhamento de no mínimo cinco anos. Os genótipos do polimorfismo Val16Ala da enzima superóxido dismutase 2 (SOD2) foram avaliados por PCR em tempo real e os marcadores de apoptose e proliferação foram realizados por imuno-histoquímica. O estudo dos diferentes genótipos foi realizado através de uma análise multivariada de regressão de Cox (backward wald) ajustada para grau, estadiamento clínico e marcadores BCL-2 e KI67. Resultados: No estudo 1, quarenta e cinco estudos foram selecionados. Após análise por agrupamento e ontologia gênica, 23 marcadores moleculares foram significativamente associados, formando três grupos de forte correlação com processos biológicos do ciclo celular, transdução de sinal de estímulos proliferativos e resposta hormonal. No estudo 2, tivemos uma amostra de 72 pacientes, 36% apresentaram recidiva, com idade média de diagnóstico de 46 ± 12,68 anos, 35% apresentaram grau histológico 3 e 29.6 % apresentaram estágio clínico III. As frequências genotípicas de SOD2 foram Ala/Ala = 33.3%, Val/Val = 36.1% e Ala/Val = 30.6%. Na análise multivariada, a presença do alelo Val mostrou uma tendência a ser um fator de risco para recorrência (RR = 2,14 (IC 95% 0,84-5,47). Dos 36% pacientes com recidiva, 73,1% apresentaram expressão positiva para o marcador Bcl2 (p = 0,015), indicando um número reduzido de células apoptóticas no tumor primário. Conclusão: Com isso, nossos dados encontrados são geradores de hipótese, tanto do artigo I quanto do artigo II, que sugerem mecanismos e biomarcadores promissores para predição da resistência ao Tamoxifeno®. E assim, contribuindo para estudos futuros e uma medicina personalizada.Item Estudo de biomarcadores e do polimorfismo da MnSOD em pacientes com câncer de bexiga(2016) Ranzi, Alana Durayski; Bica, Claudia Giuliano; Graziottin, Túlio MeyerIntrodução: O câncer de bexiga (Ca de bexiga) é a sétima (7ª) neoplasia mais comum em homens diagnosticados no mundo, caindo para décima primeira (11ª) quando ambos os sexos são observados. A suscetibilidade ao Ca de bexiga depende da associação de fatores de risco genéticos e ambientais, tais como exposição ocupacional, fator dietético e tabagismo. Espécies reativas de oxigênio (ERO), também presente na fumaça de cigarro, são constantemente geradas pelo organismo aeróbio como resultado do metabolismo normal. No entanto, um aumento do nível de ERO causa estresse oxidativo a cria um ambiente potencialmente tóxico para as células. As variações dos genes envolvidos no metabolismo das ERO são considerados potenciais fatores de risco no desenvolvimento do câncer, portanto, o presente estudo observou a associação entre o risco para o Ca de bexiga e as variantes genéticas da enzima antioxidante MnSOD. Além da associação do estresse oxidativo e a carcinogênese, nós revisamos e investigamos o uso de diferentes biomarcadores imunoistoquímicos (IHQ) no diagnóstico e prognóstico do Ca de bexiga, a fim de melhorar a escolha do tratamento, reduzir o número de cistoscopias e detectar a recorrência e progressão mais cedo que os testes tradicionais. Métodos: Uma revisão, um estudo de coorte e um estudo de caso-controle foram conduzidos para avaliar a associação dos biomarcadores IHQ e o polimorfirsmo da MnSOD com o Ca de bexiga. Um total de 357 indivíduos foram incluídos, dos quais, 110 casos e 247 controles. De acordo com os bancos de dados do Pubmed, Medline e Cochrane Library, uma revisão foi realizada em “estudos experimentais sobre biomarcadores histopatológicos para câncer de bexiga não músculo invasivo” publicados no período entre 2009 e 2014. Para o estudo de coorte, 93 pacientes forneceram o tecido histopatológico para análises IHQ das seguintes proteínas: p16, p21, p27, p53, pRb e Ki67. No estudo de casocontrole todos os 357 indivíduos tiveram 5 ml de sangue coletado e fragmentos de DNA genômico contendo o polimorfismo MnSOD Ala9Val na sequência do gene humano SOD2, foram amplificados por PCR. Resultados: Após revisão da literatura foi possível identificar os biomarcadores e dividi-los de acordo com a sua via de sinalização, fornecendo os achados obtidos, referência e amostra do estudo. Foi possível então identificar os marcadores considerados promissores (p53, Ki-67, CK20 e EN2) e avaliar seus potenciais valores prognóstico e preditivo em estudos com Ca de bexiga. No estudo de coorte, as principais categorias de estadiamento observadas nos pacientes foram T1 (53%) e Ta (29%) e a distribuição entre o grau tumoral foram de 58% baixo grau e 42% alto grau. As expressões IHQ de p16, p21, p27, p53, pRb e Ki-67 foram alteradas em 31%, 42%, 60%, 91%, 27% e 56%, respectivamente. A expressão IHQ de Ki-67 foi associada com grau histológico (p = 0,016) e expressão de pRb com a sobrevida livre de recidiva (p = 0,035). Nenhum marcador foi estatisticamente significativo na análise multivariada, porém o número de marcadores alterados mostrou-se relacionado à sobrevida livre de recidiva (p = 0,004). No estudo de caso-controle nós encontramos um importante aumento do risco no desenvolvimento do câncer de bexiga entre os indivíduos com o alelo Ala comparados aos portadores do alelo Val (OR = 2,31). O sexo masculino, como já reportado por outros autores, é um fator de risco associado ao Ca de bexiga e os principais estadiamentos observados foram o Ta (24,5%) e T1 (50,9%). Nós também observamos uma tendência da correlação do genótipo Val/Val e a ocorrência de Ca de bexiga não músculo invasivo. Conclusão: O Ca de bexiga é uma neoplasia heterogênea que apresenta alta probabilidade de recorrência e progressão. Os biomarcadores atuam neste contexto para aumentar a precisão do prognóstico e consequentemente permitir uma modulação adequada da doença. No entanto, as anormalidades moleculares do Ca de bexiga são altamente complexas, sendo assim pouco provável que um único marcador seja capaz de identificar e estratificar pacientes em categorias prognósticas precisas. Como demonstrado pelos nossos dois estudos, de revisão e coorte, a combinação de marcadores independentes, porém complementares, pode permitir um diagnóstico ou prognóstico mais preciso que um marcador isolado, sendo um tópico importante para investigação a pesquisa por um painel de biomarcadores IHQ para o Ca de bexiga. Em adição, sabe-se que ERO podem desempenhar um papel importante na carcinogênese da bexiga, e a susceptibilidade individual ao câncer pode ser modulada pelo polimorfismo da MnSOD. Este estudo demonstrou que a genótipo Ala/Ala pode ser considerada como um fator de risco para o câncer da bexiga e que novos estudos devem ser feitos correlacionando estresse oxidativo, fatores ambientais e genéticos ao risco de recorrência, progressão e desenvolvimento do Ca de bexiga.Item Robô Laura como preditor de sepse/deterioração clínica em adultos internados(2022) Scherer, Juliane de Souza; Bica, Claudia GiulianoIntrodução: A alta morbimortalidade da sepse exige uma rápida identificação. O tempo é um fator determinante e está associado a uma melhor evolução do quadro e um prognóstico mais favorável. Dessa forma, detectar precocemente ou predizer a deterioração clínica utilizando Inteligência Artificial (IA) é uma alternativa para alertar a equipe de profissionais sobre o risco de sepse dos seus pacientes. Objetivo: Analisar os alarmes críticos preditores de deterioração clínica/sepse para tomada de decisão clínica nos pacientes internados em complexo hospitalar de referência. Método: Trata-se de uma coorte retrospectiva. Foram avaliados os alarmes registrados pelo robô no período de março a setembro de 2020. A ferramenta de Machine Learning (ML), Robô Laura®, pontua alterações nos parâmetros vitais e exames laboratoriais. Primeiramente, os dados foram exportados da plataforma manualmente, tabulados e organizados em tabelas do programa Microsoft Excel®; após, foi realizada uma pesquisa no prontuário eletrônico do paciente em busca do tempo de resposta da equipe, intervenções realizadas, tempo de internação e desfechos. Resultados: Extraíram-se 122.703 alarmes da plataforma, classificados de 2 até 9. A pré- seleção dos alarmes críticos (6 a 9) apontou 263 alertas urgentes (0,2%), dos quais, após o filtro de critérios de exclusão, delimitaram-se 254 alertas para 61 pacientes internados. Todos os alarmes foram respondidos na primeira hora, conforme preconizado pelo protocolo de sepse institucional, e 82% dos pacientes receberam alguma intervenção. A mortalidade dos pacientes por sepse foi de 75%, dos quais 52% devido à sepse relacionada ao novo Coronavírus. Após os alarmes serem atendidos, 82% dos pacientes permaneceram nos setores. Conclusão: Os resultados sugerem que a IA pode sustentar decisões clínicas assertivas, desde que respeitados alguns pré-requisitos: adaptação dos protocolos com base nos perfis dos pacientes-alvo e envolvimento da equipe multiprofissional, com destaque aos enfermeiros, pela presença ininterrupta ao lado dos pacientes.