TESES E DISSERTAÇÕES
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Item Os efeitos do bochecho de pilocarpina na qualidade vocal(Wagner Wessfll, 2008) Martins, Vera Beatris; Barros, Helena Maria Tannhauser; Cielo, Carla AparecidaIntrodução: A voz é o principal meio de comunicação do ser humano. O desequilíbrio na hidratação e lubrificação do aparelho fonador pode provocar alterações de voz diminuindo a qualidade de vida e de comunicação. Objetivo: verificar os efeitos do bochecho de pilocarpina sobre os parâmetros acústicos vocais e a salivação de voluntários sadios. Método: ensaio clínico, randomizado, controlado por placebo (salina) foi conduzido com 36 indivíduos sadios. Salivação foi mensurada antes e 15, 30, 45, 60 e 75 minutos após a administração das soluções de pilocarpina (1% ou 2%) ou controle solução salina. Pressão arterial, freqüência cardíaca, análise acústica da voz e avaliação dos sintomas decorrentes do uso de pilocarpina por meio da escala analógica visual foram mensuradas antes e aos 75 minutos após os tratamentos. Resultados: O aumento da salivação, foi dose (p=0,021) e tempo-dependente A solução de pilocarpina 2% foi apresentou diferença significativa do nível de salivação dos voluntários que receberam salina nos 60 e 75 minutos após o bochecho.(p= 0,001). Avaliação vocal foi obtida com 22 sujeitos. As mulheres não apresentaram diferenças significativas nos parâmetros acústicos vocais após o uso da pilocarpina, enquanto que os homens apresentaram diferença significativa na freqüência fundamental da voz após o uso das soluções de pilocarpina (p=0,026). Além disso, homens apresentaram um aumento significativo no Shimmer absoluto e relativo e no coeficiente de variação da amplitude (p=045; p=0.034 e p=0.006, respectivamente) após o uso da pilocarpina 1%. Conclusão: Nossos resultados mostram que o tratamento tópico com pilocarpina via bochecho aumentou a salivação, sem efeitos clínicos adversos importantes. Entretanto, o aumento da salivação ocasionou alterações de voz que poderiam ser explicadas por pequenas penetrações de saliva na laringe, provocando uma incoordenação no ciclo vibratório das pregas vocais. Futuros estudos com indivíduos que apresentam hiposalivação, são necessários para verificar esses efeitos.Item Análise dos fatores determinantes da capacidade funcional de idosos residentes na comunidade(2012) Boggio, Elenice da Silveira Bissigo; Rosa, Luis Henrique Telles da; Faria, MarceloO envelhecimento populacional brasileiro é uma realidade e provoca novas demandas na área da saúde do idoso. Neste contexto, saúde não significa mais a ausência de doenças e, sim, a manutenção da capacidade funcional. Objetivos: Verificar o grau de independência funcional de idosos residentes em uma área adscrita da vila do IAPI (Instituto de Assistência e Previdência dos Industriários) em Porto Alegre e correlacionar o grau de independência funcional com variáveis demográficas, de saúde e de apoio social. Métodos: Se trata de um estudo transversal, de base populacional, em que os dados foram obtidos através de visitas domiciliares. A amostra foi avaliada com as escalas de Katz e Lawton, e o nível de atividade física, pelo IPAQ – versão 6. Os dados foram analisados pelo SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 17.0, por meio de análises bivariada e multivariada pela Regressão de Poisson hierárquica. Resultados: Foram entrevistados 401 idosos, sendo que 66,3 % classificados como independentes nas atividades básicas e instrumentais de vida diária (ABVDs e AIVDs). Os fatores associados à independência funcional foram: ocupação (RP= 1,18), idade (RP=0,97), ser ativo ou muito ativo fisicamente (IPAQ) (RP=6,86) e participar de grupos de apoio (RP=1,21). A depressão associou-se negativamente com a independência funcional (RP= 0,77). Conclusões: O estudo mostrou que a independência funcional esteve relacionada a: ter menos idade, ter atividade remunerada, participar em grupos de convivência e ser ativo fisicamente.Item Avaliação do curso e desfecho de transtornos mentais nos idosos brasileiros usando o banco de dados DATASUS: variáveis associadas a alto custo de hospitalização(2012) Ritter, Pedro Lopes; Pádua, Analuiza Camozzato deO envelhecimento causa um aumento nas doenças idade-relacionadas e também de doenças que iniciaram na vida adulta. E persistiram até o indivíduo envelhecer. Este fato leva a um maior impacto financeiro das patologias psiquiátricas em idosos, principalmente sobre o prisma hospitalar, uma vez que internações psiquiátricas têm mostrado grande impacto financeiro em diversos países. Objetivos: Avaliar a contribuição independente para alto custo de hospitalização (custo acima do percentil 75) dos diagnósticos psiquiátricos e do tempo de internação ajustados para idade. Materiais e métodos: foram analisadas todas as 258608 internações psiquiátricas ocorridas entre 2000 e 2010 de indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos no Sistema Único de Saúde Brasileiro. Foram utilizados modelos estatísticos uni e multivariados (regressão logística) para avaliar a contribuição das variáveis em estudo nos desfecho custo e tempo de internação hospitalar. Resultados: categorias diagnósticas psiquiátricas da CID X de retardo mental (OR=12,4), esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes (OR=6,7) e transtornos mentais orgânicos (OR=5,4) foram as variáveis associadas a maior tempo de internação psiquiátrica de idosos. Retardo mental (OR=11), transtornos mentais orgânicos (OR=8) e esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes (OR=7,9) estiveram associadas com maior custo de internação em uma análise não ajustada pelo tempo de internação. Em um modelo multivariado onde o tempo de internação também foi incluído como potencial variável de risco para maiores custos hospitalares, os diagnósticos de transtornos mentais orgânicos (OR=4), transtorno afetivo bipolar (OR=2,6) e transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substâncias (OR=2,3) foram os que exibiram risco significativos. Conclusão: Transtorno mental orgânico, transtorno afetivo bipolar e transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substâncias levam a maior gasto hospitalar e merecem receber estratégias específicas para redução de custo.Item Análise da estabilidade de genes endógenos de referência para estudos de expressão gênica no sistema nervoso central de ratas por PCR em tempo real(2012) Moura, Ana Carolina de; Veiga, Ana Beatriz Gorini da; Giovenardi, MárciaIntrodução: Compreender os mecanismos moleculares envolvidos na regulação de vias de sinalização no sistema nervoso central (SNC) tem sido a base de muitos estudos comportamentais em neurociências. Tais estudos visam abordar como um padrão de comportamento é controlado através da expressão de genes candidatos. A quantificação de mRNA nesses estudos é realizada pela reação em cadeia da polimerase (PCR), necessitando ser normalizada por um controle interno, ou seja, um gene endógeno de referência (normalizador) – geralmente um gene constitutivo (housekeeping gene; HKG). A expressão gênica dos HKGs também pode ser variável, de modo que a escolha do controle interno mais estável em cada tecido analisado é fundamental para a obtenção de resultados confiáveis. Neste trabalho foi avaliado o HKG mais estável em áreas do SNC relacionadas com o comportamento maternal em modelo animal. Objetivos: Avaliar, por meio da expressão em nível transcricional, qual o gene constitutivo mais estável em regiões encefálicas relacionadas ao comportamento maternal de ratas. Material e Métodos: Foram utilizadas ratas Wistar virgens (n=6), no período de diestro, das quais foram coletadas as seguintes regiões encefálicas: bulbo olfatório (OB), hipocampo (HP), estriado (ST) e córtex pré-frontal (CPF). O RNA total foi extraído e o cDNA sintetizado por RT-PCR. A amplificação foi realizada por PCR em tempo real (método SYBR Green), com primers para os genes constitutivos mais utilizados segundo a literatura: β-actina (ActB), ciclofilina A (CypA) e ubiquitina C (UbC); suas estabilidades foram determinadas pelo programa NormFinder. Resultados: Os resultados mostram que, no HP e ST, o gene mais estável foi ActB, enquanto no CPF e no OB os genes mais estáveis foram CypA e UbC, respectivamente. Conclusões: Os níveis de expressão gênica de HKGs são variáveis no SNC, principalmente quando diferentes estruturas cerebrais são analisadas. Os resultados do presente trabalho poderão servir como base na escolha do HKG mais adequado para ser utilizado como controle interno em análises dos níveis de expressão gênica no SNC, como por exemplo em estudos de genes associados ao comportamento maternal de ratas.Item Aspectos clínicos de pacientes com fenótipo de Síndrome de Incontinência Pigmentar em amostra hospitalar do sul do Brasil(2013) Poziomczyk, Cláudia Schermann; Bonamigo, Renan Rangel; Bau, Ana Elisa KiszewskiIntrodução: A Incontinência Pigmentar (IP) é uma doença rara. Há acometimento cutâneo em mais de 90% dos pacientes, podendo acometer também outros tecidos ectodérmicos. As mutações que ocasionam a IP afetam a proteína NEMO, causando uma perda de sua função. A avaliação clínica planejada do paciente e de seus familiares deve otimizar os cuidados com a saúde geral dos portadores. São escassos os estudos brasileiros transversais e longitudinais a cerca do assunto. Objetivos: Verificar as características clínicas e os principais aspectos da história familiar e gestacional de indivíduos com fenótipo de IP. Materiais e Métodos: Revisão dos prontuários de pacientes pediátricos com diagnóstico de IP, desde o nascimento, entre 2003 e 2012, do Serviço de Dermatologia Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio, Brasil. Pacientes e seus familiares, após a confirmação da doença, foram submetidos a uma avaliação contemporânea dos aspectos dermatológicos, genéticos, oftalmológicos, neurológicos e odontológicos. Resultados: A amostra constituiu-se de 20 pacientes, entre eles, 13 pediátricos. Observaram-se lesões do estágio I em 84,6% dos casos, do II, em 69,2%, do III em 100% e do IV em 7,6%. Acometimento dentário ocorreu em 62,5% da amostra; ocular, em 11,1%; e neurológico, em 25,3%. Dentre os sete familiares afetados pela doença, 85,7% possuíam lesões do estágio IV e 14,2% do estágio III. Anormalidades dentárias foram observadas em 71,4% e alterações oculares em todos. Nenhuma alteração neurológica foi encontrada. Mais da metade pacientes pediátricos (61,5%) apresentava história familiar de IP. Conclusão: As características do pré-natal, do nascimento e do desenvolvimento ponderal dos pacientes com fenótipo de IP foram semelhantes às encontradas na população em geral. As manifestações cutâneas, dentárias, oftalmológicas e neurológicas dos afetados foram relativamente similares às descritas na literatura. Devido ao possível acometimento extracutâneo da doença, é muito importante o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar.Item Aspectos clínicos, citogenéticos e moleculares de uma amostra de pacientes com fenótipo de espectro óculo-aurículo-vertebral (síndrome de Goldenhar): um estudo prospectivo(2013) Silva, Alessandra Pawelec da; Zen, Paulo Ricardo Gazzola; Rosa, Rafael Fabiano MachadoIntrodução: O espectro óculo-aurículo-vertebral (EOAV) é considerado um defeito da embriogênese que envolve as estruturas originárias dos primeiros arcos branquiais. Fenótipos similares ao do EOAV podem ser encontrados em pacientes com anomalias cromossômicas, gênicas e expostos a diferentes teratógenos, sendo importante o diagnóstico diferencial. Objetivo: Descrever as características clínicas e citogenéticas de uma amostra de pacientes com fenótipo de EOAV. Material e Métodos: A amostra foi composta por 23 pacientes que apresentavam achados em pelo menos duas dentre as quatro áreas: oro-crânio-facial, ocular, auricular e vertebral. Todos os pacientes foram submetidos ao cariótipo de alta resolução em sangue por bandas GTG (com contagem de 100 metáfases), hibridização in situ fluorescente para as microdeleções 22q11 e 5p, e pesquisa de instabilidade cromossômica para anemia de Fanconi. Resultados: Alterações citogenéticas foram observadas em 3 pacientes (todos através do cariótipo): 47,XX,+mar; 47,XX,+mar/46,XX e 46,XX,t(6;10)(q13;q24). Observamos casos de EOAV com história de exposição gestacional à fluoxetina e ao ácido retinóico. Um dos pacientes foi um gemelar monozigótico discordante para o EOAV que apresentou restrição assimétrica de crescimento durante a gestação. Os pacientes com EOAV caracterizaram-se por um espectro clínico amplo, sendo que intercorrências e necessidade de realização de procedimentos cirúrgicos (tanto cosméticos como curativos) e hospitalizações foram frequentes entre os mesmos. Alguns apresentaram achados atípicos, como defeito de redução de membro inferior e tumoração no terço distal do braço direito, sugestiva de um hemangioma/linfangioma. Conclusões: Apesar da não identificação de pacientes com anemia de Fanconi, este estudo procura ressaltar a importância do diagnóstico diferencial do EOAV com esta condição. Além disso, os autores sugerem que a análise de metáfases no exame de cariótipo seja ampliada em casos de EOAV sem uma etiologia definida para aumentar a possibilidade de que casos de mosaicismo possam ser identificados.Item Efeito agudo da ingestão de chocolate amargo na modulação do sistema nervoso simpático e parassimpático(2013) Duarte, Ana Amélia Machado; Rigatto, Katya Vianna; Vogt, ErnaO cacau e o chocolate amargo têm demostrado efeitos cardioprotetores, como atividade antioxidante, antiinflamatória e vasodilatadora. As ações são atribuídas aos flavonóides, compostos bioativos, presentes no cacau e nos produtos derivados do cacau. Dessa forma, este estudo foi delineado para verificar o efeito agudo da ingestão de chocolate amargo, com 70% de cacau, sobre a pressão arterial (PA), a frequência cardíaca (FC) e sobre o balanço autonômico para o coração. Participaram do estudo 17 indivíduos saudáveis, com idades entre 18 e 25 anos de ambos os sexos. Após um período de 5 minutos de repouso, em ambiente calmo e silencioso, a PA (mmHg) e a FC (bpm) foram aferidas conforme as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Logo após foi realizado um eletrocardiograma (ECG) por 10 minutos, para verificação do balanço simpatovagal pela análise espectral. Em seguida os participantes foram convidados a ingerir 10g de chocolate amargo (70% de cacau) e uma hora após a ingestão de chocolate, repetimos as medidas de PA, FC e o ECG com o objetivo de verificar os efeitos do chocolate amargo sobre os parâmetros hemodinâmicos e sobre a modulação autonômica para o coração, visando detectar diferenças entre o período Pré e Pós-ingestão. Na análise estatística o teste T de Student pareado foi utilizado para dados paramétricos e o teste de Wilcoxon para dados não paramétricos. Todas as análises foram realizadas utilizando o software SigmaPlot 12.0. Os dados são apresentados como média±desvio padrão e foram considerados estatisticamente significativo para valores de P≤0.05. A PA sistólica (pré 104±14XPAS e pós 98±13 P≤0.001), média (pré 83±9 e pós 78±6 P≤0.05) e a FC (pré 80±6 e pós 75±6 P≤0.00) foram significativamente menores após 1h da ingestão de chocolate amargo. No entanto, a PA diastólica (pré 69±6 e pós P≤0.14) não foi significativamente diferente. A variabilidade total da FC foi maior (pré 1991±895 pós 3622±2627 P≤0.02), após a ingestão de chocolate amargo, acompanhada de uma diminuição na modulação simpática representada pelo componente LF normalizado (%) (pré 44±14 e pós 39±16 P≤0.03) e aumento da modulação parassimpática (HFnu pré 55±14 x HFnu pós 60±16 P≤0.03). Houve uma melhora no balanço simpatovagal (LF/HF) após a ingestão de chocolate (pré 0.94±0.60 e pós 0.79±0.52 P≤0.05). Os resultados desse estudo sugerem que o consumo de 10g de chocolate amargo podem aumentar a participação do sistema nervoso parassimpático. Esse resultado indica que houve uma melhora no controle da PA, uma vez que melhorou o balanço autonômico. Dessa forma, mais estudos devem ser realizados para demonstrar este benefício.Item Associação do consumo da cafeína e dos níveis séricos de vitamina D com o grau de fibrose hepática em pacientes com hepatite C crônica(2013) Oliveira, Kalinca da Silva; Tovo, Cristiane ValleIntrodução - O vírus da hepatite C (HCV) é um importante problema mundial de saúde pública e a principal causa de hepatite C crônica, cirrose, carcinoma hepatocelular e transplante hepático. Recentemente, o consumo de cafeína e os níveis séricos de vitamina D têm sido relacionados à diminuição dos níveis de enzimas hepáticas e menor risco de fibrose, em pacientes portadores de HCV. Objetivos - O presente estudo tem por objetivo avaliar a associação do consumo da cafeína, bem como dos níveis séricos de vitamina D com a atividade inflamatória e o grau de fibrose hepática em pacientes com hepatite C crônica. Métodos - Estudo transversal, constituído por pacientes com infecção crônica pelo HCV. Foram entrevistados 113 pacientes através de questionário referente ao consumo de cafeína e análise de dados antropométricos. Setenta e quatro pacientes realizaram a dosagem de vitamina D. A biópsia hepática foi realizada em um período de no máximo 36 meses antes da inclusão no estudo. Resultados – Foram avaliados 113 pacientes, sendo 67 (59,3%) do sexo feminino, 48 (42,5%) apresentavam idade entre 52 e 62 anos, e 101 (89,4%) eram de cor branca. O consumo médio de cafeína foi 251,41±232,32 mg∕dia, sendo que 70 (62%) pacientes consumiam até 250 mg∕dia de cafeína. Não houve associação entre o consumo de cafeína e a atividade inflamatória na biópsia hepática, o sexo, a cor da pele e o índice de massa corporal. Por outro lado, quando avaliada a associação entre o consumo de cafeína e fibrose hepática observou-se relação inversa, bem como quando analisado o consumo de cafeína e a idade. Quanto à vitamina D, foram avaliados 74 pacientes, sendo 45 (60,8%) do sexo feminino, com média de idade 57,03±9,24 anos e 63 (85,1%) eram de cor branca. Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre os níveis séricos de vitamina D e o sexo, a idade, e a cor da pele. Da mesma forma, não houve associação entre a atividade inflamatória e o grau de fibrose hepática com os níveis séricos de vitamina D. Conclusões – O consumo de cafeína abaixo de 250 mg∕dia foi associado com fibrose hepática avançada. Não houve associação entre o consumo de cafeína e a atividade inflamatória. Da mesma forma, não houve associação entre os níveis séricos de vitamina D e atividade inflamatória, bem como com o grau de fibrose hepática.Item Efeito agudo da estimulação elétrica funcional no controle autonômico e estresse oxidativo em indivíduos saudáveis(2013) Baumgarten, Maria Cristina dos Santos; Plentz, Rodrigo Della MéaIntrodução: A Eletroestimulação Funcional (EEF) exerce influência no sistema nervoso autônomo (SNA), e promove alterações nos parâmetros de estresse oxidativo. Objetivo: Verificar o efeito de uma sessão de EEF na modulação do SNA cardiovascular e estresse oxidativo de indivíduos saudáveis. Métodos: Ensaio clínico não randomizado, composto por 21 indivíduos saudáveis sedentários (52,4% mulheres, 25,2±4,74). Os sinais de frequência cardíaca foram adquiridos pelo Polar® RS800CX e as análises da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foram realizadas antes, durante e após a sessão de EEF. Os marcadores bioquímicos avaliados foram a superóxido dismutase (SOD), a carbonilação das proteínas, o lactato e a creatinoquinase (CK). O pico de torque muscular isométrico (PTMI) do quadríceps femoral foi medido em um dinamômetro isocinético na contração voluntária máxima (CVM), e sob EEF de 15Hz, ajustada a uma largura de pulso de 0,4ms, tempo on/off: 5/5s e intensidade máxima tolerável. A duração da EEF foi de 20 minutos em cada perna. Resultados: No pico do exercício e após a EEF, houve aumento significativo no balanço autonômico e na relação SD1/SD2 do plot de Poincaré (p=0,003 e p<0,001, respectivamente). Porém, não alterou os marcadores bioquímicos de estresse oxidativo e lesão muscular. Os homens apresentaram PTMI na CVM e sob EEF significativamente maior do que as mulheres (p<0,001 e p=0,034, respectivamente). O PTMI sob EEF correspondeu a 26% nos homens e 29% nas mulheres do gerado pela CVM. Conclusão: O efeito agudo da EEF promoveu aumento da ativação simpática, não induzindo alterações nas concentrações dos marcadores de estresse oxidativo e lesão muscular.Item Maturidade visomotora e funções executivas de crianças em idade escolar(2013) Oliveira, Ana Luisa Silva de; Reppold, Caroline Tozzi; Lukrafka, Janice LuisaA Neurociência Cognitiva é o campo de estudo que vincula o cérebro e outros aspectos do sistema nervoso ao processamento cognitivo e, por fim, ao comportamento. A relação de dois importantes construtos na neuropsicologia cognitiva foi abordada nesta pesquisa: a maturidade visomotora (MV) e as funções executivas (FEs). A MV é uma complexa função integrativa que compreende tanto a percepção como a expressão motora desta percepção, e indica que estão sujeitas a um processo de maturação neurológica. Já as FEs, consistem em um conjunto de habilidades cognitivas que, de forma articulada, permitem ao indivíduo a organização de tarefas como designar metas, avaliar a eficiência e a adequação do comportamento de acordo com as situações, abandonar estratégias impróprias em prol de outras mais eficientes ou convenientes, e, ainda, resolver problemas. Os instrumentos validados cujas características psicométricas podem ser consideradas suficientes para sua cautelosa utilização na avaliação dos construtos supracitados são, respectivamente, Teste Gestáltico Visomotor de Bender – Sistema de Pontuação Gradual (B-SPG) e Teste Wisconsin de Classificação de Cartas(WCST). Objetivo: Investigar a relação entre os escores dos testes B-SPG e WCST. Foram incluídas no estudo 85 crianças hígidas, de 7 a 10 anos de idade. Os instrumentos utilizados foram o B-SPG, o WCST, o Teste Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (para avaliação de critério de exclusão) e as Figuras Complexas de Rey. Os dados foram coletados em escolas públicas de Porto Alegre e analisados por meio de procedimentos estatísticos descritivos e inferenciais. Para averiguação do tipo de distribuição dos dados foi realizado o Teste Kolmogorov-Smirnov. Para a análise de correlação entre os escores dos testes foi realizada a Correlação de Pearson, para dados com distribuição normal e/ou a Correlação de Spearmam para o caso anormalidade dos dados. O nível de significância adotado foi de 5%, sendo, portanto, considerados estatisticamente significativos valores de p≤0,050. Os resultados foram discutidos à luz das teorias neuropsicológicas e desenvolvimentais. Resultados:A correlação entre a medida do B-SPG e os escores totais do WCST foi negativa e significativa, sugerindo que quanto maior o estado maturacional das FEs, menor será o número de erros ou distorções das figuras no Teste de Bender. As variáveis Tipo de Cópia (p<0,001), Cópia Total (p<0,001) e Memória Total (p<0,001), que compõem o Teste de Reyapresentaram significância estatística quando correlacionadas ao escore total do B-SPG. Discussão:Os resultados foram discutidos com o intuito de estudar o desenvolvimento das habilidades visomotoras e das FEs de crianças em idade escolar e buscar evidências de relação entre os instrumentos que compuseram a bateria neuropsicológica.Conclusão:Em vista de não terem sido encontrados estudos que relacionassem os testes B-SPG e WCST para avaliação dos construtos MV e FEs, respectivamente, a presente pesquisa apresenta caráter de ineditismo e aponta para a importância de novos estudos serem realizados, com a perspectiva de ampliarem o leque a respeito desse assunto.Item Análise da expressão de genes de adipocinas no tecido adiposo de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica(2013) Borges, Diego Olschowsky; Mattevi, Vanessa SuñéA prevalência de obesidade tem aumentado globalmente nas últimas décadas. Esta patologia é caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo humano. As moléculas produzidas pelo tecido adiposo são conhecidas como adipocinas e parecem exercer papeis importantes em diversas rotas metabólicas. Entretanto, os mecanismos genéticos de controle da expressão de adipocinas nos variados depósitos de tecido adiposo ainda não estão bem compreendidos. Dessa maneira, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) localizados em regiões regulatórias dos genes de três adipocinas, leptina, resistina e adiponectina, nos níveis de expressão desses genes em indivíduos obesos mórbidos. Tratou-se de um estudo transversal com 60 pacientes submetidos a cirurgia bariátrica. Os SNPs foram genotipados pela reação em cadeia da polimerase em tempo real ou aliada à clivagem com enzimas de restrição a partir de amostras de DNA extraídas de sangue total. As variantes investigadas foram LEP -2548 G>A (rs7799039), RETN -420 C>G (rs1862513), ADIPOQ -11377 C>G (rs17300539) e -11391 G>A (rs266729). Amostras frescas de tecido adiposo subcutâneo e visceral foram obtidas e os níveis de expressão gênica foram avaliados pela quantificação relativa por PCR em tempo real. Nesta população avaliada, 92% pertenciam ao sexo feminino com idade média de 42,3±8,9 anos. Todas as adipocinas apresentaram maiores níveis de expressão no tecido adiposo subcutâneo do que no tecido adiposo visceral. Além disso, a expressão tecidual da adiponectina foi diretamente correlacionada à expressão da leptina em ambos os tecidos e inversamente correlacionada à expressão da resistina no tecido subcutâneo. Por fim, a variante ADIPOQ -11377 C>G foi associada a um menor nível de expressão de adiponectina no tecido subcutâneo e todos os polimorfismos parecem exercer um papel na expressão diferencial entre os dois sítios do tecido adiposo de seus respectivos genes.Item Estudo da distribuição de pressão plantar, alinhamento dos joelhos e arco plantar na osteoartrite de joelho(2013) Kiefer, Tiago; Silva, Marcelo Faria; Rosa, Luis Henrique Telles daOs objetivos deste estudo são: a) descrever os tipos de arco longitudinal medial dos pés; b) descrever o alinhamento frontal dos joelhos; c) bem como comparar a distribuição do pico de pressão plantar de sujeitos com diferentes graus de Osteoartrite de Joelho (OAJ) e sem OAJ. Foram avaliados 29 pessoas divididas em 3 grupos (Controle, OAJ grau 2 e OAJ graus 3 e 4) para as seguintes variáveis: pico de pressão plantar e arco longitudinal medial por meio da baropodometria (Novel gmbh – Sistema EMED X/R, Alemanha), alinhamento frontal do joelho por meio do ângulo quadricipital e através do método de fotogrametria digital, amplitude de movimento via fleximetro (Sanny – Modelo Fl6010, Brasil) e dor momentânea nas articulações dos membros inferiores, via escala visual analógica. Todos os pacientes com OAJ foram classificados de acordo com o raio-x e conforme a escala de Kelgren-Lawrance. Esta investigação teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Parecer 11-828). Foram utilizadas análises estatísticas descritiva e comparativa (KruskalWallis e ANOVA- One way) através do software SPSS (Social Package for Social Sciences) for Windows versão 18.0. Encontrou-se um predomínio de joelhos varo nos 3 grupos (Controle: 42,9%, OAJ grau 2: 52,9% e OAJ graus 3 e 4: 65%), de pés cavos no grupo controle (45,4%) e OAJ grau 2 (50%), bem como de pés planos na OAJ graus 3 e 4 (50%). Na comparação intra-grupo do pico de pressão plantar observou-se que o antepé foi a região com maiores valores em relação as demais áreas dos pés e nos 3 grupos em estudo. Já na comparação entre grupos do pico de pressão plantar, evidenciou-se que os sujeitos com OAJ graus 3 e 4 apresentam menores valores no retropé (275,65 ± 48,25) em relação ao grupo controle (331,13±70,68) e menores valores no antepé (392,64 ± 91,50) em relação ao grupo OAJ grau 2 (490,30 ± 98,71). Por fim conclui-se que os indivíduos com OAJ mais acentuada demonstraram uma alteração no padrão de pressão plantar. Tais alterações devem ser observadas com cuidado pelos fisioterapeutas, afim de minimizar a lesão já existente no membro inferior. Nesse sentido a avaliação da pressão plantar se mostrou um método relevante para avaliação das cargas impostas ao membro inferior na OAJ, tendo ainda a necessidade de mais investigações para esclarecer estas relações.Item Obesidade, insatisfação com a imagem corporal e sintomas para transtornos alimentares em escolares na Serra Gaúcha(2013) Rech, Ricardo Rodrigo; Halpern, RicardoIntrodução: Na idade escolar e adolescência as crianças experimentam mudanças biológicas e cognitivas. Além disso estão expostas a fatores de risco ambientais como hábitos de vida e alimentação inadequados. É importante o conhecimento desses hábitos para promover intervenção e promover saúde. Objetivos: determinar as prevalências de obesidade, sobrepeso, sintomas para transtornos alimentares (TA), insatisfação com a imagem corporal e bullying em escolares de 6º ano da rede municipal de ensino da cidade de Caxias do Sul no ano de 2011. Métodos: estudo transversal de base escolar tendo como população-alvo os escolares do sexto ano (de 11 a 14 anos) das escolas municipais da cidade de Caxias do Sul. Foi utilizado um questionário autoaplicável e medidas antropométricas de peso, altura, circunferencia da cintura e dobras cutâneas para avaliação do estado nutricional. A prática de bullying foi avaliada com o questionário Kidscape, a imagem corporal com o Body Shape Questionnaire e escala de 9 silhuetas e os sintomas para transtornos alimentares com o EAT26. Foi utilizada estatística descritiva, análise bivariada (teste qui-quadrado de Pearson) e multivariada (regressão logística binária). Resultados: As prevalências de obesidade, sobrepeso e sintomas para TA foram de 7,30%, 22,80% e 33,10% respectivamente. Os escolares insatisfeitos com sua imagem corporal apresentaram quatro vezes mais probabilidades (RP=4,01 – IC 95%= 2,71 – 5,93) de estarem com excesso de peso e nove vezes (RP=9,30 – IC 95%=6,29 – 13,78) mais probabilidades de apresentarem os sintomas para TA. Em relação ao bullying, foram encontradas 10,2% de vítimas e 7,1% de agressores. Os escolares com hábitos sedentários (mais de três horas por dia) apresentaram 55% mais probabilidades de serem vítimas (RP = 1,55 – IC = 1,01-2,36) e mais do que o dobro de probabilidades (RP = 2,42 – IC = 1,47-3,97) de serem agressores. Mais de setenta por cento dos escolares estavam insatisfeitos com sua imagem corporal segundo a escala de 9 silhuetas. Conclusões: As prevalências dos desfechos avaliados, na população estudada, encontram-se elevadas. Os resultados revelam uma preocupante realidade em relação ao estado nutricional dos escolares e justificam a implementação de ações de saúde nas escolas em relação a este tema. Ao final, é possível aconselhar, também, uma discussão mais aberta com os escolares a respeito das questões que envolvem o bullying, a imagem corporal e os transtornos alimentares.Item Caracterização fenotípica e análise de fatores de virulência em staphylococcus saprophyticus(2013) Paim, Thiago Galvão da Silva; d'Azevedo, Pedro AlvesIntrodução: Elevado número de espécies bacterianas pertencentes ao gênero Staphylococcus foram descritas como integrantes da microbiota normal do hospedeiro humano. Entretanto, processos infecciosos por micro-organismos historicamente considerados de baixa relevância, principalmente pertencentes aos Staphylococcus coagulase-negativos (SCoN), têm sido reportados na literatura. Além disso, entre os SCoN há um subgrupo de espécies bacterianas emergentes nas quais compartilham características fenotípicas e filogenéticas estritas com isolados de S. saprophyticus, tornando-se de difícil discriminação no laboratório de microbiologia clínica. Essa espécie, segundo a literatura, é o principal coco Gram-positivo de infecções do trato urinário (ITU) não-complicadas em mulheres jovens, possuindo diversas proteínas de superfície de papel reconhecido na aderência e colonização do uro-epitélio. Objetivos: O presente estudo teve por objetivos avaliar o desempenho dos sistemas automatizado Vitek 2 e Vitek MS na identificação de cocos Gram-positivos, com especial atenção na discriminação de espécies de Staphylococcus do grupo saprophyticus, além de caracterizar os potenciais fatores de virulência desse uropatógeno. Materiais e Métodos: Cento e quatro isolados bacterianos de cocos Gram-positivos foram testados quanto a acurácia do sistema Vitek 2 (automação fenotípica) e 450 isolados clínicos para o Vitek MS (MALDITOF MS). Amostras de S. saprophyticus foram avaliadas quanto à capacidade de formação de biofilme, aderência às células de linhagem uro-epitelial T-24 e frequência de genes associados à adesão (aas, uafA, sdrI e ssp), além de caracterização fenotípica e perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos. Resultados e Discussão: O sistema Vitek 2 corretamente identificou as seguintes amostras bacterianas: 73,7% Enterococcus, 76,7% Staphylococcus e 77,8% Streptococcus. A identificação em nível de espécies para os micro-organismos comumente isolados, como S. aureus e E. faecalis, foi de 100%. Contudo, para as espécies menos frequentes, a acurácia foi aquém do recomendado, principalmente para SCoN. O desempenho do sistema Vitek 2 na discriminação de cepas de Staphylococcus do grupo saprophyticus foi semelhante ao observado com os SCoN (86,7%). Diferentemente do método automatizado baseado em provas fenotípicas de identificação, a metodologia MALDI-TOF obteve elevada acurácia na identificação de micro-organismos cocos Gram-positivos (97,8%). Apesar de elevado número de amostras terem apresentado perfil atípico pelo método fenotípico referência (60,4%), 99% dos S. saprophyticus foram identificados corretamente pelo Vitek MS, bem como outras espécies pertencentes ao grupo. A formação de biofilme foi prevalente nos isolados de S. saprophyticus (98,5%), com a maioria categorizados como forte e moderadamente aderentes (78,6%), além de elevada frequência de potenciais fatores de virulência associados à aderência como aas (98,5%), uafA (100%) e ssp (98,5%). Além disso, apesar dessas amostras mostrarem aderência à linhagem uro-epitelial T-24, não foi evidenciada diferenças estatisticamente significativa com isolados de E. faecalis, outro uropatógeno comum em ITU não-complicadas. Embora as taxas de resistência tenham se mostrado baixas, especial atenção deve ser dada a reduzida suscetibilidade à trimetroprimsulfametoxazol (10,9%) e norfloxacina (12%), antimicrobianos comumente utilizados no tratamento de ITU. Conclusão: A partir dos resultados obtidos, foi evidenciada elevada variabilidade fenotípica entre isolados de Staphylococcus saprophyticus, podendo acarretar em dificuldades na identificação desses patógenos. Como alternativa, a metodologia MALDITOF mostrou elevada especificidade na identificação de cocos Gram-positivos, inclusive os pertencentes ao grupo saprophyticus. A caracterização desses isolados evidenciou a presença de um perfil de fatores de virulência associados à adesão no trato urinário, demonstrando o potencial uropatogênico de isolados de S. saprophyticusItem Perfil nutricional e de comportamento alimentar de usuários de cocaína/crack(2013) Oliveira, Lidiane Pellenz de; Barros, Helena Maria Tannhauser; Ferigolo, MaristelaO crescente aumento de consumo de cocaína e as demandas referentes ao seu tratamento acarretam na necessidade de novas formas de abordagens no auxílio a estes usuários. O uso e a consequente dependência de substâncias psicoativas na população são considerados problemas relevantes de saúde. Um dos fatores que contribuem para tal refere-se aos vários tipos de alterações no organismo. O presente projeto investigou o perfil nutricional e as alterações alimentares e de peso, envolvidos no processo de cessação do consumo de cocaína/crack em usuários adultos, que ligaram para o Serviço Nacional de Orientações e Informações sobre a Prevenção do Uso de Drogas - VIVAVOZ. Foi realizado um estudo transversal em que os participantes responderam a escalas referentes ao consumo alimentar e comportamento após a primeira ligação para o Serviço. O instrumento utilizado foi um software exclusivo do Serviço que contempla: protocolo geral de atendimento; questionários para avaliação do consumo e dependência de drogas. Os dados foram coletados por consultores capacitados, no período de abril de 2011 a junho de 2012. A análise foi conduzida pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Os dados quantitativos serão descritos por média e desvio padrão, e dados qualitativos por frequência absoluta e percentual. Considera-se p<0,05 para associação estatisticamente significativa entre os fatores de estudo e o desfecho. O perfil dos usuários de cocaína/crack que ligaram para o deste estudo que ligaram para o Serviço são, na sua maioria, homens (80.8%), com idade entre 26 e 34 anos (53.8%), a maioria solteiros (63.0%) com mais de 8 anos de estudo (54,7%) com ocupação (77.4%) e renda de até 5 salários mínimos. Usuários de crack foram mais prevalentes do que usuários de cocaína (40.8%), dentre as drogas associadas o consumo de álcool (82.1) foi mais elevado do que o tabaco (45.3%) e maconha (45.3%).Item A capacidade física como preditor do risco de internação hospitalar de idosos(2013) Santos, Fernanda Cecília dos; Rosa, Luis Henrique Telles da; Silva, Marcelo FariaINTRODUÇÃO: O envelhecimento da população é uma tendência mundial e exige reorganização de ordem política, econômica e social, em especial na área da saúde, pois essa população necessita intensamente de cuidados em saúde. A avaliação do risco de internação hospitalar propõe encontrar indicadores preditivos da intensa utilização dos recursos de saúde por idosos. Entretanto, variáveis de capacidade física ainda não foram correlacionadas com o risco de internação hospitalar em idosos. OBJETIVO: Analisar a associação entre a capacidade física e o risco de internação hospitalar de idosos. MÉTODOS: O estudo realizado foi epidemiológico, transversal e analítico. A amostra de idosos foi selecionada aleatoriamente de uma das Equipes de Saúde da Família da Vila do IAPI, bairro Passo d` Areia, município de Porto Alegre. Foram utilizados os seguintes instrumentos: questionários para obtenção dos dados demográficos e epidemiológicos, questionário de avaliação do risco de internação hospitalar de Boult, teste de Sentar e Levantar de Rikli e Jones para a avaliação da força de membros inferiores, Teste de Sentar e Alcançar de Rikli e Jones para a avaliação da flexibilidade, Dinamometria de Preensão Palmar para avaliar a força de membros superiores, Escala de Equilíbrio de Berg para a avaliação de Equilíbrio. Os dados foram analisados utilizando-se o SPSS, versão 17.0. Para fins de comparação, com os parâmetros da capacidade física, o risco de internação hospitalar foi ajustado em dois grupos: baixo-médio e médio alto-alto. Foram realizados os testes de normalidade de Kolmogorov-Smirnov e Levene e realizada a análise multivariada de regressão de Poisson a fim de controlar os fatores de confusão e avaliar fatores independentemente associados com o risco de internação hospitalar médio alto-alto. O critério para entrada da variável no modelo foi apresentar um valor p<0,20 na análise bivariada. O nível de significância adotado foi de p≤ 0,05. RESULTADOS: As variáveis físicas que permaneceram associadas ao risco de internação hospitalar médio alto-alto foram as de força de membros inferiores (RP = 1,78; IC 95% = 1,04-3,04) e flexibilidade (RP = 2,13; IC 95% = 1,28-3,56) CONCLUSÃO: Houve uma correlação negativa entre os baixos níveis de força de membro inferior e de flexibilidade com um risco médio alto-alto de internação hospitalar. O risco de internação hospitalar médio alto-alto aumenta em 78% quando existe alteração de força de membro inferior e em 113% quando ocorre alteração de flexibilidade.Item Anormalidades cromossômicas entre pacientes com cardiopatia congênita hospitalizados em uma Unidade de Tratamento Intensivo Cardíaca de um Hospital Pediátrico do Sul do Brasil(2013) Trevisan, Patrícia; Zen, Paulo Ricardo Gazzola; Rosa, Rafael Fabiano MachadoIntrodução: Malformações congênitas são detectadas em aproximadamente 3 a 5% dos recém-nascidos. Dentre estas, destacam-se as cardiopatias congênitas (CC). Diferentes causas podem estar associadas a CC, incluindo alterações gênicas e exposições a teratógenos. Além disso, sabe-se que cerca de 1 em cada 10 pacientes com CC apresentam anormalidades cromossômicas (ACs). Objetivo: Determinar a frequência de indivíduos portadores de ACs de uma amostra prospectiva e consecutiva de pacientes com CC. Além disso, verificar os tipos de ACs juntamente com suas características clínicas. Material e Métodos: Nossa amostra foi composta por pacientes com CC avaliados em sua primeira hospitalização em uma unidade de tratamento intensivo cardíaca de um hospital pediátrico de referência do Sul do Brasil. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação clínica e citogenética, através do cariótipo de alta resolução. Os defeitos cardíacos foram classificados segundo Botto e cols. 2001. Na análise estatística utilizou-se do qui-quadrado, teste exato de Fisher e odds ratio (P<0,05). Resultados: Nossa amostra foi composta de 298 pacientes, 53,4% do sexo masculino, com idades variando de 1 dia a 14 anos. Anormalidades cromossômicas foram observadas em 50 pacientes (16,8%), sendo que 49 deles eram sindrômicos. Quanto às ACs, 44 delas (88%) eram numéricas (40 pacientes com +21, dois com +18, um com triplo X e um com 45,X) e seis (12%), estruturais [dois pacientes com der(14;21),+21, um com i(21q), um com dup(17p), um com del(6p) e 1 com add(18p)]. O grupo de CCs mais associado a ACs foi o do defeito de septo atrioventricular. Conclusão: ACs detectadas pelo cariótipo são frequentes entre pacientes com CC. Assim, profissionais, especialmente aqueles que trabalham em Serviços de Cardiologia Pediátrica, devem estar cientes das implicações que a realização do cariótipo pode trazer tanto para o diagnóstico, tratamento e prognóstico desses pacientes como para o seu aconselhamento genético.Item Tratamento do carcinoma hepatocelular com quimioembolização transarterial: um estudo de vida real(2013) Lionço, Lívia Caprara; Mattos, Angelo Alves deIntrodução: A quimioembolização transarterial (TACE) é a opção de tratamento mais utilizada para pacientes com carcinoma hepatocelular (CHC) em estágio intermediário, não candidatos à abordagem curativa. Objetivo: Avaliar a sobrevida dos pacientes com CHC irressecável submetidos à TACE. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectiva em um serviço de referência, que avaliou 95 pacientes submetidos à TACE com o intuito de tratamento paliativo. A TACE, sempre que possível, foi realizada através de cateterismo superseletivo. A resposta ao tratamento foi avaliada pelo Modified Response Evaluation Criteria in Solid Tumor (mRECIST). O método de Kaplan-Meier foi utilizado para analisar a sobrevida. Para avaliar a associação com o óbito, foi utilizado um modelo de regressão de azares proporcionais de Cox. Resultados: Todos os pacientes eram cirróticos, a maioria Child A (66,3%), do sexo masculino (72,6%), com média de idade de 64,8±9,7 anos e média de MELD de 10,4±3,0, sendo o vírus da hepatite C a etiologia mais comum da hepatopatia (61,1%). A mediana da alfa-fetoprotéina (AFP) foi de 29,3 ng/ml (1,1 a 36.600). A média do número de nódulos foi de 2,7±1,5 e do diâmetro do maior nódulo, 5,5±2,9 cm. Intercorrências após a TACE foram observadas em 31,6% dos pacientes. Na avaliação pelo mRECIST da lesão alvo, 35,8% obtiveram resposta completa, 22,1% resposta parcial, 27,4% doença estável e 14,7% doença progressiva. Pelo mRECIST geral, a maioria apresentou doença progressiva (63,2%). O tempo mediano de seguimento foi de 33,2 meses e o tempo mediano de sobrevida calculado a partir do diagnóstico foi de 32 meses. A taxa de sobrevida em 1, 2, 3 e 5 anos foi de 80%, 59%, 44% e 29%, respectivamente. Quando avaliadas as variáveis relacionadas ao óbito, na análise univariada, atingiram significância estatística: AFP ≥ 100 ng/ml e mRECIST. No modelo para o ajuste multivariável do mRECIST da lesão alvo MELD ≥ 15 e uma AFP ≥ 100 ng/ml foram fatores independentes associados a óbito. Resposta completa e resposta parcial foram fatores de proteção independentes. Já no modelo para o ajuste multivariável do mRECIST geral, apenas uma AFP ≥ 100 ng/ml apresentou-se associada a óbito independentemente (p=0,035). Conclusão: A TACE mostrou ser uma terapêutica eficaz para pacientes com CHC irressecável, no entanto, um nível de AFP ≥ 100 ng/ml está associado a um prognóstico mais reservado.Item Avaliação da influência de polimorfismos nos genes DRD4 e SLC6A3 sobre ingestão alimentar e parâmetros antropométricos de crianças(2013) Fontana, Crisciele; Almeida, Silvana de; Genro, Júlia PasqualiniA obesidade na infância é um crescente problema de saúde mundial, cujas causas podem ser atribuídas à predisposição genética, aliada à inatividade física e à alimentação inadequada. A dopamina está envolvida na regulação da ingestão alimentar sob comando do sistema nervoso central. O gene DRD4 codifica o receptor de dopamina D4 e o gene SLC6A3 codifica o transportador de dopamina (DAT), polimorfismos nesses genes podem influenciar em diferenças na recompensa alimentar. Os objetivos desse trabalho foram investigar a associação do polimorfismo exon 3 VNTR do gene DRD4 e dos polimorfismos 3’UTR VNTR, rs2550948, rs2652511 e rs1048953 do gene SLC6A3 com ingestão alimentar e parâmetros de adiposidade em crianças em três fases do desenvolvimento: no primeiro ano de vida, aos 3 a 4 anos e aos 7 a 8 anos. A análise genotípica dos polimorfismos VNTR foi realizada através de PCR seguida de eletroforese em gel de agarose. Os SNPs foram analisados em equipamento de automação laboratorial pela metodologia Taq Man©. As variáveis foram comparadas entre os grupos por General Linear Model, por ANOVA, pelo teste U de Mann-Whitney ou por Kruskal Wallis. As frequências genotípicas encontradas estão de acordo com estudos prévios e em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Na comparação entre os diferentes genótipos foram observadas associações entre os alelos de maior atividade dopaminérgica dos polimorfismos DRD4 exon 3 VNTR e SLC6A3 3’UTR VNTR com maior ingestão de alimentos palatáveis e maiores medidas de circunferência da cintura das crianças aos 3 a 4 anos. O polimorfismo rs1048953 esteve associado à ingestão energética diária no mesmo período e à razão cintura-estatura das crianças aos 7 a 8 anos. Nossos resultados sugerem que portadores dos alelos de maior atividade dopaminérgica dos polimorfismos DRD4 exon 3 VNTR e SLC6A3 3’UTR VNTR e portadores do genótipo T/T da variante rs1048953 podem apresentar risco aumentado para ingestão alimentar excessiva, visto que maior atividade dopaminérgica pode aumentar o valor motivador percebido pela recompensa alimentar e, possivelmente, levar a obesidade. Mais estudos são necessários para melhor suportar nossas observações.Item Associação entre a função endotelial e o balanço autonômico em indivíduos saudáveis(2013) Braun, Alexandra; Plentz, Rodrigo Della MéaObjetivo: Testar a hipótese de que há associação entre a função endotelial e balanço autonômico em indivíduos saudáveis, bem como, associação entre a função endotelial e variáveis físicas e colesterol total, glicemia e triglicerídeos. Metodologia: Estudo transversal analítico. Foram incluídos trinta e quatro (34) voluntários normotensos saudáveis de ambos os sexos (idade 27,5 ± 5,8 anos), a presença de tabagismo, etilismo, alterações metabólicas e com ausência de sinais e sintomas sugestivos de doenças cardiovasculares. Segundo o questionário internacional de atividade física (IPAQ), 47,06% dos voluntários foram considerados muito ativos e 44,1% classificados como ativos. Os participantes não apresentaram fatores de risco e história familiar (1º grau) de doenças cardiovasculares. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foi medida pelo Polar RS800CX por cerca de 20 minutos. O sinal foi gravado no período de 10 minutos em ventilação espontânea e mais 10 minutos com ventilação controlada. O sinal foi analisado pelo software Kubios Heart Rate Variability (HRV). A frequência respiratória foi fixada em um metrônomo ajustado a 12 irpm. A função endotelial foi realizada por ultrassonografia de alta resolução da artéria braquial por meio da técnica dilatação mediada pelo fluxo (FMD). Resultados: Houve correlação negativa do FMD com índice LH/HF (balanço autonômico) (r= - 0,43, p= 0,011), Índice de massa corpórea (IMC) (kg/m2) (r= -0,43, p= 0,01) e o peso (Kg) (r= -0,39, p= 0,02). O FMD se associou Low frequency (LF) nu: r= - 0,41, p= 0,016 e High frequency (HF) nu: r= 0,41, p= 0,015, assim como, HF (%) (r= 0,41, p= 0,016) e Very low frequency (VLF) (%) (r= -0,34, p= 0,048). Não houve associação entre a função endotelial e balanço autonômico e colesterol total, glicemia e triglicerídeos. Conclusão: Em indivíduos saudáveis normotensos há associação entre a função endotelial e o balanço autonômico, bem como, associação entre FMD e peso e IMC.