A capacidade física como preditor do risco de internação hospitalar de idosos

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Data
2013
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Editor Literário
Resumo
INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população é uma tendência mundial e exige reorganização de ordem política, econômica e social, em especial na área da saúde, pois essa população necessita intensamente de cuidados em saúde. A avaliação do risco de internação hospitalar propõe encontrar indicadores preditivos da intensa utilização dos recursos de saúde por idosos. Entretanto, variáveis de capacidade física ainda não foram correlacionadas com o risco de internação hospitalar em idosos. OBJETIVO: Analisar a associação entre a capacidade física e o risco de internação hospitalar de idosos. MÉTODOS: O estudo realizado foi epidemiológico, transversal e analítico. A amostra de idosos foi selecionada aleatoriamente de uma das Equipes de Saúde da Família da Vila do IAPI, bairro Passo d` Areia, município de Porto Alegre. Foram utilizados os seguintes instrumentos: questionários para obtenção dos dados demográficos e epidemiológicos, questionário de avaliação do risco de internação hospitalar de Boult, teste de Sentar e Levantar de Rikli e Jones para a avaliação da força de membros inferiores, Teste de Sentar e Alcançar de Rikli e Jones para a avaliação da flexibilidade, Dinamometria de Preensão Palmar para avaliar a força de membros superiores, Escala de Equilíbrio de Berg para a avaliação de Equilíbrio. Os dados foram analisados utilizando-se o SPSS, versão 17.0. Para fins de comparação, com os parâmetros da capacidade física, o risco de internação hospitalar foi ajustado em dois grupos: baixo-médio e médio alto-alto. Foram realizados os testes de normalidade de Kolmogorov-Smirnov e Levene e realizada a análise multivariada de regressão de Poisson a fim de controlar os fatores de confusão e avaliar fatores independentemente associados com o risco de internação hospitalar médio alto-alto. O critério para entrada da variável no modelo foi apresentar um valor p<0,20 na análise bivariada. O nível de significância adotado foi de p≤ 0,05. RESULTADOS: As variáveis físicas que permaneceram associadas ao risco de internação hospitalar médio alto-alto foram as de força de membros inferiores (RP = 1,78; IC 95% = 1,04-3,04) e flexibilidade (RP = 2,13; IC 95% = 1,28-3,56) CONCLUSÃO: Houve uma correlação negativa entre os baixos níveis de força de membro inferior e de flexibilidade com um risco médio alto-alto de internação hospitalar. O risco de internação hospitalar médio alto-alto aumenta em 78% quando existe alteração de força de membro inferior e em 113% quando ocorre alteração de flexibilidade.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Saúde do Idoso, Hospitalização, Desempenho Físico, Força Muscular, Equilíbrio Postural, [en] Health of the Elderly, [en] Hospitalization, [en] Physical Functional Performance, [en] Muscle Strength, [en] Postural Balance
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