PPGPED - Dissertações
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Item Avaliação da performance de uma escala de risco de queda em pediatria(2022) Cardoso, Eva Jaqueline da Silva; Martha, Vanessa FellerAs quedas são apresentadas como um evento de alta incidência no ambiente hospitalar e por vezes minimizados pela equipe assistencial e pais, devido ao estágio de desenvolvimento, deambulação e a exploração do novo. Entretanto, dependendo da gravidade, podem levar a consequências físicas, emocionais e financeiras. O objetivo deste estudo foi avaliar a performance de uma escala de avaliação de risco (AR) já utilizada em um hospital pediátrico de Porto Alegre, chamada AR, e compará-lo com outros dois instrumentos: a escala I’M SAFE e a escala Humpty Dumpty Fall Scale (HDFS). Foi desenvolvido um estudo transversal controlado baseado nas notificações de quedas durante o período de janeiro de 2016 a dezembro 2019. Pacientes pediátricos admitidos nas unidades de internação clínica e cirúrgica com idade igual ou menor que 18 anos foram elencados para o estudo. Cada caso índice (n=106) foi pareado com um paciente controle (n=106), sendo selecionado numa escala de tempo sequencial, o primeiro paciente internado após o caso índice e permanecido em internação por, no mínimo, 24 horas. Foram excluídos os pacientes com informações de prontuário incompleto ou prontuário físico não localizado, assim como pacientes com idade superior a 18 anos. Os resultados mostraram que a escala HDFS apresenta um bom risco atribuível ao desfecho quedas (RP = 1,67 e P = 0,001), enquanto as escalas AR e I’M SAFE apresentaram um baixo risco atribuível ao mesmo desfecho (RP = 1,14 e P = 0438, RP= 1.11 e P = 0,463, respectivamente). A partir disso, foi realizada uma simulação incluindo o fator idade na escala AR Nova sendo observado um aumento de 75,9% para 90,6% de pacientes de alto risco. A adaptação da escala AR Nova levou a uma melhora em seu desempenho quanto a valor discriminatório na quantificação do evento queda (RP = 2,66 e P = 0,031). Na comparação entre as escalas a HDFS e escala AR Nova ambas tem valor discriminatório para quantificar o evento queda. Desta forma, verificamos a necessidade de ajuste na escala atual utilizada pelo hospital (AR) e sua posterior validação. Existe, também, a necessidade de revisão do protocolo de prevenção de quedas com foco na educação para prevenção de quedas na instituição.Item Avaliação do consumo de fibra alimentar e suas fontes em dietas de crianças de baixa condição socioeconômica: análise longitudinal(2020) Rambow, Camila; Vítolo, Márcia ReginaObjetivo: Avaliar longitudinalmente o consumo de fibra, principais fontes alimentares e seu reflexo na ingestão de energia e macronutrientes, em crianças aos 12 meses, 3 anos e 6 anos de idade. Metodologia: Estudo de coorte aninhado a ensaio de campo randomizado, cuja intervenção do estudo principal consistiu em um programa de atualização sobre os “Dez passos para alimentação saudável para crianças menores de dois anos” para os profissionais das unidades de saúde. As coletas de dados foram realizadas por meio de visitas domiciliares com aplicação de questionários dietéticos e socioeconômicos, além de dois recordatórios de 24 horas de dias não consecutivos, nas três faixas etárias. A adequação do consumo de fibra foi avaliada conforme valores de Ingestão adequada (AI), preconizados pela Dietary Reference Intakes (DRI). As fontes alimentares de fibras foram classificadas em três grupos, baseados no sistema de classificação NOVA em: in natura e minimamente processados, processados e ultraprocessados. Para avaliação da ingestão de fibras, energia e macronutrientes foram realizados cálculos no software DietWin Profissional® (Porto Alegre, Brasil), e utilizada a média estimada pelo método Multiple Source Method (MSM). Além disso, os dados dietéticos apresentados no presente estudo foram ajustados para energia (g/1.000kcal). As análises estatísticas foram realizadas no programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 20.0 (Chicago, USA), tendo as variáveis contínuas testadas quanto à normalidade da sua distribuição pelo teste de Kolmogorov-Smirnov e, apresentadas por média ± desvio padrão ou mediana e percentis 25 e 75. Análises de frequência foram realizadas para descrição das variáveis. Ainda, para avaliar o efeito da associação entre variáveis de consumo alimentar e tercis de consumo de fibras (g/1.000kcal), foi realizada análise de variância (teste Kruskal-Wallis), seguido pelo post hoc teste de Dunn. O nível de significância adotado foi p < 0.05. Resultados: Participaram do estudo 554 crianças aos 12 meses, 476 aos 3 anos e 387 aos 6 anos. Em todas as faixas etárias, mais de 85% das crianças apresentaram consumo abaixo da Ingestão Adequada. Constatou-se que os alimentos in natura ou minimamente processados foram os principais contribuintes de fibras, sendo responsáveis pelo fornecimento de 83,48% da fibra alimentar total aos 12 meses; seguido por 74,88% aos 3 anos e 71,92% aos 6 anos. Em relação às fontes alimentares, identificou-se feijão, frutas, cereais e tubérculos como principais contribuintes de fibras. Dentre elas, em todas as idades foi observado o feijão como o alimento de maior relevância para a ingestão de fibra, sendo responsável pelo fornecimento superior a 30% de fibra total diária na dieta e consumido por mais de 80% da população estudada. Além disso, foi observado que crianças no maior tercil de consumo de fibras apresentaram maior ingestão de fibras provenientes de alimentos in natura ou minimamente processados, e que suas dietas possuíam maior teor de carboidratos e menor de lipídios, nas três faixas etárias (p<0.001). Conclusões: Os resultados deste estudo mostram elevadas prevalências de inadequação de consumo de fibras e ressalta a importância da ingestão de alimentos in natura ou minimamente processados, principalmente o feijão como fonte de fibra na infância. Além de identificar, que dietas com maiores teores de fibras, possuem menor quantidade de lipídeos.Item Força muscular periférica em crianças e adolescentes com cardiopatia congênita: revisão sistemática e metanálise(Wagner Wessfll, 2021) Niedermeyer, Camila da Cunha; Lukrafka, Janice Luisa; Schaan, Camila WolgenmuthINTRODUÇÃO: Pacientes com cardiopatia congênita (CC) são menos ativos quando comparados com indivíduos saudáveis e apresentam limitação da capacidade funcional, relacionada com a presença de fraqueza e fadiga muscular. Em crianças com CC ou algum déficit de desenvolvimento, a força muscular costuma estar diminuída, afetando as habilidades motoras e funcionais na prática das atividades de vida diária, estando relacionada diretamente com a redução da capacidade de exercício. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar a força muscular periférica de crianças e adolescentes com CC por meio de uma revisão sistemática com metanálise. MÉTODOS: A revisão sistemática incluiu estudos observacionais que avaliaram a força muscular periférica em crianças e adolescentes menores de 18 anos com CC, bem como controles saudáveis para comparação. A avaliação quantitativa foi realizada por meio de metanálise, comparando-se a dinamometria isocinética e a dinamometria de preensão palmar das crianças e adolescentes com CC e seus respectivos controles. RESULTADOS: Um total de 5.512 artigos identificados na busca preencheram os critérios de elegibilidade e quatro foram incluídos para metanálise nesta revisão. Três estudos avaliaram a força muscular isocinética (FMI) e encontraram redução significativa de 44.63Nm quando comparados com controles saudáveis (95% CI, –75.03 a –14.23; I2 82%, P para heterogeneidade =0.004). Dois estudos avaliaram a força de preensão palmar (FPP) e mostraram que não houve diferença significativa entre pacientes com CC e controles saudáveis, com o valor de 0,08Nm (IC 95%, –6,39 a –6,55; I2 98%, P para heterogeneidade <0,00001). CONCLUSÃO: Crianças e adolescentes com CC apresentaram diminuição da força muscular de membros inferiores, entretanto na força de preensão palmar esse resultado não foi confirmado e os dois grupos foram semelhantes.Item Primary health care intervention reduces added sugar consumption during childhood: promising findings from a cluster randomized trial(Wagner Wessfll, 2020) Baratto, Paola Seffrin; Vitolo, Márcia ReginaObjetivos: Verificar o impacto da atualização dos profissionais de saúde sobre o consumo de açúcar adicionado e avaliar as principais fontes alimentares contribuintes para esse consumo entre crianças. Metodologia: Análise longitudinal aninhada a um ensaio de campo randomizado por conglomerados realizado com pares de mãe-criança residentes da cidade de Porto Alegre – RS. A randomização ocorreu entre as unidades de saúde participantes, alocadas em intervenção (n=11) e controle (n=9). A intervenção foi realizada com os profissionais de saúde e baseada nos “Dez Passos para Alimentação Saudável para Crianças Menores de Dois Anos”. Gestantes no último trimestre de gestação foram entrevistadas quanto à situação socioeconômica, demográfica e de saúde. A ingestão dietética das crianças foi avaliada com auxílio do software Dietwin® aos 6 meses, 12 meses, 3 anos e 6 anos. O consumo de açúcar adicionado foi estimado por meio do recordatório alimentar de 24 horas, considerando a definição de açúcar adicionado da USDA. Os alimentos fonte de açúcar foram posteriormente classificados em (1) Bebidas açucaradas (2) Alimentos ultraprocessados (3) Preparações caseiras e (4) Açúcar de mesa. Todas as análises estatísticas foram realizadas pelo Statistical Package for the Social Science, versão 21.0. O impacto da intervenção na ingestão de açúcar adicionado foi verificado por meio da Equação de Estimativa Generalizada. Os dados de consumo em gramas foram apresentados como média, desvio padrão e porcentagem de contribuição para a energia total. A significância estatística foi estabelecida em P <0,05. Resultados: Aos 12 meses, crianças do grupo intervenção apresentaram menor consumo de açúcar proveniente de preparações caseiras (diferença -1,43g/dia; IC95% -1,70 a -1,16; p = 0,01). O maior impacto foi observado aos 3 anos, com menor consumo de açúcar total e proveniente de alimentos ultraprocessados (diferença -6,36g / dia; IC95% -11,49 a -1,23 e diferença -4,38g / dia; IC95% -7,80 -0,96; p = 0,012 e p = 0,015, respectivamente). Conclusão: A intervenção realizada com os profissionais de saúde mostrou-se eficaz em reduzir o consumo de açúcar adicionado de preparações caseiras aos 12 meses e de alimentos ultraprocessados aos 3 anos. Ainda assim, o consumo de açúcar adicionado tem início precoce e está acima do recomendado, tendo como principais contribuintes os alimentos com alto grau de processamento e as bebidas açucaradas.