PPGHEP - Dissertações
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Navegando PPGHEP - Dissertações por Assunto "[en] Bariatric Surgery"
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Item Análise do Vetor da Bioimpedância Elétrica (BIVA) em candidatos à cirurgia bariátrica com doença hepática gordurosa não alcoólica(Wagner Wessfll, 2017) Bopp, Márcia Silva; Marroni, Cláudio Augusto; Fernandes, Sabrina AlvesIntrodução: A cirurgia bariátrica é considerada a melhor forma de tratamento da obesidade mórbida por possibilitar perda ponderal satisfatória e melhora das comorbidades, incluindo a DHGNA. A análise através do método BIVA, identifica alterações de fluido corporal e integridade da membrana celular em doenças crônicas como a obesidade e DHGNA. Objetivo: Avaliar o resultado do BIVA em candidatos à cirurgia bariátrica com DHGNA. Métodos: Estudo de delineamento transversal com obesos candidatos à cirurgia bariátrica em uma clínica particular e em um ambulatório particular sediado dentro de um Complexo Hospitalar de Porto Alegre, RS, Brasil. Os métodos de avaliação da composição corporal foram BIVA e AF, através da BIA. Resultados: Foram avaliados 52 pacientes com média de idade de 36,9 ± 9,9 anos, sendo 67,3% do sexo feminino. IMC médio de 43,5 ± 4,6 kg/m², AF de 6,92º e presença de DHGNA em 88,4%. Quanto ao perfil do BIVA, 46,2% ficou na elipse 95% e 40,4% acima de 95%. Pacientes com DM2, HAS, Dislipidemia e DHGNA foram mais frequentes nas elipses 95% e acima de 95%, porém sem significância estatística. Exceto uma paciente, todos os demais ficaram no quadrante 1 do gráfico R/Xc. Pacientes classificados nas elipses 50%/75% apresentaram maior prevalência de AF<6,93º (p=0,030), apresentando menor celularidade quando comparados aos pacientes que ficaram nas elipses maiores. O AF não se mostrou um bom biomarcador de DHGNA e não houve associação entre a classificação pelo AF com as variáveis em estudo. Conclusão: Os pacientes obesos candidatos à cirurgia bariátrica com DHGNA avaliados neste estudo apresentaram preservação na integridade celular e elevada hidratação corporal. O método BIVA pode ser um auxiliar na detecção de alterações na membrana das células, identificando precocemente aqueles pacientes com necessidade de intervenção nutricional pré ou pós-cirurgia. O BIVA mostra-se um método promissor para representar fidedignamente a integridade celular e hidratação corporal.Item Avaliação da segurança da cirurgia bariátrica em pacientes com Fibrose Hepática avançada(2023-12-28) Barum, Giovani; Mattos, Ângelo Zambam de; Programa de Pós-Graduação em Medicina: HepatologiaIntrodução: A obesidade cresce em todo o mundo em ritmo pandêmico. A relação entre a obesidade e a esteatose hepática metabólica (metabolic dysfunctionassociated steatotic liver disease - MASLD) já é bem estabelecida, sendo um dos mais importantes fatores etiológicos para o desenvolvimento de cirrose hepática. A cirurgia bariátrica é um tratamento efetivo para perda de peso em pacientes com obesidade moderada e severa, tendo também um efeito no controle da MASLD. Contudo, a segurança da cirurgia em pacientes com fibrose hepática avançada não é ainda bem estabelecida. Objetivo: avaliar a segurança e as repercussões da cirurgia bariátrica de acordo com o grau de fibrose hepática. Métodos: foram avaliados retrospectivamente pacientes submetidos à cirurgia bariátrica no período de junho de 2004 a fevereiro de 2020 e que possuíam biópsia hepática realizada no momento da cirurgia. Foram coletados dados do prontuário correspondentes ao pré-operatório e ao período de até 1 ano de pós-operatório, e os resultados, estratificados conforme o grau de fibrose hepática em fibrose inicial (ausente ou estágios 1 e 2) e fibrose avançada (estágios 3 e 4). Resultados: Foram incluídos no estudo 1185 pacientes no período de 2004 a 2020. Foram identificados 1129 pacientes sem fibrose ou com estágios 1 e 2 de fibrose e 56 pacientes com fibrose avançada. O grupo com fibrose avançada tinha maior percentual de homens (35,7% versus 21,6%, p=0,014), portadores de diabete (42,9% versus 16,5%, p<0,001) e de hipertensão arterial sistêmica (57,1% versus 41,4%, p=0,012). Pacientes com fibrose avançada ficaram mais tempo internados (4,64 dias versus 4,06 dias, p<0,001) e necessitaram de internação em Unidade de Terapia Intensiva em uma maior proporção (7,1% versus 2,9%, p=0,038). Não houve diferença significativa com relação à ocorrência de infecções relacionadas ao procedimento, fístulas, hemorragia digestiva, tromboembolismo pulmonar ou trombose venosa profunda. Não houve diferença significativa com relação ao desenvolvimento de estenose da gastroenteroanastomose, colelitíase e anemia em 6 meses. Não houve óbito em quaisquer dos grupos. Conclusão: a cirurgia bariátrica se mostrou um procedimento seguro, com taxas de complicações semelhantes em pacientes portadores de fibrose avançada, quando comparado com pacientes sem fibrose ou com fibrose inicial.Item Correlação entre achados na histopatologia Hepática e os níveis de adipocinas em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica(2016) D'Incao, Rafael Bergesch; Tovo, Cristiane Valle; Mattevi, Vanessa SuñéINTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença de abrangência mundial, sendo implicada comprovadamente com inúmeras condições clínicas. Entre elas destacase a doença hepática gordurosa não-alcóolica (DHGNA), presente em cerca de 80% dos obesos e em até 95% dos obesos mórbidos. Atualmente, essa doença vem sendo compreendida como um estado inflamatório crônico, sendo associado à produção de inúmeras citocinas, conhecidas como adipocinas. O objetivo do presente estudo foi analisar os níveis de adipocinas no soro, na gordura visceral e na subcutânea, sendo comparados com os achados histopatológicos hepáticos em uma população de pacientes obesos mórbidos. MÉTODOS: foi realizado um estudo observacional descritivo retrospectivo, onde foram analisados os achados da biópsia hepática em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica e que haviam realizado análise dos níveis de adipocinas (adiponectina, leptina e resistina) no tecido subcutâneo, visceral e no soro. Na avaliação das biópsias hepáticas realizadas durante o procedimento cirúrgico os espécimes obtidos foram avaliados conforme a classificação de Kleiner. RESULTADOS: foram analisados 25 pacientes obesos mórbidos submetidos à cirurgia bariátrica. Houve correlação estatisticamente significativa da idade e dos níveis de hemoglobina glicada com a esteatohepatite não-alcóolica (EHNA), bem como uma correlação inversa dos níveis séricos de leptina e resistina com os graus de esteatose e da resistina com a presença de fibrose. Não houve correlação entre expressão de adipocinas no tecido subcutâneo e visceral com os achados histopatológicos. CONCLUSÃO: nessa população de obesos mórbidos, os níveis de leptina se apresentaram reduzidos com o aumento do conteúdo hepático de gordura e os níveis séricos de resistina se mostraram diminuídos na presença, tanto de esteatose simples, como de EHNA. A idade avançada mostrou relação com EHNA e os níveis da hemoglobina glicada se mostraram elevados quando associados com a DHGNA, refletindo a resistência insulínica de forma indireta.Item Correlação entre os níveis de ferritina sérica e doença hepática gordurosa não-alcoólica em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica(Wagner Wessfll, 2020) Giacomazzi, Caroline Becker; Fontes, Paulo Roberto OttINTRODUÇÃO: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) tem se tornando um desafio na saúde pública, a medida que a prevalência da obesidade e sobrepeso vem aumentando em níveis endêmicos nos últimos anos. Diversos estudos estão sendo desenvolvidos na busca de métodos não invasivos e acessíveis para diagnosticar, estadiar e acompanhar a progressão da DHGNA. Os níveis de ferritina sérica (FS) estão comumente elevados em pacientes com DHGNA. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre os níveis de FS e a gravidade da DHGNA, explorando o papel da FS como marcador não invasivo de DHGNA. METODOLOGIA: Foram analisados os dados clínicos, antropométricos, laboratoriais e histológicos de 431 pacientes adultos portadores de obesidade, submetidos a cirurgia bariátrica. Os dados foram coletados no período pré operatório e após o primeiro ano da cirurgia. RESULTADOS: A prevalência de hiperferritinemia no período pré-operatório foi de 18%. Na análise univariada, níveis de FS acima do limite superior da normalidade (LSN) foram significativamente associados ao aumento dos níveis de glicemia de jejum (GJ), aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT) bilirrubinas totais (BT) e uma menor contagem de plaquetas. Estes pacientes apresentaram também significativamente maior peso, prevalência em homens, diabetes mellitus tipo 2 (DM2), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e graus histológicos mais avançados de DHGNA, em comparação com o grupo que possuía FS normal. Entretanto, a acurácia dos níveis de FS foi relativamente baixa, com índices de sensibilidade variando de 3- 36%, e especificidade de 83-100%. Após análise de regressão múltipla, valores elevados de FS não foram preditores independentes de esteatose, esteatohepatite não-alcoólica (EHNA) ou fibrose hepática, e seus respectivos graus. Observou-se uma redução significativa dos níveis de FS após o primeiro ano da cirurgia bariátrica. CONCLUSÃO: Níveis de FS aumentados são comuns em pacientes com DHGNA, e estão associados à graus histológicos mais avançados; contudo, não foram considerados fatores preditores independentes de esteatose, EHNA ou fibrose. A FS é um exame de baixo custo e amplamente disponível, que apesar de apresentar uma baixa sensibilidade, possui uma especificidade de 83-100% para identificar as características histológicas da DHGNA (esteatose, EHNA e fibrose), podendo auxiliar no seguimento dos pacientes portadores de obesidade com DHGNA.