Navegando por Autor "Reppold, Caroline Tozzi"
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Item Adaptação e validação da Escala de Forças de Caráter para crianças e adolescentes(Wagner Wessfll, 2019) D'Azevedo, Luiza Santos; Reppold, Caroline Tozzi; Noronha, Ana Paula PortoO objetivo dessa pesquisa foi adaptar a Escala de Forças de Caráter para crianças e adolescentes, e investigar as evidências de validade baseada em conteúdo e em estrutura interna e a estimativa de precisão do instrumento. O público alvo do estudo incluiu a faixa etária de oito a 13 anos e 11 meses de idade. O processo foi dividido em três etapas. Na primeira, foi analisado o conhecimento dos participantes sobre termos que designam forças de caráter. Na segunda etapa, buscou-se adaptar a escala e encontrar evidências de validade baseada em conteúdo. Na terceira etapa, o objetivo foi encontrar evidências de validade de estrutura interna e investigar estimativa de precisão do instrumento. Na etapa inicial, através de entrevistas semiestruturadas (n=17), objetivou-se compreender como os participantes percebiam que as forças eram expressas em comportamentos. As entrevistas foram transcritas e as falas foram categorizadas através de análise de conteúdo. As forças mais facilmente definidas e que tiveram exemplos mais coerentes dados pelas crianças e adolescentes foram criatividade, curiosidade, amor ao aprendizado, honestidade, amor, bondade, trabalho em equipe, perdão e esperança. Os resultados apontaram a necessidade de adaptação de alguns termos referentes às forças de caráter, tornando-os mais acessíveis para crianças e adolescentes. O estudo possibilitou o entendimento de como esses participantes percebem a expressão das forças e auxiliou na adaptação da escala. Na segunda etapa, a fim de encontrar evidências de validade baseada em conteúdo, a escala foi adaptada com base na literatura da área e foram consultados juízes experts (n=2) para que indicassem qual força cada item estava medindo. Ademais, quatro juízes experts foram consultados para que avaliassem a linguagem e a pertinência do conteúdo de cada item. Após isso, realizou-se uma avaliação com a faixa etária de sete a 13 anos de idade (n=11), em que a escala era aplicada individualmente e questionou se o quanto compreendiam cada item. Foram feitas as devidas alterações nos itens apontados pelos juízes como inadequados e reformulados os itens que as crianças e adolescentes não compreenderam ou tiveram dificuldade de responder. Nessa etapa, a Escala de Forças de Caráter para crianças e adolescentes incluiu 70 itens, sendo que cada força era medida por três itens e as forças apreciação da beleza e perspectiva eram medidas por dois itens. Ao final da segunda etapa, foi feito um estudo piloto com crianças de oito a dez anos de idade (n=18). Na terceira etapa, buscou-se encontrar evidências de validade de estrutura interna e fidedignidade. A Escala foi respondida por 513 crianças e adolescentes de oito a dezesseis anos de escolas públicas da região metropolitana de Porto Alegre (M=10,3; D.P.=1,5). O alfa de Cronbach obtido foi igual a 0,92. A primeira Análise Fatorial Exploratória indicou que os itens referentes a perdão e a liderança tiveram carga fatorial menor que 0,3, sendo retirados do instrumento final. Após a retirada desses itens, a melhor solução foi unifatorial, obtendo 39,6% da variância explicada. A versão final do instrumento resultou em 64 itens, respondidos por escala Likert de 5 pontos (0= “nada a ver comigo” a 4= “tudo a ver comigo”). Sugere-se o aprimoramento da Escala de Forças de Caráter para crianças e adolescentes e a busca de evidências de validade baseada em variáveis externas. Este é o primeiro instrumento que mede forças de caráter validado para a faixa etária no Brasil e pode ser utilizado para avaliação dessa faixa etária em futuras intervenções em diferentes contextos.Item Autorregulação da aprendizagem e indicadores positivos de saúde mental em universitários brasileiros(2019) Kaiser, Vanessa; Reppold, Caroline Tozzi; Almeida, Leandro da SilvaIntrodução: A autorregulação da aprendizagem (AAP) é um conceito chave para a adaptação e desempenho na Universidade, visto que prediz os níveis de ajustamento acadêmico e social dos indivíduos, sendo os alunos autorregulados caracterizados como mais decididos, estratégicos e persistentes no decurso da aprendizagem. No campo da Psicologia Positiva, alguns construtos também têm sido propostos como potenciais preditores da aprendizagem e da adaptação universitária. Dentre eles, autoeficácia, autoestima, otimismo, satisfação de vida, afetos e esperança. Objetivo: O presente estudo teve dois focos: O estudo apresentado no primeiro artigo investiga a AAP em estudantes de graduação brasileiros, relacionando o construto a variáveis sociodemográficas/acadêmicas e a construtos positivos (autoestima, autoeficácia, afetos, satisfação de vida, otimismo e esperança), e avaliando o valor preditivo desses construtos em um modelo explicativo da AAP no contexto universitário. No segundo manuscrito, é apresentada uma comparação dos construtos avaliados em dois grupos amostrais distintos – alunos ingressantes e concluintes, investigando eventuais diferenças entre os grupos. Metodologia: Participaram do estudo 1131 universitários vinculados a 63 instituições públicas de ensino superior (federais ou estaduais) do Brasil. Todas regiões demográficas foram contempladas no estudo. Somente foram incluídos aqueles alunos que tiveram todos os instrumentos preenchidos completamente e estavam no primeiro ou último ano da graduação. Foram utilizados os seguintes instrumentos para a coleta de dados, realizada por meio eletrônico: Questionário Sociodemográfico, Escala de Autoestima de Rosenberg, Escala de Autoeficácia Geral, Teste para avaliar Otimismo (LOT-R), Escala de Afetos Positivos e Negativos (PANAS), Escala de Satisfação de Vida (ESV), Escala de Autoeficácia na Formação Superior e Escala de Avaliação de Competências para Estudo (ACE). Os resultados demográficos/acadêmicos foram apresentados através de estatística descritiva. No primeiro estudo, os testes estatísticos utilizados foram ANOVA, TUKEY HSD e Análise de Regressão Múltipla Stepway. No segundo estudo, foram utilizados Teste Qui-quadrado de Pearson, Coeficiente de contingência C, Teste-T e medida d de Cohen. Resultados: Foram encontradas correlações significativas (p<0,01) da AAP com todas as variáveis da PP. Correlações moderadas ocorreram com a autoeficácia e os afetos positivos. A Análise de Regressão Linear indicou um modelo que explica 42,4% da variância da AAP. No segundo estudo, foram encontradas diferenças significativas (p< 0,02) entre os grupos para características sociodemográficas/acadêmicas (turno da graduação, desempenho acadêmico e atividade profissional). Além disso, foram encontradas diferenças entre ingressantes e concluintes quanto aos construtos autoeficácia na gestão acadêmica, AAP, satisfação de vida e afetos. As maiores diferenças entre os grupos foram para os escores de AAP e afetos negativos. Os ingressantes apresentaram uma média de escore maior para autorregulação da aprendizagem (p<0,01; T=2,88) e os concluintes maior média de afetos negativos (p<0,01; T=-4,48). Discussão: Os resultados trazem dados relevantes sobre os construtos que colaboram para adaptação ao ambiente acadêmico, considerando diferenças observadas entre ingressantes e concluintes. Por meio desses, é possível elaborar junto às universidades intervenções pautadas pelos preceitos da PP que busquem aumentar a capacidade de AAP dos alunos, viabilizando seu ajustamento acadêmico e bem-estar.Item Autorregulação emocional associada a construtos da Psicologia Positiva e Distress Psicológico em universitários da área da saúde durante a pandemia COVID-19(2022) Rech, Maurício; Reppold, Caroline Tozzi; Calvetti, Prisla Ücker ; Rech, Carolina Garcia Soares LeãesA autorregulação emocional é um fator transdiagnóstico relevante para o desenvolvimento humano, capaz de minimizar dificuldades emocionais diante de eventos tristes e que pode ser útil, especialmente, em tempos de adversidades como o da pandemia COVID-19 considerando seu impacto negativo na saúde mental de estudantes universitários. O presente estudo teve como objetivo avaliar a autorregulação emocional em universitários da área da saúde do Brasil e sua relação com construtos da Psicologia Positiva (bem-estar subjetivo, esperança, otimismo, espiritualidade, autocompaixão e autoeficácia) e ao distress psicológico (depressão, ansiedade e estresse). Trata-se de estudo observacional, transversal, prospectivo e analítico que avaliou 1.062 estudantes universitários de cursos de graduação da área da saúde de universidades do Brasil, via questionários eletrônicos autoaplicados. Dos participantes, 837 (78,8%) respondentes declararam-se mulheres, 213(20,1%) homens e 12(1,1%) outros. Os escores de desregulação foram significativamente maiores no sexo feminino em relação ao sexo masculino (21,85 ±8,83 x 18,46 ±8,99, p=0<001). Alunos dos anos iniciais apresentaram escores de desregulação significativamente maiores que os dos anos finais (21,99 ±8,85 x 20,64 ±9, com p=0,015). Realizou-se regressão linear múltipla e se encontrou modelo que explica 71,8% da variabilidade da desregulação emocional. A desregulação emocional apresentou correlação significativamente negativa com todos os construtos da Psicologia Positiva e positiva com distress psicológico. Os resultados indicaram que os construtos autocompaixão, otimismo e bem-estar subjetivo foram os que mais contribuíram para minimização de dificuldades emocionais e que cuidados com a saúde mental, especificamente para a diminuição do distress psicológico, qualificam a capacidade de regulação emocional em universitários.Item Avaliação da Autocompaixão, Qualidade do Sono e Dor Lombar em Adultos(2024-02-28) Ballejos, Kellen Greff; Reppold, Caroline Tozzi; Calvetti, Prisla Ücker; Programa de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoA dor lombar é uma das causas de incapacidade mais prevalentes no mundo, gerando problemas de saúde pública, impactos psicossociais negativos e altos custos para a sociedade através de demandas médicas. Existe também, uma alta prevalência de dor lombar no contexto universitário, considerando que os estudantes passam períodos prolongados em postura inadequada e sofrem interferências no sono. Nesse sentido, torna-se relevante aprofundar os fatores relacionados à dor lombar, medidas preventivas e tratamentos alternativos para o público adulto. Portanto, a presente tese é constituída por dois estudos. Artigo 1: Foi realizada uma revisão sistemática que objetivou investigar os benefícios das intervenções baseadas em autocompaixão na dor lombar e saúde mental de adultos. O protocolo de revisão foi registrado no PROSPERO (CRD42022376341) e o método foi realizado de acordo com as diretrizes do PRISMA. As pesquisas foram realizadas utilizando as palavras-chave "autocompaixão" e "lombalgia" em português, inglês e espanhol nas seguintes bases de dados: PubMed, LILACS, SciELO, PePSIC, PsycINFO, Embase, Scopus, Web of Science e Cochrane. Foram também realizadas buscas adicionais nas referências dos estudos incluídos. Trinta e três artigos foram identificados e analisados por dois revisores independentes utilizando o Rayyan, quatro destes estudos foram inclusos. O sistema RoB 2 foi utilizado para análise do risco de viés. Os principais achados sugerem que as intervenções de meditação por autocompaixão demonstram benefícios no tratamento da dor lombar, na redução da intensidade da dor e na melhoria da aceitação da dor. Artigo 2: Um estudo transversal foi conduzido com o objetivo de investigar o efeito da autocompaixão na qualidade do sono e dor lombar em universitários. A amostra de 134 universitários respondeu questões sociodemográficas e escalas psicométricas, entre elas, a Depression Anxiety and Stress Scales (DASS 21), Pain Catastrophizing Scale (PCS), Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI) e Self-Compassion Scale (SCS). Os resultados demonstraram que a autocompaixão mediou aproximadamente 16.8% da relação de PSQ e nível de dor lombar. As análises sugerem que componentes da autocompaixão podem contribuir para o tratamento em intervenções clínicas e psicossociais para a prevenção e tratamento da dor lombar.Item Avaliação da promoção da autorregulação em saúde: estudo no contexto do programa saúde na escola no Rio Grande do Sul/Brasil(2018) Mattos, Luciana Bisio; Magalhães, Cleidilene Ramos; Reppold, Caroline TozziEste estudo se situa no campo da promoção da autorregulação para a saúde entre escolares. No domínio da saúde, o construto da autorregulação pode contribuir para a compreensão de hábitos de vida que contribuem para melhorias na saúde dos indivíduos. Diante disso, este estudo teve o objetivo de realizar e avaliar um programa de intervenção de promoção da autorregulação nas temáticas de alimentação saudável e saúde bucal, sob perspectiva da teoria social cognitiva, em atividades relacionadas ao Programa Saúde na Escola (PSE). O estudo foi desenvolvido nos anos de 2015 a 2018, no município de Sapucaia do Sul-RS, e recebeu financiamento da CAPES, pelo Programa Ciência Sem Fronteiras, no Edital 09/2014, Processo: 88881.068058/2014-01. Métodos e análises: Trata-se de um ensaio clínico randomizado (ClinicalTrials.gov: NCT03222713) com a população de turmas do 5º ano de escolas municipais de Sapucaia do Sul/RS Brasil, estruturado em duas fases. Na fase 1, os professores e profissionais da saúde participaram de um Programa de Formação em Promoção de Autorregulação em Saúde e, na fase 2, foi realizado um Programa de Intervenção em Autorregulação (PARS) com os escolares. Os participantes foram randomizados em três grupos (grupo Experimental I - G2, Experimental II - G3 e grupo controle - G1). Para medidas de avaliação da eficácia do programa de intervenção (PARS) com os alunos, foram utilizados: um desenho de pre-post de medidas repetidas, empregando questionário alimentar do dia anterior (QUADA); um questionário de conhecimento declarativo sobre alimentação saudável e saúde bucal; uma escala de autorregulação para a saúde, uma escala de autoeficácia para a saúde e duas avaliações de medidas físicas, índice de massa corporal (IMC) e índice de higiene oral simplificado (IHOS). Todos os instrumentos foram validados para o contexto brasileiro em outro estudo à parte e utilizados nesta pesquisa. Resultados: Os dados dos escolares selecionados, de onze escolas do ensino fundamental, foram alocados nos grupos de tratamento e medidos em cinco momentos (antes do início da intervenção, após 3 meses de intervenção, após 6 meses intervenção, final da intervenção e 6 meses após final da intervenção) considerando seis variáveis dependentes (AR_AL e AR SB - autorregulação alimentação saudável e saúde bucal; AE_AL e AE SB - autoeficácia alimentação saudável e saúde bucal; CD_AL e CD SB - conhecimento declarativo alimentação saudável e saúde bucal; FV_AL FV SB - frutas e legumes alimentação saudável e saúde bucal; IMC_AL - índice de massa corporal; UP_AL e UP SB - alimentos ultraprocessados alimentação saudável e saúde bucal; e IHOS_SB - índice de higiene oral simplificado). Como as médias do Grupo de alunos participantes do PARS (G 3) aumentaram (AR_AL e SB, AE_AL e SB, CD_AL e SB, FV_AL e SB e IHOS_SB - boa higiene oral) ou diminuíram (IMC_AL - sobrepeso e obesidade e UP_AL) ao longo do tempo, parece haver uma melhora consistente nas medidas dos participantes ao longo do tempo. Portanto, nesse caso, o tempo de implementação do programa foi crucial para avaliar a eficácia da intervenção. Conclusões: A atuação intersetorial de promoção de saúde (PSE) e da autorregulação focaliza a contribuição para a construção de novos dispositivos para mudança de comportamento e hábitos saudáveis. O PARS ajudou a reduzir os problemas de saúde das crianças (por exemplo, aumentar o consumo de frutas e vegetais e melhorar a higiene e escovação em relação à saúde bucal), bem como reforçou as políticas públicas de promoção da alimentação saudável e de saúde bucal nas escolas, pois auxiliou a mudar os hábitos de saúde.Item Avaliação de autocompaixão e aspectos emocionais em universitários da área da saúde(Wagner Wessfll, 2020) Ballejos, Kellen Greff; Oliveira, Mônica Maria Celestina de; Reppold, Caroline TozziO ingresso no curso superior envolve adaptação a mudanças, as quais podem acarretar sintomas de ansiedade, depressão e estresse, principalmente nos cursos da área da saúde. Os aspectos emocionais podem ser minimizados de acordo com a percepção de autocompaixão - a capacidade compassiva voltada ao próprio indivíduo. O presente estudo objetivou avaliar os sintomas de estresse, ansiedade e depressão em universitários, relacionando-os com o índice de autocompaixão. Foi realizado um estudo transversal de abordagem quantitativa. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, a coleta de dados foi realizada de forma online, através da plataforma REDCap, com dois instrumentos psicométricos validados (DASS-21 e a Escala de Autocompaixão) e questões sociodemográficas. A amostra foi composta por 121 universitários da área da saúde, do primeiro e segundo ano de cursos de graduação de uma universidade pública do Rio Grade do Sul, sendo a maioria do sexo feminino (67,7%), residentes de Porto Alegre ou região metropolitana (95,8%) e que revelaram ter histórico de acompanhamento psicológico antes de ingressar na universidade (57,8%). Observamos que à medida que aumentam os níveis de estresse, ansiedade e depressão, diminuem os índices de autocompaixão. A avaliação dos aspectos emocionais de acadêmicos no início de um curso de graduação pode ser uma importante estratégia para os núcleos de apoio das universidades se organizarem para atender as demandas do seu corpo discente. O presente estudo contribui para uma melhor compreensão da relação da autocompaixão com sintomas de ansiedade, depressão e estresse, podendo ser a base para o desenvolvimento de intervenções pontuais que impactem a trajetória dos graduandos.Item Avaliação de construtos da psicologia positiva em idosos clínicos e não-clínicos(2018) Santos, Sabrina Braga dos; Reppold, Caroline Tozzi; Pádua, Analuiza Camozzato de; Fernandez, Liana LisboaPrevenir e superar os problemas que surgem com o envelhecimento são grandes desafios a serem vencidos pelos idosos. Neste contexto, a Psicologia Positiva (PP) possibilita uma visão não patológica do envelhecimento, direcionada à identificação de forças e recursos destes indivíduos. Este estudo teve por objetivo caracterizar idosos em relação aos construtos autoestima (AE), bem-estar subjetivo (BES), bem-estar espiritual (BEE), esperança (ESP), otimismo (OT) e rede de apoio percebida (RAP), considerando quatro grupos amostrais (n total = 252 participantes), a saber: G1 - indivíduos saudáveis (n = 66), G2 - indivíduos com demência ou declínio cognitivo leve (n = 62), G3 - indivíduos com depressão (n = 62) e G4 - indivíduos institucionalizados (n = 62), totalizando 252 indivíduos. A idade da amostra variou entre 60 e 104 anos, sendo 64,5% dos participantes do sexo feminino. Os resultados do estudo são apresentados na presente tese, composta por três artigos. O primeiro comparou os construtos acima entre idosos com comprometimento cognitivo leve, demência leve, demência moderada e controles saudáveis. Nesse estudo, os escores diferiram significativamente entre os grupos, de modo que indivíduos com declínio cognitivo leve e com demência tiveram escores significativamente menores de bem-estar espiritual, apoio social, autoestima, satisfação de vida, afetos positivos, otimismo e esperança e significativamente maiores de afetos negativos em comparação aos controles. Os escores em todos os construtos típicos da PP investigados não diferiram entre idosos com demência moderada e o grupo controle, exceto em relação ao otimismo, que foi menor nos sujeitos com demência moderada (p<0,001). Foi possível concluir que, nas fases mais precoces da demência, foram encontrados os piores resultados em relação aos atributos positivos investigados, embora não tenha sido possível indicar a causalidade dessa relação, pela natureza do estudo. Nos indivíduos com maior comprometimento cognitivo, a anosognosia pode reduzir o impacto da doença sobre as medidas avaliadas. O segundo artigo comparou construtos positivos (AE, BES, BEE, ESP, OT e RAP) entre idosos com depressão mínima, leve, moderada, severa e controles saudáveis, a fim de investigar as possíveis relações diretas e mediadas entre construtos próprios da Psicologia Positiva e depressão. Nesse estudo, os escores dos construtos positivos diferiram significativamente entre o grupo controle e os graus de depressão (p<0,001). A análise de redes de associação parcial regularizada evidenciou que as relações da depressão com os construtos de satisfação de vida, autoestima e apoio social são mediadas, enquanto os construtos de esperança disposicional, afetos positivos, bem-estar espiritual e otimismo têm relação não mediada com a depressão. Foi possível concluir que a depressão, em seus diferentes graus, está associada a uma redução nos escores de instrumentos que avaliam diferentes atributos positivos na população idosa, com uma tendência de redução dos escores à medida que a depressão é mais grave. O terceiro artigo comparou os escores de diversos atributos positivos (AE, BES, BEE, ESP, OT e RAP) entre idosos institucionalizados e controles saudáveis, bem como investigou possíveis relações não mediadas e mediadas entre indicadores de depressão e de declínio cognitivo e estes construtos. Neste estudo, apenas os escores dos construtos afetos negativos e otimismo não diferiram entre os grupos. A análise de redes de associação parcial regularizada evidenciou que existe uma relação inversa entre escores de sintomas depressivos mensurados por meio da Geriatric Depression Scale e os construtos autoestima e satisfação de vida. Resultados do escores de funções cognitivas medidos pelo Mini Exame do Estado Mental foram relacionados sem mediadores e inversamente com o construto otimismo e sem mediadores e diretamente com os construtos de esperança disposicional, apoio social, afetos positivos e afetos negativos. Os achados indicaram ainda que a institucionalização está associada com uma redução nos escores dos construtos bem-estar espiritual, satisfação de vida, afetos positivos apoio social, autoestima e esperança. A partir dos resultados apresentados nesta tese, concluiu-se que os escores de construtos da Psicologia Positiva estão relacionados também às situações de saúde e doença nas quais o idoso se encontra. Os escores são reduzidos em graus iniciais de demência, na depressão e institucionalização, sendo importante a consideração desses para o planejamento de futuras intervenções que visem a reduzir o sofrimento do idoso e à promoção de saúde e bem-estar na terceira idade.Item Avaliação do impacto de programa de educação emocional no desenvolvimento de comportamentos pró-sociais em universitários(2017) Bertolino, Caroline de Oliveira; Reppold, Caroline Tozzi; Menezes, Carolina BaptistaTem havido um crescente interesse mundial no estudo de programas que contribuem para o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao bem-estar e equilíbrio emocional. No Brasil, poucos estudos foram realizados sobre isso, sendo que não há ainda pesquisa que tenha verificado os impactos do programa Cultivating Emotional Balance (CEB). Considerando a relevância de instrumentalizar estudantes universitários da área da saúde com ferramentas que contribuem para um maior bem-estar, a presente dissertação derivou em um capítulo sobre o programa estudado e um artigo empírico, que teve como objetivo observar os impactos de um programa de 8 semanas em 30h baseado no CEB em três variáveis: mindfulness, autocompaixão e compaixão. Para isso, foi conduzido um ensaio randomizado controlado com 67 universitários da área da saúde, com idade média de 23,415 e desvio padrão 5,015. Do total de participantes, 32 participaram da intervenção e 35 da lista de espera. Os testes foram aplicados antes, logo após e depois de dois meses do curso. Comparando os grupos, o programa produziu aumento significativo nos dois momentos em alguns domínios de autocompaixão (gentileza consigo, atenção plena, autojulgamento, superidentificação e isolamento) e mindfulness (agir com consciência e descrever). Houve melhoria apenas no pósteste 1 no escore total de compaixão e nos domínios humanidade comum de autocompaixão e não julgamento, não reatividade e observar de mindfulness. Foi encontrada correlação significativa entre autocompaixão e mindfulness, mas não houve correlação de compaixão com os outros desfechos. Os resultados encontrados sugerem que o programa baseado no CEB afeta positivamente em habilidades diretamente relacionadas ao bem-estar e à saúde mental para estudantes universitáriosItem Avaliação multidisciplinar infantil: elaboração e validação de bateria de avaliação utilizando a Teoria da Resposta ao Item (TRI)(Wagner Wessfll, 2022) Kato, Sergio Kakuta; Reppold, Caroline Tozzi; Hauck Filho, NelsonObjetivos: Apresentar e discutir as propriedades psicométricas da Bateria Multidisciplinar de Triagem do Desenvolvimento Infantil - Funções Executivas (TDI FE), analisando estimativa de precisão e evidências de validade baseadas em sua estrutura interna e em variáveis externas. Além disso, apresentar os parâmetros psicométricos dos itens de consciência fonológica (CF) da Bateria Multidisciplinar de Triagem do Desenvolvimento Infantil - Linguagem (TDI-L), controlando possíveis vieses de respostas na modelagem de variáveis latentes. Métodos: A amostra do estudo foi composta por 382 alunos (6 a 8 anos). As propriedades psicométricas da TDI-FE foram analisadas através de Análise Fatorial Confirmatória (ACF) modelo unidimensional, unidimensional controlando vieses, Modelo de Equações Estruturais utilizados na busca de evidências de validade baseado na sua estrutura interna e externa. Estimativa dos parâmetros de dificuldade foram avaliados através de modelo de TRI e a acurácia da escala através da curva ROC. Itens de CF da TDI-L foram analisados por meio de modelos de TRI unidimensional, unidimensional com dependências locais e MIMIC, avaliando o funcionamento diferencial dos itens em função da idade. Resultados: Para TDI-FE, a AFC modelo unidimensional não foi eficiente para avaliar as FEs, pois não apresentou um bom ajuste. Controlando pela variável interveniente Fadiga, houve um melhor ajuste do modelo. A análise final incorporou variáveis externas, obtidas a partir do Modelo de Equações Estruturais, que apresentou um ajuste razoável. Através da Curva ROC, foi possível observar uma razoável acurácia do escore da FE na predição de déficit de FE. Também foi possível observar que o escore de FE proposto apresentou desempenho semelhante ao escore fatorial. Em ambas as escalas validadas como padrão ouro, 37 pontos no escore de FE está associado a uma sensibilidade de aproximadamente 70% e uma especificidade de 60%. Para TDI-L, observou-se um ajuste empobrecido para o modelo TRI unidimensional simples, já um excelente ajuste aos dados nos modelos TRI com dependência local e no MIMIC. Detectou se um efeito mínimo da idade diretamente nos itens para além do fator, mas esteve positivamente relacionada ao fator de CF, β=0,32, p=0,012. Conclusão: Os resultados mostraram que o TDI-FE apresentou boa estimativa de precisão, evidências de validade baseadas em sua estrutura interna e em variáveis externas, além de comprovar a necessidade de controle de vieses de resposta na modelagem de variáveis latentes, no caso, a Fadiga. Em relação aos itens de consciência fonológica da TDI-L, os parâmetros avaliados apresentaram potencial para verificar o desempenho de desenvolvimento infantil, visto que todos os itens apresentaram nível razoável de discriminação. A idade foi responsável por aumentos nos níveis no fator de CF, mas exerceu um efeito mínimo diretamente nos itens da escala. Ambas as escalas são alternativas eficiente para avaliação das funções executivas e consciência fonológica em fase de escolarização inicial, sendo instrumentos que apresentam baixo custo e fácil aplicação.Item Avaliação neuropsicológica em pacientes com enxaqueca episódica e enxaqueca crônica/cefaleia associada ao uso excessivo de analgésicos(2015) Ribeiro, Franciele Amador Malta; Reppold, Caroline TozziA migrânea ou popularmente conhecida como a enxaqueca acomete todas as faixas etárias e é o sétimo motivo de consulta médica, apresenta maior prevalência no sexo feminino. A queixa cognitiva é um dos fatores encontrados na clínica médica. Uso frequente e indiscriminado de medicamentos para o tratamento sintomático da migrânea crônica, pode induzir a condição de cefaleia por uso excessivo de medicação. Evidências apontam para prejuízo de memória e de atenção e funções executivas. O objetivo do estudo foi realizar uma avaliação neuropsicológica em pacientes com migrânea episódica com/sem aura, migrânea crônica/cefaleia associada ao uso excessivo de analgésicos, comparando-os com grupo controle formado por adultos sem diagnóstico de migrânea. Foram utilizados os seguintes instrumentos para as funções cognitivas: Iowa Gambling Test, WISCONSIN, Trail Making Test e Sequência de Número e Letras. Trata-se de um estudo transversal e amostra por conveniência, composta por 30 sujeitos adultos. Agrupados em três grupos, tais como Grupo 1 (pacientes que sofrem de migrânea crônica), Grupo 2 (migrânea episódica sem aura) e Grupo 3 (controles). Os pacientes foram recrutados do ambulatório de neurologia do Hospital Santa Clara e Hospital São José da Santa Casa de Porto Alegre/RS. Os resultados da avaliação neuropsicológica apontaram que o teste Wisconsin e a parte B do Trail Making Test revelaram diferenças estatisticamente significativas na comparação entre o grupo de uso abusivo de analgésicos com o grupo de enxaqueca episódica e grupo controle. Conclui-se, neste estudo, que há evidencias de alteração em funções executivas, assim como possível perfil de impulsividade em pacientes com enxaqueca por uso excessivo de analgésicos. Entretanto, novos estudos devem ser realizados para estreitar os resultados entre enxaqueca e funções cognitivas.Item Características psicológicas positivas na síndrome metabólica: associação com a dieta e com fatores antropométricos(2018) Schiavon, Cecilia Cesa; Reppold, Caroline Tozzi; Busnello, Fernanda MichielinA prevalência de Síndrome Metabólica (SM) está aumentando em todo o mundo e a dietoterapia é parte fundamental no tratamento dessa doença. Visto que grande parte dos pacientes apresenta dificuldade na adesão às intervenções nutricionais, a investigação sobre a relação entre características psicológicas positivas, engajamento em comportamentos saudáveis e melhor saúde física é de relevância à área. O presente estudo objetivou avaliar bem-estar subjetivo, otimismo, esperança, autoestima e fatores de personalidade e a relação destes contrutos com mudanças constatadas na qualidade da dieta e em parâmetros antropométricos de indivíduos com SM submetidos a uma orientação nutricional. Foram avaliados 63 indivíduos (idade 55,3; DP ± 14,1), pacientes de um ambulatório hospitalar nutricional. Os dados de parâmetros antropométricos e recordatório alimentar de 24 horas, para posterior avaliação do Índice de Qualidade da Dieta Revisado (IQD-R), foram coletados na primeira consulta e no retorno da mesma, em média cinco meses depois. Os dados psicológicos positivos foram coletados na consulta inicial, e os de personalidade, avaliados por meio do Modelo dos Cinco Grande Fatores (CGF), na consulta de retorno, por meio de escalas validadas e normatizadas. Os resultados foram ajustados em relação aos escores de depressão dos pacientes, avaliados por meio do Inventário Beck de Depressão II (BDI-II). Foram avaliadas mudanças no IQD-R e nos fatores antropométricos, associando-os com os atributos psicológicos investigados. Os resultados indicaram que afetos positivos e esperança foram associados à melhora no IQD-R (d=0,65 e d=0,58, respectivamente). Também foi observada uma associação significativa entre otimismo e redução na circunferência abdominal (d=0,56). As associações mantiveram-se significativas mesmo após ajuste para o BDI-II (p=0,022, p=0,037 e p=0,05, respectivamente). Para os demais atributos avaliados, não foram observadas associações estatisticamente significativas. Com relação aos CGF de personalidade, embora tenham apresentado associações significativas com os indicadores de bem-estar subjetivo, não apresentaram associação significativa com a melhora no IQD-R ou com os parâmetros antropométricos avaliados. O estudo sugere que alguns atributos psicológicos podem apresentar maior influência no tratamento nutricional da SM, sendo de relevância a consideração destes na elaboração de futuras proposta de intervenções multidisciplinares que visem ao tratamento da síndrome metabólica.Item Desenvolvimento e validação de um instrumento para avaliação da qualidade dos objetos de aprendizagem da área da saúde(2016) Trindade, Carolina Sturm; Reppold, Caroline Tozzi; Dahmer, AlessandraContexto: No campo do ensino na saúde, as tecnologias da informação e comunicação estão cada vez mais sendo usadas pelos educadores, sendo vistas como um instrumento facilitador da aprendizagem, uma vez que promovem maior integração, interação, agilidade na recuperação da informação, distribuição e comunicação nos mais variados contextos. Especificamente as tecnologias multimídia e da internet permitem que sejam criadas diversas abordagens pedagógicas de educação a distância, incluindo a utilização de objetos de aprendizagem - recursos digitais de aprendizagem que podem ser reutilizados diversas vezes em diferentes cenários de aprendizagem. No caso dos objetos de aprendizagem identifica-se a necessidade de pesquisas que contribuam para a discussão de procedimentos validados e não tendenciosos. Nesse contexto, este trabalho descreve a criação e a validação de uma escala para avaliação da qualidade de objetos de aprendizagem desenvolvidos para ensino na área da saúde. Objetivos: O objetivo geral desta tese era o de desenvolver e validar um instrumento de avaliação da qualidade de objetos de aprendizagem para a área da saúde. Especificamente, tinha-se como propósito: 1) Definir os conceitos e critérios de qualidade para objetos de aprendizagem desenvolvidos para a área da saúde; 2) Desenvolver um instrumento para operacionalizar a avaliação dos objetos de aprendizagem desenvolvidos para a área da saúde baseado na definição de categorias temáticas, as quais seriam compostas de dimensões e itens que contemplassem o tema; 3) Identificar evidências de validade de conteúdo e evidências de validade baseada na estrutura interna para o instrumento de avaliação dos objetos de aprendizagem desenvolvidos para a área da saúde. Métodos: O processo de desenvolvimento e validação do referido instrumento seguiu os preceitos da Psicometria, abrangendo os procedimentos teóricos, experimental e analítico, realizados em cinco etapas. Os procedimentos teóricos caracterizam a primeira etapa e foram fundamentados por revisão de literatura pertinente à área de avaliação de objetos de aprendizagem e subsidiaram a criação de uma escala. A segunda etapa contou com a participação de 139 juízes, todos vinculados à área da saúde, incluindo docentes, técnicos/designers, tutores e alunos de Curso de Especialização em Saúde da Família, resultando na geração do índice de validade de conteúdo (IVC) global e de cada item da escala. Para a terceira etapa, contou-se com a participação de treze profissionais que atuam no ensino em saúde (enfermeiro, médico, pedagogo, nutricionista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, profissional da ciência da computação), quando foi calculada a razão de validade de conteúdo (RVC) para cada item da escala. O IVC e o RVC serviram de parâmetro para determinar as evidências de validade de conteúdo. Itens que possuíssem IVC menor que 0,85 e ao mesmo tempo apresentassem RVC menor que 0,54 deveriam ser retirados da escala. Na quarta etapa, contou-se com a participação de 119 alunos do Curso de Especialização em Saúde da Família e utilizou-se a Análise Fatorial Exploratória para executar o teste de estrutura interna. Na quinta etapa, para o teste de medida de precisão, adotou-se a análise do Alpha de Cronbach. Resultados e conclusões: Definiu-se o construto “Qualidade de objetos de aprendizagem para área da saúde” apresentado sob a forma de três dimensões: “Conceitos Intrínsecos aos Objetos de Aprendizagem da Área da Saúde”, “Educacional” e “Apresentação”. Criou-se uma escala para avaliação da qualidade de objetos de aprendizagem. No estudo de validade de conteúdo, o valor do IVC Global foi de 0,80. A partir da análise do IVC e RVC, foram excluídos 38 itens resultando em um instrumento com evidências de validade de conteúdo. Quanto às evidências de validade de estrutura interna, os resultados indicaram a permanência de 41 itens no instrumento. Os resultados na Análise Fatorial Exploratória indicaram a extração de três fatores, indo ao encontro do previsto na etapa teórica. Estes apresentaram uma variância total explicada de 50,6%, distribuída da seguinte forma: 21,06% para o fator “Apresentação”, 15,04% para o “Educacional” e 14,53% para “Conceitos Intrínsecos”. Esses resultados assinalam que todos os itens se ajustaram às dimensões propostas. A consistência interna do questionário foi avaliada através do Alpha de Cronbach (α = 0,94). As três dimensões do construto apresentaram excelente consistência interna – “Apresentação” com α = 0,87 “Educacional” com α = 0,89; e “Conceitos Intrínsecos aos Objetos de Aprendizagem” com α = 0,92. Os resultados de todas as etapas indicam que o instrumento elaborado apresenta evidências de validade, sendo possível o seu uso no contexto de ensino, projeto e desenvolvimento de objetos de aprendizagem e pesquisa da área.Item Elaboração, validação e normatização de uma bateria multidisciplinar infantil(2019) Machado, Flavia Amaral; Reppold, Caroline Tozzi; Serafini, Adriana JungA presente pesquisa teve como objetivo elaborar, validar e normatizar uma bateria de instrumentos composta por escalas destinadas à avaliação das habilidades necessárias no processo de escolarização inicial de crianças de 6 a 8 de idade. Para tanto, cada escala elaborada teve a finalidade de avaliar, de forma independente e dimensional, construtos relativos a três diferentes áreas do desenvolvimento infantil: linguagem, funções executivas e habilidades motoras. A presente Tese é composta por 4 artigos que incluíram uma amostra de 396 alunos de escolas públicas de Porto Alegre com idade de 6 a 8 anos. O primeiro artigo apresentou uma revisão sistemática de literatura nas intervenções em Funções Executivas (FEs) em crianças com dificuldade de aprendizagem, a fim de verificar o modelo e a efetividade das mesmas e os instrumentos utilizados para avaliação. No total, 117 artigos foram identificados. Destes, 7 foram incluídos com base nos critérios de elegibilidade. Todos artigos foram publicados em língua inglesa, a maioria (71,43%) nos últimos 5 anos, sendo os Estados Unidos e o Irã os países com maior número de estudos incluídos. O instrumento mais frequentemente utilizado para a avaliação das FES foi o Behavior Rating Inventory of Executive Function (BRIEF). Foi encontrada uma variedade de intervenções na presente revisão, organizadas como tarefas lúdicas, sendo que apenas uma era estruturada e registrada de maneira a permitir sua reprodução. As intervenções propostas nos estudos duravam entre 5 e 16 semanas. Os artigos foram avaliados quanto a sua qualidade metodológica, segundo critérios Cochrane para risco de viés. Os principais problemas identificados foram em relação à randomização, cegamento e descrição das perdas/exclusões dos estudos. O segundo artigo descreveu o processo de elaboração do instrumento construído ao longo do Doutorado, denominado Triagem do Desenvolvimento Infantil (TDI). Esse artigo teve como objetivo apresentar o teste, descrever as etapas de sua elaboração e demonstrar suas evidências de validade de conteúdo. Trata-se de uma bateria de rastreio para avaliação do desenvolvimento de crianças na fase inicial da escolarização, composto por 3 testes, que totalizam 81 itens. O Teste de Linguagem é composto por 42 itens relativos à avaliação de consciência fonológica, fluência verbal, escrita, leitura e interpretação de texto. O Teste de Funções Executivas é formado por 23 itens, que envolvem avaliação de flexibilidade cognitiva, memória de trabalho, inibição e processos atencionais. Por fim, o Teste de Habilidades Motoras é composto por 16 itens relativos à avaliação de motricidade fina, motricidade ampla e equilíbrio. O terceiro artigo buscou estimativas de precisão e evidências de validade baseada em variáveis externas do Teste de Linguagem (TDI-L) que compõe a TDI. A análise de fidedignidade do TDI-L, averiguada pelo Alpha de Cronbach, indicou consistência interna aceitável (entre 0,73 e 0,75) para os itens de consciência fonológica; nas tarefas de escrita, leitura e interpretação de texto, a consistência interna obtida variou entre 0,92 e 0,93. Na avaliação das evidências de validade convergente do teste, encontrou-se correlação moderada (r=0,68; p<0,001) do instrumento total em relação à Prova de Cosnciência Fonólogica por Produção Oral (PCFO). Em relação à Prova de Avalição dos Processos de Leitura (PROLEC), verificou-se correlações moderadas e fortes nas tarefas de escrita (r=0,83; p<0,001), leitura (r=0,76; p<0,001) e interpretação de texto (r=0,67; p<0,001). Os dados indicaram que o TDI-L apresentou propriedades psicométricas adequadas e pode ser considerado, para fins de pesquisa, como um instrumento para triagem do desenvolvimento da linguagem infantil. Por fim, foram apresentadas tabelas normativas para a intepretação dos resultados, elaboradas de acordo a idade dos participantes. O quarto artigo expôs os achados referentes à estimativa de precisão e às evidências de validade baseadas em variáveis externas do Teste de Habilidades Motoras (TDI-HM) que compõe a TDI. Os 16 itens que constituem o instrumento obtiveram Alfa de Cronbach = 0,76. Analisadas em separadas as dimensões, os Alfas obtidos foram: Tarefa de motricidade ampla (6 itens) = 0,84; Tarefa de equilíbrio (4 itens) = 0,67; Tarefa de motricidade fina (6 itens) = 0,70. Na comparação do desempenho do dos participantes de acordo com a idade, os resultados indicaram que houve diferença significativa das médias tanto no quociente motor (QM) geral [6 anos: 110,50 (DP 7,86); 7 anos = 100,21(DP 5,57); 8 anos = 89,85 (DP 4,28)], quanto por dimensão. O estudo apresenta ainda tabelas normativas de interpretação dos resultados, estabelecidos de acordo com a idade das crianças e critérios de classificação do desempenho motor, considerando avaliação total e avaliação por dimensão. Mesmo incipientes, os dados do presente estudo demonstram que o TDI-HM pode vir a ser um instrumento elegível, em contexto de pesquisa, para a triagem do desenvolvimento motor na faixa dos 6 aos 8 anos de idade. A análise dos estudos que compõe essa Tese indicou que o TDI apresentou bons parâmetros psicométricos e pode ser considerado um instrumento de triagem qualificado para verificar o desenvolvimento dos domínios da linguagem e da motricidade em crianças de 6 a 8 anos de idade. O propósito principal desta pesquisa foi o de atender a uma das demandas da área da saúde: a disponibilidade de instrumentos que contribuam para a descrição dos padrões típicos do desenvolvimento infantil e, na prática clínica, contribuam para a identificação precoce de atrasos nas áreas da linguagem, da cognição e/ou da motricidade. Os estudos até então apresentados são de relevância científica e social, sobretudo se considerada a escassez de instrumentos disponíveis e o caráter multidisciplinar contemplado na presente Bateria. Outros estudos estão em elaboração com o instrumento em busca de novas evidências de validade para a Bateria e para a elaboração de normas do Teste de Funções Executivas que a compõe.Item Estudos Psicométricos da Escala de Autoeficácia Geral e da Escala de Autoestima de Rosenberg para Adultos Brasileiros(2023) Cesa, Marcela Lahiguera; Reppold, Caroline Tozzi; Noronha, Ana Paula Porto; Almeida, Leandro da Silva Almeida; Programa de Pós-Graduação em Psicologia e SaúdeA autoeficácia é entendida como crença do sujeito sobre sua capacidade de produzir efeitos desejados por meio de suas próprias ações. A Escala de Autoeficácia Geral apresenta estrutura unidimensional e consistência interna adequada, se correlacionando positivamente à autoestima, ao otimismo, ao bem-estar e à satisfação com a vida. A autoestima representa um aspecto avaliativo do autoconceito, que faz com que os sujeitos se vejam no mundo como sendo respeitados e valorizados. A Escala de Autoestima de Rosenberg também apresenta estrutura unidimensional e consistência interna adequada, se correlacionado positivamente à satisfação com a vida e à autoeficácia e negativamente à depressão. O presente trabalho tem como objetivo trazer novas evidências das propriedades psicométricas destas duas escalas na população adulta brasileira, apresentando evidências de validade baseadas na estrutura interna e na estimativa de precisão do instrumento e evidências de validade baseadas em variáveis externas. A partir de uma amostra constituída de 4.373 participantes (67,6% do sexo feminino, idade média de 28,85 anos), para o instrumento referente à autoeficácia obteve-se convergência no modelo da análise fatorial confirmatória com 35 iterações, caracterizando um ótimo ajuste ao modelo. Foi observado um coeficiente alfa de Cronbach igual a 0,94, índice que não apresentou melhora com a exclusão de itens. A partir do parâmetro de discriminação dos itens foi possível verificar bom poder de discriminar sujeitos com magnitudes próximas do traço latente da autoeficácia. Já para o instrumento referente à autoestima, com a mesma amostra, obteve-se convergência no modelo da análise fatorial confirmatória com 26 iterações, caracterizando um ótimo ajuste ao modelo. Foi observado um coeficiente alfa de Cronbach igual a 0,92, índice que não apresentou melhora com a exclusão de itens. A partir do parâmetro de discriminação dos itens foi possível verificar que correlacionar os erros dos itens 9 e 10 melhoraria o ajuste do modelo, mas não acarretaria mudança significativa no arranjo do instrumento. Na análise de validade convergente, verificada utilizando os instrumentos Escala de Afetos Positivos e Afetos Negativos, Escala de Orientação da Vida, Escala de Satisfação de Vida, Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse, além das duas escalas citadas anteriormente, a correlação r de Pearson demonstrou correlações estatisticamente significativas da maioria das variáveis externas com a Escala de Autoeficácia Geral e de todas as variáveis com a Escala de Autoestima de Rosenberg. Os resultados encontrados foram coerentes com o que está evidenciado na literatura e ambos os instrumentos demonstraram ser válidos nos aspectos avaliadosItem Estudos psicométricos de instrumentos de avaliação de bem-estar para adultos(Wagner Wessfll, 2021) Itimura, Gabriela Bertoletti Diaz; Reppold, Caroline Tozzi; Almeida, Leandro da SilvaO bem-estar subjetivo (BES) é definido pelo modo como as pessoas pensam e sentem sua vida, e constitui-se por dois construtos distintos, porém relacionados: satisfação de vida (componente cognitivo) e afetos positivos e negativos (componente emocional). O presente estudo tem como objetivo apresentar evidências atuais de validade e estimar a precisão e os parâmetros dos itens da Escala de Satisfação de Vida (ESV) e da Escala de Afetos Positivos e Negativos (PANAS) em adultos brasileiros. A amostra foi de 1.005 participantes adultos (média de idade = 31,69 anos; DP = 12,16), oriundos das cinco regiões brasileiras. Ambas as escalas apresentaram evidências de validade baseada em conteúdo, sendo que as análises identificaram um modelo ajustado unifatorial para a ESV e um modelo ajustado bifatorial para a PANAS. Os instrumentos obtiveram indicativos de precisão confiáveis e evidências de validades com base na relação com diversas variáveis externas (escores da Escala de Otimismo, Escala de Autoestima de Rosemberg e da Escala de Autoeficácia Geral). Com base na estimação dos modelos da TRI também se verificou que as escalas apresentaram parâmetros psicométricos adequados. Conclui-se que as Curvas Características dos Itens e as Curvas de Informação do item e do total da escala apresentaram resultados que endossam sua pertinência para a avaliação dos construtos e, junto com as demais análises psicométricas realizadas, viabilizam o uso de ambos os instrumentos.Item Evidências de validade da Bateria Informatizada de Linguagem Oral – BILO Versão 3 baseadas na estrutura interna, no processo de resposta e nas relações com variáveis externas(2013) Gurgel, Léia Gonçalves; Reppold, Caroline Tozzi; Vidor, Deisi Cristina Gollo MarquesA Bateria Informatizada de Linguagem Oral – BILO, em sua terceira versão, foi criada a fim de suprir a necessidade de instrumentos informatizados adequados para a avaliação da compreensão de linguagem oral em crianças. Nesse sentido, a literatura aponta a necessidade de ampliação dos estudos de adaptação e validação de instrumentos adequados para a população brasileira. Objetiva-se, com este estudo, verificar evidências de validade da BILOv3 baseadas no processo da resposta, na estrutura interna, nas relações com outras variáveis e em variáveis externas convergentes. Participaram 288 crianças matriculadas no segundo, terceiro e quarto anos, de quatro escolas da rede pública e uma escola da rede particular de ensino. A organização dos grupos deu-se por idade e nível de escolaridade. Foram aplicados os seguintes instrumentos: BILOv3, Teste de Competência de Leitura de Palavras e Pseudopalavras, Provas de Avaliação dos Processos de Leitura – PROLEC e o Teste de Vocabulário por Imagens Peabody – TVIP. Em relação à estrutura interna, a validade e precisão foram satisfatórias. Sugere-se apenas a revisão dos itens 4 da prova Completar Frases e 3 da prova Compreensão Morfossintática. Nas provas, as maiores médias de pontuação foram obtidas pelas meninas e a média de tempo de realização foi maior para os meninos, sem diferenças significativas. Em relação à idade, observa-se diferença significativa em relação à prova Organização Lógico-verbal. Quanto a variáveis externas, apenas a interpretação de textos correlacionou-se com todas as provas da BILOv3. A leitura de palavras e pseudopalavras e o vocabulário receptivo correlacionaram-se com a maioria das provas da BILOv3. Observou-se, portanto, evidências de validade baseadas na sua estrutura interna, em variáveis externas (como idade, escolaridade e sexo), e em relação a outras habilidades convergentes.Item Evidências de validade do teste informatizado e dinâmico de Escrita - TIDE(2015) Teixeira, Lívia Padilha de; Reppold, Caroline TozziCom a finalidade de avaliar o processo de aprendizagem e seus aspectos emocionais no âmbito psicoeducacional, tem-se o método da avaliação assistida ou dinâmica. Nesse contexto, o Teste Informatizado e Dinâmico de Escrita – TIDE objetiva avaliar o potencial de aprendizagem em escrita de textos narrativos, por meio da elaboração e revisão de um texto. Este instrumento foi elaborado para alunos dos últimos anos do Ensino Fundamental e é composto por três etapas: pré-teste, módulo instrucional e pós-teste. Com a finalidade de contribuir para o processo de validade do TIDE, o presente trabalho apresenta dois estudos: a verificação de evidências de validade para o TIDE e uma revisão sistemática acerca da avaliação do potencial de aprendizagem com instrumentos dinâmicos e estáticos. O primeiro estudo verificou evidências de validade com base nas variáveis externas de critério concorrente - série e idade - e de construtos relacionados, utilizando testes que avaliam autoestima, ansiedade e compreensão verbal. A amostra contou com 299 participantes com idade entre 10 a 17 anos, estudantes da rede pública e privada de Porto Alegre. Foram aplicados os instrumentos: Escala de Autoestima de Rosenberg, Escala de Avaliação de Ansiedade em Adolescentes e os subtestes Informação, Vocabulário e Compreensão do WISC-III. Calculou-se a relação entre estes construtos e o potencial de aprendizagem em escrita, diferenças entre grupos pelas variáveis série e idade, e precisão entre avaliadores. O TIDE possui três escores (I, II e III), os quais foram verificados individualmente para estas análises. Os resultados apontaram correlações significativas positivas entre o escore II do TIDE e os subtestes verbais e a escala de autoestima, bem como correlações negativas entre o Escore III e a escala de ansiedade. Os resultados demonstraram ausência de diferenças significativa para as variáveis série e idade. A precisão entre avaliadores apresentou concordância substancial à quase perfeita. Também foi possível identificar associação entre hábitos de leitura dos pais e desempenho no escore II. Foram encontradas diferenças significativas entre o desempenho no pré-teste e pós-teste do TIDE, indicando eficácia do módulo instrucional. Os resultados das análises demonstraram que o instrumento possui evidências de validade em relação à ansiedade, autoestima e componentes da compreensão verbal, e é sensível para a identificação de melhorias no desempenho dos participantes antes e após a intervenção instrucional. No segundo estudo, foram analisadas as publicações sobre avaliação do potencial de aprendizagem em crianças e adolescentes via associação entre instrumentos dinâmicos e estáticos. Descreveram-se as características dos estudos incluídos, das amostras, dos instrumentos utilizados, dos construtos avaliados e os resultados encontrados. Analisou-se a aplicabilidade da associação entre instrumentos dinâmicos e estáticos neste contexto, conduzindo-se ao entendimento desta associação como um recurso de grande valia para a verificação de evidências de validade, bem como a complementariedade de avaliações diagnósticas e psicoeducacionais. Diante dos dois estudos presentes, conclui-se que o TIDE possui evidências de validade, porém mais informações devem ser investigadas sobre o processo de validade do TIDE. Sugerem-se investigações sobre a precisão e fidedignidade do instrumento, bem como aprofundamentos sobre sua capacidade preditiva. Foi possível obter informações sobre as propriedades psicométricas deste novo teste e maior compreensão acerca do construto potencial de aprendizagem em escrita de textos narrativos.Item Maturidade visomotora e funções executivas de crianças em idade escolar(2013) Oliveira, Ana Luisa Silva de; Reppold, Caroline Tozzi; Lukrafka, Janice LuisaA Neurociência Cognitiva é o campo de estudo que vincula o cérebro e outros aspectos do sistema nervoso ao processamento cognitivo e, por fim, ao comportamento. A relação de dois importantes construtos na neuropsicologia cognitiva foi abordada nesta pesquisa: a maturidade visomotora (MV) e as funções executivas (FEs). A MV é uma complexa função integrativa que compreende tanto a percepção como a expressão motora desta percepção, e indica que estão sujeitas a um processo de maturação neurológica. Já as FEs, consistem em um conjunto de habilidades cognitivas que, de forma articulada, permitem ao indivíduo a organização de tarefas como designar metas, avaliar a eficiência e a adequação do comportamento de acordo com as situações, abandonar estratégias impróprias em prol de outras mais eficientes ou convenientes, e, ainda, resolver problemas. Os instrumentos validados cujas características psicométricas podem ser consideradas suficientes para sua cautelosa utilização na avaliação dos construtos supracitados são, respectivamente, Teste Gestáltico Visomotor de Bender – Sistema de Pontuação Gradual (B-SPG) e Teste Wisconsin de Classificação de Cartas(WCST). Objetivo: Investigar a relação entre os escores dos testes B-SPG e WCST. Foram incluídas no estudo 85 crianças hígidas, de 7 a 10 anos de idade. Os instrumentos utilizados foram o B-SPG, o WCST, o Teste Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (para avaliação de critério de exclusão) e as Figuras Complexas de Rey. Os dados foram coletados em escolas públicas de Porto Alegre e analisados por meio de procedimentos estatísticos descritivos e inferenciais. Para averiguação do tipo de distribuição dos dados foi realizado o Teste Kolmogorov-Smirnov. Para a análise de correlação entre os escores dos testes foi realizada a Correlação de Pearson, para dados com distribuição normal e/ou a Correlação de Spearmam para o caso anormalidade dos dados. O nível de significância adotado foi de 5%, sendo, portanto, considerados estatisticamente significativos valores de p≤0,050. Os resultados foram discutidos à luz das teorias neuropsicológicas e desenvolvimentais. Resultados:A correlação entre a medida do B-SPG e os escores totais do WCST foi negativa e significativa, sugerindo que quanto maior o estado maturacional das FEs, menor será o número de erros ou distorções das figuras no Teste de Bender. As variáveis Tipo de Cópia (p<0,001), Cópia Total (p<0,001) e Memória Total (p<0,001), que compõem o Teste de Reyapresentaram significância estatística quando correlacionadas ao escore total do B-SPG. Discussão:Os resultados foram discutidos com o intuito de estudar o desenvolvimento das habilidades visomotoras e das FEs de crianças em idade escolar e buscar evidências de relação entre os instrumentos que compuseram a bateria neuropsicológica.Conclusão:Em vista de não terem sido encontrados estudos que relacionassem os testes B-SPG e WCST para avaliação dos construtos MV e FEs, respectivamente, a presente pesquisa apresenta caráter de ineditismo e aponta para a importância de novos estudos serem realizados, com a perspectiva de ampliarem o leque a respeito desse assunto.Item Mindfulness materno: associações com mindful parenting e indicadores de psicopatologia(2018) Veronez, Lauren Frantz; Pacheco, Janaína Thaís Barbosa; Reppold, Caroline TozziMindfulness é a capacidade de prestar atenção intencionalmente no momento presente, com uma atitude aberta e sem julgamento, sem se deixar levar por pensamentos ou emoções. Mindful parenting é a habilidade de prestar atenção nos filhos e na própria parentalidade de forma intencional, não-julgadora e centrada naquilo que acontece aqui-e-agora. O objetivo geral desta dissertação foi explorar as relações entre mindfulness, parentalidade e psicopatologia. A dissertação é composta por dois estudos, realizados com uma amostra não clínica de 221 mães de crianças entre seis e doze anos de idade. Os instrumentos utilizados foram: Interpersonal Mindfulness in Parenting Scale (IMP), Child Behavior Checklist (CBCL 6-18), Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), Questionário de Cinco Facetas de Mindfulness (FFMQ-BR) e um questionário sociodemográfico. Os dados foram coletados online através da plataforma SurveyMonkey. O Artigo 1 apresenta a adaptação da IMP para a cultura brasileira e a investigação das suas propriedades psicométricas e evidências de validade da escala. Os resultados indicaram boas propriedades psicométricas na versão brasileira da IMP (Alpha de Cronbach = 0.89 para o escore total, e uma variação entre 0.70 e 0.82 para as subescalas), assim como evidências de validade de estrutura interna (28 itens distribuídos em cinco fatores) e validade convergente com o FFMQ. O Artigo 2 trata de um estudo transversal de cunho quantitativo, cujo objetivo geral foi investigar as associações entre o nível de mindfulness de mães, mindful parenting e indicadores de psicopatologia infantil e materna. Os objetivos específicos foram: 1) examinar a relação das facetas de mindfulness com mindful parenting, psicopatologia infantil e psicopatologia parental; 2) comparar mães com alto e mães com baixo nível de mindfulness nas variáveis mindful parenting, psicopatologia infantil e psicopatologia parental; 3) investigar o papel preditor dos níveis de mindfulness e mindful parenting sobre os desfechos de psicopatologia infantil. Houve correlações positivas significativas entre mindfulness e mindful parenting e correlações negativas significativas mindfulness e mindful parenting com indicadores de psicopatologia materna e infantil. Além das correlações com o escore total de mindfulness, os demais instrumentos correlacionaram-se também com suas facetas, principalmente ação com consciência, não julgamento da experiência interna e descrição. Mães com níveis mais elevados de mindfulness apresentaram maiores escores no nível de mindful parenting e menores escores para psicopatologia materna e infantil. Mindful parenting mostrou-se melhor preditor para o desfecho de psicopatologia infantil que o nível de mindfulness geral. Estes dados dão suporte à inserção de estratégias de mindfulness em programas de treinamento parental.Item Orientações para a atuação de Psicólogos em abrigos coletivos temporários em contexto de desastres(2024-05) Gonçalves, Tonantzin Ribeiro; Serafini, Adriana Jung; Reppold, Caroline Tozzi; Levandowski, Daniela Centenaro; Grzybowski, Luciane Suárez; Oliveira, Luiza Maria de Oliveira Braga; Boeckel, Mariana Gonçalves; Amazarray, Mayte Raya; Câmara, Sheila Gonçalves; Godoi, Gabriel; Prudente, Jéssica; Ferrari, Jocieli; Gonçalves, Kamila Baldino; Varela, Lucas Ramos; Narvaez, Joana Corrêa de Magalhães; Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde; N/A.; Amaral Filho, Lúcio SiqueiraO material foi produzido a partir da experiência e mobilização de incontáveis profissionais psicólogos, diante da catástrofe provocada pelas inundações de maio de 2024, em todo o estado do Rio Grande do Sul. A Cartilha se volta para Profissionais psicólogos atuando de modo voluntário ou não voluntário e busca fornecer informações e orientações básicas para o desenvolvimento de ações de acolhimento, prevenção de riscos e promoção da saúde mental no âmbito de abrigos coletivos temporários, organizados a partir de situações de emergências ou desastres.