Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao Adolescente
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao Adolescente por Autor "Barbosa, Lisiane de Rosa"
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Item Deglutição e alimentação em pacientes pediátricos traqueostomizados: revisão sistemática(2024-06-06) Born, Nathalia Montandon; Lubianca Neto, José Faibes; Barbosa, Lisiane de Rosa; Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao AdolescenteA traqueostomia é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo estabelecer uma comunicação direta entre a traqueia e o meio externo, a fim de criar uma via aérea segura. Nas últimas décadas, houve aumento do número de traqueostomias realizadas na população infantil. Esse procedimento em crianças pode gerar diferentes alterações estruturais e funcionais na deglutição. A deglutição é um processo complexo que envolve a participação de diversos músculos e estruturas da região oral, faringe, laringe e esôfago, participando de maneira integrada com o sistema nervoso central e periférico. Para que uma criança consiga se alimentar de forma efetiva, é necessário que tenha a habilidade de coordenar as funções de sucção, deglutição e respiração. A disfagia é um distúrbio que ocorre devido a uma alteração no ato de deglutir, podendo estar comprometidas uma ou mais fases da deglutição, interferindo na segurança, efetividade e conforto da alimentação, gerando risco ao sistema respiratório e estado nutricional do indivíduo. A disfagia em crianças traqueostomizadas pode ocorrer por consequência de alterações na sensibilidade e diminuição na força da deglutição e na elevação laríngea. Porém, esse impacto ainda não está bem descrito na literatura pediátrica, como acontece com a população adulta. O fonoaudiólogo é um dos profissionais da equipe multidisciplinar responsável por realizar a avaliação clínica e objetiva do paciente pediátrico disfágico. Nas últimas décadas a atuação fonoaudiológica vem conquistando maior destaque no tratamento da disfagia em ambiente hospitalar. Embora a evidência empírica corrobore a necessidade desse atendimento, a comprovação desse benefício ainda não está bem quantificada. Desta forma, tornam-se importantes pesquisas com o intuito de mostrar evidências das vantagens do atendimento fonoaudiológico nessa área. Esta dissertação tem como objetivo verificar os achados da avaliação e/ou acompanhamento fonoaudiológico da deglutição e alimentação de pacientes pediátricos traqueostomizados por meio de uma revisão sistemática da literatura. Foram encontrados oito artigos, sendo todos de delineamento observacional. A presença de disfagia orofaríngea foi frequente para esta população. A avaliação mais utilizada foi a avaliação clínica da deglutição, seguida pela videofluoroscopia da deglutição. Cinco artigos descreveram a via de alimentação recomendada, desses, 31,80% dos pacientes receberam a indicação de permanecer com via de alimentação alternativa exclusiva, enquanto 68,19% com via de alimentação oral parcial ou exclusiva. Conclui-se que são muito poucas as evidências disponíveis na literatura e que são necessários mais estudos experimentais, prospectivos e controlados focados nos achados de deglutição e alimentação nessa população, assim como quantificando a efetividade da intervenção fonoaudiológica.Item Disfagia orofaríngea em lactentes sibilantes: uma série de casos(2022) Etges, Camila Lucia; Fischer, Gilberto Bueno; Barbosa, Lisiane de RosaIntrodução: são consideradas lactentes sibilantes crianças menores de dois anos que apresentam quadro de sibilância contínua há pelo menos um mês ou, no mínimo, três episódios de sibilos em um período de dois meses. Os distúrbios de deglutição, na infância, têm evidenciado aumento. Em crianças com histórico de doenças neurológicas, genéticas, malformações craniofaciais ou doenças que afetam a coordenação entre sucção, deglutição e respiração, a disfagia orofaríngea é relatada. No entanto, estudos recentes têm revelado a presença de penetração/aspiração traqueal em crianças sem fatores de risco óbvios para disfagia, mas com quadros de alterações respiratórias recorrentes. Objetivo: relatar uma série de casos de lactentes sibilantes e o processo de investigação em relação à ocorrência de disfagia orofaríngea durante a internação hospitalar. Métodos: estudo observacional descritivo, de caráter prospectivo. A pesquisa foi realizada entre novembro de 2018 e março de 2020, sendo incluídos os sujeitos internados em ambiente hospitalar pelo serviço de pneumologia, com diagnóstico de sibilância, que tiveram três ou mais internações hospitalares decorrentes de alterações do quadro respiratório. Incluíram- se os sujeitos que realizaram os exames de videofluoroscopia da deglutição e fibrobroncoscopia. Inseriram-se os resultados dos exames de radiografia de tórax e pesquisa de vírus (imunofluorescência indireta e RT-PCR). A análise e a apresentação dos dados deste estudo foram feitas através de tabelas e quadros descritivos, média, mediana e desvio padrão. Resultados: selecionaram-se para a pesquisa 12 pacientes, tendo sido excluídos quatro, resultando em oito sujeitos, dos quais a metade era do sexo masculino. A média de idade foi de 8,0 meses. A presença de vírus respiratório foi verificada em três sujeitos e todos evidenciaram alterações em radiografia de tórax. Todas as crianças mostraram alteração de deglutição durante o exame de videofluoroscopia da deglutição, cinco demonstraram penetração laríngea com líquido ralo e três, aspiração traqueal silente com líquido ralo. Alterações de via aérea foram encontradas em cinco sujeitos. Conclusões: a disfagia orofaríngea foi identificada em oito lactentes sibilantes que apresentavam infecções respiratórias recorrentes, sem causa identificada e com falhas frente aos tratamentos propostos.