Doença Inflamatória Intestinal (DII) em pacientes pediátricos: avaliação das características salivares
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Data
2023-07-13
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Editor Literário
Resumo
Introdução: A doença inflamatória intestinal (DII) envolve o trato gastrointestinal e
afeta milhões de adultos e crinças/adolescentes no mundo. Esta doença inflamatória
crônica resulta de interações complexas entre genética, fatores ambientais e
microbiota. A microbiota qua parece ser fundamental no desenvolvimento do sistema
imunológico do hospedeiro e concentra numa relação comensal a maior parte da sua
colonização bacteriana no trato gastrointestinal. Enquanto estas prosperam no rico
ambente do intestino passam a liberar benefícios de múltiplas funções locais e
sistêmicas do hospedeiro. Este equilíbrio homeostático das bactérias permite que o
trato gastrointestinal permaneça saudável e livre de supercrescimento de bactérias
potencialmente patogênicas. A microbiota oral desempenha um papel essencial na
manutenção da integridade das estruturas bucais. Ao contrário do intestino, o
ecossistema bacteriano oral é relativamente estável e não está sujeito a mudanças
significativas. A saliva desempenha um papel importante no monitoramento da saúde
bucal, regulando e mantendo a integridade dos tecidos orais duros e alguns tecidos
moles. Objetivo: Avaliar se há alterações das propriedades físicas e químicas do
produto salivar de pacientes pediátricos com diagnóstico de doença inflamatória
intestinal (DII) Método: Foi realizado um estudo transversal com técnica de
amostragem por conveniência, recrutando todos os pacientes em acompanhamento no
Ambulatório de Doença Inflamatória Intestinal do Serviço de Gastroenterologia do
HCSA, no período de agosto de 2021 a abril de 2022 e que cumpriram os critérios de
inclusão. Foram analisadas 33 amostras. Os participantes do estudo responderam a
um questionário estruturado e foram submetidos a um exame intrabucal e coleta
salivar. Através da amostra salivar foram realizadas as seguintes avaliações:
velocidade de fluxo salivar estimulado, pH salivar, viscosidade salivar clínica e
laboratorial (reologia). Resultados: As análises realizadas nas amostras coletadas
demonstraram que a totalidade (n=33) apresentou pH da saliva normal (pH=7). A média
da viscosidade salivar clínica foi de 3,1mm e da viscosidade salivar laboratorial 1,5cP.
A média da velocidade de fluxo salivar foi de 0,9mm, considerado baixo fluxo pelos
critérios estabelecidos na literatura. Da amostra total, 60% apresenta velocidade de
fluxo salivar abaixo do normal. Conclusão: Apesar do nosso estudo apresentar uma
amostra numéricamente reduzida os testes não invasivos aplicados em pacientes
pediátricos com DII até o momento sustentam credibilidade nos seus resultados
quando comparados com a literatura consultada. Tais possilidades devem ser
exploradas no atendimento odontológico visando motivação tanto ao profissional como
paciente/familiar para entendimeto das alterações locais/sistêmicos advindo da disbiose
oral frente a diferentes patologias em evolução
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Pediatria, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Palavras-chave
Doença de Crohn, Colite ulcerativa, Pediatria, Saliva, Mucosa buca, [en] Crohn Disease, [en] Colitis, Ulcerative, [en] Pediatrics, [en] Saliva