Programa de Pós-Graduação em Patologia
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Patologia por Assunto "[en] 22q11 Deletion Syndrome"
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Item Análise das metodologias moleculares aplicadas ao diagnóstico da síndrome de deleção 22q11 e atualização de resultados entre indivíduos suspeitos e diagnosticados: enfoque cardíaco.(2024-08-13) Diniz, Bruna Lixinski; Zen, Paulo Ricardo Gazzola; Rosa, Rafael Fabiano Machado; Programa de Pós-Graduação em PatologiaIntrodução: A síndrome de DiGeorge ou deleção 22q11.2 (22q11.2DS; OMIM #188400) é a síndrome de microdeleção cromossômica mais frequente, originada a partir de eventos de recombinação meiótica não homóloga que ocorrem em aproximadamente 1 em cada 1.000 – 7.000 recém-nascidos. Os defeitos cardíacos congênitos (CHDs) são uma das características clínicas mais prevalentes descritas em indivíduos diagnosticados com a 22q11.2DS, sendo o principal achado que motiva o encaminhamento para a investigação da síndrome, especialmente em indivíduos com poucas manifestações fenotípicas. Sabe-se que 4 LCRs, do inglês, low copy repeats, (A, B, C e D) definem essa região e dependendo do tamanho da deleção e LCRs envolvidas, o fenótipo pode ser sucinto ou até mais abrangente. Atualmente, há diferentes metodologias citogenéticas que são usadas rotineiramente em laboratórios clínicos e de pesquisa. Portanto, a escolha de uma tecnologia eficiente e a interpretação precisa dos achados clínicos são cruciais para o diagnóstico dos pacientes com 22q11.2DS. Objetivos: Analisar as metodologias moleculares utilizadas para o diagnóstico da 22q11.2DS em associação com a cardiopatia congênita e determinar o tamanho de deleção e genes envolvidos através da técnica de MLPA em pacientes com diagnóstico molecular para 22q11.2DS após triagem pela FISH. Material e Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática dos últimos 20 anos de pesquisa sobre pacientes com 22q11.2DS em associação com CHD e o processo de investigação por trás de cada diagnóstico. Posteriormente, uma reavaliação dos casos identificados pelo Serviço de Genética Clínica foi realizada para determinar o tamanho real da deleção e possíveis outras causas moleculares de pacientes previamente triados pela metodologia de FISH. Resultados: Este trabalho originou dois artigos, uma revisão sistemática e um artigo original. Na revisão sistemática, 60 artigos foram elegíveis para análise. Apresentamos uma nova visão do defeito do septo ventricular como um possível achado cardíaco fundamental em indivíduos com 22q11.2DS. Além disso, descrevemos as tecnologias moleculares e a avaliação cardíaca como ferramentas valiosas para orientar os pesquisadores em investigações futuras. Já no artigo original, todos os pacientes que haviam sido diagnosticados anteriormente por FISH (n=10) apresentaram exatamente o mesmo tamanho de deleção, LCRs e genes envolvidos quando avaliados por MLPA. Em pacientes com FISH-, o GATA4 deletado ou duplicado em diferentes exons (1 e 6), apresentou fenótipos distintos de defeitos cardíacos congênitos. Os pacientes que não tiveram seu diagnóstico definido por FISH apresentaram resultados moleculares diferentes, variando de achados normais a alterações nos genes GATA4 e NXK2-5. Conclusão: A diversidade molecular nas malformações cardíacas é uma realidade e um grande desafio, uma vez que a correlação genótipo-fenótipo é limitada. Portanto, novas percepções sobre esse assunto devem ser consideradas: a síndrome de deleção 22q11.2 deve estar ligada apenas à região do cromossomo 22 ou há uma variabilidade fenotípica a ser analisada que envolve um ambiente genômico mais amplo?Item Avaliação citogenética molecular em portadores de cardiopatia congênita através da técnica de MLPA(2019) Floriani, Maiara Anschau; Zen, Paulo Ricardo Gazzola; Rosa, Rafael Fabiano MachadoIntrodução: O desenvolvimento normal do coração compreende uma maquinaria de eventos genéticos altamente regulada, que envolve importantes fatores de transcrição. Alterações cardíacas estruturais, que caracterizam a cardiopatia congênita (CHD), são fortemente associadas a alterações cromossômicas e a CNVs, que são fatores de risco para o desenvolvimento da CHD. Objetivo: Investigar, através da técnica de MLPA, a presença de CNVs em genes de referência para o desenvolvimento cardíaco normal em portadores de CHD. Material e Métodos: Os genes GATA4, NKX2-5, TBX5, BMP4 e CRELD1 e a região cromossômica 22q11.2 foram analisadas em 207 pacientes portadores de CHD (idade 1 dia ± 13 anos), admitidos pela primeira vez na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital pediátrico, utilizando o kit SALSA P311-B1 CHD. Resultados: Foram detectadas CNVs em 7 pacientes (3,4%); 4 casos de deleção da região 22q11.2 (1,9%), 2 casos de deleção do GATA4 (1%) e 1 caso de duplicação da região 22q11.2 (0,5%). Não foram identificadas alterações nos genes NKX2-5, TBX5, BMP4 e CRELD1. Conclusão: DelGATA4 parece estar presente em um número significativo de pacientes com CHD, especialmente os com defeitos septais, PLSVC, alterações da artéria pulmonar e achados extracardíacos. A triagem de GATA4 parece ser mais efetiva quando direcionada a estes achados. A investigação de mutações em GATA4 e de 22q11.2DS em portadores de CHD são importantes na antecipação do diagnóstico, contribuindo para o planejamento familiar.Item Investigação citogenética molecular de alterações cromossômicas associadas a síndromes de microdeleção em pacientes pediátricos portadores de cardiopatia congênita(2023) Floriani, Maiara Anschau; Rosa, Rafael Fabiano Machado; Zen, Paulo Ricardo GazzolaIntrodução: A cardiopatia congênita (CHD) é o tipo mais comum de defeito congênito, sendo uma das principais causas de mortalidade no primeiro ano de vida. As síndromes de microdeleções e microduplicações (MMS) podem estar associadas a malformações cardíacas. A compreensão dos fatores genéticos envolvidos nestas condições tem um impacto direto na decisão do tratamento. O objetivo foi identificar alterações genéticas associadas ao desenvolvimento de MMS em pacientes pediátricos com CHD avaliados em um serviço de referência do Sul do Brasil. Métodos: 210 participantes foram recrutados durante os anos de 2005 e 2006, na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital pediátrico. MMs e regiões do cromossomo 22 foram avaliadas pelo kit SALSA MLPA Probemix P245 Microdeletion Syndromes-1A para detecção de variações de número de cópias (CNVs). Resultados: MMS foram detectados em 11 dos 207 pacientes (5,3%) avaliados. A deleção heterozigota na região do cromossomo 22q11.2 foi o CNV mais prevalecente (5 dos 11 pacientes). Também foram detectadas deleções atípicas de RTDR1 e uma duplicação em 22q11.2. O MLPA também identificou microdeleções nos genes SNRPN e NF1 em pacientes com cariótipo normal. Conclusão: O estudo revelou a prevalência e variabilidade de alterações genômicas associadas com MMS em pacientes pediátricos com CHD. Os resultados trazidos pela utilização do MLPA são de grande ajuda no planejamento e cuidados especializados.Item Investigação clínica e citogenética molecular de indivíduos com cardiopatia congênita e suspeita de deleção 22q11.2(Wagner Wessfll, 2020) Diniz, Bruna Lixinski; Zen, Paulo Ricardo Gazzola; Rosa, Rafael Fabiano MachadoIntrodução:22q11.2SD é a síndrome de microdeleção cromossômica mais frequente, originada a partir de eventos de recombinação meiótica não homóloga que ocorrem em aproximadamente 1 em cada 1.000 - 6.000 fetos. As manifestações clínicas sugestivas de 22q11.2SD e que requerem testes diagnósticos variam de acordo com a idade. Na infância, os sintomas típicos incluem alguma combinação de defeitos cardíacos congênitos e outras manifestações. Atualmente, a 22q11.2SD é considerada uma das anomalias cromossômicas mais frequentemente observadas em associação com as cardiopatias congênitas, ficando atrás somente da síndrome de Down. Objetivos: o objetivo deste trabalho foi verificar o perfil de dismorfias e cardiopatias encontradas em pacientes encaminhados a um centro de referência no sul do Brasil com suspeita clínica de 22q11.2SD. Material e Métodos: Foi um estudo prospectivo com amostra de conveniência desenvolvido no Laboratório de Citogenética da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). A amostra consistiu de pacientes atendidos pelo SUS que apresentavam achados clínicos sugestivos de 22q11.2SD. A avaliação genética consistiu de uma entrevista para dados clínicos e história médica, como ecocardiografia, seguida de um exame físico dismorfológico. Após avaliação genética, a amostra de sangue foi coletada em tubo de heparina e, em seguida, enviada ao Laboratório de Citogenética da UFCSPA para cultura e análise celular pelo FISH. Resultados: No total, três perfis de pacientes suspeitos com 22q11.2SD foram encaminhados para análise: indivíduos que apresentavam apenas dismorfias (n=4); indivíduos com cardiopatia congênita isolada (n=7) e indivíduos com dismorfias e cardiopatia congênita (n=35). A hibridização in situ fluorescente(FISH) foi realizada em 46 pacientes com achados clínicos de 22q11.2SD, incluindo aqueles com resultados de cariótipo alterados. Da amostra total, 15,21% (7/46) apresentaram a deleção 22q11.2, consistente com o diagnóstico clínico de 22q11.2SD. Destes, apenas pacientes com dismorfia associada à cardiopatia congênita tiveram a deleção de 22q11.2 (7/35). Conclusão: A associação de dismorfias faciais (crânio, olhos, ouvido e nariz) e cardiopatia congênita provou ser um critério clínico confiável para o encaminhamento à análise citogenética molecular. Entre os defeitos cardíacos, sugerimos que indivíduos com anel valvar pulmonar obstrutivo, truncus arteriosus e valva aórtica bicúspide associada à CIA e/ou arco aórtico à direita devem realizar investigação por FISH para deleção 22q11.2.Item Transtornos psiquiátricos em crianças com síndrome de deleção 22q11.2(2017) Silveira, Carla Papandreus da; Zen, Paulo Ricardo Gazzola; Rosa, Rafael Fabiano MachadoA síndrome de deleção 22q11.2 possui mais de 180 achados fenotípicos descritos, sendo nenhum patognomônico. Além disso, os indivíduos podem apresentar uma extensa variedade de achados psiquiátricos na infância. Já foi relatada uma grande prevalência de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e transtornos de ansiedade nesses pacientes. Os achados ainda não são definitivos para transtornos psiquiátricos nessa faixa etária, embora seja frequente encontrar descrição de fenótipos psiquiátricos na síndrome. O objetivo consistiu em revisar os achados psiquiátricos descritos na literatura em crianças com síndrome de deleção 22q11.2. A revisão foi realizada no sítio eletrônico PubMed utilizando-se os descritores “22q11 Deletion Syndrome”, “DiGeorge Syndrome”, “psychiatric disorders” e “child”. A revisão não se limitou a um período específico de tempo e englobou todos os estudos presentes neste banco de dados até janeiro de 2017. Foram incluídos na revisão trabalhos em língua inglesa e espanhola. Utilizamos 48 artigos da pesquisa, pois um foi excluido da revisão por não ser das línguas propostas e outro por ser muito específico da area odontológica, sendo destoante com o propósito da nossa pesquisa. Conclusão: Ainda hoje existe uma escassez de estudos relacionando transtornos psiquiátricos com síndrome de deleção 22q11.2 em crianças. Considerando a abrangência e o grande acometimento associado a síndrome, estudar pródromos e manifestações psiquiátricas desde a infância poderia facilitar o manejo da síndrome. Ao final da dissertação encontra-se o macuscrito com os dados encontrados em nossa pesquisa.