Programa de Pós-Graduação em Biociências
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Biociências por Assunto "[en] Antiretroviral Therapy, Highly Active"
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Item Influência de polimorfismos nos genes envolvidos na farmacocinética da terapia antirretroviral em relação aos efeitos adversos em indivíduos vivendo com HIV(2019) Barroco, Caroline de Araujo; Mattevi, Vanessa SuñéA terapia antirretroviral (TARV) para indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é constituída pela combinação de fármacos de diferentes classes. Dentre os efeitos adversos a longo prazo desta terapia destacam-se a lipodistrofia e a dislipidemia. Sabendo-se que as variações genéticas estão envolvidas na modulação das respostas farmacológicas, este estudo transversal visou avaliar a associação de polimorfismos nos genes codificadores de proteínas metabolizadoras dos fármacos com os efeitos adversos da TARV. Foram colhidos dados referentes aos efeitos adversos e amostras de DNA de 857 pacientes portadores de HIV que utilizavam TARV há pelo menos um ano. Foram genotipados os polimorfismos CYP2B6 516G>T (rs3745274), CYP3A4*1B (rs2740574), CYP3A4*22 (35599367) e CYP3A5*3 (776746) por reação em cadeia da polimerase em tempo real. A prevalência da lipodistrofia apresentou diferença significativa entre os grupos étnicos avaliados (brancos 64,1% e não-brancos 44,9% P = 0,001). Os padrões de lipodistrofia do tipo lipohipertrofia (brancos 27,5% e não-brancos 19,4% P = 0,001) e lipoatrofia (brancos 33,0% e não-brancos 48,4% P = 0,055) apresentaram diferença significativa entre as etnias. Os indivíduos brancos também apresentaram maior prevalência de hipertrigliceridemia (P = 0,001) e hipercolesterolemia (P = 0,015). A lipodistrofia foi mais prevalente em indivíduos brancos e apresentou associação ao alelo *3 do polimorfismo CYP3A5*3 e ao uso de atazanavir. São necessários mais estudos nesta área para que variantes genéticas possam ser utilizadas na prática clínica para determinação prévia dos regimes antirretrovirais.Item Investigação de variantes em genes envolvidos no metabolismo do tecido adiposo com o desenvolvimento de lipodistrofia e avaliação da técnica DBS no monitoramento terapêutico de fármacos em pessoas vivendo com HIV em terapia antirretroviral(2019) Tagliari, Carmela Farias da Silva; Mattevi, Vanessa Suñé; Linden, RafaelO vírus da imunodeficiência humana (HIV) infecta, principalmente, linfócitos T helper (T auxiliar) que expressam a proteína de superfície CD4 (LT-CD4+) causando o enfraquecimento do sistema imunológico e favorecendo o aparecimento de doenças oportunistas. Na ocorrência dessa situação, a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) se desenvolve. A prevalência de pessoas vivendo com HIV (PVHIV) continua a crescer mundialmente. Contudo, novas infecções pelo vírus crescem de forma particular em determinadas regiões do mundo. A terapia antirretroviral (TARV) combinada mudou a perspectiva da infecção pelo HIV de uma doença mortal para uma enfermidade crônica. Apesar destes benefícios, alguns pacientes não atingem a supressão viral. Sabe-se que os fármacos antirretrovirais (ARVs) são capazes de atuar em nível molecular, alterando a atividade de fatores de transcrição em genes do metabolismo glicídico e lipídico, induzindo dislipidemia, resistência à insulina (RI), diabetes mellitus (DM) e síndrome metabólica (SM), além dos efeitos na fisiologia dos adipócitos. Estes últimos favorecem o desenvolvimento da síndrome da lipodistrofia (LD). Diversos polimorfismos de um único nucleotídeo (SNPs) em genes do metabolismo glicídico e lipídico já foram implicados na susceptibilidade à LD e SM, sendo de especial interesse o fator de necrose tumoral (TNF), o receptor ativado por proliferadores de peroxissoma gama (PPARG), o fator de transcrição de ligação ao elemento regulatório de esterol 1 (SREBF1), o gene associado a obesidade e massa gorda (FTO) e a sirtuína 1 (SIRT1). Em conjunto ao monitoramento da carga viral, as PVHIV em TARV também requerem o acompanhamento dos níveis circulantes dos fármacos a fim de assegurar o sucesso terapêutico e evitar níveis sub-terapêuticos, o que aumenta a chance de falha virológica. Uma alternativa minimamente invasiva para dosagem plasmática dos fármacos é a técnica de mancha de sangue seco em papel (DBS). Esta técnica possui inúmeras vantagens em relação ao procedimento padrão, dado que apresenta facilidade na coleta, transporte, armazenamento e, principalmente, a acessibilidade em regiões remotas. Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a contribuição de SNPs nos genes supracitados como fatores de susceptibilidade ao desenvolvimento de LD em PVHIV. Ainda, determinar a os níveis plasmáticos dos fármacos antirretrovirais efavirenz (EFV) e atazanavir (ATV) através do método DBS e avaliar a exequibilidade desta ferramenta para o monitoramento terapêutico de fármacos (MTF) em uma amostra de indivíduos infectados pelo HIV sob TARV vivendo na região Sul do Brasil. Em nossa amostra (N = 832), identificamos que a prevalência de LD foi maior em indivíduos de raça branca do que em não brancos. A variante de risco A no SNP rs9939609 (T > A) do gene FTO e o alelo polimórfico G para o SNP rs2297508 (C > G) no gene SREBF1 contribuíram para o desenvolvimento de LD (P = 0,006 e P = 0,052, respectivamente), mas não para SM (dados não mostrados). Não encontramos associação significativa entre os polimorfismos rs2273773 T>C, rs12413112 G>A, rs7895833 A>G e rs12049646 T>C no gene da SIRT1 e o risco de desenvolvimento de LD (P = 0,949, P = 0,841, P = 0,797 and P = 0,700, respectivamente) e SM (dados não mostrados). As quantificações dos fármacos EFV e ATV foram altamente correlacionadas entre o método DBS e o plasma. Assim, a técnica DBS pode ser uma alternativa ao método padrão. Contudo, a burocracia e o sistema logístico brasileiro precisa ser superado para que a técnica DBS seja uma realidade no cuidado clínico das PVHIV.