PPGPAT - Teses
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Item Ponto prevalência bi-anual de infecção por Clostridium difficile em pacientes com diarreia em hospitais brasileiros(Wagner Wessfll, 2018) Pires, Renata Neto; Pasqualotto, Alessandro ComarúIntrodução: A infecção por Clostridium difficile (ICD) é a principal causa de diarreia relacionada à assistência à saúde em adultos nos países desenvolvidos, e está associada a morbidade, surtos hospitalares e custos significativos. Dados epidemiológicos brasileiros, no entanto, são muito escassos. Objetivos: Determinar a prevalência de ICD em pacientes hospitalizados, rastrear a presença da cepa hipervirulenta e avaliar a contaminação de alimentos por C. difficile. Material e Métodos: Estudo observacional prospectivo conduzido em oito hospitais brasileiros e em dois únicos dias (08/03 e 12/07/17). Pesquisamos pacientes adultos com fezes não formadas, coletamos dados demográficos e clínicos. E concomitante pesquisamos carnes comercializadas. Os métodos diagnósticos foram: PCR em tempo real (Cepheid; Xpert C. difficile), cultura das fezes em anaerobiose, utilizando-se meio seletivo (UFRGS) e MALDITOF. Resultados: Entre os 6.374 pacientes pesquisados, 153 apresentaram diarreia (2,4%) e 19/153 foram positivos para ICD (12,4%). A prevalência ICD no verão foi de 13,3% (12/90) e 10,9% (7/63) no inverno. A exposição à fluoroquinolonas foi o único fator de risco (risco relativo 3.13; intervalo de confiança, 1.07-9.19). Prevalência geral de ICD foi de 3,0 / 1.000 paciente-dia (2,2 / 1000 paciente- dia, verão e 3,70 / 1000 paciente-dia, inverno). Identificamos o primeiro caso de cepa hipervirulenta no Brasil, classificada ST67 (pertence ao grupo da cepa 027). Não encontramos carnes contaminadas por C. difficile. Conclusão: Observamos uma baixa prevalência de diarreia (24 casos / 1.000 pacientes-dias) no estudo, mas uma alta prevalência de ICD entre pacientes hospitalizados no sul / sudeste do Brasil (3,0 / 1.000 dias-paciente). A frequência do ICD provavelmente é subestimada no Brasil, uma vez que a suspeita clínica é baixa e as ferramentas de diagnóstico não estão amplamente disponíveis. A vigilância de ICD precisa ser incorporada nos hospitais, através da aplicação de métodos diagnósticos eficazes e confiáveis.