Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao Adolescente
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Item Remissão clínica após suspensão de tratamento com imunobiológico em pacientes pediátricos com asma grave(2023-06-21) Castelli, Giovana De Marchi; Pitrez, Paulo Marcio CondessaA asma é considerada um problema de saúde global e o Brasil é um dos países com maior prevalência de doença na população infantil no mundo. Na região sul a prevalência de asma em crianças é de 20%, com quase metade dos pacientes apresentando doença não controlada, e 7% dos pacientes com história de hospitalização no último ano. Um subgrupo de crianças, cerca de 10% dos asmáticos, não responde adequadamente ao tratamento farmacológico convencional, com ausência de controle da doença, mesmo com a melhor otimização do manejo clínico em centros de referência. Este grupo, classificado como asma grave, apresenta o maior consumo de recursos públicos nos programas de controle da asma e possui grande impacto em marcadores de qualidade de vida, porém os dados de prognóstico ainda são incipientes nesta população. O objetivo desta dissertação é descrever as características e a evolução da remissão clínica de asma grave em pacientes pediátricos. A série de casos foi realizada no Ambulatório de Asma Infantil PUCRS, com 8 pacientes provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS) incluiu adolescentes entre 14 e 21 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico de asma. Os participantes foram incluídos e classificados seguindo os critérios internacionais. A avaliação do controle da doença foi realizada através de dois questionários curtos (GINA e ACT), questionário clínico e a função pulmonar avaliada através de espirometria. Três pacientes descontinuaram com sucesso o omalizumabe com controle dos sintomas e uso de medicação. Um paciente manteve o tratamento com o anticorpo monoclonal. Outros três tiveram resultados positivos ao interromper o tratamento, mas apresentaram dificuldade no controle dos sintomas no acompanhamento. Um paciente relatou descontrole dos sintomas ao suspender a medicação e permanece com mau controle da doença. Os pacientes mantiveram baixas taxas de exacerbações sem necessidade de internação. As medidas de função pulmonar não representaram melhora ou piora. Esses dados demonstram os benefícios a longo prazo do omalizumabe na redução das exacerbações e internações hospitalares, mesmo após sete anos de descontinuação da terapia.