Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao Adolescente
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Item Força e espessura muscular associada a capacidade de exercício em pacientes pediátricos com fibrose cística(2023-01-06) Kasten, Ana Paula da Silva; Tartari, Janice Luisa Lukrafka; Fischer, Gilberto BuenoIntrodução: A fibrose cística (FC) é uma doença genética de herança autossômica recessiva e evolução crônica, que acomete as glândulas exócrinas e se caracteriza como multissistêmica. Entre as principais manifestações clínicas estão a diminuição progressiva da função pulmonar e da capacidade funcional para o exercício. Além disso, sabe-se que a desnutrição e as alterações metabólicas geradas pelo processo inflamatório pulmonar podem levar à redução da massa e do desempenho muscular, causando descondicionamento físico, gerando assim um importante impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Verificar associação da espessura e força muscular do quadríceps com capacidade de exercício, função pulmonar e qualidade de vida em pacientes pediátricos com fibrose cística. Métodos: estudo transversal com crianças e adolescentes com idade entre 6 e 18 anos com diagnóstico de fibrose cística. Para avaliar a espessura muscular, utilizou-se a ultrassonografia do músculo quadríceps femoral; para avaliar a força muscular foi utilizado o Dinamômetro Isocinético; para avaliar a capacidade de exercício foi realizado o Modified Shuttle Walk Test e o TGlittre-P, para a função pulmonar foi realizado espirometria e para avaliar qualidade de vida foi aplicado o Cystic Fibrosis Questionnaire (CFQ). Resultados: Participaram do estudo 26 pacientes, com média de idade de 10,8±3,4 anos. MSWT e TGlittre-P apresentaram redução significativa em relação ao predito (p<0,001). A espessura média do músculo quadríceps correlacionou-se significativamente com o pico de torque (p=0,002) e ambos foram correlacionados com a distância média percorrida no MSWT (p=0,001; p=0,004). O TGlittre-P apresentou correlação negativa com espessura muscular (p=0,034) e pico de torque (p=0,043). A espessura e força muscular também apresentaram correlação com VEF1 (p=0,022; p<0,001) e CVF (p=0,038; p<0,001). No CFQ, houve correlação entre o domínio físico e a espessura muscular em crianças (p=0,006) e adolescentes (p=0,011). Correlações também foram demonstradas em adolescentes entre a força muscular com o domínio respiratório (p=0,037) e negativamente com o domínio tratamento (p=0,024). Conclusão: Crianças e adolescentes com FC apresentam correlação entre espessura e força muscular com a capacidade de exercício, função pulmonar e qualidade de vida.