Navegando por Autor "Meirelles, Natalia Motta Leguisamo"
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Item Avaliação do sistema de reparo por excisão de bases na metástase hepática do câncer colorretal(Wagner Wessfll, 2021) Escovar, Carlos Eugênio Santiago; Kalil, Antonio Nocchi; Meirelles, Natalia Motta Leguisamo; Lucchese, Angélica MariaIntrodução: As metástases hepáticas de câncer colorretal (MHCCR) continuam a ser a principal causa de morte de pacientes com câncer colorretal (CRC). O reparo inadequado dos danos ao DNA promove instabilidade genômica, aumento da carga mutacional e regulação positiva do eixo PD-1/PD-L1. A deficiência no reparo de malpareamento (dMMR) é um biomarcador baseado nos sistemas de reparo do DNA para predizer a resposta à imunoterapia em pacientes com CRC metastático. Uma vez que, apenas 5% dos pacientes com MHCCR apresentam dMMR, a identificação de deficiências em outras vias de reparo do DNA, como o reparo por excisão de base (BER), pode facilitar a identificação de pacientes que possivelmente se beneficiariam da imunoterapia independentemente da dMMR. Métodos: Cinquenta pacientes com MHCCR submetidos à hepatectomia foram incluídos prospectivamente. Metástases hepáticas e tecidos hepáticos adjacentes de 32 pacientes foram avaliados quanto à expressão gênica dos principais genes do BER (OGG1, POLB, PARP1 e XRCC1) por qRT-PCR. Conteúdos de PARP1 e PD-1 foram avaliados por imunohistoquímica. Os dados moleculares e clínicopatológicos, incluindo as razões neutrófilos/linfócitos, linfócitos/monócitos e plaquetas/linfócitos - NLR, LMR e PLR, respectivamente), foram avaliados quanto à presença de associações e valor prognóstico. Resultados: A redução dos níveis de mRNA de OGG1 e POLB em tecidos neoplásicos foi associada à margens cirúrgicas R1-R2 e doença sincrônica, respectivamente. A superexpressão de PARP1 foi associada a presença menores lesões, margem de ressecção cirúrgica R0 e aumento de LMR; e a superexpressão de XRCC1 foi associada a níveis mais baixos de CEA ao diagnóstico do CCR e aumento da PLR. Além disso, demonstramos que a menor imunorreatividade para PARP1 foi associada à presença de invasão perineural em tumores colorretais e aumento da NLR. Em contrapartida, a alta expressão de PARP1 foi associada à expressão positiva de PD1. As análises de sobrevivência não confirmaram o papel prognóstico independente dos componentes de BER ou de PD-1. Conclusões: O BER apresentou-se desequilibrado nas MHCCR. A superexpressão de PARP1 foi associada à expressão positiva de PD-1 positiva e características clínicas de mau prognóstico em CRCLM, o que pode sugerir um novo papel para PARP1 na agressividade das MHCCR através da ativação do sistema imunológico e da modulação do desenvolvimento tumoral.Item Estudo prognóstico do sistema de reparo de quebras duplas do DNA em pacientes com câncer colorretal esporádico(2021) Azambuja, Daniel de Barcellos; Saffi, Jenifer; Kalil, Antonio Nocchi; Meirelles, Natalia Motta LeguisamoIntrodução: O câncer colorretal (CCR) ainda carece de biomarcadores que mitiguem inconsistências no estadiamento da doença e de novos alvos moleculares para expandir as opções terapêuticas. Análises genômicas de repositórios públicos têm identificado a presença de alterações na via de reparo por DNA de recombinação homóloga (HRR) em até 20% dos tumores colorretais. A caracterização da deficiência da via HRR (HRD) - causada por mutações patogênicas em genes centrais, como BRCA1/2 e PALB2 - permitiu o desenvolvimento de estratégias que mudaram a prática clínica para diversos tumores, mas não para o CCR. Portanto, a caracterização da HRR e da sua influência sobre o prognóstico do CCR é essencial para direcionar o desenvolvimento de biomarcadores e novos alvos terapêuticos. Objetivo: Avaliar o papel prognóstico da expressão de genes-chave da via HRR e as associações com aspectos clinicopatológicos em pacientes com CCR submetidos à cirurgia de ressecção. Métodos: amostras tumorais e saudáveis frescas de 86 pacientes com adenocarcinoma colorretal esporádico foram coletadas. Destas, 63 foram avaliadas para expressão gênica de genes-chave da HRR (RT-PCR) e status da via de reparo de malpareamento (MMR) (imuno-histoquímica). Foram exploradas as associações entre os dados moleculares e clinicopatológicos e o seu valor prognóstico em relação à sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG) através da regressão de Cox. Resultados: Cinco dos sete principais genes HRR representativos foram expressos diferencialmente - MRE11A, RAD50, BARD1, BRCA1 e PALB2. Apenas a deficiência de MRE11A foi confirmada como um preditor independente de SG (HR: 5,48, IC 95% [1,26 - 19,04] p = 0,032). O status MRE11A foi identificado como um fator prognóstico independente em tumores com MMR proficiente (pMMR) (HR = 3,48 [IC 95% 1,97 - 12,45], p = 0,035), mas não MMR deficiente (dMMR). O maior tempo médio de SG foi observado em pacientes com MRE11A positivo/pMMR (64,1 meses), enquanto MRE11A positivo/dMMR apresentou a menor SG dentre os subgrupos (34,5 meses) avaliados. Conclusões: A expressão de MRE11A demonstrou-se um potencial preditor do prognóstico de CCR pMMR. Estes resultados podem fornecer racional para novas investigações de biomarcadores e abordagens terapêuticas direcionadas baseadas na expressão de MRE11A e no status de MMR.Item Influência da via de reparo de malpareamento na citotoxicidade do 5-fluorouracil mediada por um inibidor de PARP em células de câncer colorretal(2019) Castro e Gloria, Helena de; Saffi, Jenifer; Meirelles, Natalia Motta LeguisamoO progresso no tratamento do câncer colorretal (CCR) inclui a identificação da deficiência da via de reparo de malpareamento (MMR) para a predição do benefício do tratamento adjuvante com 5-fluorouracil (5-FU), oxaliplatina, e, mais recentemente, imunoterapia. Apesar de os regimes utilizando 5-FU ainda serem o pilar da abordagem terapêutica contra o CCR, são considerados inespecíficos e subótimos, o que chama atenção para necessidade do desenvolvimento de novas estratégias. Um corpo crescente de evidências tem sugerido um novo racional para o uso de inibidores de poli-(ADP-ribose) polimerase (PARPi), como o Olaparib, em tipos de tumores além dos tumores com deficiências intrínsecas na via de reparo de recombinação homóloga (HR), particularmente em combinação com agentes indutores de dano ao DNA. Aqui apresentamos novas evidências na citotoxicidade de 5-FU mediada por Olaparib em células de CCR e como ocorre de maneira dependente de MMR. Além disso, reportamos efeitos genótoxicos e antineoplásicos induzidos pela monoterapia de Olaparib em células de CCR proficientes em MMR. Observamos que células com deficiência em MMR, devido à perda de hMLH1 e hMSH3, são mais sensíveis a combinação de 5-FU e Olaparib do que células de CCR proficientes em MMR. Identificamos efeitos sinérgicos entre 5-FU e Olaparib em células com deficiência de MMR que prejudica características de agressividade tumoral como capacidade de migração e adesão e formação de colônias. Além disso, nossos resultados sugerem que estes efeitos são mediados pela indução de quebras simples no DNA e apoptose com parada de ciclo celular em G2/M. Portanto, nossos resultados sugerem um papel para a inclusão de Olaparib no tratamento do CCR: (1) em combinação com 5-FU para células de CCR com deficiência de MMR e (2) em monoterapia para células de CCR com proficiência em MMR.Item Influência do sistema de reparo do DNA sobre o prognóstico e a resposta à quimioterapia no câncer colorretal(2016) Meirelles, Natalia Motta Leguisamo; Saffi, Jenifer; Kalil, Antonio NocchiO reparo do DNA inadequado causado pela ineficiência de uma das suas vias - como o reparo por excisão de bases (BER), reparo de malpareamento (MMR) e reparo por excisão de nucleotídeos (NER) - é conhecido por ter influência nos resultados clínicos e patológicos de vários tipos de câncer e contribuir para a resistência à quimioterapia. O desequilíbrio em diferentes passos destas vias, como consequência da expressão demasiado alta ou baixa de algum dos seus componentes, pode influenciar no destino de células neoplásicas de diferentes maneiras, tais como através da perturbação do metabolismo, o acúmulo de intermediários tóxicos e a evasão da morte celular, o que, ao final, pode configurar-se em um papel determinante na sobrevida dos pacientes. Este estudo caracterizou os perfis de expressão das principais vias do sistema de reparo do DNA em tumores colorretais e sua associação com características clínicas e patológicas. Além disso, avaliou, in vitro, os possíveis mecanismos que podem estar associados à agressividade do tumor e com a resposta à quimioterapia. O desenho do estudo incluiu dois braços: (1) clínico: Setenta pares de tumores colorretais esporádicos e mucosas intestinais saudáveis adjacentes pareados foram avaliados em relação à expressão gênica e proteica das vias de reparo direto, MMR, BER e NER e sua associação com características clínicas e patológicas. (2) in vitro: células colorretais deficientes em MMR e que superexpressavam as enzimas MPG ou XRCC1 da via BER foram tratados com os quimioterápicos 5-fluoracil e temozolomida e avaliadas quanto à sua viabilidade e metabolismo energético. Nossos dados clínicos mostraram que a superexpressão dos componentes das vias BER e NER foram associados com características tumorais e desfechos patológicos mais agressivos em pacientes com câncer colorretal (presença de invasão linfática e perineural; tumores pouco diferenciados; escores TNM mais elevados). In vitro, a superexpressão de MPG, mas não de XRCC1, nas células MMR deficientes provocou um aumento da sensibilidade tanto a 5-fluoracil, como a temozolomida através da depleção de ATP e acúmulo de lactato. Este trabalho demonstra, portanto, que as vias de reparo de DNA apresentam um padrão de expressão heterogêneo e, frequentemente o aumento da sua expressão associa-se com diversos desfechos clínicos e patológicos negativos. No entanto, as alterações nas expressões de genes e proteínas do BER parecem conduzir a um desequilíbrio desta via, que pode ser explorado como uma ferramenta para um design terapêutico mais preciso. Finalmente, propõe-se mais investigações sobre a eficácia da temozolomida no tratamento do câncer colorretal, através da exploração do crosstalk entre MMR e BER e a disfunção do metabolismo.