PPGPED - Dissertações
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Navegando PPGPED - Dissertações por Autor "Ferreira, Cristina Helena Targa"
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Item Avaliação da Resposta aos Inibidores de Bomba de Prótons em Pacientes Pediátricos com Esofagite Eosinofílica(2024-02-06) Nader, Luiza Salgado; Ferreira, Cristina Helena Targa; Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao AdolescenteIntrodução: Esofagite eosinofílica (EoE) é uma entidade recentemente reconhecida, na qual evidências substanciais documentaram que os inibidores de bomba de prótons (IBPs) reduzem a eosinofilia esofágica em crianças, adolescentes e adultos, com vários mecanismos que potencialmente explicam o efeito do tratamento. No Brasil, desconhecemos estudos que avaliem prospectivamente as taxas de resposta clínica e terapêutica. Objetivo: Determinar prospectivamente a resposta clínica e terapêutica dos IBPs em pacientes pediátricos com EoE em um centro no sul do Brasil. Material e métodos: Ensaio clínico, prospectivo, aberto, conduzido em um hospital pediátrico no sul do Brasil. Pacientes com diagnóstico de EoE receberam tratamento com esomeprazol/omeprazol na dose de 1mg/kg/dose duas vezes ao dia, por 8 a 12 semanas, quando foi repetida a endoscopia com biópsias. Foram considerados respondedores a IBP os pacientes que apresentaram biópsias esofágicas com 15 ou menos eosinófilos por campo de grande aumento (cga). Foram analisados e comparados dados demográficos, clínicos, endoscópicos e histológicos pré e póstratamento. Resultados: 27 pacientes (74,1% meninos), com média de idade (+/- desvio-padrão) de 8 anos (+/-4) foram incluídos. Dezenove pacientes (70,3%) foram considerados respondedores a IBP: Seis pacientes – 22,2% – apresentaram resposta completa (menor ou igual a 5 eos/cga) e 13 – 48,1% – resposta parcial (entre 5 e 15 eos/cga). Comparando os grupos respondedor e não respondedor, o único sintoma com diferença estatística foi a recusa alimentar, sendo mais prevalente no grupo não respondedor (87,5% vs 26,3%, P=0.008). Não houve diferença estatistica na história de atopia e nos escores endoscópicos. Ao comparar os achados histológicos dos dois grupos na endoscopia pós-tratamento, os respondedores a IBP mostraram maior tendência a reduzir a hiperplasia da célula basal (p=0,06) e edema intercelular (p=0,08). Conclusões: Nesta população de crianças e adolescentes com EoE no sul do Brasil, a maioria dos pacientes apresentou altas taxas de resposta histológica, endoscópica e clínica ao tratamento com IBPItem Complicações de procedimentos endoscópicos realizados em pacientes pediátricos(2024-03-19) Barreto, Maria Helena Miranda; Ferreira, Cristina Helena Targa; Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao AdolescenteIntrodução: A endoscopia digestiva alta (EDA) em pediatria é segura, sendo a taxa de eventos adversos baixa. A maioria das complicações é pequena, autolimitada e não necessita intervenção. Existem poucos estudos no Brasil e no mundo. Avaliar as complicações da endoscopia na população pediátrica pode trazer benefícios para o manejo clínico e auxiliar a preveni-las. Objetivos: Avaliar as complicações endoscópicas mais comuns em um centro de referência, avaliando o perfil do paciente e comparando a ocorrência de eventos adversos entre procedimentos diagnósticos e terapêuticos e até 72 horas pós-procedimento. Métodos: Estudo pediátrico, prospectivo, para avaliar complicações endoscópicas imediatas e até 72 horas pós-procedimento, durante um período de 8 meses . Foi aplicado questionário e contato telefônico. As complicações foram divididas em anestésicas e endoscópicas propriamente , maiores, quando necessitassem intervenção ou avaliação médica e menores, quando as queixas não resultassem em busca por atendimento médico. Resultados: Foram realizados 317 exames endoscópicos em 297 pacientes, sendo 278 endoscopias diagnósticas (87,7%) e 39 terapêuticas (12,3%). Dos pacientes que foram submetidos à EDA diagnóstica, 149 eram meninos (50,2%), com média de idade de 8,8 anos (± 4,7); 86,9% de cor branca e 76,8% não apresentavam doenças crônicas. 233(73,5%) exames foram realizados por residente em gastroenterologia pediátrica; 99,1% anestesias por anestesista pediátrico. Com relação às complicações relacionadas à anestesia, a mais encontrada foi dessaturação (9 pacientes). Com relação às complicações endoscópicas, não houve nenhuma complicação maior. Todas as complicações foram menores. Das 278 endoscopias diagnósticas, 75 (27%) tiveram complicações. As complicações mais frequentes foram dor de garganta (16,5%), dor abdominal (5,4%), odinofagia (2,9%), náuseas (2,2%), rouquidão (1,1%), distensão abdominal (1,1%), vômitos (0,7%) e trauma emocional (0,4%). Dos exames terapêuticos, 17 complicaram (43,6%), sendo a complicação mais encontrada dor de garganta (20,5%). Conclusões: Não ocorreram complicações maiores. As complicações relatadas foram todas menores, igual ao que é demonstrado na literatura, sendo dor de garganta e dor abdominal as complicações mais comuns.