Avaliação da Resposta aos Inibidores de Bomba de Prótons em Pacientes Pediátricos com Esofagite Eosinofílica

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Data
2024-02-06
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Resumo
Introdução: Esofagite eosinofílica (EoE) é uma entidade recentemente reconhecida, na qual evidências substanciais documentaram que os inibidores de bomba de prótons (IBPs) reduzem a eosinofilia esofágica em crianças, adolescentes e adultos, com vários mecanismos que potencialmente explicam o efeito do tratamento. No Brasil, desconhecemos estudos que avaliem prospectivamente as taxas de resposta clínica e terapêutica. Objetivo: Determinar prospectivamente a resposta clínica e terapêutica dos IBPs em pacientes pediátricos com EoE em um centro no sul do Brasil. Material e métodos: Ensaio clínico, prospectivo, aberto, conduzido em um hospital pediátrico no sul do Brasil. Pacientes com diagnóstico de EoE receberam tratamento com esomeprazol/omeprazol na dose de 1mg/kg/dose duas vezes ao dia, por 8 a 12 semanas, quando foi repetida a endoscopia com biópsias. Foram considerados respondedores a IBP os pacientes que apresentaram biópsias esofágicas com 15 ou menos eosinófilos por campo de grande aumento (cga). Foram analisados e comparados dados demográficos, clínicos, endoscópicos e histológicos pré e póstratamento. Resultados: 27 pacientes (74,1% meninos), com média de idade (+/- desvio-padrão) de 8 anos (+/-4) foram incluídos. Dezenove pacientes (70,3%) foram considerados respondedores a IBP: Seis pacientes – 22,2% – apresentaram resposta completa (menor ou igual a 5 eos/cga) e 13 – 48,1% – resposta parcial (entre 5 e 15 eos/cga). Comparando os grupos respondedor e não respondedor, o único sintoma com diferença estatística foi a recusa alimentar, sendo mais prevalente no grupo não respondedor (87,5% vs 26,3%, P=0.008). Não houve diferença estatistica na história de atopia e nos escores endoscópicos. Ao comparar os achados histológicos dos dois grupos na endoscopia pós-tratamento, os respondedores a IBP mostraram maior tendência a reduzir a hiperplasia da célula basal (p=0,06) e edema intercelular (p=0,08). Conclusões: Nesta população de crianças e adolescentes com EoE no sul do Brasil, a maioria dos pacientes apresentou altas taxas de resposta histológica, endoscópica e clínica ao tratamento com IBP
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Pediatria, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Palavras-chave
Esofagite eosinofílica , Pediatria , Inibidores da Bomba de Prótons , Eosinophilic Esophagitis, Pediatrics, Proton Pump Inhibitors
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