Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde por Autor "Câmara, Sheila Gonçalves"
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Item Automutilação da adolescência: preditores sociodemográficos, contextuais e socioemocionais(2023-10-02) Marx, Vivian; Câmara, Sheila GonçalvesA adolescência é permeada por intensas vivências, algumas saudáveis e outras potencialmente prejudiciais à saúde. Nesta etapa do desenvolvimento, tornam-se frequentes que os adolescentes se envolvam em alguns comportamentos de risco, dentre estes, encontram-se os comportamentos de automutilação. O desenvolvimento de comportamentos de risco em adolescentes pode ser influenciado por diferentes fatores, tais como, clima familiar, estilos parentais, características comunitárias, habilidades sociais,desenvolvimento positivo na adolescência e bem-estar multidimensional. Todos estes contextos, devem ser avaliados e relacionados para que se possa melhor compreender o surgimento de comportamentos de automutilação na adolescência. Sendo assim, o objetivo geral desta pesquisa foi identificar os preditores de comportamentos de automutilação entre adolescentes escolares do Sul do Brasil em termos de clima familiar, recursos desenvolvimentais da comunidade, assertividade, sentimentos relativos ao período de isolamento social pela pandemia COVID-19, desenvolvimento positivo na adolescência e bem-estar multidimensional. O estudo, de base escolar, foi realizado com 303 adolescentes, de 10 a 19 anos, alunos de turmas do 6º, 7º, 8º, 9º e turmas de Avança, de escolas municipais dos municípios de Pareci Novo, Bom Princípio e Tupandi/RS. Os instrumentos utilizados foram divididos em quatro blocos: Automutilação, Dados sociodemográficos, Variáveis de contextos de vida e Aspectos socioemocionais. A pesquisa ocorreu mediante anuência das três Secretarias Municipais de Educação dos Municípios de Pareci Novo, Bom Princípio e Tupandi/RS e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFCSPA. A coleta de dados foi realizada em grupos, nas dependências das escolas, com autorização dos responsáveis por cada escola, mediante assentimento dos participantes e assinatura pelos responsáveis do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram realizadas análises bivariadas entre a variável dependente (automutilação) e as variáveis em estudo, e análises de regressão linear. Os resultados mostraram que 188 adolescentes apresentaram pelo menos um dos comportamentos de automutilação. Os resultados apontaram como fatores de proteção para a automutilação: apego a comunidade, em termos do desenvolvimento positivo, maior conexão e confiança. Adolescentes do sexo feminino e homossexuais estão mais sujeitos à automutilaçãoItem Dimensões psicossociais do aborto no Brasil: análise das representações médicas e do estigma em nível comunitário(2023) Bento, Marília Netz; Stenzel, Lucia Marques; Câmara, Sheila GonçalvesEsta dissertação apresenta dois estudos relacionados ao tema do aborto a partir de suas dimensões psicossociais. O primeiro estudo analisa como o aborto é representado nos registros públicos dos últimos 20 anos do Conselho Federal de Medicina (CFM), identificando quatro categorias: Aborto Legal, Bioética, Epidemiologia/Assistência e Criminalização/Descriminalização do Aborto. Os resultados indicam tensões entre discursos favoráveis e contrários à descriminalização do aborto, com predomínio de apoio à segurança legal do médico em detrimento dos direitos sexuais e reprodutivos femininos. É recomendada maior conscientização da categoria médica na comunicação de informações sobre o aborto, considerando sua responsabilidade com um atendimento integral e humanizado à mulher. O segundo estudo trata do estigma relacionado ao aborto. Em países com legislações mais restritivas, como o Brasil, a falta de legalização é uma das principais causas do estigma social em relação às mulheres que abortam. A pesquisa teve como objetivos traduzir e adaptar a Community-Level Abortion Stigma Scale (CLASS) ao contexto brasileiro e avaliar suas evidências de validade e confiabilidade. Participaram 256 sujeitos, entre 18 e 73 anos, que responderam a um questionário online entre abril e novembro de 2022. A Análise Fatorial Confirmatória resultou em um modelo composto por 18 itens e quatro fatores: Segredo, Discriminação/Estereotipagem, Autonomia e Religião, com propriedades psicométricas adequadas para o estudo do estigma relacionado ao aborto no Brasil. Ambos os estudos abordaram diferentes aspectos psicossociais da temática do aborto, evidenciando sua complexidade e destacando a importância de considerar fatores sociais, culturais e políticos no atendimento em saúde às mulheres em situação de abortamento, visando minimizar os impactos negativos das representações estigmatizantes.Item Fatalismo Social como mediador da relação entre riscos psicossociais no trabalho e bem-estar psicológico entre trabalhadores da Atenção Básica do município de Porto Alegre/RS(2018) Campani, Filipe; Câmara, Sheila GonçalvesEstudos sobre a saúde dos profissionais que atuam na atenção básica (AB) ainda são reduzidos em número. Além disso, os trabalhos catalogados não abordam de forma coesa as relações entre condições laborais e a prevalência de agravos físicos e psicossociais. Essa lacuna fica ainda mais evidente quando se verifica a inexistência de estudos que abordem as relações entre Fatalismo Social (FS) e Bem-Estar Psicológico (BEP) na realidade brasileira. Assim, visando a colaborar com o desenvolvimento do arcabouço teórico sobre a saúde do trabalhador da atenção básica em saúde, esta dissertação voltou-se para o estudo do FS em relação a riscos psicossociais no trabalho e comportamento violento por parte dos usuários e seu BEP. Em termos de forma, esta dissertação está organizada em: 1) introdução geral ao tema de estudo e objetivos; 2) artigos empíricos; e, 3) conclusões finais. O primeiro artigo descreve o processo de tradução, adaptação e análise das evidências de validade para o contexto brasileiro da Escala de Fatalismo Social. O estudo contou com 213 participantes de ambos os sexos, com idades variando entre 18 e 77 anos. Após tradução e retrotradução, a versão da escala foi avaliada por juízes com expertise em psicologia social e indivíduos pertencentes à população em estudo, seguindo os critérios de adaptação transcultural de instrumentos. A versão final foi aplicada aos participantes de cinco regiões do Brasil, contatados por redes sociais e pessoais dos pesquisadores, por meio da plataforma digital SurveyMonkey. O modelo da escala original, de quatro fatores, foi analisado mediante análise fatorial confirmatória, a qual apontou índices de adequação do modelo brasileiro considerados satisfatórios: TLI = 0,97; CFI = 0,97; RMSEA = 0,07 (I.C. = 0,05–0,08). A consistência interna foi também satisfatória, tanto para a escala total (α = 0,83), quanto para as dimensões de predeterminação (α= 0,90), ausência de controle (α= 0,68), pessimismo (α= 0,76) e presentismo (α= 0,78). O propósito do segundo artigo foi de avaliar o papel mediador do FS entre o BEP e os riscos psicossociais no trabalho, incluindo comportamentos violentos por parte dos usuários. O estudo, observacional analítico do tipo transversal, teve como participantes 244 trabalhadores da AB dos oito distritos sanitários do município. Destes, 91,8% eram do sexo feminino, com idades entre 25 e 64 anos (M=40,8; DP=9,6). Utilizou-se para a coleta de dados os intrumentos: dados gerais; dados sociodemográficos; Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB); Questionário sobre a atuação na atenção básica; Escala de Fatalismo Social (EFS); Healthcare-worker’s Aggresive Behaviour Scale-Users-Primary Health Care (HABS-U-PHC); Bateria de riscos psicossociais no trabalho (UNIPSICO) e o Questionário de Saúde Geral - 12 itens (QSG-12). Utilizou-se análise de mediação entre as variáveis independentes riscos psicossociais no trabalho e comportamentos violentos por parte dos usuários, a variável dependente BEP e a variável mediadora FS. Os resultados indicaram que os riscos psicossociais no trabalho, de ordem relacional, e os comportamentos violentos por parte dos usuários afetam o BEP dos trabalhadores da AB, assim como contribuem para um incremento no FS. Este, por sua vez, incide de forma negativa no BEP dos trabalhadores, de forma parcial. As dificuldades nas relações de trabalho são preponderantes no que tange ao impacto negativo sobre o BEP dos trabalhadores da AB, tendo o FS como mediador. Entre as mais diversas dificuldades e carências presentes no cotidiano dos trabalhadores da AB em Porto Alegre, as relacionais adquirem importância em sua conexão com FS e BEP. Muitos dos conflitos relacionais têm sua origem, justamente, na impotência dos profissionais em exercer sua atividade laboral. Considera-se que os achados do estudo podem contribuir para estratégias de gestão que contemplem o tema de forma contextualizada. Os resultados serão devolvidos à Secretaria Municipal de Saúde do município.Item Inserção social na cidade, percepção de qualidade do bairro e senso de comunidade como preditores de bem-estar pessoal entre adolescentes escolares de Porto Alegre, RS(2018) Hanke, Elisa Souza; Câmara, Sheila GonçalvesEsta dissertação está organizada em duas partes. A primeira introduz o referencial sobre bem-estar pessoal na adolescência, bem como os construtos de senso de comunidade, inserção social à cidade e percepção de qualidade do bairro entre nessa população. Trata-se de uma introdução e uma revisão de literatura sobre as temáticas em estudo. A segunda parte consiste na apresentação do artigo empírico escrito a partir dos dados coletados. O objetivo do estudo empírico foi avaliar a inserção social na cidade, a percepção de qualidade do bairro de residência e o senso de comunidade entre adolescentes escolares e sua contribuição para o bem-estar pessoal dessa população. Consiste em um estudo de base escolar, observacional, analítico, com corte transversal, no município de Porto Alegre/RS. A amostra constituiu-se de 119 adolescentes escolares do oitavo ano do ensino fundamental, matriculados na rede pública estadual de Porto Alegre/RS, em 2017. Desses, 58,8% eram do sexo masculino. A idade variou de 12 a 17 anos (M=14,15; DP=1,03) e 50,9% se autodeclararam como brancos. Quanto ao nível de ensino dos pais a média foi de ensino médio incompleto tanto para as mães (M=4,18; DP=1,50) quanto para os pais (M=3,99; DP=1,58). Em termos da classificação econômica, 44% pertenciam à classe B, 40,5% à classe C e 15,5% à classe A. Como instrumentos foram utilizados: Inquérito de dados sociodemográficos; Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB); Escala de Inserção Social à Cidade para Adolescentes (ISCA); Índice de Senso de Comunidade (SCI); Escala de Percepção de Qualidade do Bairro (PQBA) e dimensão de Bem-estar pessoal positivo da Escala Eudemon de Bem-Estar Pessoal (EBP). Os dados foram analisados mediante análise descritiva para caracterização da amostra e das médias dos participantes nos instrumentos em estudo; análise bivariada (correlação de Pearson) para avaliar a relação entre as variáveis em estudo; e análise multivariada (regressão linear múltipla - ARLM), método stepwise, para identificar os preditores de bem-estar pessoal positivo. Foram conduzidas duas ARLM. Na primeira foram considerados como preditores os índices gerais das escalas ISCA, SCI e PQBA. Na segunda, os preditores avaliados foram as dimensões das três escalas que obtiveram p≤0,20 na análise de correlação (SCI-vínculo positivo com a comunidade, ISCA-Acesso, ISCA-Cordialidade PQBA- Esporte e lazer, PQBA-Locomoção e PQBA-Segurança). A magnitude do efeito de ambos os modelos foi média (variação de R2 =0,227 a R2 =0,261). O primeiro modelo identificado demonstrou a contribuição dos três construtos avaliados, sendo que o senso de comunidade (ß=0,241) foi a variável de maior peso, em termos de importância relativa estandartizada. Os resultados indicaram que quanto mais positivo o senso de comunidade e a percepção de qualidade do bairro, bem como a maior inserção social à cidade, maior o bem-estar pessoal positivo dos adolescentes. O segundo modelo ficou composto pelas variáveis SCI-vínculo positivo com a comunidade, ISCA-acesso e PQBA-segurança, com maior peso da variável SCI-vínculo positivo com a comunidade (ß=0,316). Verificou-se que quanto mais positivo o vínculo com a comunidade, maior o acesso cidade e mais positiva a percepção de segurança no bairro de residência, maior o bem-estar pessoal positivo. Os dados do estudo demonstram que a cidade, o bairro e o senso de comunidade contribuem para o bem-estar pessoal na adolescência. Além disso, indicam que a participação social dos adolescentes pode contribuir para um presente mais saudável, da mesma forma que um futuro mais promissor para a população brasileira. Sugerem-se outros estudos quantitativos, com amostras maiores, por conglomerados em termos de bairros e cidades, para verificar a estabilidade dos modelos identificados. Da mesma forma, são importantes estudos qualitativos que permitam um maior aprofundamento acerca dos fatores socioambientais e sua repercussão no bem-estar pessoal de adolescentes.Item Prevalência e fatores associados à automutilação não suicida entre adolescentes da rede pública municipal de Montenegro/RS(2019) Mühlen, Mara Cristiane von; Câmara, Sheila GonçalvesO surgimento e a crescente prevalência conhecida da automutilação não suicida, seja em contextos clínicos ou não clínicos - é, em parte, um fenômeno de desenvolvimento. Aspectos do comportamento (por exemplo, redução imediata do estresse), o indivíduo (por exemplo , dificuldades que regulam a emoção e o enfrentamento do estresse) e o ambiente (por exemplo, reforço social) durante esse período de desenvolvimento resultaram em sua disseminação. Vários estudos constataram a co-ocorrência entre lesões de automutilação e outras variáveis de interesse, como abusos na infância, relacionamento familiar não satisfatório, estratégias de coping mal-adaptativas e estresse interpessoal. A automutilação não suicida tem atingido altas prevalências em diversos países do mundo, associadas a diversos fatores psicossociais, tornando-a um tema de importância para a saúde pública em âmbito mundial. Esta dissertação aborda o tema mediante dois estudos: (1) busca sistemática da literatura internacional que apresenta uma visão ampla sobre prevalências e fatores associados à automutilação não suicida entre adolescentes de amostras comunitárias, conduzida no mês de abril de 2019, na Web of Science, PsycInfo, Academic Research Complete, Medline Complete e Pubmed, utilizando-se a combinação “nonsuicidal self-injury and adolescents”. Artigos em inglês publicados entre março de 2009 e março de 2019 foram analisados com base em critérios de inclusão/exclusão definidos a priori. Foram selecionados 20 estudos transversais (prevalências de 6,13 a 31,3%) e 20 estudos longitudinais (prevalências de 5,16 a 41,6%, em T1; e, de 5,13 a 46,6%, em T final), sendo os fatores associados classificados em sociodemográficos, individuais e de manejo de problemas e de emoções, psicossociais relacionais e, disposicionais. E, (2) pesquisa empírica, de base escolar, no município de Montenegro, RS, que investigou prevalência de automutilação não suicida e a contribuição de variáveis sociodemográficas (sexo, idade, raça/cor, escolaridade dos pais, religião, prática da religião e classificação econômica); variáveis individuais e de manejo emoções e de problemas (estratégias de coping e de regulação emocional; variáveis psicossociais relacionais (comunicação com pessoas de referência, estresse interpessoal, maus-tratos e habilidades sociais interpessoais); e variáveis disposicionais (Transtornos mentais comuns e afetos positivos e negativos). A pesquisa foi realizada com adolescentes escolares do quinto ao nono ano do ensino fundamental, matriculados na rede pública municipal (n=878). Foram utilizados: Inquérito sociodemográfico; Critério de Classificação Econômica Brasil; Escala de automutilação não suicida; Questões sobre ideação, planejamento e tentativa de suicídio; General Health Questionnaire – 12 itens; Escala Brasileira de Coping para Adolescentes (versão revisada); Escala de Afetos Positivos e Negativos; Trait meta- mood scale-24; Facilidade de comunicação com as pessoas; Escala de estresse interpessoal; Questionário sobre Traumas na Infância ; e, Escala de habilidades sociais interpessoais. A análise de regressão logística hierárquica demonstrou que apresentam mais chances de automutilação não suicida adolescentes de 13 a 17 anos, de classificação econômica A e B, com ausência de prática religiosa, pouca clareza e pouca reparação emocional, com maior dificuldade na comunicação com pessoas de referência, maior estresse interpessoal, presença de Transtornos mentais comuns e maior experiência de afetos negativos. O estudo visa a subsidiar futuras ações de prevenção e promoção da saúde nessa população.Item Síndrome de Burnout em profissionais da Atenção Primária em Saúde na 29a Região de Saúde do Rio Grande do Sul durante a Pandemia da COVID-19(2023) Sant’ Ana, Álvaro Camargo; Câmara, Sheila Gonçalves; Programa de Pós-Graduação em Psicologia e SaúdeO surgimento da pandemia pela COVID-19 em 2019 ocasionou uma série de mudanças na vida cotidiana ao redor do mundo, incidindo nas mais diversas áreas da atividade humana. O cenário global que foi se configurando teve importantes impactos sociais e econômicos. Um enorme contingente de profissionais e trabalhadores de saúde estiveram envolvidos no combate à COVID-19, especialmente os que atuam na linha de frente. Esses foram submetidos +, o que pôde desencadear, entre outros agravos, a Síndrome de Burnout (SB). Porém, os fatores protetivos, como recursos pessoais e do trabalho, amenizam o surgimento e/ou o agravamento da síndrome. A SB é conceituada como uma resposta crônica aos estressores interpessoais ocorridos na situação de trabalho que apresenta características como exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional, sendo um fenômeno psicossocial. A pesquisa objetivou estudar a síndrome de Burnout e a relação com as demandas do trabalho e os recursos pessoais e laborais entre trabalhadores da atenção básica em saúde da 29a Região de Saúde do Rio Grande do Sul durante o período pandêmico. A coleta de dados foi online, pela plataforma Google Forms, com tempo estimado de 40 minutos para as respostas. A pesquisa seguiu as conformidades das resoluções 466/2012 e 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, que visam assegurar os direitos e deveres aos sujeitos da pesquisa. Participaram desta pesquisa de delineamento observacional, analítico, de corte transversal, 290 trabalhadores, de 25 municípios, o que representou uma perda de 2,3 %. Destes, a maioria (85,2 %) era do sexo feminino, com idade média de 37,8 (DP=9,17) anos. Foram avaliados dados sociodemográficos; dados sobre o trabalho; alterações no trabalho durante a pandemia da COVID-19; Questionário Psicossocial de Copenhague I (COPSOQ I); Escala de Autoeficácia Geral Percebida; Questionário de Saúde Geral (QSG-12) e Cuestionario para la Evaluación del Síndrome de Quemarse por el Trabajo (CESQT). Os dados foram avaliados mediante análises de regressão linear múltipla. Os resultados apontaram como preditores das dimensões de Burnout tanto fatores de risco como de proteção. As variáveis mais importantes em cada dimensão foram: autoeficácia no trabalho para desilusão, falta de vitalidade no trabalho para desgaste psíquico, sintomas depressivos para indolência e sentido do trabalho para culpa. O impacto da pandemia de COVID só se constituiu em preditor da dimensão de desilusão. É fundamental pensar a atuação em emergências e desastres, bem como a importância da criação de protocolos para o desenvolvimento e atuação de cada profissional, não somente na atenção primária, mas também na atenção secundária e terciária da saúde. Identificou-se a presença de SB em 11,7% dos profissionais da atenção básica em saúde na 29a região de saúde do Rio Grande do Sul.