PPGPAT - Dissertações
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Navegando PPGPAT - Dissertações por Autor "Alves, Rafael José Vargas"
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Item Apendicite aguda e suas complicações: um estudo transversal dos efeitos da Covid-19 em um hospital terciário do Sul do Brasil.(2024-08-30) Gonçales, Tierre Aguiar; Bica, Claudia Giuliano; Alves, Rafael José Vargas; Programa de Pós-Graduação em PatologiaIntrodução: A inédita crise causada pela pandemia de Covid-19 sobrecarregou ainda mais o sistema de saúde brasileiro, especialmente às emergências. Pacientes podem ter retardado a procura por atendimento, mesmo apresentando dor abdominal cirúrgica. A demora na abordagem cirúrgica da apendicite pode ter impactado na evolução dessa patologia e aumentado a morbimortalidade. Objetivos: Avaliar as apendicectomias realizadas pelo SUS e suas complicações durante o primeiro ano da pandemia de Covid-19 em um hospital terciário do sul do Brasil. Material e Métodos: Estudo transversal de base hospitalar, que incluiu pacientes adultos apendicectomizados do sistema público de saúde em um hospital terciário do sul do Brasil entre março de 2019 e abril de 2021 (n=162). As coortes pré- pandemia (n=78) e pandemia (n=84) foram divididas conforme a data da cirurgia. As variáveis analisadas foram tempo de internação, internação em UTI, via de acesso cirúrgico, resultado anatomopatológico, testagem para Covid-19, desfecho e sobrevida em 30 dias. Resultados: As coortes tiveram semelhante epidemiologia, sendo mantida a proporção entre os sexos e a média de idade. Em relação ao grau de doença relacionado à anatomopatologia e o tipo de acesso cirúrgico, sobrevida em 30 dias e desfechos clínicos, não houve diferença estatística. Quatro pacientes foram para UTI, desses, 3 são da coorte pandemia e não positivaram para Covid-19. Somente 47,6% dos pacientes da coorte pandemia coletaram PCR de Covid- 19. Desses, um positivou (2,5%). Conclusão: Este estudo é pioneiro no Brasil, demonstra não haver aumento do risco para cirurgias de apendicite associado à primeira onda da pandemia. As apendicectomias foram seguras nesse período. As razões para tal podem estar relacionadas, uma vez que, mesmo com imposições de restrições e orientações sanitárias, os pacientes com dor abdominal cirúrgica não hesitaram em ir às emergências. Os resultados semelhantes observados nas coortes são atribuídos à prontidão das equipes de saúde e à disponibilidade de equipamentos médico cirúrgicos em quantidades seguras.Item Impactos da pandemia de COVID-19 no Estadiamento Clínico e na vivência de mulheres com Câncer de Mama(2023-05-12) Fritsch, Thais Zilles; Bica, Claudia Giuliano; Alves, Rafael José Vargas; Programa de Pós-Graduação em PatologiaIntrodução: Um grande impacto na saúde pública foi evidenciado pela diminuição na procura por mamografias de rastreamento, com consequente efeito no diagnóstico precoce do câncer de mama logo nos primeiros meses de pandemia. Objetivo: Analisar o impacto da pandemia de COVID-19 no diagnóstico clínico de mulheres com câncer de mama e explorar o enfrentamento do câncer. Material e Métodos: Trata-se de um estudo misto retrospectivo transversal e exploratório com análise de conteúdo realizado em duas etapas no Hospital Santa Rita de Porto Alegre. A primeira realizada com banco de dados de procedimentos cirúrgicos da mama no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2020. Em seguida, realizou-se entrevistas com 10 pacientes diagnosticadas em 2020 com estadiamento clínico avançado. Resultados: Foram avaliados 1.733 procedimentos entre os anos de 2019 e 2020. Dentre esses, 491 (49,2%) diagnosticaram câncer de mama em 2019 e 335 (45,5%) em 2020. Quando comparamos os anos de 2019 e 2020 não encontramos diferença significativa no estadiamento clínico ou no fenótipo tumoral. No entanto, observamos diferença na frequência de Histologias Lobulares, Grau histológico 2 e da neoadjuvancia como escolha de primeiro tratamento para o ano pandêmico. Das 52 mulheres elegíveis para as entrevistas, 10 foram entrevistadas, as quais relataram desafios e mudanças nas rotinas e fluxos hospitalares desde o diagnóstico até o tratamento. A principal preocupação permeou o medo da morte pela infecção de COVID-19, e deste modo, os cuidados durante o tratamento foram ainda mais intensificados. Conclusão: Na comparação pré e pandemia não evidenciamos diferença significativa no estadiamento clínico. Apesar da instabilidade mundial gerada pela pandemia, as mulheres sobreviveram e enfrentaram o câncer respeitando e se adequando em cada processo, sem serem infectadas pelo vírus. Mostrando, assim, o sucesso da equipe na prevenção de riscos e do esforço das pacientes e de seus familiares na manutenção da saúde mesmo em momentos de desafios para que o atendimento a paciente com câncer de mama seja mais efetivo.Item Resposta Patológica Completa e Razão Neutrófilo-Linfócito em câncer de mama: uma análise retrospectiva no cenário neoadjuvante(2023-09-21) Bonetti, Giovana Diniz de Oliveira; Bica, Claudia Giuliano; Alves, Rafael José VargasIntrodução: O atual cenário do câncer de mama demanda novas soluções para diagnóstico e acompanhamento. A Razão Neutrófilo-Linfócito (RNL) tem sido estudada como um biomarcador para predição de prognóstico em tumores sólidos. Devido à facilidade de obtenção desses valores a partir de um hemograma, a RNL pode ser uma útil ferramenta na conduta clínica. Objetivos: Analisar a relação entre a RNL e a Resposta Patológica Completa (RPC) em pacientes com câncer de mama ductal, submetidas à quimioterapia neoadjuvante e cirurgia entre 2017 e 2019 na instituição hospitalar de referência (n=1.230). Material e Métodos: Foi realizado um estudo transversal retrospectivo com dados provenientes de registros médicos e resultados laboratoriais. Com a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, obtivemos uma amostra final de 114 pacientes. Resultados: A área sob a curva (ROC) não apresentou área estatisticamente significativa (AUC=0,546), com IC95%=0,417-0,676. Não foi possível observar relação entre RNL e RPC (p=0,631), de forma que RNL não se comporta como um bom biomarcador de RPC nessa população. Com relação ao padrão de RNL para os diferentes subtipos histológicos, não foi encontrada alteração estatisticamente significativa entre os subtipos (p=0,929). Conclusão: A RNL não se comportou como um bom biomarcador de RPC nessa população, no entanto, nossos resultados abrem a possibilidade de futuros estudos sobre os subtipos histológicos e sua relação com RNL e RPC, considerando a heterogeneidade do câncer de mama