Papel da suplementação com selênio no tratamento da esteatose hepática causada por frutose no Peixe-Zebra (Danio rerio)
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Data
2023-10-02
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Editor Literário
Resumo
Introdução: A frutose é um açúcar simples, de ocorrência natural,
metabolizada principalmente pelo fígado e possui potencial lipogênico. Tem sido
amplamente utilizada na indústria alimentícia ligado à glicose para formar sacarose,
contida em alimentos altamente processados e bebidas hipercalóricas. O selênio é
um micronutriente essencial com potencial antioxidante e anti-inflamatório importante
na nutrição humana e essencial em muitas funções biológicas. De grande importância,
determina a expressão de selenoproteínas e desempenha um papel fundamental na
regulação do nível de espécies reativas de oxigênio (ERO) podendo reduzir o estresse
oxidativo e prevenir a lesão hepática. Objetivo: Avaliar o potencial protetor e/ou
redutor do selênio na esteatose hepática de peixes-zebra expostos à frutose.
Materiais e Métodos: Estudo experimental conduzido em peixe-zebra (Danio rerio),
de ambos os sexos, em quatro grupos: controle (C) – sem suplementação de selênio
e sem indução de esteatose; frutose (F) – sem suplementação de selênio e com
indução de esteatose; selênio (SE2) - com suplementação de selênio e sem indução
de esteatose e frutose-selênio (F-SE2) - com suplementação de selênio e com
indução de esteatose. A esteatose foi induzida por exposição à frutose 2% realizada
por 45 dias consecutivos após 15 dias do início da dieta suplementada ou não com
selênio 2μg/g, totalizando 60 dias de experimento. No dia 61, animais foram
eutanasiados, pesados e medidos individualmente e após foi realizada a coleta dos
tecidos. Análise histológica: 5 fígados para cada tipo de análise (Hematoxilina &
Eosina e Oil Red), de cada grupo. Expressão gênica: 6 amostras (pool de 5 fígados
por amostra). Resultados: Expressos em média e desvio padrão para variáveis
quantitativas simétricas e mediana e intervalo interquartílico (IQR) das variáveis
quantitativas assimétricas. Não houve diferença significativa no peso (C: 0,068±0,109;
F: 0,078±0,097; SE: 0,132±0,116; F-SE: 0,087±0,116). Houve diferença significativa
no IMC (C: 0,0428±0,01027; F: 0,0474±0,00843; SE:0,0548±0,00960; F-SE:
0,0469±0,00850 p<0,001). Foi observado acúmulo de lipídeos nos hepatócitos do
grupo frutose (p=0,018) quando comparados ao controle, sem melhora significativa
quando suplementado com selênio. Não foram observadas diferenças significativas
para expressão gênica de SEPP1 e GPx1 (p=0,311 e p=0,064 respectivamente).
Conclusões: A suplementação de selênio 2μg/g por período de 45 dias, não foi
efetiva para proteção da esteatose causada por frutose em peixe-zebra.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Pediatria, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Proteínas de Peixe-Zebra, Frutose, Fatty Liver, Selenium, [en] Zebrafish Proteins, [en] Fructose, [en] Fatty Liver, [en] Selênio