Avaliação da disponibilidade energética em praticantes de crossfit®
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Data
2023-12-12
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Editora
Editor Literário
Resumo
OBJETIVO: Avaliar a disponibilidade energética de praticantes de CrossFit®.
MÉTODOS: Estudo transversal com praticantes de CrossFit® na cidade de Porto
Alegre, RS, Brasil. A amostra foi recrutada por conveniência, de forma nãoaleatória, e a coleta de dados ocorreu entre maio e setembro de 2022. Foram
incluídos homens e mulheres maiores de 18 anos, que praticassem CrossFit® há
pelo menos 3 meses, com frequência mínima de três treinos/semana. Foram
avaliados (a) o consumo alimentar (valor energético total (VET), kcal), através
de registro alimentar de três dias, calculado no software Dietbox®; (b) a
composição corporal (massa magra (MM), kg), através de bioimpedância
elétrica; e (c) o gasto energético com exercício (GEE), a partir da média de 3
sessões de treino, considerando duas faixas de intensidade dos equivalentes
metabólicos (MET). A disponibilidade energética (DE), para cada faixa de
intensidade, foi calculada subtraindo o gasto energético com exercício (GEE;
kcal) do valor energético total (kcal), e então dividindo o valor obtido pela massa
magra (MM; kg). Valores abaixo de 30 kcal/kg MM foram considerados como
baixa disponibilidade energética, valores entre 30 e 45 kcal/kg MM
disponibilidade energética insuficiente, e valores acima de 45 kcal/kg MM
disponibilidade energética adequada. RESULTADOS: Foram incluídos 19
homens (33,1 ± 8,6 anos; 83,7 ± 11,2 kg, 176,6 ± 7,8 cm, duração de 40 ± 2,3
min/treino, e GEE entre 222,8 ± 26,5 e 350,3 ± 41,8 kcal/treino) e 26 mulheres
(32,2 ± 7,6 anos; 68,3 ± 11,8 kg; 163,6 ± 5,6 cm, duração de 39 ± 1,4 min/treino,
e GEE entre 177,9 ± 27,0 e 280,2 ± 43,0 kcal/treino) praticantes de CrossFit®. A
prevalência de baixa DE foi de 8,9% do total da amostra (3,9% mulheres e 15,8%
homens) quando considerada a menor faixa de intensidade de exercício.
Quando foi considerada maior intensidade do exercício, e maior o GEE, a
prevalência de baixa DE foi 28,9% da amostra total (23,1% mulheres e 36,8%
homens). A prevalência de DE insuficiente foi 71,1% da amostra total (76,9%
mulheres e 63,2% homens) quando o cálculo de GEE utilizou valores inferiores
de MET, e 57,8% da amostra total (65,4% mulheres e 47,4% homens) quando o
cálculo do GEE foi baseado em valores de MET mais elevados. A prevalência
de disponibilidade energética adequada foi 20% da amostra total (19,2%
mulheres e 21,0% homens) quando o cálculo de GEE utilizou valores inferiores
de MET, e 13,3% da amostra total (11,5% mulheres e 15,8% homens) quando o
cálculo do GEE foi baseado em valores de MET mais elevados. CONCLUSÃO:
A maior parte da amostra possuía disponibilidade energética insuficiente ou
baixa, o que a médio prazo pode estar associado com maior índice de lesões,
perda significativa de desempenho esportivo, alterações imunológicas, dentre
outras.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Palavras-chave
Metabolismo Energético, Exercício Físico, Consumo Alimentar, [en] Energy Metabolism, [en] Exercise, [en] Eating