PPGHEP - Teses
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Navegando PPGHEP - Teses por Assunto "[en] Liver Transplantation"
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Item Síndrome metabólica pós-transplante hepático: prevalência e fatores associados(2014) Bassani, Lilian; Marroni, Cláudio Augusto; Raimundo, Fabiana ViegasIntrodução: A utilização do transplante hepático como ferramenta terapêutica para pacientes com cirrose descompensada proporcionou o crescimento das taxas de sobrevida. No entanto, um acréscimo substancial de comorbidades, entre elas a Síndrome Metabólica pósTransplante Hepático (SMPTH) tem sido relatada. A identificação da prevalência de SMPTH e dos fatores de risco relacionados ao seu desenvolvimento torna-se relevante para um melhor direcionamento das terapias de prevenção e ou tratamento. Objetivos: Identificar a prevalência de Síndrome Metabólica (SM) e de alterações metabólicas nos pacientes submetidos ao Transplante Ortotópico de Fígado (TOF), além de estabelecer associação destas alterações com os inibidores da calcineurina. Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo realizado a partir da revisão de prontuários de pacientes submetidos ao TOF – por diferentes etiologias - no Complexo Hospitalar Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, em Porto Alegre, Brasil, entre o período de 2000 a 2008. Foram revisados os parâmetros clínicos, laboratoriais e antropométricos nos períodos pré-transplante (avaliação no dia da internação para realização do transplante) e pós-transplante (6 meses, 1o-3oe 5o ano). A SM foi definida segundo os critérios da National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III (NCEP ATP III) e da International Diabetes Federation (IDF). Resultados: Foram avaliados os dados de 193 pacientes, 63,7% do sexo masculino, com idade média de 51,9+10,5 anos. Ao longo de 5 anos, 62,7% dos pacientes apresentaram SMPTH. Houve um aumento significativo na prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (6,7% no pré-transplante versus - vs - 57,9% no 5o ano), Diabetes Mellitus - DM- (23,3% n pré-transplante vs 43,9% no 5o ano), Hipertrigliceridemia (7,8% no pré-transplante vs 34,5% no 5o ano), Obesidade (18,7% no pré-transplante vs 22,8% no 5o ano), Insuficiência Renal Crônica - IRC - (38,3% no pré-transplante vs 72,9% no 5o ano). Além das variáveis que fazem parte dos critérios para classificação da SM, idade, ciclosporina e IRC (Taxa de Filtração Glomerular <60mL/min/1.73m2) associaram-se significativamente com SMPTH. O uso de ciclosporina esteve associado no pré-transplante aos escores prognósticos (Child-Pugh C- p=0,022 e MELD> 20 - p=0,018), Hiperglicemia (p=0,035) e DM (p=0,047) - e no póstransplante à Hipertrigliceridemia (p=0,002), Hipercolesterolemia (p<0,001) e ao aumento dos níveis séricos de creatinina (p<0,001). Após o ajuste pelo modelo multivariado de Regressão de Poisson (RP), permaneceram associadas de forma independente com a SMPTH a idade (RP=1,03 - p=0,001), o uso de ciclosporina (RP=1,26 - p=0,049) e obesidade prévia ao transplante (RP=1,35 - p=0,018). Conclusão: Houve um aumento na prevalência de SM, assim como dos seus componentes, de DM e IRC comparando os dados prévios ao transplante hepático com o período de seguimento após o procedimento cirúrgico. Ressalta-se que tais alterações foram observadas de forma precoce, fato que desperta a importância de ações direcionadas para prevenção e ou tratamento das complicações metabólicas, contribuindo para uma menor morbidade entre os pacientes. Estudos prospectivos serão necessários para avaliar o real impacto das comorbidades na sobrevida dos transplantados hepáticos.Item Transfusão de concentrado de hemácias em pacientes submetidos ao transplante hepático: revisão sistemática com meta-análise e estudo observacional(2015) Brum, Dário Eduardo de Lima; Marroni, Cláudio AugustoTransplante de fígado é o tratamento de escolha para pacientes com doença hepática em fase terminal, e o Brasil é o segundo país do mundo em relação ao número de procedimentos realizados por ano. Frequentemente esses pacientes apresentam grande perda sanguínea durante o procedimento, com necessidade de transfusões sanguíneas, tais como concentrado de hemácias. Todavia, a transfusão desses componentes tem sido associada na literatura com aumento de mortalidade e morbidade. Dentre as complicações, destaca-se a infecção, representando prognóstico negativo para os pacientes. Com base no exposto, esta tese teve dois objetivos principais, os quais foram respondidos por meio de dois estudos. Estudo 1: Avaliar, por meio de revisão sistemática da literatura e meta-análise, a relação entre transfusão de concentrado de hemácias transoperatória e infecção no período pós operatório em pacientes submetidos a transplante hepático. O estudo foi desenvolvido de acordo com o PRISMA. Foram incluídas 16 publicações. Estudo 2: Avaliar, por meio de um estudo observacional retrospectivo, a influência da transfusão de concentrados de hemácias no período pós-operatório do transplante hepático. Os desfechos primários foram infecção, tempo total de internação, tempo de UTI e óbito, e os desfechos secundários foram rejeição celular aguda e disfunção primária do enxerto. Os pacientes (n=261) foram divididos em três grupos: (1) sem transfusão; (2) CHL: concentrado de hemácias lavadas; e (3) CHsBC: concentrado de hemácias com remoção do buffy-coat. No primeiro estudo, observou-se que a transfusão de concentrado de hemácias está associada com maior incidência de infecção, e maior o risco quanto mais transfusões. No segundo estudo, pacientes que receberam CHL apresentaram significativamente maior tempo total de internação, internação na UTI e maior incidência de óbito e infecção. Não houve diferença entre pacientes do grupo CHsBC e do grupo sem transfusão. O tempo de armazenamento dos concentrados de hemácias (CHL,CHDsBC) não teve influência nos desfechos analisados. RCA foi encontrada com mais frequência no grupo CHsBC enquanto que a Disfunção primária do enxerto foi associada à transfusão de concentrados de hemácias ( CHL e CHsBC).