Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição por Assunto "[en] Diet"
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Item Direito humano à alimentação da população em situação de rua: construção, validação e aplicação de um questionário de acesso à alimentação(2022) Martins, Natália Borges ; Vinholes, Daniele BotelhoEstima-se que o número de pessoas em situação de rua (PSR) no país ultrapassa 220 mil pessoas. Esta população se caracteriza por ser um grupo heterogêneo que habita ruas e logradouros e muitas vezes têm seus vínculos familiares rompidos, além de vivenciar, muitas vezes, a extrema pobreza. Dentro deste contexto de desigualdade social e vulnerabilidade, as pessoas em situação de rua têm seus direitos violados, como direitos constitucionais à alimentação, saúde e moradia. A insegurança alimentar está presente nos domicílios de 125 milhões de pessoas, segundo último inquérito da Rede de Soberania e Segurança Alimentar em 2021. Apesar da população em situação de rua não estar dentro da amostra deste inquérito, a fome pode estar presente em sua rotina. Além disso, vivenciar a situação de rua é estar em constante violência física e psicológica, além de condições inadequadas de saúde. A literatura não apresenta instrumentos que avaliem o acesso à alimentação deste grupo social e não há dados que verifiquem como é este acesso na cidade de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul. Assim, esta dissertação teve como objetivo construir e validar um instrumento de aceso à alimentação da população em situação de rua. Após esta etapa, foi realizada a aplicação deste instrumento em usuários do Centros de Referência Especializados (Centros Pop´s) para pessoas em situação de rua. A validação do questionário se deu em duas etapas, totalizando trinta questões e o questionário foi construído através da análise de documentos que versam sobre alimentação, nutrição, segurança alimentar e população em situação de rua. Na primeira rodada, participaram vinte e três especialistas, já na segunda, dezoito realizaram a validação. O processo de validação com o método Delphi permitiu que o resultado final do instrumento representasse questões mais condizentes com a realidade da população em situação de rua. A aplicação do questionário validado foi realizada em dois Centros Pop´s de Porto Alegre, com indicação da Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC). Ao aplicar o questionário, foram totalizados 65 participantes, que aceitaram participar da pesquisa após o aceite no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os resultados foram analisados através da análise descritiva através de frequências absolutas e relativas (N e %), média e desvio padrão. Segundos os resultados, as principais formas de acesso à alimentação foram aquelas obtidas por meio de instituições públicas e projetos sociais. Também se identificou que o consumo de arroz e feijão era realizado por todos os participantes. Importante destacar que o público desta pesquisa é composto por pessoas que tem acesso aos serviços e, por isso, o acesso à alimentação de pessoas em situação de rua que não têm acesso aos serviços pode ser diferente dos resultados encontrados nesta pesquisa. Compreender o acesso à alimentação pode contribuir com políticas públicas já existentes, bem como visibilizar este grupo social para o meio acadêmico afim de pensar novas pesquisas e projetos. Ademais, a sociedade civil deve ter sua participação e controle social ativos na sua relação com o Estado, o qual deve garantir o direito à alimentação bem como os demais direitos sociais a todos.Item Efeito do perfil alimentar na taxa de oxidação de gordura em indivíduos com sobrepeso e obesidade(Wagner Wessfll, 2021) Bueno, Márjory de Camillis; Peres, Alessandra; Riboldi, BárbaraIntrodução: A dieta é um dos fatores modificáveis determinantes do padrão imunológico no indivíduo por meio da modulação de mecanismos pró-inflamatórios e anti-inflamatórios e seu impacto na saúde humana se apresenta bem elucidado, principalmente no risco de desenvolvimento de doenças crônicas. No entanto, são necessários maiores esclarecimentos sobre a influência da qualidade da dieta no âmbito inflamatório em parâmetros relacionados a melhores resultados de saúde, como o consumo máximo de oxigênio (V̇ O2max), e na taxa de oxidação de gordura (MFO), tendo em vista o estado nutricional do indivíduo não treinado com sobrepeso ou obesidade. Uma maior compreensão dos efeitos do perfil alimentar pode possibilitar uma otimização de recursos, como o exercício físico, para a manutenção da saúde metabólica. Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do perfil alimentar, por meio da ferramenta Índice inflamatório da Dieta (IID), no V̇ O2max e MFO em indivíduos não treinados com sobrepeso e obesidade. Métodos: Estudo observacional retrospectivo, de caráter analítico, a partir da avaliação do banco de dados de estudos realizados entre agosto de 2011 e outubro de 2017 no Laboratório de Imunologia Celular e Molecular da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Parâmetros antropométricos e alimentares, valor de V̇ O2max e de MFO e classificação de atividade física foram considerados para verificar a elegibilidade dos participantes. Os escores finais foram divididos e analisados em percentis de consumo e em escores positivos e negativos. Resultados: Não houve diferença entre médias dos quartis e entre os grupos Dieta anti-inflamatória e Dieta inflamatória em relação as variáveis IMC, V̇ O2max e MFO. A classificação do IMC não apresentou associação com os quartis de consumo e com os escores positivos e negativos. Não houve correlação entre os escores de IID e as variáveis de estudo. Conclusão: O perfil alimentar, no âmbito inflamatório, não apresentou influência no V̇ O2max e na MFO.Item Opinião de nutricionistas sobre o uso de especiarias em dietas hospitalares(2023-12-14) Vale, Renata Silva de Ávila; Zani, Valdeni Terezinha; Programa de Pós-Graduação em Ciências da NutriçãoA baixa ingestão alimentar durante a internação hospitalar pode estar associada à baixa aceitabilidade e aumento do risco de desnutrição. As especiarias contribuem para uma melhor experiência sensorial, estimulando o consumo alimentar. O objetivo deste estudo é avaliar a opinião dos nutricionistas gestores das Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) de hospitais do sul do Brasil sobre o uso de especiarias em dietas hospitalares, bem como as especiarias utilizados e sua relação com as dietas hospitalares, modelo de sistema de saúde do hospital, modelo de gerenciamento de UAN e presença de profissional de gastronomia. Trata-se de uma pesquisa survey, de caráter transversal, realizada através de um questionário online contemplando hospitais do sul do Brasil com responsável técnico nutricionista. As associações entre variáveis foram avaliadas através do teste qui quadrado. A significância estatística adotada foi de 0,05. Participaram da pesquisa 158 hospitais. 100% dos nutricionistas acreditam que o uso de especiarias melhora o aspecto sensorial e aumenta a aceitabilidade. As principais especiarias identificadas pelo estudo foram cebola e cheiro verde (96,8%), na forma fresca (71,5%). 58,2% dos hospitais utilizam especiarias em todas as dietas, mas principalmente na dieta livre e dieta para diabetes. A prevalência de uso é no grupo de carnes e derivados (100%). O maior limitante de uso é a dificuldade de conseguir fornecedor (19,6%), seguido por custo elevado (18,4%) e a maioria dos hospitais (97,5%) não possui serviço de gastronomia. Os resultados sugerem que os nutricionistas acreditam que as especiarias melhoram o aspecto sensorial dos alimentos e a aceitabilidade de quem os consome. Cebola e cheiro verde são as principais especiarias utilizadas nos hospitais do sul do Brasil. Uma maior variabilidade de especiarias pode ser explorada para melhorar a experiência sensorial dos pacientes.Item Relação entre adesão ao tratamento dietético e presença de transtorno de compulsão alimentar periódica em pacientes obesos(Wagner Wessfll, 2019) Mundstock, Rafaela Fernandes; Busnello, Fernanda MichielinA obesidade, é classificada uma doença crônica não-transmissível (DCNT) e considerada um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. Junto a ela, se manifestam diversas comorbidades metabólicas. Todos os anos as taxas de obesidade aumentam, havendo uma projeção de até 700 milhões de indivíduos obesos em 2025. A obesidade é definida pelo acúmulo anormal de gordura e é diagnosticada através do Índice de Massa Corporal (IMC) e outras medidas antropométricas, como a circunferência da cintura (CC) e do pescoço (CP). Entre os fatores que levam à obesidade, identificamos os genéticos, comportamentais, sociais e emocionais. A alimentação está envolvida com aspectos psicológicos desde a amamentação e, assim, afirmamos que não se pode separar o alimento do afeto. Porém, há algum tempo a alimentação se tornou um inimigo social, dando espaço para a prática de dietas restritivas. Este estilo de dieta desequilibrado é visto como um risco a saúde, possibilitando o desenvolvimento de transtornos alimentares. Dentre os transtornos alimentares, o transtorno de compulsão alimentar periódica (TCAP) é o que mais afeta os obesos, principalmente aqueles que buscam tratamento para a sua patologia. O consumo de alimentos em excesso pode ser ocasionado por uma necessidade de aliviar sintomas de estresse, porém este efeito é momentâneo. A presença deste transtorno está relacionada com outros problemas de saúde como transtorno de humor, personalidade e impulsividade. Seu rastreamento é realizado através de uma ferramenta chamada Escala de Compulsão Alimentar Periódica (ECAP). A compulsão alimentar é um dos determinantes para uma baixa adesão dietoterápica, a qual é baixa em pacientes com doenças crônicas. Diversos outros motivos justificam uma baixa taxa na adesão às orientações nutricionais, entre eles o baixo conhecimento sobre o que é considerado saudável, tratamentos nutricionais prévios e presença de depressão. Devido ao fato de que a aceitação a uma dieta saudável é essencial para o sucesso do tratamento da obesidade, neste trabalho avaliaremos a relação entre o transtorno de compulsão alimentar e a adesão ao tratamento em indivíduos obesos, com o objetivo de esclarecer se o TCAP pode ser visto como uma barreira para a perda de peso.