PPGPED - Teses
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Navegando PPGPED - Teses por Assunto "[en] Adolescent"
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Item Avaliação do consumo de alimentos ultraprocessados e seu impacto na pressão arterial de crianças e fatores associados à preferência ao sabor salgado entre adolescentes(2021) Valmórbida, Julia Luzzi; Vítolo, Márcia ReginaObjetivos: Os objetivos gerais desta tese foram 1) avaliar o efeito do consumo de alimentos ultraprocessados aos 3 anos de idade na pressão arterial de crianças aos 6 anos e 2) identificar os fatores associados à preferência ao sabor salgado entre adolescentes de 12 anos de idade. Assim, desenvolveram-se dois artigos científicos em que foram utilizados dados de ensaios de campo randomizados conduzidos pelo Núcleo de Pesquisa em Nutrição da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Metodologia: Os artigos científicos apresentados nesta tese utilizam dados secundários de dois ensaios de campo randomizados, realizados com objetivo de avaliar o impacto da implementação de orientações sobre aleitamento materno e alimentação infantil para crianças menores de dois anos, preconizadas pelo Ministério da Saúde por meio do guia alimentar “10 passos para a alimentação saudável para crianças menores de dois anos” e oferecidas às mães por meio de duas estratégias. A primeira estratégia empregada foi a orientação direta das mães por meio de visitas domiciliares mensais até as crianças completarem 6 meses, depois trimestrais até 1 ano de idade. Os participantes deste estudo foram recrutados na maternidade de um hospital geral do município de São Leopoldo/RS e receberam visitas domiciliares para coleta de dados aos 6 meses, 12 meses, 4 anos, 8 anos e 12 anos de idade. A segunda estratégia foi a de randomizar unidades de saúde de Porto Alegre para atualizar os profissionais de saúde que atuavam na atenção primária para que eles implementassem as orientações do guia alimentar nas consultas de puericultura. As participantes do estudo foram recrutadas nas unidades de saúde, enquanto aguardavam consulta de pré-natal e receberam visitas domiciliares para coleta de dados aos 6 meses, 12 meses, 3 anos e 6 anos de idade das crianças. Em ambos os estudos foram coletados dados sociodemográficos, por meio de questionários estruturados; dados antropométricos, como peso, estatura, circunferência da cintura e dobras cutâneas, seguindo normas da Organização Mundial da Saúde; e dados dietéticos por meio de Inquéritos Recordatórios de 24-horas. Os adolescentes de 12 anos reportaram seu estágio puberal, de acordo com a classificação de Tanner. Para ambos os artigos apresentados nesta Tese, os dados dietéticos foram classificados conforme a classificação NOVA que avalia os alimentos conforme seu grau de processamento. Resultados: Foram produzidos dois artigos científicos, o primeiro denominado “Early consumption of ultra-processed foods is associated with higher blood pressure at 6 years of age” que identificou que o consumo de alimentos ultraprocessados entre crianças aos 3 anos de idade representou mais de 40% das calorias diárias consumidas e que este consumo está associado a níveis mais elevados da pressão arterial diastólica de crianças aos 6 anos (p=0,025). O segundo artigo apresentado é denominado “Sodium intake tracking from infancy to salt preference during adolescence: A randomized trial” em que foi identificado que o consumo excessivo de sódio se mostrou associado a preferência por concentrações mais elevadas de sal (p=0.020) e que adolescentes nos estágios mais iniciais de puberdade apresentaram preferências por maiores concentrações de sódio (p=0,027). Conclusões: Os dados apresentados nesta tese somam ao corpo de evidências de que alterações metabólicas importantes, como a de pressão arterial, têm início ainda na infância e que a alimentação desempenha papel relevante neste processo desde muito cedo. Além disso, a avaliação da preferência pelo sabor salgado reforça que crianças em períodos de crescimento acelerado são particularmente suscetíveis ao consumo excessivo de sódio por terem suas preferências por esse sabor aumentadas nestes períodos. Esses dados em conjunto demonstram a importância de intervenções focadas na qualidade da alimentação infantil e que estas precisam acompanhar o desenvolvimento das crianças para garantir hábitos alimentares saudáveis ao longo da vida e, consequentemente, melhores condições de saúde a longo-prazo.Item Mortalidade no Brasil em crianças e adolescentes causada por armas de fogo e arma branca no período de 2010 a 2020(2024-07-04) Cabral, Catiane Zanin; Amantéa, Sérgio Luis; Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao AdolescenteIntrodução: As causas externas, desde 1980 são descritas como a primeira causa de morte entre 5 e 39 anos de idade. Diante da realidade violenta, no Brasil vivenciamos dois fenômenos paralelos, o aumento de armas e o isolamento social imposto pela pandemia. O fácil acesso às armas e o isolamento prolongado poderiam causar aumento de acidentes por armas de fogo. Objetivos: Analisar dados de mortalidade por arma de fogo e arma branca na população infanto-juvenil do Brasil nos últimos dez anos; Avaliar a correlação entre o número de armas registradas e a mortalidade por arma de fogo e determinar se o isolamento social imposto pela pandemia exerceu influência nas taxas de mortalidade. Métodos: Dados de mortes por causas externas (disparo de armas de fogo e branca por agressão e sem causa determinada) em crianças e adolescentes de 0-19 anos foram obtidos do Banco de Dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) via plataforma integrada do governo do período de 2010 a 2020. Resultado: Notou-se um expressivo aumento no número de novas armas de fogo registradas pelo Sistema Nacional de Armas (SINARM). Contrariando este aumento, em 2020 ocorreu a diminuição nas mortes infanto-juvenil por acidentes e agressões com armas de fogo. Conclusão: Em síntese, a violência no Brasil é preocupante e requer atenção urgente. A mortalidade hospitalar infantojuvenil por arma de fogo e por arma branca apresentaram similaridade no comportamento e tendência temporal de queda nos últimos três anos. Ressaltando que o período inicial pandêmico não aumentou as taxas de mortalidade mesmo em função do aumento do número de armas no mesmo período.É um tema importante, ainda com escassez de dados na literatura,e merece um olhar mais atento para que o número de mortes seja no mínimo atenuado através do desenvolvimento e implementação de medidas mais restritivas de políticas públicas além da fiscalização eficaz para contê-las .