PPGPSICO - Dissertações
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Navegando PPGPSICO - Dissertações por Assunto "[en] Anxiety"
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Item Aspectos emocionais associados à qualidade de vida de pacientes adultos após a alta da unidade de terapia intensiva(2018) Souto, Viviane de Freitas; Levandowski, Daniela Centenaro; Teixeira, CassianoPacientes hospitalizados críticos necessitam de cuidados intensivos e serviços constantes e especializados, devido à gravidade de sua condição física. Com frequência estes pacientes apresentam repercussões psicológicas e piora na qualidade de vida (QV). Nesse estudo, derivado de um projeto de pesquisa maior, investigou-se aspectos emocionais desses pacientes após a alta da UTI, tendo como foco a QV. No Estudo 1, multicêntrico, de coorte prospectiva, foram avaliados, em 377 pacientes adultos, até 12 meses após a alta, aspectos como ansiedade, depressão, estresse pós-traumático (TEPT) e QV, bem como eventuais associações entre esses aspectos e dados clínicos e sociodemográficos, particularmente a idade em que a internação ocorreu. Foram realizadas análises estatísticas descritivas e inferenciais. Os resultados indicaram depressão, ansiedade e TEPT como determinantes para a piora da QV, mas não a idade em que ocorreu a internação. Ficou evidente a importância da assistência psicológica durante e após a internação na UTI, para promover uma melhor QV desses pacientes. Já no Estudo 2, qualitativo, de cunho exploratório-descritivo, foram investigados, em 9 pacientes adultos, após três meses da alta, os aspectos emocionais que, na visão dos pacientes, facilitaram e dificultaram a internação e a QV após a internação na UTI, a partir de uma narrativa produzida sobre sua vida antes, durante e após a internação. As narrativas foram analisadas por meio de análise de conteúdo de Bardin. Dentre os aspectos que facilitaram a internação, os participantes mencionaram o apoio da equipe de saúde, os cuidados e os recursos tecnológicos disponíveis, bem como o apoio da família, na internação e após a alta. Também foi citado como facilitador a capacidade de adaptação dos pacientes à situação de doença e hospitalização. Entre os aspectos dificultadores, destacaram-se as mudanças de rotina e ambiente, a perda de autonomia, os medos e desconfortos diante da doença e dos procedimentos e exames médicos e, ainda, a surpresa diante da internação, o que despertou fantasias e incertezas. De modo geral, a Dissertação aponta que, na vida adulta, independentemente da idade, a experiência de internação na UTI é impactante, por ser marcada pelo desamparo e por urgências psicológicas que podem levar ao surgimento de ansiedade, depressão e TEPT e acarretar uma piora na QV dos indivíduos após a alta, considerando-se as repercussões sobre a sua autonomia. Percebe-se a importância da atenção das equipes de saúde sobre os aspectos emocionais facilitadores e dificultadores da internação em UTI para a promoção de uma melhor QV dos pacientes durante a hospitalização e após a alta.Item Comportamento de procrastinar e a inflexibilidade psicológica: um estudo correlacional e de mediação(Wagner Wessfll, 2021) Bischoff, Franciele; Pacheco, Janaína Thaís BarbosaA procrastinação possui uma alta prevalência entre estudantes universitários, representando um dos principais fatores que prejudica o andamento e a performance das atividades acadêmicas dos estudantes. A literatura apresenta uma forte correlação entre a procrastinação e os transtornos psicológicos como a depressão, a ansiedade e o estresse, impactando, portanto, na saúde mental dos indivíduos. Além disso, a procrastinação, a depressão, a ansiedade e o estresse também estão relacionados à inflexibilidade psicológica, modelo de psicopatologia transdiagnóstico proposto pela Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT). Esse modelo, composto por seis processos psicológicos (Atenção desconectada do momento presente, desconexão com valores, falta de ação direcionada a valores, fusão cognitiva, fusão com self conceitualizado e esquiva experiencial) propõe um padrão de comportamento controlado pelas experiências internas e por tentativas de esquiva das experiências desconfortáveis, às custas de ações mais efetivas e mais significativas na vida do indivíduo, com restrição no repertório comportamental. O procrastinar, então, pode ser entendido como uma forma de esquiva experiencial. A procrastinação ainda foi pouco estudada no contexto universitário Brasileiro, mesmo com o crescimento recente nas pesquisas da temática. O artigo presente nesta dissertação se propôs a investigar a relação entre depressão, ansiedade, estresse, Inflexibilidade Psicológica e a procrastinação numa amostra de 309 estudantes universitários brasileiros, de graduação e pós-graduação, e avaliar o papel mediador da inflexibilidade psicológica na relação entre depressão, a ansiedade e o estresse no nível de procrastinação. A coleta foi realizada on-line, através do preenchimento de um questionário sociodemográfico, escalas de autorrelato de depressão, ansiedade e estresse (DASS-21), procrastinação (PPS) e inflexibilidade psicológica (AAQ-II). Como resultados, encontrou-se uma relação positiva entre a procrastinação e as demais variáveis no contexto universitário brasileiro. Além disso, a inflexibilidade psicológica foi uma variável mediadora na relação entre (1) a depressão e a procrastinação; (2) a ansiedade e a procrastinação; (3) o estresse e a procrastinação; com variabilidade explicada de 33,53% (1), 30.56% (2) e 35.95% (3). Esses achados subsidiam a construção de intervenções que busquem trabalhar repertórios de flexibilidade psicológica a fim de redução da procrastinação nos estudantes e permitir que estes possam desenvolver novos repertórios comportamentais mais adaptativos dentro de seus contextos para realizarem tarefas que lhes são importantes, mesmo na presença de dificuldades.Item Desenvolvimento de lideranças engajadoras e sua contribuição para aumento de suporte social, emoções positivas e bem-estar no trabalho: proposta de intervenção em saúde(Wagner Wessfll, 2021) Silva, Letiene Ferreira Gazineu da; Vazquez, Ana Claudia SouzaA área da saúde se caracteriza pelo contexto de alta complexidade, no qual líderes e equipes de saúde em ambiente hospitalar absorvem o alto impacto de demandas físicas, cognitivas e emocionais em situação de emergência por Covid-19. Existem amplas possibilidades de aplicação de intervenções em saúde sob a perspectiva da Psicologia Positiva Organizacional e do Trabalho (PPOT), com a finalidade de contribuir para aumentar bem-estar das pessoas em atividades laborais. Acompanhando o cenário pandêmico altamente desafiador, foram encontradas na literatura recomendações importantes para desenvolvimento de estratégias em saúde mental para profissionais da saúde. Entretanto, observou-se carência de evidências sobre a efetividade das intervenções, caracterizando a presente pesquisa como um estudo que trará contribuições nesse campo, sendo um estudo original em relação ao tema da Liderança Engajadora. A pesquisa abordou, de forma integrada, elementos quantitativos e qualitativos relacionados a efetividade uma intervenção em saúde para desenvolvimento da liderança engajadora por meio do suporte social, emoções e estados positivos e bem-estar em líderes fisioterapeutas de um hospital de Porto Alegre. Através de um estudo misto transformativo sequencial, com uma equipe de 11 lideranças da fisioterapia, a intervenção em saúde foi composta por quatro fases, em três tempos de avaliação dos construtos de Engajamento no Trabalho, Suporte Social Percebido, Esperança Disposicional, Gratidão e Ansiedade. A intervenção integrou pressupostos epistemológicos do Modelo Recursos e Demandas no Trabalho e da Teoria das Necessidades Psicológicas Básicas. Esta pesquisa propôs abordagens interventivas possíveis de aplicação positiva na realidade dos participantes em contexto emergencial de pandemia por Covid-19. Foi composta por quatro etapas sequenciais, na seguinte forma: I) Quantitativa e Qualitativa – Pré-intervenção: avaliações e preparação para intervenção; II) Qualitativa – Intervenção de desenvolvimento; III) Quantitativa e Qualitativa – Pós-intervenção: Avaliações, Fechamento e Devolutivas; IV) Quantitativa e Qualitativa – Follow Up. Todas as fases foram realizadas remotamente, através de plataformas virtuais on-line. Para análise de dados foram relatadas as estatísticas descritivas calculadas para observação de medidas (médias, desvios padrão, intervalo de variação). Para comparação dos resultados pré, pós e follow up, foi utilizado o Método Jacobson Truax (JT) para avaliar em profundidade o impacto da proposta por meio das mudanças individuais obtidas com o programa de intervenção em saúde, medido pelo índice de mudança confiável (IMC). Como principais benefícios e achados desse estudo, identificou-se o fortalecimento e o desenvolvimento de estados psicológicos positivos nos participantes, visto que a intervenção promoveu o manejo bem-sucedido da ansiedade ao longo dos meses iniciais de enfrentamento da pandemia por Covid-19, quando a pesquisa foi aplicada. Esse processo conduzido durante a intervenção, evitou níveis disfuncionais no comportamento dos líderes engajadores, por meio do impulsionamento de recursos pessoais e de trabalho como fatores proteção de saúde mental. Sugere-se também que a intervenção teve um papel importante no aumento e manutenção dos níveis de esperança, em um contexto altamente adverso e demandante para os líderes de equipes assistenciais em fisioterapia. O que foi detectado mesmo após o aumento de casos de Covid-19, especialmente em seu momento mais crítico em Porto Alegre, no ano de 2020, entre julho e agosto. Embora os resultados tenham sido positivos, a generalização da intervenção é limitada, tendo em vista sua realização com apenas um grupo de lideranças de uma especialidade específica, atuando em uma unidade hospitalar de grande porte. Indica-se a aprofundamento, com mais pesquisas-intervenção em diferentes contextos e diversas equipes de saúde, para geração de novos conhecimentos científicos nessa área e para maior qualificação do modelo proposto.
