Uso de realidade virtual imersiva na dor de pacientes em unidade de terapia intensiva

dc.contributor.advisorOliveira, Alcyr Alves de
dc.contributor.authorFreire, Ariane Bolla
dc.contributor.departmentPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
dc.date.accessioned2024-08-15T15:33:19Z
dc.date.available2024-08-15T15:33:19Z
dc.date.date-insert2024-08-15
dc.date.issued2022-11
dc.descriptionTese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) se caracterizam por ser um ambiente tenso e traumatizante para os pacientes, devido a uma série de fatores, como a separação do ambiente familiar, baixa permissão para visitas e agitação do ambiente. Esses pacientes são acometidos pelos mais variados problemas, os quais resultam em um quadro extremamente estressante e doloroso. Por constituírem um grupo heterogêneo e de alta complexidade, torna-se importante priorizar formas de tratamento que levem em consideração essas situações e amenizem o estresse gerado pela experiência na UTI, a fim de melhorar inclusive os sintomas físicos, como a percepção da dor. Neste cenário, a Realidade Virtual Imersiva (RVI) constitui uma das mais inovadoras tecnologias aplicadas à reabilitação ambulatorial e clínica, mas que ainda necessita de evidências científicas mais robustas no ambiente de UTI. A RVI promove um feedback visual extrínseco que gera ativação de respostas fisiológicas e de áreas cerebrais específicas, otimizando a melhora desses pacientes. Na RVI, o usuário está totalmente imerso no ambiente virtual, o que resulta na distração do paciente, modulando a sua percepção de dor. Entretanto, ainda não há consenso na literatura se o uso da RVI é eficaz na redução da dor em pacientes internados na UTI. Objetivo: Analisar os efeitos da RVI sobre a dor em pacientes de UTI por meio de uma revisão sistemática e meta-análise. Métodos: O artigo 1 é o protocolo da revisão sistemática. Para o artigo 2, realizamos uma busca nas seguintes bases de dados: PubMed, Cochrane, Scopus e Web of Science. Os termos MeSH utilizados na busca foram “realidade virtual”, “dor”, “hospitalização”, “unidade de terapia intensiva”. Um Forest Plot foi gerado para apresentar o efeito combinado e a diferença média (DM) para valores absolutos entre pré e pós intervenções, com erro padrão (EP) e intervalo de confiança de 95% (IC). Valor de P ≤ 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Para meta-análise, utilizamos o software OpenMeta Analyst, versão 10.10. Resultados: Foram encontrados 1347 estudos. Destes, apenas 7 foram selecionadas para leitura na íntegra e somente 2 preencheram os critérios de inclusão. Foram avaliados 146 pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca (49 homens e 22 mulheres) nos dois estudos incluídos. A média de idade dos pacientes foi de 57,35 ± 11,31. Nossos resultados demonstram que a intervenção por meio da RVI gera uma redução efetivamente significativa na dor dos pacientes internados na UTI (DM: 0,509 ± 0,116 – EP, with 95% IC: -0,736 a -0,282; P < 0,001) 10 Conclusão: Nosso estudo aponta para a viabililidade de implantação da RVI em UTI, sendo o primeiro a comprovar, através de uma meta-análise, a eficácia dessa modalidade terapêutica na melhora da dor de pacientes internados em UTI. Novos estudos clínicos em RVI, com maior número amostral, ensaios clínicos randomizados com grupo controle/comparador, utilização de protocolos de intervenção e avaliação mais delineados e homogêneos, devem ser incentivados na UTI, a fim de estabelecer novas ferramentas não farmacológicas, não invasivas e com menor possibilidade de efeitos colaterais para essa população.
dc.description.abstract-enBackground: Intensive Care Units (ICUs) are characterized by being a tense and traumatic environment for patients, due to a number of factors, such as separation from the family environment, low permission for visits and agitation of the environment. These patients are affected by the most varied problems, which result in an extremely stressful and painful condition. As they constitute a heterogeneous and highly complex group, it is important to prioritize forms of treatment that take these situations into account and alleviate the stress generated by the ICU experience, in order to even improve physical symptoms, such as pain perception. In this scenario, Immersive Virtual Reality (IVR) is one of the most innovative technologies applied to outpatient and clinical rehabilitation, but it still needs more robust scientific evidence in the ICU environment. RVI promotes extrinsic visual feedback that generates activation of physiological responses and specific brain areas, optimizing the improvement of these patients. In RVI, the user is fully immersed in the virtual environment, which results in patient distraction, modulating their perception of pain. However, there is still no consensus in the literature whether the use of IVR is effective in reducing pain in ICU patients. Aim: To analyze the effects of IVR on pain in ICU patients through a systematic review and meta-analysis. Methods: Article 1 is the protocol for the systematic review. For article 2, we searched the following databases: PubMed, Cochrane, Scopus and Web of Science. The MeSH terms used in the search were “virtual reality”, “pain”, “hospitalization”, “intensive care unit”. A Forest Plot was generated to present the combined effect and the mean difference (MD) for absolute values between pre and post interventions, with standard error (SE) and 95% confidence interval (CI). P value ≤ 0.05 was considered statistically significant. For meta-analysis, we used OpenMeta Analyst software, version 10.10. Results: 1347 studies were found. Of these, only 7 were selected for full reading and only 2 met the inclusion criteria. We evaluated 146 patients in the postoperative period of cardiac surgery (49 men and 22 women) in the two included studies. The mean age of the patients was 57.35 ± 11.31. Our results demonstrate that intervention through IVR generates an effectively significant reduction in pain in ICU patients (DM: 0.509 ± 0.116 - EP, with 95% CI: -0.736 to -0.282; P < 0.001) Conclusion: Our study points to the feasibility of implementing IVR in the ICU, being the first to prove, through a metaanalysis, the effectiveness of this therapeutic modality in the improvement of pain in 12 ICU patients. New clinical studies on IVR, with a larger sample size, randomized clinical trials with a control/comparator group, use of more delineated and homogeneous intervention and evaluation protocols, should be encouraged in the ICU, in order to establish new non-pharmacological, non-invasive and with less possibility of side effects for this population
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/2912
dc.language.isopt_BR
dc.relation.requiresTEXTO - Adobe Reader
dc.rightsAcesso Aberto Imediatopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/pt_BR
dc.subjectRealidade Virtualpt_BR
dc.subjectDorpt_BR
dc.subjectUnidade de terapia intensivapt_BR
dc.subject[en] Virtual Realityen
dc.subject[en] Painen
dc.subject[en] Intensive Care Unitsen
dc.titleUso de realidade virtual imersiva na dor de pacientes em unidade de terapia intensiva
dc.typeTese
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
[TESE] Freire, Ariane Bolla (C).pdf
Tamanho:
1.46 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Texto completo
Coleções