Análise Ultrassonográfica da Espessura Muscular no Paciente Crítico Pediátrico

dc.contributor.advisorLukrafka, Janice Luísa
dc.contributor.advisor-coSchaan, Camila Wolghemuth
dc.contributor.authorOliveira, Jéssica Knisspell de
dc.date.accessioned2023-11-29T12:25:19Z
dc.date.available2023-11-29T12:25:19Z
dc.date.date-insert2023-11-29
dc.date.issued2023-04-27
dc.descriptionDissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Pediatria, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
dc.description.abstractINTRODUÇÃO: a ultrassonografia (US) tem sido utilizada para quantificar e qualificar a morfologia muscular de crianças criticamente enfermas, detectando possíveis alterações na espessura muscular. OBJETIVO: analisar a espessura muscular através de imagens de ultrassonografia de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) de um hospital terciário do sul do Brasil; avaliar a confiabilidade da medição ultrassonográfica da espessura muscular do bíceps braquial/braquial (BB) e quadríceps femoral (QF) em crianças gravemente doentes; avaliar a mudança na espessura muscular durante internação na UTIP; verificar diferenças na espessura muscular ao longo da internação em UTIP entre diferentes condições clínicas. MÉTODOS: primeiramente, foi realizado um estudo observacional na UTIP de um hospital universitário terciário do sul do Brasil. O estudo incluiu pacientes entre 1 mês e 12 anos de idade, recebendo ventilação mecânica invasiva por pelo menos 24 horas. Imagens ultrassonográficas do bíceps braquial/braquial e quadríceps femoral foram obtidas, realizadas por um ultrassonografista experiente e três novatos. A confiabilidade intra e interavaliadores foi calculada usando o coeficiente de correlação intraclasse (ICC) e a análise do gráfico de Bland-Altman. Secundariamente, realizamos um estudo longitudinal prospectivo, no período de dezembro de 2021 a outubro de 2022. Foram incluídos pacientes de ambos os sexos; de um mês a 12 anos; em ventilação mecânica invasiva por 24h. As medições da US foram realizadas até 24h após internação, 72h após e semanalmente até alta da UTIP. RESULTADOS: inicialmente, a espessura muscular foi medida em 10 crianças, com idade média de 15,5 meses. A espessura média dos músculos avaliados foi de 1,14cm ± 0,27 para o bíceps braquial/braquial e 1,85cm ± 0,61 para o quadríceps femoral. A confiabilidade intra e interavaliadores foi muito boa (ICC > 0,81) para todos os ultrassonografistas. As diferenças foram pequenas e não apresentaram distorção na análise dos gráficos de Bland-Altman e todas as medidas estiveram dentro dos limites de concordância, exceto uma medida de bíceps braquial/braquial e quadríceps femoral. Posteriormente, foram selecionados 73 pacientes. 69 realizaram duas avaliações, 53 três avaliações e 22 quatro avaliações ultrassonográficas. A mediana de idade foi 18 meses, sendo 46 (63%) <1 ano. O diagnóstico mais comum foi doenças respiratórias (68,5%). Houve mudança na espessura do BB no período de 24h-2sem (-0,115 cm p=0,02), 72h-2sem (-0,125 cm p=0,009) e 1sem-2sem (-0,137 cm p=0,002) e no QF de 24h2sem (-0,25 cm p=0,002) e 72h-2sem (-0,21 cm p=0,015). A prevalência de atrofia muscular (diminuição >10% na espessura), foi 34,8% em pelo menos um grupo muscular entre 24h-72h; 35,8% entre 24h-1sem; e 45,5% entre 24h-2sem. CONCLUSÃO: a US pode ser utilizada em crianças criticamente enfermas para avaliar com precisão as alterações na espessura muscular, mesmo por diferentes avaliadores. Além disso, permite avaliação da espessura muscular de diferentes grupos musculares de crianças criticamente doentes, sendo importante no monitoramento muscular durante internação na UTIP.
dc.description.abstract-enINTRODUCTION: ultrasonography (US) has been used to quantify and qualify the muscle morphology of critically ill children, detecting possible changes in muscle thickness. OBJECTIVE: to analyze muscle thickness through ultrasound images of patients admitted to the Pediatric Intensive Care Unit (PICU) of a tertiary hospital in southern Brazil; to assess the reliability of ultrasonographic measurement of muscle thickness of the biceps brachii/brachii (BB) and quadriceps femoris (QF) in critically ill children; to evaluate changes in muscle thickness during PICU stay; check differences in muscle thickness throughout the PICU stay between different clinical conditions. METHODS: an observational study was carried out in the PICU of a tertiary university hospital in southern Brazil. The study included patients between 1 month and 12 years of age receiving invasive mechanical ventilation for at least 24 hours. Ultrasonographic images of the biceps brachii/brachii and quadriceps femoris were performed by an experienced sonographer and three novice sonographers. Intra- and inter-rater reliability was calculated using intraclass correlation coefficient (ICC) and Bland-Altman plot analysis. Secondarily, we carried out a prospective longitudinal study, from December 2021 to October 2022. Patients of both genders were included; from one month to 12 years; on invasive mechanical ventilation for 24 hours. US measurements were performed up to 24 hours after admission, 72 hours after and weekly until discharge from the PICU. RESULTS: Initially, muscle thickness was measured in 10 children, with a mean age of 15.5 months. The mean thickness of the assessed muscles was 1.14cm ± 0.27 for the biceps brachii/brachialis and 1.85cm ± 0.61 for the quadriceps femoris. Intra- and inter-rater reliability was very good (ICC > 0.81) for all sonographers. Differences were small and did not present distortion in the analysis of the Bland-Altman graphs and all measurements were within the limits of agreement, except for a measurement of biceps brachii/brachii and quadriceps femoris. Subsequently, 73 patients were selected. 69 performed two assessments, 53 three assessments and 22 four ultrasound assessments. The median age was 18 months, with 46 (63%) <1 year. The most common diagnosis was respiratory (68.5%). There was a change in the thickness of the BB in the period of 24h-2wk (-0.115 cm p=0.02), 72h-2wk (-0.125 cm p=0.009) and 1wk-2wk (-0.137 cm p=0.002) and in the QF of 24h-2wk (-0.25 cm p=0.002) and 72h-2wk (-0.21 cm p=0.015). The prevalence of muscle atrophy (>10% decrease in thickness) was 34.8% in at least one muscle group between 24h-72h; 35.8% between 24h-1 week; and 45.5% between 24h-2wk. CONCLUSION: US can be used in critically ill children to accurately assess changes in muscle thickness, even by different evaluators. In addition, it allows assessment of the muscle thickness of different muscle groups in critically ill children, being important for muscle monitoring during PICU stay.
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/2517
dc.language.isopt_BR
dc.relation.requiresTEXTO - Adobe Reader
dc.rightsAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazilen
dc.rightsAcesso Aberto Imediatopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/
dc.subjectUltrassonografia
dc.subjectEspessura muscular
dc.subjectUnidade de terapia intensiva
dc.subjectPediatria
dc.subject[en] Ultrasonographyen
dc.subject[en] Muscle thicknessen
dc.subject[en] Intensive Care Unitsen
dc.subject[en] Pediatricsen
dc.titleAnálise Ultrassonográfica da Espessura Muscular no Paciente Crítico Pediátrico
dc.typeDissertação
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