Atividade leishmanicida de extratos e compostos de espécies de hypericum

dc.contributor.advisorRomão, Pedro Roosevelt Torrespt_BR
dc.contributor.authorDagnino, Ana Paula Aquistapase
dc.date.accessioned2016-07-07T17:40:50Z
dc.date.accessioned2023-10-09T13:59:03Z
dc.date.available2016-07-07T17:40:50Z
dc.date.available2023-10-09T13:59:03Z
dc.date.date-insert2016-07-07
dc.date.issued2015
dc.descriptionDissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.pt_BR
dc.description.abstractAs leishmanioses são doenças infecciosas causadas por parasitos do gênero Leishmania, os quais infectam principalmente macrófagos. A infecção por Leishmania pode causar quatro síndromes: cutânea, cutânea difusa, mucocutânea e visceral. Os quimioterápicos convencionais disponíveis como os antimoniais pentavalentes e a pentamidina apresentam toxicidade elevada, gerando alterações cardíacas e renais, respectivamente. Já a anfotericina B possui elevado custo e alta toxicidade. Devido ao número limitado de fármacos para o tratamento e a inexistência de uma vacina eficaz, é fundamental a pesquisa de novas alternativas terapêuticas. Neste sentido, a atividade antiparasitária de moléculas obtidas de extratos de plantas ou seus óleos têm sido intensamente investigada. O presente trabalho se propõe a investigar a ação leishmanicida de extratos hexânicos e compostos de espécies do gênero Hypericum coletadas em Cusco/Cajamarca no Peru e no Rio Grande do Sul (Brasil) sobre formas promastigostas e amastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis assim como, avaliar a citotoxicidade dos extratos e compostos sobre macrófagos e hemácias humanas, respectivamente. Assim, formas promastigotas de L. (L.) amazonensis foram distribuídas em placas de 96 poços (3 x 106/poço) e incubadas com meio M199 (controle) ou com diferentes concentrações de extratos ou compostos do gênero Hypericum (15,6-900 g/mL). Após 48 horas de incubação a viabilidade de formas promastigotas foi determinada através da contagem do número de formas promastigotas viáveis em câmara de Neubauer. A viabilidade de macrófagos tratados com diferentes espécies de Hypericum foi determinada pelo ensaio de MTT. Para isto, 2 x 106 células/mL foram incubadas com RPMI (controle) ou com diferentes concentrações das frações de Hypericum (15,6-1000 g/mL). Para testar a atividade leishmanicida dos compostos sobre formas amastigotas, macrófagos foram infectados in vitro com promastigotas de L. amazonensis e estimulados com LPS (10 ng/mL)/IFN- (1 ng/mL) por 48 horas. Esta atividade foi mensurada pela determinação do número de parasitas vivos após incubação com M199 a 26 C e crescimento de promastigotas. Os extratos de H. polyanthemum, H. carinatum e H. linoides mostraram significativa atividade leishmanicida sobre promastigotas com IC50 de 36,12 μg/mL, 64,99 μg/mL e 111,9 μg/mL, respectivamente. Observou-se também que estes extratos foram 4, 1,8 e 1,2 vezes menos tóxicos para macrófagos do que para formas promastigotas, respectivamente. Os compostos carifenona A, uliginosina B, isouliginosina B e japonicina A demonstraram significativa toxicidade sobre formas promastigotas com IC50 de 35,46 μg/mL, 42,65 μg/mL, 43,96 μg/mL e 82,18 μg/mL, respectivamente. O tratamento de macrófagos com LPS/ IFN-, e com diferentes compostos diminuiu a viabilidade de amastigotas intracelulares em quase 100%. Enquanto que a atividade leishmanicida induzida por LPS/IFN- foi anulada pelo tratamento com aminoguanidina, a atividade induzida pelos compostos foi independente da produção de óxido nítrico. Em adição, os compostos mostraram baixa citotoxicidade sobre hemácias. Nossos resultados sugerem que diferentes espécies do gênero Hypericum possuem compostos que causam atividade leishmanicida direta sobre promastigotas, bem como apresentam a capacidade de induzir mecanismos leishmanicidas em macrófagos infectados com Leishmania. Mais estudos são necessários para esclarecer os mecanismos envolvidos na atividade leishmanicida dos compostos de Hypericum.pt_BR
dc.description.abstract-enLeishmaniasis is a group of infectious disease caused by Leishmania parasites which mainly infect macrophages. In humans, Leishmania infection can cause four syndromes: cutaneous, diffuse cutaneous, mucocutaneous and visceral leishmaniasis. The conventional chemotherapeutic agents currently available, such as pentavalent antimonials and pentamidine, have high toxicity, causing cardiac and renal disturbances, respectively. The amphotericin B present high toxicity and high cost. Due to the limited number of drugs for the treatment and the lack of an effective vaccine, it is fundamental the research on new therapeutics. In this sense, the antiparasitic activity of molecules derived from plant extracts or their oils has been intensively investigated. The present study aims to investigate the leishmanicidal activity of extracts and compounds of species of the genus Hypericum collected in Cusco/ Cajamarca in Peru and Rio Grande do Sul (Brazil) on promastigotes and amastigotes of Leishmania (Leishmania) amazonensis as well as the cytotoxic effects of hexane extracts and compounds on macrophages and human red blood cells, respectively. For this, promastigotes of L. (L.) amazonensis were distributed in 96-well plates (3 x 106 /per well) and incubated with medium M199 (control) or with different concentrations of extracts or compounds of the genus Hypericum (15.6 to 900 µg/mL). After 48 hours incubation the viability of promastigotes was determined by counting the number of viable promastigotes in a Neubauer chamber. The viability of macrophages treated with the hexane extracts of different Hypericum species was determined by MTT assay. To this, 2 x 106 cells/mL were incubated with RPMI (control) or different concentrations of Hypericum fractions (15.6 to 1000 µg/mL). To test the leishmanicidal activity of isolates against amastigotes forms, macrophages were infected in vitro with promastigotes of L. amazonensis and stimulated with LPS (10 ng/mL)/IFN- (1 ng/mL) for 48 h. This activity was measured by determination of the number of alive parasites after incubation in M199 at 26 C and growth of promastigotes. The extracts of H. polyanthemum, H. carinatum and H. linoides showed significant leishmanicidal activity against promastigotes with IC50 of 36.12 µg/mL, 64.99 µg/mL and 111.9 µg/mL, respectively. It was also observed that this extracts were 4, 1.8 and 1.2 times less toxic to macrophages than to promastigotes, respectively. The compounds cariphenone A, uliginosin B, isouliginosin B and japonicin A showed significant toxicity on promastigote forms with IC50 of 35.46 µg/mL, 42.65 µg/mL, 43.96 µg/mL and 82.18 µg/mL, respectively. The treatment of macrophages with LPS/IFN-, and with different compounds decreased the viability of intracellular amastigote forms in almost 100%. While the leishmanicidal activity induced by LPS/IFN- was abrogated by the treatment with aminoguanidine, the activity induced by the compounds was independent of nitric oxide production. In addition, the compounds showed low cytotoxicity to erythrocytes. Our results suggest that different species of Hypericum genus present compounds that directly caused leishmanicidal activity on promastigote, as well as present the ability to induce leishmanicidal mechanisms on Leishmania-infected macrophages. Further studies are needed to clarify the mechanisms involved in the leishmanicidal activity of Hypericum compounds.en
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/148
dc.language.isootherpt_BR
dc.relation.requiresAdobe Readerpt_BR
dc.rightsAcesso Aberto Imediato*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/*
dc.subjectLeishmania mexicana amazonensispt_BR
dc.subjectAtividade leishmanicidapt_BR
dc.subjectMacrófagospt_BR
dc.subjectÓxido Nítricopt_BR
dc.subjectHypericumpt_BR
dc.subject[en] Macrophagesen
dc.subject[en] Nitric Oxideen
dc.titleAtividade leishmanicida de extratos e compostos de espécies de hypericumpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
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