Consumo alimentar por trabalhadores da área da saúde de Porto Alegre

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Data
2020
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Editor
Wagner Wessfll
Resumo
Introdução: Os efeitos da globalização que levaram a mudanças no estilo de vida, nos hábitos alimentares, no consumo de alimentos ultra processados, entre outros, contribuindo para o sobrepeso e a obesidade. No primeiro trimestre de 2019 a população em idade de trabalhar representava 81,6% da população total brasileira. Assim, os restaurantes institucionais têm como objetivo principal oferecer alimentação equilibrada e adequada às necessidades nutricionais de seus funcionários, de forma que satisfaçam as necessidades energéticas e em nutrientes, garantindo saúde e aptidão para o trabalho. Com o objetivo de garantir a qualidade das refeições fornecidas, bem como a segurança alimentar e nutricional dos trabalhadores, foi criado o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), no qual se propõe a garantir aos trabalhadores o direito do benefício-alimentação ou refeição fornecidos regularmente pelas empresas e contribuir na socialização, na integração, no desempenho e na motivação dos funcionários. Objetivos: Avaliar o consumo alimentar de trabalhadores de hospitais de Porto Alegre e relacionar com o estado nutricional. Metodologia: Estudo quantitativo, observacional, descritivo e analítico. Foi realizada avaliação do consumo alimentar em dois hospitais Cidade de Porto Alegre entre os meses de janeiro a agosto de 2019, evitando prejuízos relacionados à sazonalidade dos alimentos, e contemplando os períodos de inverno e verão ou início e fim do mês. Para cada consumo alimentar calculou-se o somatório de todos as preparações servidas para o Valor Energético Total (VET), sódio e fibras; para os macronutrientes calculou-se o percentual de participação de cada item no VET da refeição, a fim de possibilitar a comparação com os parâmetros estipulados pelo PAT, todas as análises foram realizadas em triplicatas. A estatística foi avaliada pelo software SPSS 25.0, com análises descritivas (frequências, percentuais, médias e desvios-padrão) e bivariadas (testes t de Student, teste de Mann-Whitney e correlações de Spearman). A normalidade dos dados foi testada através do teste de Kolmogov-Smirnov. Resultados: Foram avaliados 446 comensais, sendo 74,47% de mulheres. 46,6% dos colaboradores trabalha em turno integral e 43,5% no segmento assistencial. Quanto a escolaridade, 50,0% da amostra possui ensino médio completo e 16,4% ensino superior completo. Apenas o consumo de calorias e gordura saturada esteve dentro da recomendação do Programa de Alimentação do Trabalhador, carboidratos e proteínas estava acima, de gorduras totais abaixo, fibras e sódio também acima. Não foi observada correlação entre o consumo alimentar com a variação do IMC. Já o tempo de serviço apresentou correlação direta com a variação do IMC da amostra: quanto maior o tempo, maior a variação do IMC (p<0,001). Sugere–se que atividades de educação nutricional sejam desenvolvidas sistematicamente, dentro das instituições, a fim de conscientizar e incentivar estes trabalhadores. Ainda, considera– se relevante o desenvolvimento de pesquisas que avaliem o consumo destes trabalhadores de forma mais ampla.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Nutrição, Saúde Coletiva, Saúde do Trabalhador, Alimentação Coletiva, Promoção da Saúde, [en] Nutritional Sciences, [en] Public Health, [en] Occupational Health, [en] Collective Feeding, [en] Health Promotion
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